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AGRAVO DE INSTRUMENTO COM TUTELA RECURSAL - ADOÇÃO

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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO
PROCESSO Nº. 34555/2017
ORIGEM: 1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA CAPITAL
AGRAVANTE: MARIA JÚLIA NÓBREGA
AGRAVADO: JUÍZO DA 1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
MARIA JÚLIA NÓBREGA, brasileira, casada, profissão, portadora do Rg e do CPF, residente e domiciliada, vem, por meio de sua advogada que ao final assinala, com endereço profissional de onde recebe as notificações e intimações de estilo localizado no rodapé desta, nos termos do artigo 1015, I c/c 1019, I, todos do Código de Processo Civil, interpor
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM TUTELA RECURSAL DE EFEITO SUSPENSIVO
Em desconformidade da decisão interlocutória proferido pelo Juízo a quo no qual decidiu, por meio de tutela antecipada, retirar do lar da Agravante, o menor MATHEUS RODRIGUES BARBOSA, por motivos de fatos e de direitos a seguir expostos.
I – RESUMO DA AÇÃO
A agravante está na fila de espera para adotar uma criança, desde quando soube de sua impossibilidade de procriar.
 Com tamanha e arbitraria burocracia do poder público, esta veio a adotar, com consentimento da mãe biológica, o pequeno MATHEUS RODRIGUES BARBOSA, desde seu nascimento.
Frisa-se que a agravante arcou com todas as despesas durante a gestação, bem como seu nascimento.
O pequeno Mateus já se encontra com 01 ano e 08 meses, já têm como a Sra. Maria Júlia e seu esposo como seus pais.
Contudo, em que pese haver tal relação afetiva, a Magistrada de primeiro grau, de modo arbitrário, decidiu em sede de Tutela, recolher a criança para um Lar de Criança, motivado da Sra. Maria Júlia ter furado a fila de espera da Adoção.
Frisa-se ainda, que o pequeno Matheus sofre de um problema craniano que, se não ser cuidado com as devidas cautelas, terá consequências irrevogáveis, inclusive a sua morte.
Neste norte, imperioso é a presente demanda.
II – DO CABIMENTO
O artigo 1015, I, do CPC, traz a possibilidade da interposição do Agravo de Instrumento para combater as decisões interlocutórias de tutela.
No caso em tela, percebe-se que a Juíza a quo proferiu decisão tutelar, o qual é possivelmente combatido por este instrumento recursal.
III – DO EFEITO SUSPENSIVO
O artigo 1019, I, do CPC, é claro que será concedido os efeitos suspensivos caso haja elementos que comprovem a ineficácia da decisão final futura, assim, como a criança encontra-se em Lar de Crianças e com sérios problemas em seu Crânio, perfeitamente está a concessão dos efeitos suspensivos da decisão a quo, para fins de determinar a volta do pequeno Matheus ao Lar da Sra. Maria Júlia.
IV – RAZÕES DE REFORMA
Como bem explícito, a Sra. Maria Júlia possui a guarda do menor Matheus desde o seu nascimento, inclusive o acompanhou juntamente com a mãe biológica, durante toda a gestação.
Já se passaram 01 ano e 08 meses, e a criança já tem como Maria Júlia e seu Esposo como seus pais.
Registra-se ainda, que a mãe biológica tem todos os acessos à criança, sem nenhuma limitação.
O artigo 7º do ECA, elenca que toda criança e adolescente têm o direito a saúde e a vida, com condições dignas de existência.
Já os artigos 15 ao 18-A, elenca os Direitos básicos de respeito, liberdade e dignidade, devendo os pais, os estados e todos os entes capazes de produzir o bem-estar.
Nota-se que a criança é muito bem cuidada na casa da Sra. Maria Júlia, não que estamos criticando o Lar de Crianças, contudo, há presunções que um Lar familiar é muito melhor do que instituições de abrigos.
Excelência, a criança tem quarto, casa ampla e uma estrutura muito favorável para seu crescimento e desenvolvimento e cuidados mútuos.
No lar de criança, o mesmo terá atenção divididos por outras centenas de adolescentes e crianças sem um lar digno, além disso, sofre de uma rara doença craniana.
O fato da Sra. Maria não ter respeitado a fila de espera de adoção, não justifica ter seu filho adotivo tirado de seu lar.
Não deve a agravante e, o mais interessado, o jovem Matheus, serem punidos por burocracias estatais, deve ser sempre submetido ao seu melhor interesse, é princípio constitucional.
Assim, é necessária a reforma da decisão para que a criança continue em convivência de seus familiares adotivos, até o final da ação de adoção.
V – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante ao exposto, requer-se:
O recebimento do presente agravo de instrumento com tutela recursal de modo suspensivo, para fins de determinar a volta da criança Matheus ao seu Lar, juntamente a sua família, até o julgamento final deste;
No mérito, seja provido os aqui pretendidos, para confirmar a guarda e a morada do Jovem Matheus, junto com a Sra. Maria Júlia e seu esposo, até o exame final da Ação de Guarda e Adoção em tramite no juízo da 1ª Vara de Infância e Juventude da Capital;
Seja o Ministério Público notificado para sua autuação de praxe, conforme 1019, III, CPC;
Seja comunicado o juízo de 1º grau quanto à decisão, artigo 1019, I, CPC;
Seja intimado curador especial, conforme procuração anexa, art. 1016, IV, CPC;
Seja juntado a guia de preparo recursal em conjunto com o recibo de pagamento;
Segue anexo todos os documentos do rol do artigo 1017, ss, do CPC.
Nestes termos,
Pede-se, deferimento.
Advogata
OAB/MT....

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