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AULA 1 TOXICOLOGIA INDUSTRIAL 15 02 2017 1

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CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
15/02/2017 
AULA 1
Prof. Mozaniel Barroso
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NESTA AULA ABORDAREMOS CONCEITOS EM TOXICOLOGIA 
FINALIDADE:
Uniformizar a linguagem em Toxicologia;
Visão geral sobre as áreas de atuação;
Panorama geral sobre mecanismos de ação de substâncias químicas;
Associação dos conceitos à prática clínica
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TOXICOLOGIA – Uma Ciência atual
HISTÓRICO: idade antiga à contemporânea
CONCEITO: ciência que estuda os efeitos nocivos resultantes da interação entre a substância química e o sistema biológico.
OBJETO DE ESTUDO: agente tóxico e intoxicação.
FINALIDADE: definir limites seguros de exposição.
MÉTODOS DE ABORDAGEM: 
Análises toxicológicas
Tratamento específico
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TOXICOLOGIA 
Desenvolvimento
Física - Biologia
Matemática - Saúde Pública
Estatística - Fisiologia
Química - Imunologia
Bioquímica - Genética
Patologia - Farmacologia
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TOXICOLOGIA 
Divisão
Química ou Analítica
Clínica
Experimental
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TOXICOLOGIA 
Aspectos
Preventivo
Curativo
Regulatório/Normativo
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AGENTE TÓXICO / XENOBIÓTICO
 
Substância quimicamente definida
Provoca efeito lesivo (a intoxicação)
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AGENTE TÓXICO 
Quanto às Características Químicas: 
solubilidade, volatilização, estabilidade, etc.
Quanto à Ação Tóxica:
ação local (irritantes) ou ação sistêmica (asfixiantes, depressores, hepatotóxicos, carcinogênicos)
Quanto às características físicas: 
líquidos, gases, vapores, sólidos
Quanto ao método de análise: 
voláteis (gases e vapores), inorgânicos (metais), orgânicos (têm átomo de carbono mas não são gases ou líquidos voláteis) 
Classificação
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INTERAÇÃO ENTRE AGENTES
Efeito aditivo
Sinergismo
Potenciação 
Antagonismo/Antidotismo
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TIPOS DE INTERAÇÃO
Ocorre quando o efeito produzido por dois ou mais agentes tóxicos é igual à soma dos efeitos produzidos individualmente.
Por ex., a ação asfixiante da anilina e dos nitritos sobre a oxi-hemoglobina formando a metemoglobina.
Efeito Aditivo
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TIPOS DE INTERAÇÃO
Quando o efeito a dois ou mais agentes tóxicos ocorre de forma combinada. É maior que o efeito aditivo. 
Ex.: a ação combinada de dois inibidores da colinesterase.
Sinergismo
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TIPOS DE INTERAÇÃO
O agente tóxico tem seu efeito aumentado por agir simultaneamente com um agente não tóxico ou com outro tipo de toxicidade. 
Ex.: o amianto e os anticoncepcionais tem seu processo carcinogênico acelerado quando o indivíduo é tabagista.
Potenciação
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TIPOS DE INTERAÇÃO
O efeito produzido por dois agentes tóxicos se neutraliza ou se reduz.
Antagonismo
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INTOXICAÇÃO
É o desequilíbrio orgânico, a quebra da homeostasia, ocasionados pela interação de um agente tóxico e o sistema biológico.
Conceito
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INTOXICAÇÃO
QUANTO À OCORRÊNCIA:
intencionais: suicídio, homicídio, farmacodependência a drogas de abuso, dopping.
acidentais:doméstico, ocupacional, farmacodependência a medicamentos.
Classificação
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INTOXICAÇÃO
QUANTO À DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO:
Curto prazo ou aguda: exposição até 24 horas ou poucos dias; manifestação rápida; em geral altas concentrações do agente tóxico.
Médio prazo ou sub-aguda ou sub-crônica: repetição da exposição após dias, semanas.
Longo prazo ou crônica: exposição por meses ou anos.
