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Penal 2 ROGERIO RABE

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Teoria do Crime
Crime
Conceito material: ato humano que viola um bem juridico protegido, ato que afronta os costumes e as moralidades. Individuo nao pode realizar atos que gerem a segregacao da sociedade. Surge da eclosao de varios institutos que estao no subconsciente do individuo e da sociedade. 
Conceito formal: tecnicas para se estudar o crime. Crime ‘e composto por requisitos (fato tipico, ilicito, culpavel). 
Fato tipico: (se fala de um fato tipico)
- Conduta: (Vontade + Acao). Pode ser dolosa, culposa, omissima ou comissiva. Crimes comissivos nao podem ser realizados de forma omissiva, a nao ser no caso de crimes comissivos por omissao quando a pessoa esta na posicao de garantidor. 
- Nexo de causalidade: liga a conduta ao resultado final. 
-Resultado: movimentacao do mundo exterior, mas ha crimes sem resultado. Podem ser crimes materias que exigem resultado, formais que nao exigem resultado p consumacao e de mera conduta que nao falam de resultado. 
Ilicitude (excluido nos casos de): em regra a pessoa pode realizar todas as condutas que quiser (licitas), porem ha condutas que sao consideradas ilicitas (nem sempre criminosas) e ha ainda condutas tipicas que tem um tipo penal para reprimi-las (criminosas). 
- Estado de necessidade: sujeito nao poderia agir de forma diferente. 
-Legitima defesa: contra agressao injusta 
- Estrito cumprimento de dever legal
- Exercicio regular do direito: como exemplo atividades esportivas ou medicas 
Culpabilidade: 
Teoria limitada da culpabilidade: nao coloca a culpabilidade como um dos requisitos do crime, mas sim como pressuposto para aplicacao da pena. Sao caracteristicas minimas que a pessoa deve ter para sustentar uma pena. 
- Imputabilidade: caso da pessoa receber uma pena, ser passivel de pena. ‘E excluida em caso de menoridade , embriaguez por caso fortuito e doenca mental - retira da pessoa a possibilidade de entendimento do carater ilicito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A pessoa pode ser inteiramente incapaz , e nesse caso ‘e isenta de pena e aplica-se um tratamento chamado medida de seguranca. 
Art 26 CC – Ha crime, mas a pessoa nao tem pena aplicada. Ou pode ser relativamente incapaz e nesse caso a pena ‘e apenas reduzida P.U Art. 26 CC . A menoridade tambem reduz a pena. Havendo uma dessas causas surge a inimputabilidade. 
Na embriaguez por caso fortuito nao ha vontade, nao eh um ato de liberdade , portanto nao eh ‘actio libera in causa’. Se a vontade nao eh livre, nao eh possivel responder pelos atos sob esse estado Art. 28 $1 CP. A embriaguez pre ordenada Art. 61, I, CP, a voluntaria e a culposa nao excluem a imputabilidade. O caso fortuito total isenta de pena, o parcial diminui. 
- Potencial consciencia da ilicitude: Para haver culpabilidade eh preciso haver potencial consciencia da ilicitude do fato, que eh excluida pelo erro de proibicao. Nesse caso, o agente erra sobrea ilicitude do ato, a conduta eh realizada pelo desocnhecimento da ilicitude da situacao. 
A consciencia nao eh individual do agente, mas sim de todos os que estivessem na mesma posicao que ele Art. 21 CP. Sao de dois tipos: o inevitavel e o evitavel. O primeiro caso, escusavel, eh um erro tao complexo que nao era possivel compreender o carater ilicito do fato. Ja o segundo eh inescusavel, por que poderia ser evitado. 
- Exigibilidade de conduta diversa: Eh excluida a pela coacao moral irresistivel e pela obediencia de ordem nao manifestamente ilegal. Ambas as excludentes sao causas supralegais de exigibilidade de conduta diversa. 
Concurso de pessoas / agentes:
Nao ‘e qualquer pessoa que pode fazer parte desse concurso, deve ter uma ideia de relacao causal. 
