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Estudo de caso Nutrição Clínica

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1 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde 
Curso de Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
Câncer Endométrio 
HAS – DM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo-SP 
Junho de 2006 
2 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde 
Curso de nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
Câncer Endométrio 
HAS – DM 
M.B.C 
 
 
 
 
Trabalho Dirigido ao Estágio em Nutrição Clínica 
Aluna: Gíldisse de Oliveira Corrêa 
RA: 200211173 – 4º ANTM 
Nutricionista Orientadora: Daniela Thiele de Almeida 
Profª Orientadora: Margareth Lage L. de Fornasari 
 
 
 
 
São Paulo-SP 
Junho de 2006 
3 
INDICE 
1 - RESUMO...................................................................................................... 4 
2 - INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
3 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA PACIENTE........................................ 6 
4 - DADOS DO PRONTUÁRIO ....................................................................... 7 
5 - CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS ....................................................... 8 
6 - CONDIÇÕES GERAIS DE SAÚDE............................................................ 9 
7 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE AS DOENÇAS............ 10 
7.1 - Fisiopatologia da Hipertensão Arterial Sistêmica ................................ 25 
7.2 - Obesidade ............................................................................................. 32 
7.3 - A importância das fibras alimentares ................................................... 34 
7.4 - A imortância da água na dieta .............................................................. 36 
7.5 - Diabetes Tipo 1..................................................................................... 37 
7.6 - Diabetes Tipo 2..................................................................................... 38 
7.7 - Aspectos Peculiares do Idoso ............................................................... 40 
8 - TRATAMENTO HOSPITALAR ............................................................... 43 
9 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL................................................................. 60 
9.1 - Avaliação da Dieta Habitual ................................................................ 86 
9.2 - Avaliação Antropométrica, Bioquímica e Exame Físico ..................... 87 
9.3 - Diagnóstico Nutricional........................................................................ 88 
10 - CONDUTAS DIETOTERÁPICAS NO TRATAMENTO HOSPITALAR .. 89 
10.1 - Objetivo da Dietoterapia..................................................................... 89 
10.2 - Necessidades Nutricionais .................................................................. 89 
10.3 - Prescrições Dietéticas ......................................................................... 91 
10.4 - Evolução Nutricional ........................................................................ 101 
10.5 - Reabilitação Nutricional ................................................................... 102 
10.6 - Conclusão do Acompanhamento Dietoterápico ............................... 103 
11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 104 
12 - ANEXOS ................................................................................................ 106 
12.1 - Cálculos da Dieta Habitual .............................................................. 106 
12.2 - Cálculos da Dieta Leve para Diabetes Hipossódica.Erro! Indicador 
não definido. 
12.3 - Cálculos da Dieta sem Resíduo para Diabetes Hipossódica............. 114 
12.4 - Cálculos da Dieta Geral para Diabetes Hipossódica ....................... 118 
12.5 - Cálculos da Dieta Geral para Diabetes Hipossódica ........................ 122 
13 - ORIENTAÇÕES DE ALTA................................................................... 126 
13.1 - Dieta para Diabetes........................................................................... 126 
13.2 - Dieta Hipossódica............................................................................. 127 
13.3 - Recomendações Gerais:.................................................................... 128 
4 
1 - RESUMO 
O presente estudo de caso foi realizado no Hospital Pérola Byington durante o 
estágio em nutrição clínica transcorrido no período de 24 de Abril à 30 de Junho de 
2006. O estudo ocorreu na Oncologia, 8º andar leito 818-A, tendo a supervisão local 
da nutricionista Daniela Thiele de Almeida 
A paciente estudada M.B.C. foi internada no dia 05 de Junho de 2006 com 
sintomas de dor abdominal e diagnóstico definitivo de Câncer de Endométrio, 
acompanhada das seguintes doenças pregressas: HAS e DM. A paciente quando 
internada apresentava obesidade com boa aceitação alimentar e com o seguinte 
sintoma: dor abdominal. 
A paciente escolhida para a realização deste estudo foi submetida à cirurgia de 
Histerectomia Total Abdominal (HTA) + Salpingectomia - SOB (Trompas) + 
Oforectomia (ovário) retirada dos Linfonodos – LP (Bilaterais). 
 O motivo da escolha da paciente para o estudo foi devido à necessidade de 
um acompanhamento em nível terciário, já que a cirurgia a qual fora submetida 
requer cuidado dietoterápico específico, pois a mesma tem quadro de DM, HAS e 
Obesidade. Foi acompanhada no período de 05/06/2006 à 10/06/2006. 
Dieta oferecida no período de internação foi Leve para díabetes e hipossódica. 
(05/06). 
No dia (06/06) pré-operatório a dieta foi leve, hipoglicídica sem resíduo 
hipossódica. 
A evolução da paciente foi rápida com diminuição do sintoma de dores 
abdominais, porém não houve perda de peso (esse não é o objetivo principal). 
Ao final do acompanhamento a paciente recebeu orientação de alta hospitalar 
com dieta Hipossódica para Diabetes. 
5 
2 - INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho foi realizado no Pérola Byington Centro de Referência da 
Saúde da Mulher. Durante o período de estágio de 24 de Abril á 30 de Junho de 
2006. 
 A paciente em questão foi acompanhada primeiramente no Pronto 
atendimento PA no dia 05 de junho de 2006, sendo transferida para internação na 
clínica OCR (oncocirurgica) do 8º Andar, Leito-818-A com a seguinte patologia: 
câncer do Endométrio + HAS + DM + Obesidade a qual foi submetida a intervenção 
para cirurgica do CA no dia 05 de Junho de 2006. 
 O motivo da escolha da paciente para o estudo foi, que sua patologia exige 
um acompanhamento em nível terciário, principalmente após á cirurgia a qual fora 
submetida requerendo cuidado dietoterápico específico. 
 Foi acompanhada no período de 05 de junho a 10 de junho de 2006. com a 
supervisão de nutricionista Daniela Thiele de Almeida. 
6 
3 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA PACIENTE 
Nome: M. B. C. 
Sexo: Feminino 
Idade: 69 anos 
Nacionalidade: Brasileira 
Naturalidade: São Paulo - SP 
Residência: Bairro: Jardim Elias – Pirituba - São Paulo- SP 
Estado civil: Viúva 
Grau de instrução / escolaridade: Analfabeta 
Profissão / ocupação: Dona de casa 
Número de identificação no hospital / prontuário: 530667 
Data de internação: 05/06/2006 
Data de alta: 10/06/2006 
 
7 
4 - DADOS DO PRONTUÁRIO 
Anamnese ou Histórico da doença atual: 
A paciente relata que sempre foi obesa, ja tinha sido internada anteriormente 
no período pré menopausa com hemorragia, e não soube relatar com exatidão há 
quanto tempo é diabética e hipertensa. 
 
Antecedentes familiares 
Mãe com histórico de Patologia: Diabetes, Hipertensão e Obesidade, não 
recebia tratamentos médicos.Exame físico na internação 
A paciente apresentou os seguintes dados: eupnéica, hidratada, hipocorada, 
afebril (36º), ritmo cardíaco regular, abdômen flácido, dolorido, ruídos hidroárecos, 
membros sem edema e P/A: 140x100 mmH g. 
 
Diagnóstico definitivo 
Câncer de Endométrio 
8 
5 - CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS 
A paciente mora sozinha em casa de alvenaria própia, pequena e simples com 
luz, água , esgoto encanado, coleta e destino de lixo adequado. Sua filha reside na 
casa vizinha com marido e neta e, lhe presta toda assistência, não deixando faltar 
nada na medida do possível. 
Na internação a paciente tinha como acompanhante sua filha que fazia 
revesamento com a nora, nunca ficava sozinha. 
A paciente declara não trabalhar, recebe uma pequena aposentadoria deixada 
pelo mariado e tem ajuda dos filhos. A renda familiar não foi declarada. 
9 
6 - CONDIÇÕES GERAIS DE SAÚDE 
Paciente relata praticar atividade física diária (caminhada) 1 hora por dia. Não 
fuma, não ingere bebidas alcoólica. 
Seu apetite é normal, sua “mastigação” é considerada boa, porém faz uso 
esporádico de prótese mas não usa por não gostar, apresenta boa deglutição e 
digestão, o hábito intestinal é normal. 
 
Medicamentos utilizados pela paciente: 
Aradois H® e Diabenese® 
 
Condições psicológicas e comportamentais: 
A paciente encontrava-se em estado de ansiedade devido ao processo cirúrgico. 
10 
7 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE AS DOENÇAS 
Fisiopatologia 
Câncer 
 