Classificação
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INTOXICAÇÃO
QUANTO À INTENSIDADE DOS EFEITOS:
Leve: geralmente é reversível com o término da exposição.
Moderada: as lesões podem ser reversíveis e irreversíveis, sem morte ou lesão grave permanente.
Grave: há lesão irreversível, podendo levar à morte. 
Classificação
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INTOXICAÇÃO
QUANTO À FORMA DE ATUAÇÃO:
Local: o efeito ocorre no local do primeiro contato do agente tóxico com o organismo (ingestão de ácidos, inalação de vapores irritantes).
Sistêmica: o efeito tóxico ocorre distante do local de penetração do agente após absorção pela corrente sangüínea (efeito nefrotóxico do cádmio). 
Classificação
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FASES DA INTOXICAÇÃO
I - EXPOSIÇÃO:
É fase da disponibilidade química. O agente tóxico encontra-se no ambiente, disponível para penetrar no organismo por alguma via de exposição.
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FASES DA INTOXICAÇÃO
II - TOXICOCINÉTICA:
Inicia-se com a absorção e mostra o caminho percorrido pelo agente no organismo. 
Divide-se em:
absorção
distribuição
armazenamento
biotransformação
eliminação
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TOXICOCINÉTICA
CONCEITO: Passagem da substância química da via de exposição até à corrente sangüínea.
Fatores relacionados ao agente tóxico que influenciam a absorção:
Solubilidade
Grau de ionização
Absorção
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TOXICOCINÉTICA 
Transporte através da membrana:
Transporte passivo
Transporte especiais
Difusão facilitada
Transporte ativo
Difusão por troca
Filtração simples
Absorção
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TOXICOCINÉTICA
Fatores que influenciam a distribuição:
Solubilidade do agente tóxico 
Grau de ionização no meio biológico
Afinidade química do xenobiótico com o organismo
Vascularização no local
Composição aquosa e lipídica do órgão ou tecido
Capacidade de biotransformação do organismo
Condições físicas do organismo 
Distribuição
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TOXICOCINÉTICA 
Depende das propriedades físico-químicas, da meia-vida biológica e da concentração do agente no organismo. 
Os principais locais são:
proteínas plasmáticas
lipídios
ossos
fígado e rins
Armazenamento
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TOXICOCINÉTICA
CONCEITO: transformação que a substância sofre no organismo visando torna-la mais hidrossolúvel.
REAÇÕES ENVOLVIDAS:
- Oxidação
- Redução
- Hidrólise
- Conjugação
FATORES QUE NFLUENCIAM:
idade, 
sexo, 
patologias, 
nutrição, 
espécie, 
raça, 
gravidez,etc.
OUTROS FATORES: indução e inibição enzimática.
Biotransformação
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TOXICOCINÉTICA
VIAS: 
Renal (através da urina)
Pulmonar (através do ar expirado)
Biliar (através da bile)
Suor
Saliva
Leite
Gastrintestinal (pelas fezes)
Eliminação
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FASES DA INTOXICAÇÃO
FASES DA INTOXICAÇÃO
III - TOXICODINÂMICA:
Corresponde ao início da intoxicação:
interação com moléculas orgânicas
alterações bioquímicas
alterações morfológicas
alterações funcionais
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TOXICODINÂMICA 
Corresponde ao aparecimento dos sinais e sintomas da intoxicação (intoxicação
propriamente dita).
Fase Clínica
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TOXICIDADE
CONCEITO:
Medida relativa ou comparativa do dano causado por uma substância química sob condições específicas de exposição.