Problema: 
Ex. Uma pessoa realiza um ato criminoso, saca uma arma e mata com vontade de matar. Esse fato ‘e isolado do ponto de vista pessoal, apenas aquela pessoa realizou o delito. O problema ‘e quando mais de uma pessoa realiza o delito. Ambas espondem pelo delito, ha um concurso de pessoas. 
O concurso pode se dar sem a realizacao do nucleo do tipo ( Ex. Art 121 – ‘matar (nucleo) alguem ‘).
 Ex. Quando um sujeito empresta sua arma a outro, e esse ultimo vem a matar uma pessoa. Emprestar a arma nao ‘e crime, mas matar alguem sim. Como esse delito se estenderia ao sujeito que emprestou a arma? Como resolver essa situacao de concurso de agentes?
Teoria Monista – adotada no Brasil, ‘e a mais utilizada. Nao da para encaixar cada sujeito dentro de uma acao separada no delito (Ex. Sujeito que dirige o carro durante um roubo a banco e o sujeito que de fato entra no banco armado para roubar), entao nao ha uma solucao perfeita. Essa teoria diz que todos que participaram do delito vao responder pelo crime que quiseram (elemento subjetivo = dolo) cometer, nao importando se efetivamente a participacao teve maior ou menor importancia. Ou seja, mesmo que nao tenham realizado o delito quiseram participar do mesmo. A variacao do concurso de agentes ocorre na pena do mesmo crime (uns pegam penas maiores ou menores diante do delito cometido). Nao ‘e uma teoria muito justa e viola os principios de taxatividade, legalidade e etc. 
Natureza juridica: 
‘E como o direito classifica aquela coisa. (Ex. Natureza juridica de uma cadeira = bem movel fungivel). No caso do concurso de agentes a natureza juridica ‘e a forma de adequecao tipica por subordinacao mediata, assim como na tentativa (# concurso de agentes, pois na tentativa ha uma extensao temporal e no concurso de agentes ha uma extensao pessoal). 
Co delinquencia X Autoria:
A autoria se da quando apenas um sujeito comete o delito e co delinquencia ‘e quando mais de uma pessoa se envolve no delito. Dentro do concurso de agentes chama-se os membros de um delito de autores/co autores – aqueles que realizam a figura tipica - e participes – sao aqueles que nao realizam a figura tipica, mas que de alguma forma atraves de condutas participam ou contribuem para a realizacao do crime, praticando atos diversos dos do autor. 
A participacao pode ocorrer de duas formas:
Material: nao realiza a figura tipica, mas colabora no crime entregando/ fornecendo instrumentos para sua realizacao ( Ex. Sujeito que empresta o carro para um assalto a banco/ Sujeito que empresta uma arma para homicidio). O participe material ‘e chamado tambem de cumplice. 
Intelectual/Moral: Nao age de forma fisica, mas de forma mental. Podendo ser dividido pelo induzimento – participacao intelectual na qual o sujeito cria na cabeca do outro a ideia da realizacao do delito. Ou pela instigacao – a ideia de realizar o delito ja existia. 
Requisitos:
Pluralidade de condutas:
Deve haver varias pessoas realizando condutas diferentes ou iguais ate aquela descrita no tipo penal. 
Relevancia causal:
 Todas as condutas devem ser relevantes para a realizacao do delito. Ex. Grupo se reune em casa para roubar um banco e havia uma empregada que sabia de tudo. Ela tinha conhecimento, sabia do que iria ocorrer, ajudou no momento em que precisavam beber/comer algo, mas nao teve relevancia causal no delito. Como saber se houve relevancia causal? Atraves do Metodo de Tyrren, pensando que se o ato fosse retirado o delito nao ocorreia do jeito que ocorreu. (Ex. Se o sujeito que emprestou o carro nao tivesse emprestado, o delito nao ocorreria do mesmo jeito).
Liame subjetivo:
‘E a ligacao de vontade, ‘e o conhecimento do crime. A vontade de participar de uma obra toda deve existir, ‘e essencial. Todos no concurso de agentes tem que estar envolvidos pelo liame subjetivo. 
Identidade de infracao para os participantes:
Adota a Teoria Monista que diz que todos vao responder por apenas um delito na medida da sua culpabilidade. Art. 29 CP – ‘Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade’ .
