Resumo palestra: O financiamento eleitoral em tempos de lava jato: o dinheiro, a lei e as eleições. Jeison Giovani Heiler

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA - JOINVILLE  
DISCIPLINA: Comunicação e Linguagem 
ACADÊMICOS: Maria Mikaeli Soares Gulart 
Referência: Palestra: O financiamento eleitoral em tempos de lava jato: o dinheiro, a lei e as eleições. Jeison Giovani Heiler, 2016. In: LANÇAMENTO DO LIVRO “PENSAMENTO EM MOVIMENTO: DIREITO, JUSTIÇA E CIDADANIA”. 04 de setembro de 2017. Centro universitário Católica de Santa Catarina, Joinville.
O financiamento eleitoral em tempos de lava jato: o dinheiro, a lei e as eleições.
Jeison Giovani Heiler
No dia 04 de setembro de 2017 ocorreu o lançamento do livro “Pensamento em Movimento: Direito, Justiça e Cidadania”, o evento ocorreu no centro universitário da Católica de Santa Catarina em Joinville. Tendo seu inicio às 19 horas e 30 minutos com a fala do professor Itamar Gelain, seguindo das palestras de diversos professores da instituição, um deles sendo o professor Jeison Giovani Heiler, palestras a qual estive presente. 
O palestrante, professor Jeison Heiler é professor Universitário no Centro Universitário Católica de Santa Catarina, e na Faculdade Uniasselvi/Fameg, sendo graduado em direito, mestrado em ciência Politica e doutorado em andamento no mesmo curso. O professor trouxe a nós o artigo “O financiamento eleitoral em tempos de lava jato: o dinheiro, a lei e as eleições.”. 
Sinto importante frisar, antes de tudo, que o artigo em questão foi feito em um período anterior ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, tinha a previsão do impeachment, por tudo levava a crer que ocorreria. 
Na palestra do dia 04 o professor Jeison falou principalmente do financiamento eleitoral e do “esgotamento” de verbas nas eleições, “esgotamento” no sentido de sujeira. O financiamento eleitoral empresarial é tão antigo quanto à corrupção, sendo a família Odebrecht uma das mais antigas nesse ramo de financiamento empresarial e afirma que o financiamento existe desde muito antes do que é alegado em investigações da PF. 
Um dos problemas alegados pelo professor é a conhecida polarização do financiamento, em que foram apresentados números das eleições a presidência de 1989 até 2014. Esses números apresentavam que o presidente (partido) recebedor da maior proporção de financiamento tinha uma maior propensão a ganhar o cargo concorrido. 
Havia até então o financiamento eleitoral empresarial como majoritário no Brasil, um financiamento que ocorria por diversos CNPJ e tinha uma porcentagem de 75% de todo o financiamento, por ter uma variedade tão grande de CNPJ ’s de uma eleição para outro não era possível ver uma realidade das eleições, que as empresas financiadoras de uma eleição eram as mesmas que mais tarde iriam financiar a próxima. Um dos exemplos usados pelo professor e que é de fácil visualização é o banco Bradesco, o banco de acordo com os dados, usou cerca de nove CNPJ ‘s diferentes para doação nas campanhas, todavia todos da instituição. Isso faz com que não seja visto a realidade, que os grandes partidos têm maior parcela de financiamento dos maiores financiadores do total das eleições. 
Ainda outro assunto abordado na sua fala, seria a polarização dos financiamentos, ocorre quando poucas empresas tem a grande maioria dos financiamentos e os emprega grande parte nos maiores partidos criando assim um financiamento concentrado de verbas, em que o investimentos ocorrem nos maiores partidos deixando os menores apenas com uma pequena fatia do dinheiro. 
No texto presente no livro “Pensamento em Movimento: Direito, Justiça e Cidadania”, o professor ainda trata dos principais aspectos da reforma politica, um titulo muito interessante, entretanto não abordado na palestra do dia 04. 
Podemos concluir através da fala do professor Jeison, então que o financiamento eleitoral é uma realidade mais antiga do que podemos lembrar, sendo ela feita mesmo quando a lei a proibia. Essa pratica do financiamento além de ser algo existente há décadas, é um efeito repetitivo que dar-se a cada eleição e tem um efeito polarizador que apenas os maiores partidos ganham o financiamento das maiores empresas. Sendo assim das causas do “esgotamento”, a sujeira, que se cria cada dia mais dentro dos partidos e do próprio país. Visualizando esses problemas, aborda-se e acredita-se que a reforma politica seria a melhor solução para o momento politico do país, que se encontra em uma situação delicada e abalada.