Nos últimos cem anos, o ser humano tem sido exposto a uma quantidade cada 
vez maior de inúmeros compostos químicos novos (resultantes da atividade 
industrial), amplamente distribuídos no ambiente e capazes de induzir danos ou 
lesões no material genético. 
O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formar tecidos, 
como os músculos, ossos e pele. A maioria das células normais cresce, se reproduz e 
morre em resposta aos sinais internos e externos ao corpo. Se esses processos 
ocorrerem de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável 
executando suas funções normais. No entanto, uma célula normal pode tornar-se uma 
célula alterada e isso ocorre quando o material genético é danificado. 
Material genético é toda a informação contida nos genes, formados pelo ácido 
desoxirribonucléico ou DNA e localizados no núcleo celular. Os genes são 
responsáveis pela produção de todas as nossas proteínas, que determinam tudo, isto 
é, desde a estrutura à função do nosso corpo, bem como o comportamento e 
aparência normal das células, além de conferir todas as características físicas únicas 
que formam o conjunto de cada indivíduo. 
 A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu material 
genético (DNA), ela passa a ser uma célula alterada, sendo denominada mutada. 
Uma vez lesado o DNA, o corpo consegue, quase sempre, promover o reparo desses 
danos através de eficientes mecanismos que recompõem as atividades celulares. Com 
o passar dos anos as alterações que não foram reparadas vão se acumulando e, 
eventualmente, podem levar à perda de controle dos processos vitais da célula, uma 
vez que a célula mutada não mais obedece aos sinais internos. Deste modo, a célula 
mutada passa a agir independentemente em vez de cooperativamente, dividindo-se de 
modo descontrolado, até formar uma massa celular denominada tumor. 
11 
Um tumor é denominado benigno quando ele não invade os tecidos vizinhos ou 
se transloca, via sangüínea, para outros locais. Esses tumores são quase sempre 
facilmente removidos cirurgicamente. 
Por outro lado, se as células tumorais crescem e se dividem, invadindo outros 
locais, são denominadas malignas ou cancerosas. Essas células podem ter a 
habilidade de se espalhar pelos tecidos sadios do corpo, por um processo conhecido 
como metástase, invadindo outros órgãos e formando novos tumores. 
Existem aproximadamente 200 tipos diferentes de câncer, muitos deles 
curáveis, se detectados precocemente. São as principais categorias dos cânceres 
conhecidos: carcinomas, sarcomas, leucemias e linfomas. 
Os carcinomas incluem os cânceres que se originam de células que formam a 
epiderme - tal como o câncer de pele - ou tecidos que revestem os órgãos internos, 
por exemplo o carcinoma de pulmão ou, ainda, formam as glândulas, como no caso 
do câncer de mama. 
Os sarcomas, por sua vez, representam os cânceres que se originam dos 
tecidos conectivos como os ossos e cartilagens (osteossarcoma ou câncer do osso) ou 
tecidos musculares (rabdomiossarcoma ou tumor maligno do músculo esquelético). 
Portanto, o câncer pode ser definido como uma doença degenerativa resultante 
do acúmulo de lesões no material genético das células, que induz o processo de 
crescimento, reprodução e dispersão anormal das células (metástase). 
As leucemias e os linfomas estão relacionados, respectivamente, aos cânceres 
originados das células formadoras do sangue e das células do sistema imunológico 
ou de defesa. Como exemplo de leucemia, temos a leucemia granulocítica que é o 
câncer das células brancas do sangue; e de linfoma, o câncer que acomete os 
linfonodos, denominado linfoma de Hodgkins. 
O câncer constitui importante causa de mortalidade em todo o planeta, sendo a 
segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Sabe-
se hoje que cerca de 1% de todos os cânceres são de origem hereditária e 16% são 
atribuídos a agentes infecciosos. Contudo, existem evidências substanciais de que na 
origem de 80 a 90% de todos os tipos de cânceres haja o envolvimento dos agentes 
ambientais representados por compostos químicos oriundos do tabagismo, 
alcoolismo e infecções parasitárias e, principalmente da dieta alimentar, bem como 
12 
de agentes físicos representados pela luz ultra-violeta ou solar, causa principal do 
câncer de pele. Assim sendo, as medidas preventivas devem incluir mudanças no 
estilo de vida. 
Alguns indivíduos estão geneticamente predispostos a desenvolver um tipo 
particular de câncer em algum estágio de suas vidas, independente da ação do 
ambiente. Esses são ditos suscetíveis ou predispostos. No entanto, pessoas que 
herdaram um gene mutado, podem não desenvolver a doença. Existem hoje testes e 
medidas preventivas eficazes no aconselhamento de pessoas que possuem histórico 
familiar de câncer. 
 Em muitos casos, os sintomas do câncer só aparecem após a doença ter se 
instalado. Embora o corpo humano possua mecanismos de defesa naturais, nosso 
estilo de vida e hábitos nocivos à saúde podem suplantar a capacidade desses 
mecanismos de defesa da célula contra a mutação. No entanto, cada um de nós deve 
ter em mente de que nunca é tarde para melhorar nossos hábitos de vida. Tal atitude 
ajudará a reduzir as chances de desenvolvimento do câncer e melhorar sobremaneira, 
outros aspectos da saúde. Além disso, exames preventivos devem ser realizados 
periodicamente, para aumentar a chance de diagnóstico precoce (ou seja, de se 
descobrir uma lesão cancerosa ainda na fase inicial). Por exemplo, exame de 
próstata, Papanicolaou, mamografia. 
A mutação genética pode ser causada por repetidas exposições do organismo 
humano, em nosso cotidiano, aos inúmeros agentes físicos, químicos ou biológicos a 
que ele se expõe, quer por inalação, por ingestão ou por contato da pele. Alguns 
exemplos de fatores de exposição que podem causar mutações< 
Fatores biológicos: Pessoas que não herdaram genes mutados podem 
desenvolver câncer devido a alterações genéticas provocadas por certas infecções por 
vírus ou bactérias, tais como o câncer de fígado devido a hepatites B ou C 
(provocadas por vírus), câncer de colo uterino e cervical nas mulheres ou de pênis 
(causados por infecção por papiloma vírus), câncer de estômago (devido à infecção 
por bactéria Helicobacter pylorii prolongadae não tratada). 
 
• Agrotóxicos: Também podemos desenvolver câncer quando nosso 
corpo é exposto a pequenas doses diárias de inseticidas tanto de uso 
13 
caseiro quanto por contaminação de cereais, frutas e legumes nas 
lavouras – ao longo dos anos. 
• Poluentes atmosféricos: presentes na fumaça do escapamento de 
veículos movidos a óleo diesel, gasolina e álcool e outros aditivos que 
são misturados a eles, bem como o cigarro e os vapores químicos de 
indústrias diversas (de refino de petróleo, de tratamento de madeiras, de 
solventes industriais, etc.) o pó de amianto, os vapores de chumbo e 
outros químicos presentes nas tintas de parede, vernizes, tinturas de 
cabelo, etc., também podem atuar como um dos fatores para o 
desenvolvimento de diversos tipos de tumores malignos. 
• Exposição prolongada ao sol – principalmente na infância e 
adolescência – pode resultar em câncer de pele e melanoma (um tipo 
mais agressivo de câncer de pele) na idade adulta. É importante 
compreender que, cada vez que irritamos a pele ao sol (bronzeamento, 
vermelhidão, ressecamento ou bolhas e descamação), lesões acontecem 
nas camadas mais profundas que não são reparadas. Essas lesões vão se 
acumulando, com a repetição da exposição aos raios ultravioletas da luz 
do sol (mesmo em dias nublados) e podem acabar produzindo mutações 
malignas, principalmente em pessoas de pele clara. 
Um estilo de vida com muitas tensões emocionais, pressões, má alimentação, 
sono irregular, traumas ou episódios profundos e prolongados de depressão, podem 
contribuir para que todos os fatores já mencionados - ou vários deles - causem uma 
mutação maligna em algum órgão, em algum ponto de nossas vidas. 
Teoricamente, o câncer deveria ser mais comum na velhice, quando nosso 
corpo já acumulou muitas lesões devido ao estresse, poluição, contaminação com 
diversos cancerígenos e, ao mesmo tempo, tem as suas defesas naturais 
enfraquecidas devido à própria idade avançada. No entanto, os níveis crescentes de 
poluição (do ar, das águas e dos alimentos), contaminação alimentar por 
carcinogênicos, alimentação rica em frituras, gorduras e alimentos artificiais e 
conservados com químicos nocivos à saúde, o câncer está aparecendo no mundo 
moderno cada vez mais cedo e em um número crescente de indivíduos. 
14 
Hoje a Medicina já trata com sucesso um número cada vez maior de tipos de 
neoplasias (câncer). O diagnóstico de um tumor em suas fases iniciais de 
desenvolvimento, aumenta a chance de cura total da doença. Porém, novos 
tratamentos para alguns cânceres em seu estágio avançado, encontram-se hoje em 
desenvolvimento, com resultados animadores. Entre esses novos recursos de 
tratamento, encontram-se as terapias rediferenciadoras (com formas ácidas da 
vitamina A e D para alguns tumores e o trióxido de arsênico, para alguns tipos de 
leucemia), a hormonioterapia, como tratamento adjuvante para tumores de próstata e 
endométrio uterino e mama, bem como algumas vacinas, como a Theratope®, que se 
encontra em fase final de testes na Grã Bretanha, com mais de 900 pacientes com 
câncer de mama avançado. Novos medicamentos imunomoduladores que ajudam a 
aumentar as defesas naturais do corpo (sistema imunológico) a combaterem tumores 
já estão sendo utilizados no Brasil. 
Além disso, alguns tratamentos tradicionais continuam progredindo, como as 
diversas novas técnicas de diagnóstico precoce, de cirurgia, novos tratamentos com 
medicamentos quimioterápicos e novos avanços em radioterapia 
Uma crescente compreensão da importância de uma alimentação equilibrada e 
apropriada para o paciente com câncer é outro fator fundamental para melhorar a 
resposta aos tratamentos, promover sua qualidade de vida e diminuir ou evitar certos 
efeitos colaterais dos tratamentos. 
 