Obs. Estado x Sociedade: a sociedade tem uma vontade propria e o Estado tem outra, a finalidade desse Estado eh organizar a sociedade nos moldes da vontade da mesma. Logo a sociedadecontrola o Estado, de modo que este so age dentro de um limite imposto por ela (estao nas leis).
Formas de concurso/ autoria:
Autoria colateral:
Ocorre quando nao ha liame subjetivo entre os participantes, ou seja, os agentes, desconhecendo cada um a conduta do outro, realizam atos convergentes a producao do evento que ambos visam. Mas ocorre pelo comportamento de um so deles. NAO HA CONCURSO, cada um responde pelo que fez. 
Autoria incerta:
Ocorre quando na autoria colateral, nao consegue ser definido qual das pessoas conseguiu de fato alcancar a finalidade do crime. Na autoria incerta ha tres teses possiveis- os agentes nao respondem por nada , ambos respondem pelo mesmo crime ou ambos respondem por tentativa. A jurisprudencia, apesar de nao haver resposta certa, vem entendendo que os sujeitos devem responder por tentativa. NAO HA CONCURSO, ambos respodem por tentativa. 
Autoria mediata :
Ocorre quando uma pessoa (autor mediato) se utiliza de uma outra (autor imediato) , que nao tenha culpabilidade, para realizar o delito. O autor imediato nao entende o carater ilicito do fato, ‘e inimputavel, entao nao ha liame subjetivo. NAO HA CONCURSO, autor mediato responde. 
Desvio subjetivo entre os participantes
Em determinadas situacoes ‘e certo que o outro sujeito que nao cometeu exatamente o mesmo crime que o outro, responda, nos casos em que ha previsibilidade de que tal situacao poderia acontecer (Ex. Sujeitos vao furtar uma casa e um deles leva uma arma, e o outro consente com esse furto armado. No momento da atuacao do crime, o sujeito armado acaba matando uma pessoa que estava dentro da casa). Mas tem casos em que nao ha previsibilidade. (Ex. Sujeitos vao furtar uma casa e um deles estupra uma mulher sem o outro saber). 
Quando nao houver a possibilidade desse fato cometido por um participe englobar todos, ‘e por que houve um desvio subjetivo. O liame subjetivo para os outros participantes nao existe, logo nao ha concurso de agentes para poder englobar todos. 
Art. 29 – Todos que quiseram cometer aquele crime, respondem por ele. $1 –Se a participacao for de menor importancia pode haver diminuicao da pena. $2 – ‘Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave sera aplicado a pena deste. Esta pena sera aumentada ate a metade, na hipotese de ter sido previsivel o crime mais grave’. 
1 hipotese: Art. 29 caput
Crime unico para os participantes, todos eles tem consciencia do todo, querem participar/realizar o todo. Emento subjetivo e liame subjetivo.
2 hipotese:
Crime diferenciado para aquele que desviou do crime que estava ocorrendo, a pena ‘e mantida normalmente. 
3 hipotese:
Crime diferenciado quando houver previsibilidade, havendo entao aumento de pena do crime que quis cometer. 
Nao ‘e o resultado que imputa responsabilidade, mas sim a vontade da pessoa (o elemento subjetivo) que ‘e mais importante. Exemplo de influencia da Teoria Finalista no concurso de agentes. 
Participacao de participacao 
‘E punivel uma pessoa participar da participacao da outra? 
Ex 1. Os sujeitos A e B participam instigando o sujeito C a matar a pessoa D. ‘E punivel tanto A quanto B. Nesse caso os sujeitos que instigaram tambem respondem, pois houve nexo causal entre suas condutas e a morte do sujeito D. 
Ex 2. O sujeito A instiga o sujeitro B que instiga o sujeito C a matar a pessoa D. Nesse caso ‘e possivel que o sujeito A responda pela instigacao, se existir nexo de causalidade na sua conduta de instigar o sujeito B e a morte da pessoa D. 
Ex3. O sujeito A instiga o sujeito B a falar para o sujeito C espancar a pessoa D, mas esta vem a falecer. Houve uma participacao de participacao com desvio subjetivo do que o sujeito A e o sujeito B queriam realizar. Nesse caso o sujeito A respondera por qual crime? Houve nexo de causalidade entre a instigacao do sujeito A e a morte da pessoa D, mas esse sujeito quis apenas causar lesao corporal. Se o juiz entender que nao houve previsibilidade desse possivel resultado o sujeito A respondera pela pena normal, mas se entender que houve previsibilidade respondera por lesao corporal e aumento da pena. 