CLASSIFICAÇÃO:
Extremamente tóxica: DL50 < ou = 1 mg/kg
Altamente tóxica: DL50 > 1 a 50 mg/kg
Moderadamente tóxica: DL50 > 50 a 500 mg/kg
Levemente tóxica: DL50 > 0,5 a 5 g/kg
Relativamente não tóxica: DL50 acima de 5 g/kg
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ESPECTRO DOS EFEITOS TÓXICOS
Efeito local
Efeito sistêmico
Efeito reversível
Efeito irreversível
Efeito imediato
Efeito tardio
Alterações genéticas:
mutagênicos
carcinogênicos
teratogênicos
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Toxicologia Ambiental
Toxicologia Ocupacional
Toxicologia de Alimentos
Toxicologia de Medicamentos
Toxicologia Social 
ÁREAS DA TOXICOLOGIA
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TOXICOLOGIA AMBIENTAL
Estudo das ações e efeitos nocivos de substâncias químicas, geralmente de origem antropogênica, no ambiente.
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO POR POLUENTES:
Incidentalmente, pela atmosfera
Durante atividades ocupacionais ou recreativas
Pela ingestão de alimentos naturais ou com resíduos
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PRINCIPAIS FONTES DE CONTAMINAÇÃO
Naturais: fontes de minérios radiativos, vulcões, degradação biológica de florestas, algas tóxicas em águas marinhas, etc.
Industrial/Automotiva: dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido e dióxido de carbono, hidrocarbonetos, material particulado, poluentes específicos (metais,
silicatos minerais, detergentes, plásticos, etc.)
Agrícolas: agrotóxicos organossintéticos (inseticidas, fungicidas, herbicidas)
TOXICOLOGIA AMBIENTAL
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ETAPAS DA AVALIAÇÃO DE RISCO
 Coleta e avaliação de dados
 Avaliação da exposição
 Avaliação da toxicidade
 Caracterização do risco
TOXICOLOGIA AMBIENTAL
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TOXICOLOGIA DE ALIMENTOS
A Toxicologia aplicada a alimentos estuda os agentes tóxicos presentes no alimento, abrangendo substâncias potencialmente tóxicas de origem natural, ou por adição ou contaminação em qualquer fase da produção.
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TOXICOLOGIA DE ALIMENTOS
OS ALIMENTOS PODEM SER:
Naturalmente tóxicos
de origem animal
de origem vegetal
Alimentos contaminados
intencional
incidental
Alimentos alterados
Alimentos adulterados
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TOXICOLOGIA DE ALIMENTOS
Os aditivos de alimentos podem ser:
Diretos: são colocados no alimento para permanecer no alimento (corantes, edulcorantes, conservantes)
Indiretos: são colocados no alimento em alguma fase da produção geralmente com tempo de carência (agrotóxicos, hormônios, antibióticos)
Contaminantes: fungos, micotoxinas, resíduos de agrotóxicos, etc.
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TOXICOLOGIA DE ALIMENTOS
ADITIVOS DIRETOS E INDIRETOS:
Cada um tem seu risco potencial.
É necessário a revisão farmacológica e toxicológica periódica.
Alguns são mais usados e apresentam maior risco.
 	Ex.: nitratos e nitritos (nitrosaminas), promotores do crescimento, praguicidas, antibióticos. 
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PADRÃO DE SEGURANÇA:
Ingestão Diária Aceitável – IDA: está relacionada à margem de segurança do composto no alimento. Vale tanto para os aditivos diretos quanto indiretos.
TOXICOLOGIA DE ALIMENTOS
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TOXICOLOGIA DE ALIMENTOS
REGULAMENTAÇÃO:
Visa identificar os contaminantes de origem natural e os aditivos.
Estabelecer a relação risco/benefício dos aditivos.
Considerar as justificativas para o uso de aditivos:
econômicas 
sociais 
tecnológicas
psicológicas
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Ácidos, bases, sais: ácido acético, ácido cítrico, NaCl, CaCO3
Antioxidantes: ácido ascórbico
Veículos solventes: glicerina, propileno glicol
Corantes
Emulsificantes, estabilizadores, espumantes
Solventes de extração 
Flavorizantes
Indutores do paladar
Adoçantes não nutritivos: sacarina, ciclamato, aspartame
Preservadores: ácido benzóico, ácido sórbico, nitritos
Clareadores: ácido ascórbico
Auxiliares de processamento
Preparações enzimáticas
Miscelâneas
LISTA DE ADITIVOS
Fonte: ANVISA
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TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
Estuda as reações adversas de doses terapêuticas dos medicamentos, bem como as intoxicações resultantes de doses excessivas por uso 
inadequado ou acidental.