Tratamento Médico 
Hoje a Medicina já trata com sucesso um número cada vez maior de tipos de 
neoplasias (câncer). O diagnóstico de um tumor em suas fases iniciais de 
desenvolvimento, aumenta a chance de cura total da doença. Porém, novos 
tratamentos para alguns cânceres em seu estágio avançado, encontram-se hoje em 
desenvolvimento, com resultados animadores. Entre esses novos recursos de 
tratamento, encontram-se as terapias rediferenciadoras (com formas ácidas da 
vitamina A e D para alguns tumores e o trióxido de arsênico, para alguns tipos de 
leucemia), a hormonioterapia, como tratamento adjuvante para tumores de próstata e 
endométrio uterino e mama, bem como algumas vacinas, como a Theratope®, que se 
encontra em fase final de testes na Grã Bretanha, com mais de 900 pacientes com 
15 
câncer de mama avançado. Novos medicamentos imunomoduladores que ajudam a 
aumentar as defesas naturais do corpo (sistema imunológico) a combaterem tumores 
já estão sendo utilizados no Brasil. 
Além disso, alguns tratamentos tradicionais continuam progredindo, como as 
diversas novas técnicas de diagnóstico precoce, de cirurgia, novos tratamentos com 
medicamentos quimioterápicos e novos avanços em radioterapia. Portanto, no caso 
de diagnóstico de câncer, procure informar-se com seu médico sobre as melhores 
estratégias de tratamento para o seu caso em particular. 
Uma crescente compreensão da importância de uma alimentação equilibrada e 
apropriada para o paciente com câncer é outro fator fundamental para melhorar a 
resposta aos tratamentos, promover sua qualidade de vida e diminuir ou evitar certos 
efeitos colaterais dos tratamentos. 
(Sociedade Brasileira de Cancerologia) 
 
Internação Hospitalar e Cirurgia 
Dos tratamentos mencionados anteriormente, a cirurgia é o tratamento que 
quase sempre exige internação hospitalar, principalmente quando se tratam de 
tumores internos profundos ou em regiões de difícil acesso. Muitas vezes, o paciente 
de câncer chega ao serviço de saúde em um grau profundo de desnutrição, devido à 
falta de apetite ou dificuldade em alimentar-se. Nesses casos, o médico responsável 
pode decidir interná-lo por alguns dias para que ele possa receber alimentação por 
via enteral (sonda nasoenteral) ou parenteral (veia periférica, ou veia central), 
enquanto realiza os exames adicionais necessários para planejar a cirurgia. 
A cirurgia pode ser realizada com dois objetivos: extrair o tumor e/ou realizar a 
biópsia (exame que determina o tipo de tumor) e verificar se existem metástases na 
proximidade dele. (Metástases são formadas por células que saem do tumor principal 
e invadem outros órgãos ou tecidos). Quando nódulos linfáticos exibem invasão ou 
metástase, o médico cirurgião extrai estes nódulos também, na maioria das vezes. 
Uma vez encerrada a etapa cirúrgica, o médico responsável por seu tratamento 
irá decidir o tipo de terapia necessária a seguir:- quimioterapia, radioterapia ou 
ambas – ou ainda, uma combinação de uma destas (ou de ambas) com outras 
terapias, tais como a imunomodulação e/ou uma terapia rediferenciadora. 
Geralmente, esses tratamentos são realizados sem internação, através de atendimento 
16 
ambulatorial – a menos que seu médico decida que é importante mantê-lo internado 
por mais alguns dias. 
 
Sistema de Tratamento Ambulatorial 
É realizado quando o médico responsável e o paciente decidem que o 
tratamento pode ser feito sem a necessidade de internação. Tanto a quimioterapia 
quanto a radioterapia podem ser feitas em ambulatório. 
 
Quimioterapia 
É um tratamento que utiliza medicamentos (remédios) que eliminam as células 
de câncer que formam os tumores e metástases. Quando o tumor é muito grande e se 
encontra em uma região do corpo que não permite sua extração por cirurgia ou 
permite apenas a retirada de parte do tumor, a radioterapia pode ser utilizada em 
combinação com a quimioterapia ou uma e depois a outra – dependendo do que seu 
médico decidir ser mais recomendável. A quimioterapia pode inclusive servir para 
diminuiro tumor e permitir que ele seja, então, extraído através de cirurgia. 
 
Tratamento Adjuvante 
Uma situação em que a quimioterapia e/ou a radioterapia podem ser utilizadas 
como tratamento preventivo (adjuvante), é quando o tumor foi retirado na cirurgia, 
mas os estudos indicam que se o paciente fizer quimioterapia e/ou radioterapia, isso 
diminuirá a probabilidade de células tumorais que possam ter emigrado para outras 
regiões desenvolvam novos tumores. 
Existem muitos tipos de medicamentos quimioterápicos e aqueles que cada 
paciente irá receber, bem como a duração do tratamento, serão estabelecidos pelo 
médico responsável. A quimioterapia consiste na utilização de agentes químicos 
(remédios), isolados ou em combinação com outros tratamentos, com o objetivo de 
tratar uma doença. Os aspectos particulares sobre seu quadro clínico (doença) 
deverão ser esclarecidos com o médico responsável. 
 
Aplicação dos medicamentos quimioterápicos 
17 
Os medicamentos são preparados e aplicados por uma equipe de enfermagem 
treinada e podem ser administrados por várias vias de acesso (locais ou regiões do 
corpo), tais como: 
a) Via Endovenosa (na veia): poderá ser realizado através de uma veia 
periférica (mãos ou braços), ou por um catéter (vide explicação posterior). 
b) Via Intramuscular (dentro do músculo): nos braços, pernas ou nádegas. 
c) Via Subcutânea (na região acima do músculo): nádegas, barriga, braços ou 
pernas (coxas). 
d) Via oral (tomando comprimidos, cápsulas ou líqüidos pela boca): o médico 
informará sobre os medicamentos que irá receber, os possíveis efeitos colaterais 
que podem acompanhar o tratamento e como agir caso estes ocorram. A 
medicação é tomada em horários definidos pelo médico, para facilitar a sua 
absorção. Por exemplo, 1 hora antes ou 1 hora e 30 minutos após a refeição. É 
importante observar a orientação do médico e não interromper a medicação sem 
informá-lo. 
Muitos desses medicamentos precisam ser administrados (tomados), a 
intervalos específicos (1 vez por semana ou a cada 21, 28 dias, etc.) para que o 
objetivo do tratamento seja alcançado. 
 
Efeitos Colaterais 
A ocorrência de efeitos colaterais depende fundamentalmente dos tipos de 
medicamentos (remédios) prescritos e do próprio organismo de cada paciente. 
Isso significa que alguns efeitos colaterais desagradáveis podem ocorrer com uma 
pessoa enquanto uma outra nada sente ou os têm de forma mais branda. 
Alguns efeitos de medicamentos quimioterápicos são a diminuição de glóbulos 
brancos e/ou de glóbulos vermelhos e plaquetas. Quando o potencial deste efeito é 
muito grande, o médico poderá indicar uma medicação subcutânea ou endovenosa 
(na veia) que ajude a restaurar esses componentes do sangue. Certos medicamentos 
quimioterápicos afetam o crescimento de cabelos e pelos do corpo. 
Durante este tempo, corpo e unhas, causando a queda de cabelos e 
enfraquecimento de unhas. Porém, na maioria das vezes, esses sintomas são 
temporários e, uma vez encerrado o tratamento, eles voltam a crescer. 
18 
 
Paciente com Catéter Implantado (“port”): 
O “port” é um dispositivo implantado através de um procedimento cirúrgico 
simples, com anestesia local ou geral. Consiste em um “compartimento” colocado 
sob a pele (abaixo), geralmente na região superior do tórax. A finalidade deste é 
receber as medicações (remédios) sem a necessidade de puncionar uma veia 
periférica (furar as veias do braços e mãos). Uma vez implantado o ”port”, os pontos 
(suturas) no local da cirurgia deverão ser retirados, entre sete e dez dias. deverão ser 
realizados curativos e cuidados diários por pessoa habilitada. 
O “port” pode ser puncionado por volta de 2.000 vezes e durar até oito anos e 
poderá ser puncionado desde sua implantação, de acordo com a orientação médica. 
(Sociedade Brasileira de Cancerologia ) 
 
RADIOTERAPIA 
Radioterapia é um tratamento que busca destruir as células do tumor através da 
irradiação de ondas de energia originadas de material radioativo (ou seja, material 
que emite essas ondas), como por exemplo, o Raio X, o cobalto, o iodo radioativo, 
etc. Esses raios são invisíveis, não têm cheiro e você não sente dor durante a 
aplicação. 
O tratamento radioterápico é feito no Serviço de Radioterapia de um 
ambulatório equipado para isto ou de um hospital, mas não exige que seja internado 
especificamente para este procedimento. 
Antes do início das sessões de radioterapia o médico radioterapeuta e a 
enfermagem especializada em radioterapia irão examinar e orientar, esclarecendo as 
dúvidas, Serão feitas várias radiografias da região do corpo em que as aplicações 
serão feitas Em seguida, será marcada uma sessão de simulação (“ensaio”), para 
estudar a posição em que deve permanecer durante a aplicação, estabelecer o local 
exato da aplicação, a dose e o tipo de radiação e o número de aplicações necessárias. 
Após o término do tratamento, haverá um período de acompanhamento, em 
que o médico responsável pela radioterapia fará um exame periódico do(a) paciente 
para avaliar possíveis efeitos tardios da radiação e estabelecer tratamento adequado 
para eles. 
19 
 
Hormonioterapia 
Alguns tumores (de próstata no homem e de mama ou do endométrio uterino 
na mulher) podem depender de hormônios para crescerem. Assim, pode fazer parte 
do tratamento oncológico o bloqueio da produção de certos hormônios pelo corpo ou 
o uso de hormônios que antagonizem aquele hormônio que estimula o crescimento 
do tumor. Esse bloqueio hormonal pode ser realizado com medicações orais e, 
quando esta é a via de administração. 
Outros hormonioterápicos são injetáveis por via intramuscular ou subcutânea 
e sua aplicação obedece uma estratégia definida pelo médico que deve ser seguida à 
risca. 
 