Autor: 
Teoria do dominio do fato – autor nao ‘e quem realiza o fato somente, e sim quem tem a possibilidade de realizar o fato tambem. Participe que ‘e aquele que conhece o fato, mas nao completamente. Teoria que nao ‘e forte e elaborada o suficiente para substituir as teorias atuais. 
Teoria da Pena
Conceito de pena 
É a sancao aflitiva imposta pelo Estado, mediante acao penal, ao autor de uma infracao penal, como retribuicao de seu ato ilicito, consistente na diminuicao de um bem juridico, e cujo fim ‘e evitar novos delitos. 
Sancao aflitiva = pena tem que causar aflicao, dor. Esse conceito de causar dor ‘e questionado, por que nao causar uma pena eduacativa ao inves de aflitiva? A pena atualmente ja nao ‘e sempre aflitiva, como exemplo acoes comunitarias e etc. 
Imposta pelo Estado = a pena ‘e monopolio do Estado. Quem faz o excercicio do ius puniendi ‘e apenas o Estado, nao ha excecoes como existe na fase do ius persequendi. 
Nosso sistema ‘e chamado de Contraditorio, coloca o Reu e o Ministerio Publico no mesmo patamar, no qual o Ministerio Publico acusa o Reu para o Juiz. Esse sistema esta em contraposicao com o Processo Inquisitorial, no qual o Estado tem a investigacao e avanca, condenando o Reu que nao possui o mesmo nivel de quem o acusa, ja que o proprio orgao acusador ‘e o orgao punidor. 
O nosso sistema ‘e dividido no direito de perseguir ( ius persequendi) e no direito de punir (ius puniendi). No momento do direito de perseguir ha duas fases: a do inquerito e a do processo (acoes penais publicas e acoes penais privadas). Depois que se terminar a perseguicao, a apuracao da verdade e a possibilidade do Reu poder apresentar sua verdade, se este vier a sofrer uma sentenca judicial / sentenca condenatoria entra-se no direito de punir. 
Retribuicao do seu ato ilicito = A pena nao ‘e vinganca, nao pode ser entendida apenas como tal, deve ter outra visao mais social/coletiva. Nao ‘e o Estado se colocando na posicao da vitima, deve fazer justica de modo que seja bom para a sociedade.
 
Diminuicao de um bem juridico = atacou o bem juridico de alguem, seja honra, integridade fisica, administracao da justica, administracao publica, entre outros. Deve ser diminuido tambem de um bem juridico dele, mas qual? Fixou-se a pena de privacao/ segregacao da liberdade, porem modernamente a partir da dec de 30 comecou a se falar de outros tipos de pena alem das penas restritivas de direito (restricao de um bem juridico), como as penas pecuniarias. 
Evitar novos delitos = A pena nao ‘e um mal em si mesma, ocorre em decorencia da vontade da sociedade. Todos estao comprometidos a evitar delitos, ja que para termos melhorias de vida ‘e necessario que algumas condutas sejam probidas. Aualmente a sociedade nao tem conseguido passar para a administracao, que possui o monopolio, sua vontade. 
Caracteres
- Personalissima – a pena so atinge o autor do crime.
- Disciplinada por lei – pena eh instituida e aplicada por lei. Essa lei penal tem que tramitar no Congresso para que produza efeitos. 
-Irrevogavel: no sentido de sua aplicabilidade. Uma vez que instituida nao ha como derrogar a pena. A certeza de sua aplicacao eh fundamental para a seguranca juridica. Existem situacoes especificas em que a derrogacao eh permitida. 
- Proporcionalidade: a medida do ato criminoso eh a pena, que deve ser proporcional. Uma pena desproporcional causa desconforto na sociedade. 
Classificacao
Privativas de liberdade:
Reclusao/ Detencao – Esse tipo de pena visa retirar o individuo que cometeu fato tipico da sociedade e ressocializa-lo. As penas menores sao detencao, a reclusao eh para penas maiores. 
