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1) Diferença entre Hobbes e Freud.
Freud diz que o homem possui desejos que devem ser repreendidos e Hobbes diz que o homem possui paixões que deva ser controlado pela razão. Freud vai incluir a idéia de sentimentos. Para Hobbes o contrato, pacto social é possível em um pacto de vontade, e para Freud é produzido por relações afetivas. Somos capais de criar vínculos sociais, pautados nos afetos, para Hobbes eles são estipuladas por um pacto de vontade. Para Freud, o grupo nasce de um crime em comum cometido pelo filho, inconcebível sem os surgimentos dos afetos. Sem que se considerem os afetos capazes de reunir os filhos nesse sentimento de força comum, é impossível conceber o crime, então é assim que Freud vai demonstrar a importância dos afetos sociais na construção dos estudos sociais, com esse exemplo apresentado em Totem e Tabu. Para Freud, a emergência social se atribui aos afetos. Sem a ambivalência afetiva não seria possível cada uma dessas etapas que vão desaguar na passagem de estado de natureza para sociedade civil. Para Hobbes a sociedade nasce de um acordo de vontade, de um pacto centrado na vontade, enquanto para Freud a sociedade nasce pelas mãos da ambivalência afetiva, a emergência do social se dá pelos afetos, mesmo o ódio foi capaz de reunir os filhos para planejarem o parricídio. 
Semelhança entre Hobbes e Freud:
O homem é mal por natureza, concorda com toda a expressão contratualista. O lobo é o lobo do homem. Mesmo depois da passagem do Estado de Natureza para a sociedade civil, ele ainda é mal. Mas ele é vigiado e está sobre o controle do Estado. Com o contrato ele continua mal, mas no Estado de natureza ele é livre para dar espaço para essas paixões, e na sociedade civil ele é vigiado.
2) Transmissibilidade do Tabu e o sistema penal
A transmissibilidade do Tabu é uma característica do Tabu, diz respeito ao fato de que o Tabu é transmissível, a proibição assim como o desejo é transmissível, aquele que viola um tabu, uma proibição, vira para os outros um Tabu porque ele ousou romper com esse Tabu, por isso ele precisa ser isolado, ele vira alguma coisa que não se deve entrar em contato porque por essa característica ele se torna um mau exemplo para os outros. O sistema penal segundo Freud, antes que a gente chegasse aos sistemas penais modernos, a gente teve a Igreja e Deus definindo o certo e o errado, nos tínhamos uma sociedade mitológica onde o próprio tabu se vingava, o próprio Deus se vingava. Com a evolução do conceito de sociedade, os primeiros sistemas penais humanos podem ser remontados ao Tabu, por que a violação de um tabu transforma o próprio transgressor em um tabu, alguma coisa que não pode ser tocada e precisa ser afastada para que ele não sirva de mau exemplo. E é isso que o sistema penal faz, ele previne isolando o transgressor, evitando o contato. A punição previne que outras pessoas queiram fazer o mesmo, esse é o objetivo da transmissibilidade do Tabu, impedir que os outros queiram fazer igual. Em razão da sua punição, o sujeito vai desejar não mais ser punido, e assim não vai cometer novos crimes, isso é a punição. Punido, espera-se que ele se resocialize-se. 
3) Identificação com a lei – Porque a lei revogada continua produzindo efeitos? 
A lei mesmo revogada está tão intrínseca que mesmo não surgindo mais efeitos, continua a ser seguida. Eu sigo a lei quando ela é interiorizada a mim. No texto do Freud, ele nos dirá que é possível estabeler uma relação entre as proibições dos neuróticos e os Tabus, é nesse ponto que ele quer chegar. Ele então fala sobre os pontos de concordância entre a neurose e o que ele chama de doenças tabus, ele diz que ambos são destituídos de motivos, tanto as proibições dos neuróticos quanto as proibições dos povos primitivos (tabus). Não há razão pra perguntar a eles o porquê eles cometem esses atos, não se faz necessidade de nenhuma conseqüência externa. Se por exemplo eles deixarem de cometer esses atos, algo acontecera. Ele chega perto do desejo (que ele não conhece), e assim se pune por esse desejo. É uma convicção interna de que se ela não cometer esse ato, ex: lavar as mãos, algo ira acontecer. Ela não sabe porque esta se punindo, qual o desejo e etc., não se faz necessário nenhuma conseqüência externa. Amplia-se isso para uma analise social, olhando as primeiras sociedades (totêmicos), isso de alguma maneira se aproxima de como esses aborígenes se comportavam. Considerando que todos somos neuróticos segundo ele, de forma geral, cada um de nos respeita a lei, pois temos uma convicção interna e não mais uma necessidade externa, a coação existe mas já foi internalizada por cada uma de nos, vc não sai por ai cometendo crimes pois na hora de cometê-lo vc se lembra do artigo x penal pois é um estudante de direito. Muito raro que alguém deixe motivado pela paixão deixe de fazer algo porque lembrou que a lei esta ai como uma referencia que deve freiá-lo , então a eficácia da lei não esta atrelada diretamente e isoladamente à pena, ela está vinculada, então a potencia da lei se amplifica, pois está atrelada a um sentimento. O que faz uma lei “pegar” ou deixar de “pegar” é muito mais o efeito vinculado a esse substrato afetivo do que a coação propriamente dita. O que vincula à obediência a lei, é o amor a lei. O que de fato faz que uma lei pegue e seja obedecida sem que nos sequer precisemos nos lembrar dela, é o vinculo que se tem com o mandamento, que tem haver de onde a lei emana por exemplo. Por isso vamos aprendendo ao longo da vida que obedecer as leis, é importante. É um aprendizado crescente. Tanto é que Freud diz que a lei é incapaz de deitar mão aos impulsos mais agressivos do homem. Ele está dizendo que tem uma hora que ela não segura mais, se não tiver esse vinculo entre a lei e o homem, não adianta essa barreira de pena. Winnicot fala como o sujeito pode cada dia mais se apaixonando, a lei é tão importante que isso leva um tempo, ele tem que aprender a lidar com o limite para que isso seja verdadeiro e duradouro, já Freud diz que ele deve ser reprimido. Melhor se convence uma criança fazendo que ela compreenda a importância daquilo, caso queira algo mais duradouro. Com a punição pura e simples o sujeito tenta a todo tempo passar por cima disso. A lei da ex são costumes forçados de forma religiosa, experimentados por aquela sociedade.