Efeitos colaterais: 
Podem surgir sinais de menopausa ou andropausa precoces, disfunções sexuais, 
ressecamento vaginal, ondas de calor. Apesar desses inconvenientes, a 
hormonioterapia pode ser um tratamento muito eficaz, valendo a pena suportar seus 
efeitos colaterais, frente a seus benefícios potenciais, quando bem indicada. 
Uma nutrição (alimentação) adequada e apropriada para cada fase da vida é 
indispensável a todos os seres vivos, para a manutenção da saúde, diminuição de 
riscos de doenças e também para a restauração da saúde, através da recuperação, 
reconstrução, desintoxicação e reparo de células, órgãos e tecidos ao longo de nossas 
vidas. Nosso reparo de células, órgãos e tecidos ao longo de nossas vidas. 
Nosso sistema imunológico (que nos defende de infecções) e demais funções 
vitais dependem dos micro-nutrientes extraídos dos ingerimos alimentos. 
(Sociedade Brasileira de Cancerologia) 
20 
Câncer do Endométrio 
Não existe dúvida de que em qualquer 
mulher com sangramento após menopausa, o 
diagnóstico de câncer de endométrio ou de 
lesões precursoras deve ser afastado; por outro 
lado, naquelas na menacme com sangramento 
uterino disfuncional (SUD) o endométrio deve 
ser obrigatoriamente estudado, antes de se iniciar 
qualquer terapêutica, pois não raramente pode-se 
tratar de um carcinoma endometrial ou de uma 
lesão precursora. Nessas mulheres a anamnese, o exame clínico e a determinação 
sérica da glicose são imprescindíveis, pois é comum a associação entre câncer de 
endométrio, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Cuidadosa investigação 
do peso também deve ser incluída, destacando o sobrepeso e a obesidade mórbida, 
pois é cada vez mais freqüente o número de casos de câncer de endométrio nessas 
mulheres. Em relação às mulheres após a menopausa há um consenso quanto ao 
primeiro exame que deve ser solicitado: a ultra-sonografia, de preferência a 
transvaginal para mensurar a espessura endometrial (dupla camada); se esta for 
menor de 5 mm, afasta-se praticamente ocâncer endometrial. 
O outro exame, também ambulatorial é a aspiração do endométrio com cânula 
tipo Pipelle, que de acordo com a Associação Norte-americana de Câncer é capaz de 
diagnosticar 99% das lesões. Este exame é o mais indicado para as mulheres com 
SUD em idade reprodutiva. 
Não há duvida de que a histerectomia total é a terapêutica de eleição e a 
extensão da cirurgia dependerá do estadiamento da doença. Entretanto, é crescente o 
número de casos de mulheres com câncer de endométrio em idade reprodutiva que 
desejam conservar seu potencial reprodutivo ou de mulheres com contra-indicações 
para a cirurgia. Nestas situações duas opções emergem como importantes 
alternativas: a inserção de um sistema intra-uterino liberador de levonorgestrel 
(Mirena) ou a utilização do acetato de medroxiprogesterona em altas doses. 
(Luis Bahamondes - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.50 no.1 São Paulo 2004) 
21 
 O corpo do útero, também chamado endométrio, tem apresentado elevação de 
incidência de câncer em virtude do aumento da expectativa de vida. 
Estima-se que 2% das mulheres desenvolverão câncer de endométrio. 
Cerca de 80% dos casos surgirão no período pós-menopausa, em mulheres 
entre 55 a 65 anos. 
 Calcula-se em 80% as chances de cura de câncer de endométrio, pois a 
doença geralmente apresenta sintomas (sangramento vaginal pós menopausa) já na 
sua fase inicial. 
 
Fatores de risco: 
Obesidade; hipertensão arterial; diabetes; portadoras de síndrome de ovário 
policístico; parentes em 1º grau que já tiveram esse tipo de tumor; uso indevido de 
estrógenos isolados; pacientes com mais de 3 anos de uso de tamoxifeno por câncer 
de mama, podem ter maior risco de desenvolver câncer de endométrio. Quanto maior 
o número de gestações que a mulher tiver, menor será sua chance de desenvolver 
esse tipo câncer. 
 
Sinais e sintomas mais freqüentes: 
Sangramento genital pós-menopausa; dor no baixo ventre; trombose nas 
pernas; sangramento uretral e/ou anal. 
 
Diagnóstico 
Ultra-sonografia ou doppler colorido trans-vaginal podem apontar a espessura 
do endométrio que, estando acima do esperado, pode indicar a necessidade de uma 
biópsia; 
Ressonância magnética tem sido útil no diagnóstico e estágio do câncer do 
endométrio, em virtude de sua capacidade de realizar imagens que permitem analisar 
a extensão do tumor, verificar se há invasão e em qual profundidade. 
 
Tratamentos 
Variam de acordo com a extensão do tumor, podendo ser desde uma cirurgia 
com ou sem radioterapia, até o tratamento hormonal. A maioria dos casos de tumor 
in situ (localizados) pode ser tratada cirurgicamente, com a remoção total do útero 
(histerectomia). 
 
Para prevenir o câncer de endométrio é importante: 
Evitar a obesidade; controlar a hipertensão; fazer terapia adequada de reposição 
hormonal no climatério; observar e corrigir ciclos sem ovulação persistentes. 
Fontes: American Câncer Society (Associação Brasileira Do Câncer) 
22 
Recomendações dietoterapicas atuais 
De acordo com o planejamento nutricional define-se a conduta dietoterápica 
que melhor se adapta ao paciente, levando-se em consideração as suas necessidades e 
condições fisiológicas e nutricionais. Para isso é escolhida a terapia nutricional mais 
adequada à administração de nutrientes por via oral, enteral ou parenteral, com o 
objetivo de manter e recuperar o estado nutricional dos pacientes. 
 
Características da Dieta. 
Dieta Geral, Branda, Pastosa, Leve ou Líquida , fracionada de 6 a 8 vezes/dia. 
Dieta por via enteral exclusiva ou suplementar por via oral polimérica ou 
monomérica, de acordo com o tipo de tumor e localização. 
 
VET: normo a hipercalórica, Fator Injuria para o câncer. 
Proteína: 1,0 a 1,5 g/kg/dia para manutenção e depletados 1,5 a 2,0 g/kg/dia. 
No caso do paciente ser portador de Diabetes Mellitus o maior aporte protéico não 
compromete os níveis glicemicos. 
Carboidratos: normoglicídica. Para pacientes com diabetes a dieta deve ser 
hipoglicídica dando prioridade no consumo dos carboidratos complexos e integrais, 
e fazer o uso de edulcorantes. 
Lipídios : <30%, observar se o paciente não apresenta dislipidemia. Para 
pacientes Diabéticos e Hipertensos dar preferência as gorduras monoinsaturadas e 
poliinsaturadas, para evitar a dislipidemia e o desenvolvimento das doenças 
cardiovasculares. 
Líquidos : aumentar a ingestão em diarréia e febre. 
 
23 
REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL 
Os Registros de Câncer de Base Populacional coletam dados sobre câncer de 
uma população bem definida, possibilitando, desta forma, a obtenção do número de 
casos novos de câncer desta população, e conseqüentemente a sua incidência. 
No Estado de São Paulo, o Registro de Câncer de Base Populacional está 
implantado nos Municípios de São Paulo e Campinas, e em processo de implantação 
em Santos. 
Há alguns anos o Instituto Nacional de Câncer (INCA), instância do Ministério 
da Saúde responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção 
e controle do câncer no Brasil, divulga dados de estimativas da incidência e 
mortalidade por câncer no país. As estimativas do INCA para 2005 referentes ao 
Estado de São Paulo estão nas tabelas abaixo: 
 
Estimativa dos Casos Novos 
Estado Capital 
Localização 
Primária 
Neoplasia maligna Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta 
Pele não Melanoma 17.720 89,44 4.670 85,98 
Traquéia, Brônquios e 
Pulmão 
4.960 25,04 1.630 30,03 
Estômago 4.730 23,88 1.430 26,38 
Próstata 13.020 65,71 4.230 77,91 
Cólon e Reto 4.760 24,02 1.780 32,78 
Esôfago 2.280 11,50 610 11,24 
Leucemias 1.370 6,90 440 8,13 
Cavidade Oral 3.520 17,77 1.060 19,60 
Pele Melanoma 1.040 5,28 260 4,78 
Outras Localizações 16.690 84,26 5.790 106,62 
Total 70.090 353,83 21.900 403,25 
 
Fonte: INCA 
 
 
24 
taxas brutas de incidência por 100.000 mulheres e do número de 
casos novos por câncer, segundo localização primária. Estado de São Paulo, 2.005. 
Estimativa dos Casos Novos 
Estado Capital 
Localização 
Primária 
Neoplasia maligna Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta 
Pele não Melanoma 14.350 69,54 3.910 65,63 
Mama Feminina 16.090 78,01 6.170 103,49 
Traquéia, Brônquios e 
Pulmão 
2.380 11,56 820 13,83 
Estômago 2.350 11,40 820 13,83 
Colo do Útero 4.240 20,56 1.550 25,92 
Cólon e Reto 4.970 24,11 1.950 32,69 
Esôfago 490 2,39 140 2,35 
Leucemias 1.120 5,43 370 6,17 
Cavidade Oral 1.150 5,59 340 5,67 
Pele Melanoma 1.070 5,69 390 6,56 
Outras Localizações 18.910 91,65 7.070 118,54 
Total 67.220 325,80 23.530 394,50 
 
Fonte: INCA 
 
25 
7.1 - Fisiopatologia da Hipertensão Arterial Sistêmica 
 
Introdução 
O desenvolvimento de hipertensão depende da interação entre predisposição 
genética e fatores ambientais, embora ainda não seja completamente conhecido como 
estas interações ocorrem. Sabe-se , no entanto, que a hipertensão é acompanhada por 
alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, renais, do sistema 
renina angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial. 
Assim a hipertensão resulta de várias alterações estruturais do sistema 
cardiovascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam dano 
cardiovascular. 
 
Sistema nervoso autônomo (simpático) 
O sistema simpático tem uma grande importância na gênese da hipertensão 
arterial e contribui para a hipertensão relacionada com o estado hiperdinâmico. 
Mensurações das concentrações de catecolaminas plasmáticas tem sido usadas para 
avaliar a atividade simpática. Vários autores relataram concentrações aumentadas de 
noradrenalina no plasma em pacientes portadores de hipertensão essencial, 
particularmente em pacientes mais jovens. Estudos mais recentes sobreatividade 
simpática medida diretamente sobre nervos simpáticos de músculos superficiais de 
pacientes hipertensos confirmam esses achados. Também foi demonstrada a 
alteração da resposta reflexa dos baroreceptores, tanto em modelos experimentais 
como em modelos clínicos. 
 