Pecuniara: 
Eh a pena de pagamento em dinheiro ao Estado.
Restritiva de direitos:
Prestacao de servico a comunidade, prestacao pecuniaria, perda de bens e valores, prestacao a entidade publica,interdicao temporaria de direitos, limitacao de fim de semana. A pena privativa de liberdade eh muito custosa ao Estado, Assim, foi preciso criar outras alternativas, como a pena restritiva de direitos. 
Sistema penintenciarios
Grandes sistemas de cumprimento e aplicacao da pena. 
Filadelphia – condenado entra na cadeia e so sai ao fim da pena. Nao ha convivio entre os presos e outras pessoas, exceto em asos especificos. A pessoa eh isolada do inicio ao fim.
Auburn – As pessoas condenadas podem sair para trabalhar, apesar de ser de forma restrita. Nao eh um sistema de convivencia. 
Ingles ou progressista – preve, dentro do sistema da pena, progressos de regime. Ha convivio. 
Estagios:
>8 anos – Fechado
+4 anos – Semiaberto 
<4anos – Aberto
Fato – Inquerito – Denuncia (MP) – Processo – Sentenca – Recurso – Acordao. Na sentenca se define a pena e o regime inicial. Vem um titulo executivo para se fazer cumprir o mandado de prisao. Quem executa nao ‘e o juiz, comeca a execucao penal ate que haja cumprimento da pena. O cumprimento da pena ‘e feito pelo juiz da execucao penal, que nao pode mudar a pena, mas pode alterar o regime. 
Fechado (estagios) – Trabalho em comum no periodo diurno e isolamento noturno. Transferencia para regime semiaberto ou aberto. Livramento condiconal. 
Semiaberto (estagios) – Trabalho comum (colonia agricola ou industrial). Transferencia para regime aberto. Livramento condiconal. 
Aberto (estagios) – Liberdade vigiada. Extincao da pena. 
Remicao:
Quer dizer pagar, remir. Quando a pessoa esta no regime, ha possibilidade de remicao, pagamento da pena pelo trabalho. A cada tres dias trabalhados, ‘e menos um dia de pena. 
Lei de execucao penal (Lei 7210/84)
Alem de ter outro juiz, ha uma outra lei para o cumprimento da pena. Lei feita para outros paises, nao feita para o Brasil. 
Regime especial:
Colocado para as mulheres. A partir do art. 37 CP - As mulheres cumprem pena em estabelecimento proprio, observando os direitos e interesses de sua condicao pessoal. 
Ainda no carcere as demandas sao diferenciadas, as mulheres possuem outros tipos de necessidade e organizacoes do que o sistema carcerario masculino. Toda a atencao que deve ser deferida a mulher ‘e diferenciada. 
Individualizacao da pena: 
Como marco de resocializacao ha o trabalho, as pessoas sao diferenciadas sendo necessario individualiza-las diante da pena. Ha uma logica e um cuidado em toda essa individualizacao. ‘E algo importante, esta na CF – Os condenados serao classificados segundo seus antecedentes e personalidade para orientar sua individualizacao na execucao penal. 
Art. 5 XLVI CF– A lei (lei de execucao) regulara a individualizacao da pena e adotara entre outras as seguintes: privacao ou restricao da liberdade, perda de bens, multa, prestacao social, suspensao de direitos. 
Art. 5 XLVII - Nao havera pena de morte, carater perpetuo, trabalhos forcados, banimento e penas crueis. 
Art. 5 XLVIII – Pena sera cumprida em establecimentos distintos de acordo com a idade, natureza do delito e o sexo do sujeito. 
Art. 5 XLIX – Assegurado aos presos respeito a integridade fisica e moral.
Direito dos presos:
Art. 38 CP – O preso conserva todos os direitos nao atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito a sua integridade fisica e moral. 
Lei de Execucao Penal 
Dos deveres dos presos: 
Art. 38 – Cumpre ao condenado, alem das obrigacoes legais inerentes ao seu estado, submeter-se-a as normas de execucao da pena. 
Art. 39 – Constituem deveres do condenado:
Comportamento condenatorio e cumprimento fiel da sentenca. 
