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Profª. M.Sc. Alice Ferreira Souza Foto: Seblen Mantovani o Os problemas de engenharia em mecânica das rochas envolvem duas questões básicas: o Resistência ao colapso para um determinado estado de tensão: as tensões atuantes no maciço rochoso atingirão os níveis máximos toleráveis, provocando, conseqüentemente, ruptura local ou total do material? o Deslocamentos admissíveis: irão os deslocamentos do maciço rochoso, sob o carregamento aplicado, produzir deformações muito grandes na estrutura a ponto de provocar danos ou até sua destruição? Foto: Seblen Mantovani o O maciço rochoso deve ser reconhecido como um material descontínuo, que pode ter propriedades diferentes em pontos e direções diferentes. o Não é um material fabricado, mas um material que foi freqüentemente submetido a ações mecânicas, térmicas e químicas ao longo de milhões de anos. Foto: Alice Souza o Para se prever o comportamento da rocha como um material de engenharia, algumas propriedades da rocha intacta (sã), das descontinuidades e do maciço rochoso devem ser determinadas. o Estas propriedades podem variar muito conforme a área de interesse da engenharia. o Dois enfoques bem diferentes podem ser apresentados para especificar estas propriedades: ü medição direta das propriedades fundamentais: mais importante na análise teórica. ü propriedades-índice como uma comparação indicativa da qualidade da rocha: mais fácil e menos dispendioso de executar. o Supondo-se que possam ser estimadas as tensões preexistentes (iniciais) no maciço rochoso e que se possa prever como estas tensões serão modificadas pela construção e operação das obras de engenharia, como se pode determinar o comportamento do maciço (se a rocha vai romper, fissurar, empenar, escoar, etc.)? o Utilizam-se um critério de ruptura – equações que agrupam as combinações limite dos componentes de tensão, separando as condições aceitáveis das condições inadmissíveis. Foto: Alice Souza o Quando uma rocha perde a capacidade de desempenhar seu papel diante de determinada solicitação, diz que ela rompeu, ou seja, perdeu t o t a l m e n t e a s u a integridade. o Por exemplo, aquela resultante da implantação d e u m a o b r a d e engenharia. Foto: Adriana Lima o A diversidade dos tipos de carregamento é tão grande que não existe um modo de ruptura único para o maciço rochosos. Os principais mecanismos de ruptura são: ü RU P T U R A P O R F L E X Ã O : e s t a re l a c i o n a d a a o desenvolvimento e à propagação de fraturas de tração em uma rocha submetida à flexão. Comum em aberturas no maciço rochoso, como no teto de minas subterrâneas. ü RUPTURA POR CISALHAMENTO: esta relacionada a formação de uma superfície de ruptura em que as tensões de corte excedem a resistência ao cisalhamento, provocando o deslizamento do maciço rochoso e produzindo uma superfície lisa com grande quantidade de partículas esmagadas pelo deslizamento. É comum em taludes de rochas menos resistentes ou extremamente fraturadas. o RUPTURA POR TRAÇÃO: ocorre em taludes rochosos em que há superposição de camadas, em taludes com pequenas fraturas não interligadas e naqueles em que há presença de juntas de alívio de tensão. Furos de sondagem também sofrem ruptura por tração. A superfície se caracteriza por ser bastante rugosa e com arestas “vivas”. o RUPTURA POR COMPRESSÃO: é um processo de ruptura bastante complexo, pois pode incluir a formação de microfraturas de tração. A propagação e a coalescência das microfissuras originam uma superfície de deslizamento caracterizada por cisalhamento. o Geralmente, o que se tem é a combinação de dois ou mais modos descritos anteriormente, dificultando os ensaios e a simulação da resistência em laboratório. o Os ensaios de resistência de rochas em laboratório são: ü compressão: simples ou triaxial; ü cisalhamento: direto (resistência ao longo de superfícies de anisotropia ou para rochas brandas); e ü tração: direto ou indireto.
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