Mecanismos Renais 
Mecanismos renais estão envolvidos na patogênese da hipertensão, tanto 
através de uma natriurese alterada, levando à retenção de sódio e água, quanto pela 
liberação alterada de fatores que aumentam a PA como a renina ou de fatores 
depressores da PA como prostaglandinas. 
 
 
 
26 
Sistema Renina-angiotensina 
O sistema renina-angiotensina está envolvido no controle fisiológico da 
pressão arterial e no controle do sódio. Tem importantes implicações no 
desenvolvimento da hipertensão renal e deve estar envolvido na patogênese da 
hipertensão arterial essencial. O papel do sistema renina-angiotensina-aldosterona a 
nivel cardíaco, vascular e renal é mediado pela produção ou ativação de diversos 
fatores de crescimento e substâncias vaso-ativas, induzindo vasoconstricção e 
hipertrofia celular. 
 
Adaptação cardiovascular 
A sobrecarga do sistema cardiovascular causada pelo aumento da pressão 
arterial e pela ativação de fatores de crescimento leva a alterações estruturais de 
adaptação, com estreitamento do lumem arteriolar e aumento da relação entre a 
espessura da média e da parede arterial. Isso aumenta a resistencia ao fluxo e 
aumenta a resposta aos estímulos vasoconstrictores. A adaptação vascular instala-se 
rapidamente. 
Adaptações estruturais cardíacas consistem na hipertrofia da parede ventricular 
esquerda em resposta ao aumento na pós-carga (hipertrofia concêntrica), e no 
aumento do diâmetro da cavidade ventricular com aumento correspondente na 
espessura da parede ventricular (hipertrofia excentrica), em resposta ao aumento da 
pré-carga. 
Tanto as adaptações vasculares quanto as cardíacas atuam como amplificadores 
das alterações hemodinamicas da hipertensão e como início de várias das 
complicações dela decorrentes. 
 
Disfunção endotelial 
Novos estudos demonstraram o envolvimento do endotélio na conversão da 
angiotensina I em angiotensina II, na inativação de cininas e na produção do fator 
relaxante derivado do endotélio ou óxido nítrico. Além disso, o endotélio está 
envolvido no controle hormonal e neurogênico local do tônus vascular e dos 
processos homeostáticos. Também é responsável pela liberação de agentes 
27 
vasoconstrictores, incluindo a endotelina, que está envolvida em algumas das 
complicações vasculares da hipertensão. 
Na presença de hipertensão ou aterosclerose, a função endotelial está alterada e 
as respostas pressóricas aos estimulos locais e endógenos passam a se tornar 
dominantes. Ainda é muito cedo para determinar se a hipertensão de uma forma geral 
está associada à disfunção endotelial. Também ainda não está claro se a disfunção 
endotelial seria secundária à hipertensão arterial ou se seria uma expressão primária 
de uma predisposição genética. 
Estudos recentes identificaram de forma mais clara vários mecanismos 
fisiopatológicos envolvidos na hipertensão arterial, no entanto ainda não está claro 
quais fatores são iniciadores da hipertensão e quais são seus perpetuadores. 
( III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial) 
Guideline de HAS da OMS/WHO 
 
A Hipertensão Arterial, mais conhecida como “Pressão Alta”, pode ser 
encarada como uma doença ou como um fator de risco para o desenvolvimento de 
doenças do coração, pois, na grande maioria das vezes, não provoca sintomas ou os 
sintomas são gerais (podem ocorrer em qualquer doença), como dores de cabeça, 
tonturas, mal estar... 
É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que 
fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%), 
não se consegue descobrir sua causa. 
De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará 
hipertensão leve, ou seja, fácil de controlar e tratar. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da hipertensão arterial é estabelecido pelo encontro de níveis 
tensionais acima dos limites superiores da normalidade (140/90 mmHg) quando a 
pressão arterial é determinada através de metodologia adequada e em condições 
apropriadas 
 
 
28 
Tabela 1-Classificação diagnóstica da hipertensão arterial.Adultos (maiores de 18 anos). 
PAD (mm Hg) PAS (mm Hg) Classificação 
< 85 < 130 Normal 
85-89 130-139 Normal Limítrofe 
90-99 140-159 Hipertensão Leve (estágio 1) 
100-109 160-179 Hipertensão Moderada (estágio2) 
> 110 > 180 Hipertensão Grave (estágio 3) 
< 90 > 140 Hipertensão Sistólica Isolada 
Fonte: Guideline de HAS da OMS/WHO 
 
 
Exames físicos 
A medida do Índice de Massa Corporal (IMC = peso/[altura]²), pois o 
sobrepeso e a obesidade podem ser causas secundárias de hipertensão arterial; 
A medida da pressão arterial duas ou mais vezes. Em maiores de 65 anos deve 
ser medida sentado e em pé; O exame de fundo de olho. 
O encontro de lesões oculares requer maiores cuidados no tratamento; 
Procura de sopros carotídeos (ausculta do pescoço) e de sopros abdominais. 
 
Exames complementares 
Devem ser realizados ao menos uma vez ao ano e sua freqüência será 
estabelecida de acordo com os resultados. São eles: Urina simples; Glicemia de 
jejum; Sódio e potássio; Creatinina; Colesterol total, HDL e Triglicerídeos; 
Hemograma. 
29 
Recomendações para seguimento (prazos máximos)*: 
Tabela 2-Pressão arterial inicial (mmHg)** 
Sistólica Diastólica Seguimento 
< 130 < 85 Reavaliar em 1 ano 
130-139 85-89 Reavaliar em 6 meses 
140-159 90-99 Confirmar em 2 meses 
160-179 100-109 Confirmar em 1 mês 
> 180 > 110 Intervenção imediata ou reavaliar em 1 semana 
Fonte: Guideline de HAS da OMS/WHO 
 
 
O TRATAMENTO MÉDICO 
O tratamento vai depender não somente dos níveis de pressão arterial, mas 
também da co-existência de fatores de risco e de lesões em outros órgãos do corpo. 
 
Fatores de Risco Maiores: 
 Tabagismo, dislipidemia , diabetes mellitus, idade acima de 60 anos, homens 
ou mulheres pós-menopausa, história familiar de doença cardiovascular em 
mulheres com menos de 65 anos e em homens com menos de 55 anos. 
 
Doenças Cardiovasculares: 
Doenças Cardíacas: Hipertrofia ventricular esquerda , Angina ou infarto do 
miocárdio prévio , Revascularização miocárdica prévia e Insuficiência cardíaca 
Episódio isquêmico ou acidente vascular cerebral , Neufropatia , Doença 
vascular arterial periférica Retinopatia hipertensiva. 
Classificação em grupos, de acordo com o fator de risco individual: 
Grupo A — sem fatores de risco e sem lesões em órgãos-alvo 
Grupo B — presença de fatores de risco (não incluindo diabete mellitus) e 
sem lesão em órgãos-alvo 
Grupo C — presença de lesão em órgãos-alvo, doença cardiovascular 
clinicamente identificável e/ou diabete mellitus. 
30 
Tratamento medicamentoso deve ser instituído na presença de insuficiência 
cardíaca, insuficiência renal, ou diabete mellitus. 
Pacientes com múltiplos fatores de risco podem ser considerados para o 
tratamento medicamentoso inicial 
 
Tabela 3- Decisão terapêutica baseada na estratificação do risco e nos níveis de pressão: 
Pressão arterial Grupo A Grupo B Grupo C 
Normal limítrofe 
(130-139 mmHg/85-89 
mmHg) 
Modificações no 
estilo de vida 
Modificações no 
estilo de vida 
Modificações no 
estilo de vida* 
Hipertensão leve (estágio 1) 
(140-159 mmHg/90-99 
mmHg) 
Modificações no 
estilo de vida 
Modificações no 
estilo de vida** 
(até 12 meses) 
Terapia 
medicamentosa 
(até 6 meses) 
Hipertensão moderada e 
severa 
(estágios 2 e 3) 
(> 160 mmHg/> 100 mmHg) 
Terapia 
medicamentosa 
Terapiamedicamentosa 
Terapia 
medicamentosa 
Fonte: Guideline de HAS da OMS/WHO 
Modificações do Estilo de Vida (MEV) 
 
Redução do peso corporal; Redução da ingestão de sódio; Maior ingestão de 
alimentos ricos em potássio (feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escuros, banana, 
melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja); Redução do 
consumo de bebidas alcoólicas; Exercícios físicos aeróbicos regulares (30 minutos de 
caminhadas diárias). 
 
III CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Sociedade Brasileira de Hipertensão 
Sociedade Brasileira de Cardiologia - Departamento de Hipertensão Arterial 
Sociedade Brasileira de Nefrologia - Departamento de Hipertensão Arterial 
31 
Conceito atual de Hipertensão Arterial Sistêmica 
A hipertensão arterial sistêmica atualmente não pode mais ser vista apenas 
como uma condição clínica em que as cifras tensionais estão acima de um 
determinado valor. Na verdade a hipertensão arterial existe num contexto 
sindrômico, com alterações hemodinâmicas, tróficas e metabólicas, entre as quais a 
própria elevação dos níveis tensionais, as dislipidemias, a resistência insulínica, a 
obesidade centrípeta, a microalbuminúria, a atividade aumentada dos fatores de 
coagulação, a redução da complascência arterial e a hipertrofia com alteração da 
função diastólica do VE. 
Os componentes da síndrome hipertensiva são muitas vezes fatores de risco 
cardiovascular independentes. Os esquemas terapêuticos antigos, propostos com a 
intenção única de baixar os níveis tensionais, não obtiveram uma redução da 
morbidade e mortalidade como esperado, a despeito de uma redução eficaz dos 
níveis pressóricos. 
Ao tratar a hipertensão devemos ter em mente os fatores de risco associados e o 
impacto do tratamento nestes fatores. Uma droga por vezes benéfica para a redução 
da PA é maléfica em relação a outro componente da síndrome, como por exemplo 
uma droga pode induzir hiperglicemia ou dislipidemia. Assim apesar de um controle 
satisfatório da PA outros fatores de risco potencialmente maiores podem se sobrepor, 
não melhorando a situação clínica do paciente. 
Assim o tratamento atual da hipertensão arterial sistêmica não deve se resumir 
simplesmente à redução dos níveis pressóricos. 
Sociedade Brasileira de Hipertensão 
32 
7.2 - Obesidade 
Definições: 
A obesidade é o resultado de diversas interações, nas quais chamam a atenção 
os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. 
Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, 
bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um 
grupo de pessoas. 
Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos 
referentes aos diversos mecanismos pêlos quais se ganha peso, demonstrando cada 
vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores. 
Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está 
sempre associado a um aumento da ingestão alimentar e a uma redução do gasto 
energético correspondente a essa ingestão. 
 O aumento da ingestão pode ser decorrente da quantidade de alimentos 
ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingestão calórica 
total aumentada. 
O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas 
ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças 
nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais. 
33 
Fatores de risco : 
Tabela 4- A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser: 
 
Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e 
distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua 
expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida. 
Determinar os tipos de obesidade: a obesidade hipertrófica é o resultado de um 
aumento do conteúdo lipídico do adípocitos; é mais comum e geralmente é 
encontrado entre adultos. As células pequenas totalmente preechidas representam um 
risco maior para a saúde que as células grandes incompletamente preenchidas. 
A obesidade hiperplásmatica-hipertrófica é resultado do aumento do número de 
células gordurosas do conteúdo lipídico da mesmas, sendo mais comum em pacientes 
cuja obesidade se inicia precocemente. A obesidade hiperplámatica (aumento no 
número de células). Acredita-se agora que podem ocorrer aumento no número de 
células durante a vida. 
(Guyton e Hall) 
Doenças Distúrbios 
Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos 
Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia 
Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom") 
Diabetes Mellitus tipo 2 Aumento da insulina 
Câncer Intolerância à glicose 
Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade 
Coledocolitíase Apnéia do sono 
34 
7.3 - A importância das fibras alimentares 
Definição: 
Considerem-se fibras alimentares todos os polissacarídeos vegetais da dieta 
que não são difgeridas pelas enzimas do trato digestório humano. 
Existem dois tipos de fibras que podem ser: 
 
Fibras solúveis: 
Presentes nas frutas, leguminosas secas, aveia e cevada. As fibras solúveis 
retar-dam o esvaziamento gástrico, aumentam o tempo e trânsito intestinal, retaram a 
absorção da glicose e diminuem o colesterol plasmático LDL- (colesterol ruim). 
Poderemos encontrá-las por exemplo nos seguintes alimentos: Farelo de aveia , 
cenoura cozida, goma guar. 
 
Fibras insolúveis: 
Presentes nos grãos e hortaliças. As fibras insolúveis diminuem o tempo de 
trânsi-to intestinal, aumentam o volume fecal, retardam a absorção da glicose e 
retardam a quera do amido. 
São encontradas nos seguintes alimentos : farelo de trigo, leguminosas e 
folhosas e frutas com cascas 
A recomendação diária de consumo das fibras alimentares é em média 30 
gramas Para que se tenha uma alimentação rica em fibras pode-se: substituir o pão 
branco por pão integral ou de centeio, preferir arroz ou macarrão integral, substituir a 
farinha de rosca por farelo, e comer frutas frescas com casca e verduras. 
As fibras são conhecidas pelo seu efeito benéficos na prevenção ou tratamento 
de várias doenças, como o diabetes melito, aterosclerose, o câncer de cólon, a 
síndrome do intestino curto e a doença diverticular dos cólons. 
As fibras alimentares promove regulação no tempo de trânsito intestinal, 
aumentam o volume das evacuações. Auxilia no controle da glicemia, na redução dos 
triglicerídeos e colesterol sangüíneo e no tratamento da obesidade. 
Umas das importante propriedades das fibras, quando no cólon, é a sua 
capacidade de absorver água , formando assim fezes volumosas e macias. 
35 
Doentes com obstipação intestinal (constipação - intestino preso) nos quais não 
foi encontrada causa orgânica apresentam ingestão pobre em fibras na maioria dos 
casos. A indicação de ambos os tipos de fibras, solúveis e insolúveis, mas por 
mecanismos diferentes, aumentam o volume fecal. O farelo de trigo tem sido usado 
como agente para aliviar constipação intestinal pela retenção de água, formando 
fezes macias e mais pesadas. 
A importância das fibras em nosso organismo, para nos manter com uma 
melhor qualidades de vida. Por isso é importante que sempre incluamos alimentação 
alimentos que são fontes de fibras. 
FDA (Food and Drug Administration) 
36 
7.4 - A Imortância da água na dieta 
A água é o elemento mais abundante na Terra e também aquele de que o nosso 
organismo mais necessita. 
Mais de 60% do corpo humano é constituído por água sendo assim a água 
torna-se Nutriente indispensável para nosso bem estar e saúde. A água auxilia na 
regulação da temperatura do corpo humano, elimina as toxinas através da urina e da 
transpiração, molda bolofecal, é usada intensamente no processo de respiração e faz 
a distribuição de muitos nutrientes pelos diversos órgãos do nosso corpo. 
Na sua falta, o sistema natural de limpeza e desintoxicação do organismo fica 
sempre muito prejudicado, contribuindo para o aparecimento das mais inúmeras 
doenças. 
A quantidade de água que se deve beber, depende da constituição física, do 
nível de atividade e da umidade do ar. O corpo humano perde uma quantidade 
significativa de água através da respiração, transpiração e urina. Por tudo isto, os 
especialistas tem recomendado que se beba pelo menos 2 litros de água por dia. 
Beber bastante água faz com que todo o organismo fique mais equilibrado e 
resistente. 
 
Importante: é necessário ter especial atenção em situações de doença, esforço 
físico prolongado e outras que possam requerer uma maior ingestão de água. 
(Lage, M. Dietoterapia) 
37 
7.5 - Diabetes Tipo 1 
INTRODUÇÃO 
O diabetes Tipo 1 aparece como resultado de uma destruição das células beta 
produtoras de insulina por engano, pois o organismo acha que são corpos estranhos. 
Isso é chamado de resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras 
doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide. 
Os pesquisadores não sabem exatamente por que isso acontece. No diabetes, 
porém, encontram-se vários fatores que parecem estar ligados ao diabetes tipo 1. 
Entre eles incluem-se a genética, os auto-anticorpos e os vírus. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem 
apresentar: 
• Muita sede;Vontade de urinar diversas vezes; 
• Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o 
habitual); 
• Fome exagerada; 
• Visão embaçada; 
• Infecções repetidas na pele ou mucosas; 
• Machucados que demoram a cicatrizar; 
• Fadiga (cansaço inexplicável); 
• Dores nas pernas por causa da má circulação. 
Em alguns casos não há sintomas. Isto ocorre com maior freqüência no 
diabetes tipo 2. Neste caso, a pessoa pode passar muitos meses, às vezes anos, para 
descobrir a doença. Os sintomas muitas vezes são vagos, como formigamento nas 
mãos e pés. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais 
de 40 anos de idade. 
38 
7.6 - Diabetes Tipo 2 
Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior que no tipo 
1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se 
que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após 
os 40 anos. 
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. 
O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por 
muitas razões suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da 
corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência insulínica". 
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode 
responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de 
medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina. 
Principais Sintomas: 
• Infecções freqüentes; 
• Alteração visual (visão embaçada); 
• Dificuldade na cicatrização de feridas; 
• Formigamento nos pés; 
• Furunculose. 
39 
MONITORIZAÇÃO DO DIABETES 
Para se obter um controle satisfatório da glicemia os portadores de diabetes 
devem ser avaliados pela equipe multidisciplinar a cada três ou quatro meses. As 
consultas servem para orientar as bases do tratamento do diabetes : educação, dieta, 
automonitorização e para solicitar exames de rotina. 
Em laboratório, por exemplo, é medida a glicose plasmática e a hemoglobina 
glicada, que avalia a média das glicemias nos últimos três meses. Esta dosagem é de 
extrema importância para a prevenção de complicações crônicas do diabetes. 
Recomenda-se, também, realizar as dosagens de colesterol total, triglicerídeos, LDL 
e HDL-colesterol de preferência a cada três meses. 
 