4) Narcisismo (mudança de fases)
Toda psicanálise em modo geral vai dizer que a gente precisa abandonar, ultrapassar o nosso narcisismo e nossa onipotência para que a nossa fase referencial (?) seja cumprida. O narcisismo é o auto-erotismo, a vivencia erótica (relação, de Eros), de amor, sociabilidade consigo mesmo. É preciso que a gente ultrapasse o olhar, esse amor por si mesmo exagerado, patológico, para que a gente possa estabelecer uma relação com o outro. Essa saída de si mesmo é nos faz poder viver em sociedade. Quando nascemos, nos amamos a si mesmo. Para Winecot quando a mãe amamenta seu bebe, aquele leite e seio são parte de si mesmo, para o bebe não existe nada mais do que si mesmo. Depois é ele e a mãe. Depois ele vai ampliando isso, ampliando seu ciclo de sociabilidade. É preciso passar isso para viver em sociedade. (há na verdade varias fases), etapas do desenvolvimento emocional que nos conduzem as etapas sociais. 
5) Fases do Estado de Natureza ao Estado de Direito.
Freud acredita que os sentimentos são ambivalentes. Os filhos odeiam o pai pois ele tem todas as mulheres e é autoritário. O arbítrio do chefe da horda suscita sentimento de força comum (filhos sabem o que não querem) e a conspiração contra o poder suscita sentimento de força comum (filhos sabem o que não querem); maléfico: apropriação potência. Parricídio introduz no mundo da mitificação do Pai (Totem ou Deus – sagrado: fundador do grupo); da culpa e da renúncia (Lei externa). Nascimento do grupo pelo crime comum; inconcebível sem o correlativo surgimento dos afetos. (O ódio transforma os seres submissos em irmãos). Depois há refeição, banquete coletivo que selao grupo – os membros do grupo são fragmentos do ideal (idealização permanente / igualdade e único Pai) e humanos por serem seres canibais, ceei o chefe e agora todos são iguais perante o chefe, à lei. Depois há a transformação do chefe da horda em Pai; mitificação do chefe se torna lei, referencia ao que não pode voltar a acontecer. Isso ocorre porque eles amam e é preciso encontrar uma referencia comum que os unam, pois o homem por ser mal por natureza, iria querer ocupar o lugar do pai. O chefe da ordem vira o pai, vira a lei, vira o totem, o símbolo. Símbolo da representação do que não pode voltar a acontecer. A lei encarnada por aquele que em vida era arbitrário. Há assim a passagem do Estado de natureza para o Estado de Direito. 
6) Quais são as obrigações sagradas por esse símbolo (totem)?
Não matar, não violar, não comer. 
7) Onipotência de pensamento
O princípio que dirige a magia, a técnica da modalidade animista de pensamento, é o princípio da onipotência de pensamentos. É a supervalorização dos processos mentais em relação com a realidade. Acredita-se poder alterar o mundo externo pelo simples pensamento. Ex.: Relação entre os pensamentos inconscientes dos neuróticos (processos mentais) e a sensação de culpa nos neuróticos. Um paciente criou esse termo. Ele criou a expressão como explicação para todos os estranhos e misteriosos acontecimentos pelos quais, como outras vítimas da mesma doença, parecia ser perseguido. É nas neuroses obsessivas que a sobrevivência da onipotência dos pensamentos é mais claramente visível e que as conseqüências desse modo primitivo de pensar mais se aproximam da consciência. Se estivermos dispostos a aceitar a explicação acima oferecida da evolução da maneira do homem visualizar o universo — uma fase animista seguida de uma fase religiosa e esta, por sua vez, de uma fase científica — não será difícil acompanhar as vicissitudes da ‘onipotência de pensamentos’ através dessas diferentes fases. Na fase animista, os homens atribuem a onipotência a si mesmos. Na fase religiosa, transferem-na para os deuses, mas eles próprios não desistem dela totalmente, porque se reservam o poder de influenciar os deuses através de uma variedade de maneiras, de acordo com os seus desejos. A visão científica do universo já não dá lugar à onipotência humana; os homens reconheceram a sua pequenez e submeteram-se resignadamente à morte e às outras necessidades na natureza. Não obstante, um pouco da crença primitiva na onipotência ainda sobrevive na fé dos homens no poder da mente humana, que entra em luta com as leis da realidade. Se acompanharmos retrospectivamente o desenvolvimento das tendências libidinais, tal como as encontramos no indivíduo, desde suas formas adultas até o seus começos na infância, surge uma importante distinção.

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