Obediencia ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se
Urbanidade e respeito no trato com os demais condenados
Conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou subversao a ordem ou disciplina
Execucao do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas. 
O preso nao ‘e obrigado a trabalhar, nao deve ser algo imposto a ele. Mas ‘e algo bom para sua ressocializacao posterior. 
Submissao a sancao disciplinar imposta
Indenizacao a vitima ou aos seus sucessores
Indenizacao ao estado, quando possivel das despesas realizadas com manutencao, mediante desconto proporcional da remuneracao do trabalho. 
Quando o preso trabalha, o que ele recebe nao vai diretamente para ele. ‘E feito um desconto e depois ele recebe esse dinheiro. 
Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento
Conservacao de objetos de uso pessoal
Art. 40 – impoem-se a todas as autoridades o respeito a integridade fisica e moral dos condenados e dos presos provisorios. Presos provisorios = aqueles que ainda nao foram julgados e nao receberam uma condenacao, mas ficam presos enquanto isso nao ocorre pois podem ser perigosos e ameacadores as vitimas. 
Art. 41 – Constituem direitos do preso:
I – alimentacao suficiente e vestuario
II- atribuicao de trabalho a sua remuneracao
III- previdencia social
IV- constituicao de peculio
V – proporcionalidade na distribuicao do tempo para o trabalho, descanso e a recreacao
VI – exercicio das atividades profissionais, intelectuais, artisticas e desportivas
VII – assistencia material a saude, juridica, educacional, social e religiosa
VIII- protecao contra qualquer forma de sensacionalismo
IX – entrevista pessoal e reservada com o advogado
X - visita do conjuge, da companheira, de presentes e amigos em dias determinado.
Ha possibilidade de visita intima. 
XI – chamamento nominal. A pessoa tem que ser chamada pelo nome, para ser lembrada. Para lembrar do crime, para ser ressocializada, para nao ser chamada por numero e manter o quesito de personalidade. 
XII – igualdade de tratamento salvo quanto as exigencias da individualizacao da pena
XIII- audiencia especial com o direitor do estabelecimento
XIV- representacao e peticao a qualquer autoridade , em defesa de direito
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondencia escrita, da leitura e de outros meios de informacao que nao comprometam a moral e os bons costumes
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciaria
Paragrafo unico: Os direitos previstos nos incisos V,X e XV poderao ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. 
O direito do preso ‘e importante na medida em que pode ser retirado. A pessoa so da importancia quando pode perder algum direito. Quando a pessoa nao tem direito a nada, ela nao tem medo de nada. Esse ‘e o raciocionio logico, quando a pessoa tem direito busca a manutencao desse direito. 
Entao deve dar –se direitos para depois poder ter o que tirar. Quando se fala de direito penal remete-se como sendo o direito dos pobres, por que o o pobre nao tem direito a nada (nao tem direito a bens, propriedade e etc). Quando ele nao tem nada ele nao tem medo do que podera perder, entao comete o crime, com isso o Estado nao tem o que tirar dele a nao ser no ambito penal.Quanto menos a pessoa tem a perder, menos ela tem medo de cometer crimes. Entao a sociedade deve dar direitos, para ter o que tirar em casos de sancao por exemplo. Quanto mais a pena ‘e gravosa, mais a sociedade ‘e injusta. Por isso se briga por penas menos graves. 
O problema nao ‘e nao dar nada, pois isso ‘e reflexo de uma sociedade que nao da nada as pessoas, mas o que resta para uma pena cruel ‘e controlar uma sociedade grande que nao tem nada. Ela nao tem nada, pois uma outra parte possui tudo. 
So que o direito penal nao ‘e mais para isso, nao podemos ser meramente instrumento de controle de uma classe sobre a outra. 
Art. 42 – Aplica-se ao preso provisorio e ao submetido a medida de seguranca, no que couber o disposto nessa secao. 
Art. 43 – ‘E garantida a liberdade de contratar medico de confianca pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, pos seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. Paragrafo unico – as divergencias entre omedico oficiale o particular serao resolvidas pelo juiz de execucao. 
Trabalho do preso :
Art. 39 cp – O trabalho do preso sera sempre remunerado , sendo-lhe garantidos os beneficios da Previdencia Social. 