Automonitorização 
No diabetes tipo 2, como no diabetes tipo 1, a medida da glicose no sangue 
capilar("dedo") é o teste com melhor precisão. No entanto, razões de ordem 
psicológica ou econômica podem dificultar a realização desta técnica. Nesses casos, 
a medida da glicose na urina, especialmente no período pós-prandial (2 horas após a 
refeição), pode representar um método alternativo. 
Contudo, convém lembrar que o teste de glicose na urina (glicosúria) é um 
método indireto de avaliação para o controle da glicemia. Não possuem uma precisão 
adequada, já que a glicose só começa a aparecer na urina, quando está geralmente 
acima de 180 mg/dl no sangue. 
O teste com resultado "negativo" também não demonstra se os níveis de 
glicose estão normais (70 a 110 mg/dl) ou baixos (menores que 60 mg/dl) que é o 
ocorre na hipoglicemia. Portanto, o teste de glicemia capilar deve ser realizado 
sempre que se desejar confirmar situações de hipo ou hiperglicemia. Os resultados 
devem ser revisados periodicamente com o médico ou enfermeira que estiverem 
fazendo o acompanhamento. 
Receberá as orientações necessárias sobre os objetivos do tratamento e as 
providências que devem ser tomadas. À medida em que os testes de glicemia capilar 
estiverem mais estáveis, poderão ser realizados apenas uma vez por dia, em 
diferentes horários, inclusive duas horas após as refeições. 
(Sociedade Brasileira de Diabetes ) 
40 
7.7 - Aspectos Peculiares do Idoso 
 
O idoso (60 ou mais anos) apresenta peculiaridades relacionadas com o 
processo de envelhecimento, como: a) redução progressiva da altura, de um a dois 
cm por écada; b) ganho progressivo de peso e IMC até em torno de 65 a 70 anos, 
diminuindo a partir de então; c) alterações da composição corporal, com 
redistribuição de gordura, que diminui a nível periférico e aumenta no interior do 
abdome, e redução da massa magra. 
Alguns autores consideram que a desnutrição pode ser difícil de distinguir das 
alterações resultantes do processo natural do envelhecimento porém se não for 
detectada, pode resultar em agravamento de condições clínicas e aumento da 
mortalidade. 
A população idosa é particularmente propensa a problemas nutricionais devido 
a fatores relacionados com as alterações fisiológicas e sociais, ocorrência de doença 
crônica, uso de várias medicações, problemas na alimentação (comprometendo a 
mastigação e deglutição), depressão e alterações da mobilidade com dependência 
functional. Perda de peso involuntária, redução do apetite e caquexia são comuns na 
população geriátrica. Anorexia é a principal causa de desnutrição no idoso, de 
etiologia multifatorial, que engloba 
doença sistêmica, iatrogenia e fatores psicossociais. Os receptores gustativos e 
olfativos têm sua função diminuída com o envelhecimento, comprometendo a 
qualidade estimulante do apetite contida nos alimentos. Também se observa 
lentificação do esvaziamento gástrico, com o aumento da saciedade (estado que se 
segue a uma refeição no qual a fome encontra-se inibida) e da saciação (processo de 
regulação que ocorre durante a alimentação, que inibe a ingestão de mais alimento). 
Estas alterações decorrentes do processo fisiológico de envelhecimento 
comprometem a ingestão de nutrientes, podendo levar à desnutrição. 
Muitos pesquisadores, durante os últimos 25 anos do século passado, tentaram 
desenvolver instrumentos válidos para identificar os idosos desnutridos ou em risco 
aumentado de complicações relacionadas ao estado nutricional porém observa-se na 
literature pertinente uma falta de consenso em relação aos critérios diagnósticos de 
desnutrição, inexistindo um padrão-ouro. 
41 
Além do mais, aspectos peculiares relacionados ao envelhecimento obrigam a 
avaliação mais profunda, com análise de fatores de risco. 
A saúde bucal deve ser observada, pois a perda dosdentes e outras afecções da 
cavidade oral causando dor e dificuldade para mastigar e deglutir estão associadas 
com desnutrição. Esta avaliação se reveste de importância, pois medidas preventivas 
e procedimentos odontológicos simples podem resolver o problema , além do que a 
habilidade de mastigar comida eficientemente, não influencia a capacidade de 
digestão com as dietas modernas. 
Outro aspecto relevante na avaliação do idoso compreende verificação do nível 
funcional através da quantificação das atividades da vida diária (básicas e 
instrumentais), permitindo a classificação funcional: a) I, fisicamente incapaz ou 
dependente; b) II, fisicamente frágil; c) III, fisicamente independente; d) IV, 
fisicamente apto/ativo; e) V, atleta. 
 Dependência para comer encontra-se relacionada com aumento da 
mortalidade. O nível de independência functional é um forte preditor de 
complicações. 
A antropometria de idosos apresenta peculiaridades, como: a) possibilidade 
de estimar o peso utilizando fórmulas que aplicam variáveis antropométricas, quando 
o mesmo não pode ser medido: peso (homens) = (0,98 x CP) + (1,16 x altura do 
joelho) + (1,73 x CB) + (0,37 x prega subescapular) – 81,69; peso (mulheres) = (1,27 
x CP) + (0,87 x altura do joelho) + (0,98 x CB) + (0,4 x prega subescapular) – 62,35; 
b) estimar a altura utilizando a medida da altura do joelho aplicada a fórmulas e a 
altura em posição sentada; c) a circunferência da panturrilha (CP) é considerada a 
medida mais sensível de massa muscular no idoso, sendo superior à circunferência 
do braço (CB). 
 A Avaliação Subjetiva Global (ASG) tem sido utilizada na população 
geriátrica, sendo considerada um instrumento útil na avaliação do estado nutricional 
em idosos. 
Vários instrumentos têm sido desenvolvidos em uma tentativa de identificar os 
idosos desnutridos ou em risco nutricional. 
The Nutrition Screening Initiative (NSI) é um questionário de dez perguntas 
auto-aplicável, envolvido para ser utilizado na atenção primária à saúde com o 
42 
objetivo de despertar a consciência sobre problemas nutricionais, porém tem se 
mostrado de eficiência limitada, não sendo capaz de predizer mortalidade. 
A Miniavaliação Nutricional (MAN) foi desenvolvida para avaliar o risco de 
desnutrição em idosos e identificar aqueles que possam se beneficiar de intervenção 
precoce. A versão original é composta por 18 itens que englobam antropometria, 
avaliação dietética, avaliação clínica global e autopercepção de saúde e estado 
nutricional , podendo ser utilizado tanto para triagem como para avaliação, e deve ser 
aplicado por profissional de saúde. Vários estudos têm validado a MAN, mostrando 
que é capaz de predizer o aumento do tempo de internação, a alta para asilos e 
mortalidade. Porém, a maioria dos autores considera como padrão-ouro as medidas 
antropométricas e exames laboratoriais. 
 
Estado Nutricional de Adultos e Idosos 
Acuña & Cruz 
Arq Bras Endocrinol Metab vol 48 nº 3 Junho 2004 
43 
8 - TRATAMENTO HOSPITALAR 
 
Tratamento Médico 
O tratamento médico foi de manutenção para recuperação do estado clínico 
geral, e manter o estado nutricional da paciente. A paciente foi internada no dia 
05/06/2006 devido a dores abdominal. No dia 06/06 permaneceu com dieta de 
preparo, jejum após as 22 horas preparação pré-operatória. No dia 07/06 foi 
submetida a tratamento cirúrgico do CA. do Endométrio. Por se tratar de um pós-
operatório de Histerectomia Total Abdominal (HTA) + Salpingectomia - SOB 
(Trompas) + Oforectomia (ovário) retirada dos Linfonodos – LP (Bilaterais), a 
paciente foi encaminhada para UTI para recuperação e cuidados gerais, recebeu 
dieta leve hipoglicídica e hi´possódica. 
 No 1º dia pós-operatório (08/06) a paciente apresenta-se sem queixas e 
afebril, com realização de curativos e administração de medicamentos, juntamente 
com controle de temperatura, pressão arterial e exames bioquímicos. Foi feito 
controle da glicemia com dextro de seis em seis horas. A paciente recebe alta da UTI 
é encaminhada para enfermaria no 8º andar. 
 A partir do 2º pós-operatório (09/06) foi introduzida dieta geral para diabetes 
hipossódica. A paciente apresenta dois episódios de evacuações (fezes semi-
pastosas) em média quantidade. Houve administração de medicamentos e cuidados 
gerais. 
No dia 10/06 recebe alta hopitalar e orientação nutricional para ser seguida em 
sua casa. 
Tabela 5- Evolução dos Sinais Clínicos da paciente M.B.C submetida à HTA. 
Data Temperatura P.A Peso Evacuações 
05/06 36.2ºC 14x1 86,6 kg 1x/dia 
06/06 36.1ºC 13x8 - 1x/dia 
07/06 36.6ºC 11x7 - 1x/dia semi-pastosa 
08/06 36.3ºC 15x1 - 1x/dia semi-pastosa 
09/06 36.2ºC 15x9 88,1 kg 2x/dia 
10/06 36.0ºC 12x6 - - 
Fonte: prontuário M.B.C. 
44 
 A temperatura da paciente teve poucas alterações, sendo que todos os dias 
durante a internação não atingiu 37ºC (febre), permanecendo afebril. 
 A pressão arterial da paciente esteve com alteração nos dias 05 , 08 e 09, a 
paciente foi medicada por já apresentar quadro hipertensivo. 
 Durante a internação a paciente permaneceu com atividade intestinal normal. 
Com relação ao peso corporal pode-se observar uma alteração de 1,5 kg 
durante os dias de internação, provavelmente uma retenção hídrica devido a paciente 
ter sofrido oscilações da pressão arterial pois ela é hipertensa e pelo consumo do 
medicamento Diabinese®. 
 
Tabela 6- Medicamentos Utilizados: 05/06 à 10/06/2006 
Medicamentos Qt x/dia 05 06 07 08 09 10 
Diazepam®/Diazepam 10mg 1 x x 
Plasil®/Cloridrato Metoclopramida 1comp. 3 x x 
Tramal®-Cloridrato de Tramadol 1comp. 1 x 
Dipirona Sódica® - Dipirona Sódica 1amp. 3 x x x x 
Luftal® 1comp.. 3 x x 
Clexane®/ Enoxaparina sódica 40mg 1 x x 
Anador®/Dipirona Sódica 40gt. 1 x 
CEFALOTINA® /SÓDICA® -(KEFLIN) 1x 3 x 
Captopril® 25mg. 2 x x x x x x 
Ramitidina® 150mg. 2 x x 
Diabinese® (clorpropamida) 1comp. 1 x x x x x x 
Insulina regular 180/250 3ui x 
Insulina regular 251/300 5ui x 
Insulina regular 301/350 8ui x 
KEFLEX®Cefalexina monoidratada 4g 4 x 
Fonte: Prontuário M.B.C 
 
A interação alimentos e medicamentos é uma ocorrência indiscutível. Os 
medicamentos que alteram o metabolismo do indivíduo podem alterar sua ingestão 
alimentar e vir a comprometer seu estado nutricional. Tais medicamentos podem 
45 
exercer um efeito específico de estimulação ou inibição do apetite. Podem causar 
efeitos colaterais como náusea, vômito, diarréia ou alteração do paladar. Pode, ainda, 
inibir a síntese de nutrientes ou alterar sua absorção, metabolização ou alteração 
(AUGUSTO et al, 1999). 
CLEXANE® 
Modo de ação: Anticoagulante 
Efeitos no TGI/dieta: Dor abdominal, obstipação. Precaução em pacientes com 
Diabetes Melittus e Insuficiência Renal Crônica 
Diminuir o risco de desenvolvimento de uma trombose venosa profunda e sua 
conseqüência mais grave, a embolia pulmonar. CLEXANE® (enoxaparina sódica) 
previne e trata estas duas patologias, evitando sua progressão ou recorrência, além de 
tratar angina instável e infarto do miocárdio sem onda Q. CLEXANE® (enoxaparina 
sódica) também evita a coagulação do sangue no circuito de hemodiálise. A duração 
de uso de CLEXANE® (enoxaparina sódica) pode variar de um indivíduo para o 
outro. 
 