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Principal causa de notificações aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica.
Principal causa de intoxicação nos grandes centros urbanos.
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
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CIRCUNSTÂNCIAS DE INTOXICAÇÃO
“Overdose” acidental ou intencional
Associação/Interação/Multi-associação
Reação Adversa: ocorrência clínica não-desejada ou não-intencional durante o uso de um produto, não tendo necessariamente relação causal com o tratamento.
Erro de prescrição (iatrogenia)
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
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TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
FATORES FAVORISANTES 
DAS INTOXICAÇÕES
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Efeito secundário: pode aparecer em alguns indivíduos. 
Efeito colateral: faz parte da ação farmacológica do medicamento.
Idiossincrasia: decorre de problemas genéticos.
Alergia: reação imunológica.
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
Tipos de efeitos
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Tolerância: diminuição dos efeitos dos medicamentos.
Dependência: o medicamento passa a fazer parte do sistema biológico.
Interações: resulta da utilização simultânea de mais de um medicamento.
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
Tipos de efeitos
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Meia-vida biológica: tempo necessário para que o fármaco seja 50% eliminado.
Biodisponibilidade: disponibilidade biológica do fármaco para exercer sua ação farmacológica.
Dose-resposta: percentual de efeitos que aparecem numa determinada dose.
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
Tipos de efeitos
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Dose terapêutica: necessária para determinada terapia.
Margem de segurança: intervalo entre a dose terapêutica e a dose tóxica.
Dose tóxica: necessária para produzir um efeito lesivo.
Dose letal média: quantidade suficiente para causar a morte de 50% de animais submetidos a experimentação.
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
Terminologia
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Estuda o efeito nocivo de substâncias químicas utilizadas sem finalidade terapêutica, com repercussões individuais, sanitárias e sociais.
TOXICOLOGIA SOCIAL
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TOXICOLOGIA SOCIAL
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DROGAS DE ADICÇÃO: CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A OMS
Tipo álcool-barbitúrico: etanol, barbitúricos, outros sedativos.
Tipo anfetamina: anfetamínicos em geral.
Tipo cocaína: cocaína, folhas de coca, crack.
Tipo Cannabis: preparações de Cannabis sativa L.
Tipo alucinógenos: LSD, mescalina, psilocibina.
Tipo opiáceo: morfina, heroína, codeína.
Tipo solvente volátil: tolueno, acetona, clorofórmio, éter.
TOXICOLOGIA SOCIAL
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Área da Toxicologia que estuda as substâncias químicas presentes no local de trabalho que possam oferecer risco à saúde do trabalhador.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
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OBJETIVOS:
Verificar a concentração do agente no ambiente de trabalho e comparar com os limites de exposição estabelecido;
Agir sobre o trabalhador pela observação de sinais e sintomas ou realizar exames em material biológico (urina, sangue).
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
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ATIVIDADES:
Identificação do agente tóxico
Análise do agente e das alterações biológicas
Mecanismo de ação dos agentes
Prevenção da intoxicação 
Tratamento da intoxicação
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
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PAPEL PREVENTIVO:
Determinação dos limites toleráveis de exposição para cada substância
Vigilância para não ultrapassagem desses limites
Descoberta precoce de exposições excessivas (LTB e IBEs)
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
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ASPECTOS A SEREM ABORDADOS:
Agentes químicos mais comuns no ambiente de trabalho
Propriedades físico-químicas desses agentes
Aspectos toxicocinéticos
0
Toxicidade das substâncias
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
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ASPECTOS A SEREM ABORDADOS:
Mecanismos de ação tóxica.
Estudo e estabelecimento de métodos de controle ambiental e biológico.
Avaliação e controle ambiental e biológico.
Diagnóstico, tratamento e prevenção das intoxicações. 
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

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