Todo o processo de ressocializacao se da em cima do trabalho do preso. Mas a disciplina rigorosa evita que a pessoa trabalhe, entao todos que querem que o preso trabalhe para esse efeito de ressocializacao, tem que fragilizar a disciplina. Por isso vemos poucos presos trabalhando, estamos passando por um momento de rigidez das disciplinas, as penitenciarias estao cada vez mais fechadas. Isso ‘e um problema, pois ao sairem da cadeia os individuos estarao fora da moldura da sociedade. Essa rigidez ocorre com o apertamento da sociedade, isso causa prisionisacao das pessoas e mais pra frente acarretara numa saida dos individuos de um jeito pior do que entraram, estarao desajustados. 
Lei de execucao
Art. 28 - O trabalho do condenado como dever social da pessoa e condicao de dignidade humana tera finalidade educativa e reprodutiva.
$1 – Aplicam-se a organizacao e aos metodos de trabalho as precaucoes relativas a higiene e a seguranca. 
$2 – O trabalho do preso nao esta sujeito ao regime da CLT
Art. 29 – O trabalho do preso sera remunarado mediante tabela nao podendo ser inferior a ¾ do salario minimo. O salario minimo do preso ‘e menor do que o salario minimo normal. 
$1 – O produto da remiuneracao pelo trabalho nao devera atender:
A indenizacao dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e nao reparados por outros meios. 
A assitencia a familia
A pequenas despesas pessoais
Ao ressarcimento ao estado das despesas realizadas com manutencao do condenado, em proporcao de ser fixada e sem prejuizo da destinacao prevista nas letras anteriores
$2 - Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
Das penas privativas de liberdade:
Art. 40 – Legislacao especial rege art. 38 e art. 39, e especificara os deveres e direitos do preso, assim como os criterios de revogacao e transferencia dos regimes. 
Art. 41 – Superveniencia de doenca mental. O condenado a quem sobrevem doenca mental deve ser recolhodido a hospital de custodia e tratamento adequado, ou a falta, a outro estabelecimento adequado. A pessoa que tem doenca mental causa acima de tudo medo e preconceito de outras pessoas, e no carcere ‘e algo que se agrava. ‘E comum as pessoas que estao no carcere passarem a ter alucinacoes e outros problemas como esquizofrenia. 
Art. 42 – Detracao. Computam-se na pena privativa da liberdade e na medida de seguranca, o tempo de prisao provisoria, no Brasil ou no estrangeiro o de prisao administrativa e o de internacao em qualquer dos estabelecimentos referidos no art. anterior. 
Das penas restritivas de direito:
Art. 44 – Sao autonomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I – aplicada pena privativa de liberdade nao superior a 4 anos e o crime nao for cometido com violencia e grave ameaca a pessoa, ou qualquer que seja a pena aplicada, se for crime culposo. 
II – o reu nao for incidente em crime doloso.
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstancias indicarem que essa substituicao seja suficiente. 
Essas penas sao feitas para aqueles que tem direito, diferentemente das penas restritivas da liberdade que sao para aqueles que nao tem direito. Foram elaboradas para tirar da cadeia pessoas que tenham potencialidade lesiva pequena, ou seja, nao ha necessidade de aplicar a pena privativa da liberdade.
Obs. Penas privativas de direito e evolucao da sociedade: Ideia de uma sociedade mais avancada, apaziguada, com que as pessoas tenham oportunidade de ter direitos, por isso se vai restringir apenas os direitos. 
Art. 43 –Modalidades das penas restritivas de direito.Prestacao pecuniaria, perda de bens e valores, prestacao de servico a comunidade ou a entidades publicas, interdicao temporaria de direitos, limitacao de fim de semana. 
Prestacao pecuniaria: Art. 45 $1. Incluida em 2006 e tem a ver com o pagamento do autor diretamente a vitima ou seus dependentes, com relacao ao crime praticado. NAO ‘E MULTA, ‘e um ponto fora da curva do nosso sistema codificado romano, pois veio do sistema americano. A vitima comunica o Estado, e o Estado pune o culpado (este vem a pagar a punicao para o Estado). 