ANADOR® 
ANADOR é indicado para aliviar os sintomas dolorosos e diminuir a febre. O 
início de ação do medicamento ocorre cerca de 30 minutos após a sua administração. 
 
CAPTOPRIL® 
O captopril®, inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA), foi 
introduzido para uso clínico na HA nos anos 80 4. O mecanismo de ação do captopril, 
inibindo a conversão de angiotensina I para II, reduz os efeitos da angiotensina II, 
como, vasoconstrição, liberação de aldosterona,lesão endotelial e síntese protéica 
vascular e miocárdica 5. Com a utilização dos IECA, em estudos experimentais e 
ensaios clínicos, foi demonstrada a redução da hipertrofia vascular e miocárdica, e a 
baixa incidência de efeitos colaterais. Assim, foi comprovado que o bloqueio da 
conversão da angiotensina I para II está associado à regressão da lesão dos órgãos -
alvo da HA 
46 
CEFALOTINA SÓDICA® -(KEFLIN) 
Indicações: 
Amigdalite, otite, faringite e sinusite. Infecções respiratórias baixas. Infecção 
articular e óssea. Infecção da pele e tecidos moles. Infecção gênito-urinária. 
Profilaxia trans-operatória de alto risco. Endocardite. Septicemia. 
 
ANTAK® - Cloridrato de Ranitidina 
É um antagonista H2 específico, de ação rápida e relativamente duradoura. 
Uma única dose de 150 mg suprime eficientemente a secreção de ácido do estômago 
por doze horas. Inibe a secreção basal e estimulada de ácido, reduzindo tanto o 
volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção gástrica. 
(DEF 2003/04) 
 
PLASIL® - Cloridrato de Metoclopramida 
Os efeitos da metoclopramida na motilidade gastrintestinal são antagonizados 
pelas drogas anticolinérgicas e analgésicos narcóticos. Pode haver potencialização dos 
efeitos sedativos quando se administra a metoclopramida junto com álcool, sedativos, 
hipnóticos, narcóticos ou tranqüilizantes. Pode causar inquietude, cansaço, sonolência.O 
corante amarelo tartrazina pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis. As 
reações extrapiramidais (inquietude, movimentos involuntários, fala enrolada, etc.) 
podem ser mais freqüentes em crianças e adultos jovens, enquanto que movimentos 
anormais ou perturbados são comuns em idosos sob tratamentos prolongados. 
(DEF 2003/04) 
 
DIAZEPAM® - Diazepam 
Atua como depressor do SNC, provavelmente facilitando a ação inibitória do 
neurotrasmissor ácido gama - aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da 
neurotransmissão no cérebro. Pode causar sonolência, fadiga e relaxamento 
muscular. Menos freqüentes são: constipação, diarréia, náusea, vômito, incontinência 
urinária, aumento ou diminuição da libido, visão turva, secura na boca, euforia, 
erupção cutânea, retenção urinária, tremor, cefaléia, taquicardia, espasmos 
musculares, palpitação, aumento da secreção bronquial. 
(DEF 2003/04) 
47 
 
DIPIRONA SÓDICA® - Dipirona sódica 
Atua no centro termoregulador hipotalâmico nos pacientes com hipertermia, 
provocando uma redução da temperatura corporal. A dipirona bloqueia a ação 
halogênica da bradicilina liberada no local de origem do fenômeno doloroso. 
Em pacientes sensíveis, independente da dose, a dipirona pode provocar 
reações de hipersensibilidade que afetam a pele (urticária), a conjuntiva e a mucosa 
nasofaríngea, em pacientes com histórico de doença renal preexistente ou em casos 
de sobredosagem, pode ocorrer distúrbios renais transitórios com oligúria ou anúria, 
proteinúria e nefrite intersticial. 
(DEF 2003/04) 
 
TRAMAL® - Cloridrato de Tramadol 
O medicamento pode ligar-se aos receptores opióides e também inibir a 
recaptação da norepinefrina e serotonina. Atua da mesma forma que as endorfinas e 
as encefalinas, ativando com suas moléculas, receptores ao nível de células nervosas, 
o que leva a diminuição da dor. Produz menos efeitos adversos em relação aos 
sistemas circulatório e respiratório e tem pequeno potencial de abuso quando 
comparado a outros analgésicos narcóticos. 
Podem ocorrer freqüentemente náuseas, vômito, secura da boca, dor de 
cabeça, tontura e sonolência. 
(DEF 2003/04) 
 
Luftal® - Dimeticona 
Modo de ação: Antiflatulência 
Efeitos no TGI/dieta: Constipação moderada e transitória. Dieta: evitar 
alimentos e bebidas formadores de gases. 
Atua no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos 
digestivos, rompendo as bolhas que retêm os gases e que provocam flatulências e 
dores. Assim, os gases são eliminados mais facilmente, diminuindo o desconforto 
causado por eles. 
(DEF 2003/04) 
48 
 
Diabinese®(clorpropamida) 
 
Sistema Nervoso Central e Periférico: tontura e dor de cabeça. 
Reações endócrinas: em raras ocasiões, Diabinese® causou uma reação 
idêntica à síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (ADH). As 
características dessa síndrome resultam da excessiva retenção de água e incluem 
hiponatremia, baixa osmolalidade sérica e alta osmolalidade urinária. Essa reação 
também foi relatada com outras sulfoniluréias. 
Reações gastrintestinais: as reações mais comuns são os distúrbios 
gastrintestinais; menos de 5% dos pacientes relataram náusea e menos de 2% 
relataram diarréia, vômito, anorexia e aumento do apetite. Outros distúrbios 
gastrintestinais ocorreram em menos de 1% dos pacientes. Esses distúrbios tendem a 
estar associados à dose e podem desaparecer com a redução da mesma. 
Reações hematológicas: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia 
hemolítica, anemia aplástica e pancitopenia foram relatadas com as sulfoniluréias. 
Fígado e sistema biliar: icterícia colestática pode ocorrer raramente; neste 
caso, o uso de Diabinese® deve ser descontinuado. Porfiria hepática foi raramente 
relatada com o uso de clorpropamida. 
 
Insulina simples, regular ou cristalina 
Tipo - Insulina simples, regular ou cristalina 
Origem – Bovina, porcina ou humana 
Início do efeito – ½ a 1 hora 
Pico -2 a 4 horas 
Duração –5 a 7 
Insulinas (Regular) 
Informações Técnicas: 
No indivíduo não diabético, a insulina é secretada em uma quantidade baixa e 
onstante -ou basal - durante todo o dia e após uma refeição a insulina é secretada em 
quantidades maiores - ou bolus - para compensar o aumento da glicemia provocada 
pela ingestão de alimentos. 
49 
A secreção basal de insulina é importante para controlar a produção de 
glicose pelo fígado, que acontece mesmo durante os períodos de jejum, durante a 
noite e nos intervalos entre as refeições. 
Os esquemas intensivos de reposição de insulina tentam imitar os modelos 
normais de secreção desse hormônio. O paciente ajusta as doses de insulina com base 
na glicose sangüínea medida em jejum (para ajustar a dose basal) e nas glicemias 
pré-prandiais (para ajustar a cobertura das refeições). Este é o esquema basal-bolus, 
utilizado principalmente em diabéticos do tipo 1 e para o qual são necessários sempre 
dois tipos de insulina: a insulina basal (insulina glargina ou NPH) e a insulina para 
cobertura das refeições (regular, lispro ou aspart ). 
 
Soro fisiológico 
Para limpar a lesão 
Se o frasco de soro fisiológico permanecer com a tampa estéril, poderá ser 
utilizado até 24 horas após ser aberto, se mantido em geladeira. 
 Melhor é utilizar frascos pequenos. 
 
KEFLEX®Cefalexina monoidratada 
KEFLEX® é indicado para o tratamento das seguintes infecções causadas por 
bactérias sensíveis à cefalexina: sinusites, infecções do trato respiratório, otite média, 
infecções da pele e tecidos moles, infecções ósseas, infecções do trato geniturinário e 
infecções dentárias. 
50 
Exames Laboratoriais e Radiológicos. 
Os exames e as quantificações laboratoriais fornecem os dados científicos a 
serem utilizados na abordagem dos problemas identificados pela avaliação clínica e 
constituem um componente essencial da informação que contribui para o conjunto de 
dados do paciente. As informações laboratoriais podem ser utilizadas para fins de 
diagnóstico ou para confirmação de um diagnóstico preliminar estabelecido durante 
o exame físico ou mediante ao histórico do paciente. 
 (GUIMARÃES e GUERRA 1990). 
 
a) Eritrócitos 
A contagem de eritrócitos, a hemoglobina e o hematócrito estão intimamente 
relacionados, mas são formas diferentes de examinar a adequação da produção de 
eritrócitos. 
(MILLER e GONÇALVES 1999). 
 
Hemoglobina

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