Perda de bens e valores: Muito usada pelo direito. A pessoa deve ter bens para perde-los e o juiz na sentenca decreta a condenacao e tambem a perda de bens e valores para o Estado. 
Prestacao de servico a comunidade ou entidades publicas: Art. 46 CP. 
Aumento em sua aplicacao, por que a ideia ‘e que a pessoa que pratica o delito fere a sociedade entao ao inves de nao fazer nada enquanto presa, vai prestar servico a comunidade. Ajudando num hospital, no servico de limpeza ou creche, para pagar com seu trabalho/servico o ato que cometeu. Atualmente ha uma falta de mao de obra, logo, essa servico do preso ‘e bem vindo aos empresarios nesse aspecto. 
Deturpacao: cesta basica. Se a pessoa nao tem condicao de trabalhar ou ja trabalha e nao tem como prestar esses servicos, tera que dedicar uma parte desse trabalho a comunidade atraves de dinheiro, comprando generos alimenticios, cobertores e etc. 
(# da prestacao de servicos na cadeia, que ocorrem nas penas privativas da liberdade). 
Interdicao temporaria de direitos: 
Art. 47: I- Proibição do exercício de cargo, função ou atividade publica, bem como mandato eletivo. II- Proibição do exercício de profissão , atividade ou oficio que dependam de habilitação especial. III- Suspensao de autorização ou habilitação para dirigir. IV – Proibicao de frenquentar certos lugares. V – Proibicao de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos. 
Limitacao de fim de semana:
Art. 48 – Obrigação de permanecer aos sábados e domingos por 5 horas diárias em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. 
Pena de Multa
Multa: 
Art. 49- Consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na setenca e calculada em dias multa. Sera no mínimo de 10 e no máximo de 360 dias multa. Sera fixado pelo juiz e será atualizado quando da execução, pelos índices de correção monetária. 
Pagamento da multa:
Art. 50 – Deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstancias o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. 
$1 – a cobrança da multa pode ser efetuada mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando aplicada isoladamente ou cumulativamente em pena restritiva de direitos. 
$2 – os descontos não devem incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. 
Dias multa: foi uma ideia concebida para atualização, vincular a multa ao salário mínimo. Mas não é so isso, era também a possibilidade da pessoa transformar os dias multa em prisão. Muito se falava que não era justo transformar a divida em prisão, porem alegava-se que era pena, não somente uma multa. Hoje, entende-se que não se pode trocar um bem de menor valor (dinheiro), por um bem de maior valor (liberdade). Por isso, não é mais possível essa troca. Art. 51 CP – Multa considerada divida de valor. 
Sursis / Suspensao da pena 
É a suspensão condicional da pena. Um individuo tem uma condenação pequena e portanto não deve sofrer os efeitos peniciosos da prisão. 
Antes de cumprir a pena suspende-se ela, o individuo não a cumpre na prisão, mas a pena não foi extinta, será cumprida de outra forma no chamado período de prova (tempo de duração da pena). A pessoa fica restritiva, é vigiada, mas não é aprisionada. A pena então subsiste, so que é suspensa.É um beneficio na execução penal, é preciso levar em conta os requisitos legais. É um incidente de execução, esta na discricionariedade do juiz, porem esta superando essa ideia de beneficio e entendendo como direito do condenado. 
Conceito: 
Constitui um direito subjetivo de liberdade do condenado, permitindo que o mesmo não se sujeite a execução da pena privativa da liberdade de pequena duração. 
Requisitos:
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). 
§ 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
§ 2º Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
a) proibição de freqüentar determinados lugares; 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades
Classificacao das condições:
- Legais: Art. 78 CP 
-Judiciais: Art. 79 CP - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. 
Revogação
Uma vez descumprida as condições o juiz revoga a sursis e a pena volta. Art. 81 CP
- Classificacao: 
Obrigatoria: I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código.
Facultativa: § 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
Prorrogação:
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.
Se em um novo processo o agente for condenado (outro crime) volta ao inicio do período de prova. Se durante o novo processo o período de provas estiver quase acabando ele será prorrogado. A condenação implica na quebra de confiança, por isso o agente devera cumprir ambas as penas do inicio, independente de já ter cumprido parte do período da prova. 
Extinção da pena:
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.

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