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Sis. Cardiovascular e Sis. Respiratório

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5 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
5.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
a) Funções 
A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e 
oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem 
comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e 
por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido 
circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. 
O sistema cardiovascular consiste no Sangue, no Coração e nos Vasos 
Sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar 
materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos 
sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por 
cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos. 
b) Circulação Pulmonar e Sistêmica 
Circulação Pulmonar – leva 
sangue do ventrículo direito do coração 
para os pulmões e de volta ao átrio 
esquerdo do coração. Ela transporta o 
sangue pobre em oxigênio para os 
pulmões, onde ele libera o dióxido de 
carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). 
O sangue oxigenado, então, retorna ao 
lado esquerdo do coração para ser 
bombeado para circulação sistêmica. 
Circulação Sistêmica – é a 
maior circulação; ela fornece o 
suprimento sanguíneo para todo o 
organismo. A circulação sistêmica 
carrega oxigênio e outros nutrientes 
vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. 
5.2 CORAÇÃO 
a) Introdução ao Coração 
Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é 
relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca 
de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de 
espessura. Sua massa é, em média, de 250 g, nas mulheres adultas, e 300 g, 
nos homens adultos. 
O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da 
cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno 
à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 
de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do 
coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas 
extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é 
o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga 
do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a 
direita. 
 
Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das 
costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte 
repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda 
direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da 
superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, 
fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como 
limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a 
traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente. 
 
b) Camadas da Parede Cardíaca 
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o 
coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de 
movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em 
duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. 
O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, 
resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma 
e se prende a ele. 
O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais 
delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada 
parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A 
camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, 
adere fortemente à superfície do coração. 
 
Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido 
seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento 
interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. 
 
Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto 
de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração 
se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos 
sanguíneos. 
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de 
tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido 
conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente 
sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o 
revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração. 
 
 
 
 
 
c) Configuração Externa 
O coração apresenta três faces e quatro margens: 
Face Anterior (Esternocostal) – 
Formada principalmente pelo 
ventrículo direito. 
Face Diafragmática (Inferior) – 
Formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada 
principalmente com o tendão central do diafragma. 
Face Pulmonar (Esquerda) – Formada principalmente pelo ventrículo 
esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. 
Margem Direita – Formada pelo átrio 
direito e estendendo-se entre as veias 
cavas superior e inferior. 
Margem Inferior – Formada 
principalmente pelo ventrículo direito 
e, ligeiramente, pelo ventrículo 
esquerdo. 
Margem Esquerda – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, 
ligeiramente, pela aurícula esquerda. 
Margem Superior – Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda 
em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar 
emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. 
Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem 
superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio. 
Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, 
que é ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e 
é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar. 
O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular 
anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular posterior. 
O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros da direita 
do ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração. 
• O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares 
anteriores. Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores. 
• O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em 
direção à incisura do ápice do coração. 
d) Configuração Interna 
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. 
Os Átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os Ventrículos (câmaras 
inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração 
Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de 
saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). 
O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada 
septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo 
interventricular. 
 
 
ÁTRIO DIREITO 
O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em 
dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior 
e seio coronário. 
A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, 
já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e 
membros inferiores) e o seio coronáriorecebe o sangue que nutriu o miocárdio 
e leva o sangue ao átrio direito. 
Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é 
rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos 
pectinados. 
O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma 
válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos – válvulas ou cúspides). 
Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, 
encontramos uma depressão que é a fossa oval. 
Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal 
denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao 
penetrar no átrio. 
Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das 
veias cavas. 
O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio 
coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne 
do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário. 
ÁTRIO ESQUERDO 
O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores 
e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias 
pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, 
através da Valva Bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides. 
O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada 
aurícula esquerda. 
VENTRÍCULO DIREITO 
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. 
O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares 
cardíacas chamadas trabéculas carnosas. 
No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado Valva 
Tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o 
átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, 
esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas 
do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por 
intermédio de filamentos. 
Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra 
posterior e outra septal. 
O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados Cordas 
Tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas 
de Músculos Papilares. 
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, 
porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares 
(anterior, esquerda e direita). No centro da borda livre de cada uma das 
válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas 
semilunares (pulmonares). 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular 
esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por 
duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são 
denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas 
carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos 
músculos papilares. 
O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do 
óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-se a Valva Bicúspide (mitral). Do 
ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta 
ascendente, passando pela Valva Aórtica – constituída por três válvulas 
semilunares: direita, esquerda e posterior. Daí, parte do sangue flui para as 
artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta ascendente, levando 
sangue para a parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco da aorta 
e para a aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos do arco 
da aorta e da aorta descendente levam sangue para todo o corpo. 
O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A 
principal função do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação 
sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais espessa que a do 
ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear 
sangue para a circulação sistêmica. 
 
e) Ciclo Cardíaco 
Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento 
cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os dois 
ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de contração; a 
fase de relaxamento é designada como diástole. 
 
Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole 
atrial), forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois 
ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do 
coração. 
r 
Valvas na Diástole 
Ventricular 
Dinamismo das 
Valvas 
Valvas na Sístole 
Ventricular 
Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é 
necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção 
do fluxo sanguíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido por quatro 
valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo – 
atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os 
ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora do coração 
– semilunares (valva pulmonar e aórtica).Complemento: As valvas e válvulas são 
para impedir este comportamento anormal do sangue, para impedir que ocorra 
o refluxo elas fecham após a passagem do sangue. 
Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que 
impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão 
abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na 
sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares 
abertas a passagem de sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo 
cardíaco compreende: 
1- Sístole atrial 
2- Sístole ventricular 
3- Diástole ventricular 
 
f) Vascularização 
A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio 
coronário. 
As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este 
nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da 
artéria aortas. 
A artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco coronário 
percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo 
circunflexo, que é o ramo terminal da artéria coronária esquerda que faz 
continuação desta circundado o sulco coronário. 
A Artéria Coronária Direita: dá origem a duas artérias que vão irrigar a 
margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria marginal direita e 
artéria interventricular posterior. 
A Artéria Coronária Esquerda, de início, passa por um ramo por trás do 
tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas 
proximidades do ápice da aurícula esquerda. 
Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo 
circunflexo que dá origem a artéria marginal esquerda. 
Na face diafragmática as duas artérias se anastomosam formando um ramo 
circunflexo. 
O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia 
magna do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco 
interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para a direita 
passando pela face diafragmática, para ir desembocar no átrio direito. 
A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma 
uma dilatação que recebe o nome de seio coronário. 
O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de 
baixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia pequena do coração 
que margeia a borda direita do coração. 
Há ainda veias mínimas, muito pequenas,as quais desembocam 
diretamente nas cavidades cardíacas. 
g) Inervação 
A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém 
de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema 
só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. 
A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, 
simpático e parassimpático. 
Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três 
cervicais e quatro ou cinco torácicos. 
As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago (X 
par craniano), do qual derivam nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois 
cervicais e um torácico. 
Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os 
batimentos cardíacos. 
A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos 
batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, 
que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, 
chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto-
excitáveis. 
A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado na parede 
atrial direita, inferior a abertura da veia cava superior. Propagando-se ao longo 
das fibras musculares atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular 
(AV), situado no septo interatrial, anterior a abertura do seio coronário. Do nodo 
AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de His), que é a 
única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao 
longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo, que 
cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, as 
miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de 
ação, primeiro para o ápice do ventrículo e após para o restante do miocárdio 
ventricular. 
Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se 
enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e 
as semilunares estão fechadas. 
 
 
 
5.3 Vasos Sanguíneos 
Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, 
vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares. 
Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, 
vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração. 
Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para 
fora do coração são as artérias. Estas se ramificam muito, 
tornam-se progressivamente menores, e terminam em 
pequenos vasos determinados arteríolas.A partir destes 
vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição 
e de absorção atravessando uma rede de canais 
microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao 
sangue trocar substâncias com os tecidos. 
Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das 
veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração. Esta passagem de sangue 
através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de CIRCULAÇÃO 
SANGUÍNEA. 
 a) Estrutura dos Vasos 
1- Túnica Externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. 
Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e 
vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das 
artérias. Encontrada nas grandes artérias somente. 
2- Túnica Média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas 
e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das 
artérias do organismo. 
3- Túnica Íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive 
capilares. São constituídas por células endoteliais. 
 
 
 
 
Os vasos sanguíneos são compostos por várias anastomoses, 
principalmente nos vasos cerebrais. 
Anastomose: significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais 
estabelecem uma comunicação entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em 
ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas artérias de pequeno 
calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibrosos. Freqüentemente 
a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação 
colateral. 
O Polígono de Willis (melhor estudado em “Vascularização 
do SNC”) é um exemplo de vasos que se anastomosam, 
formando um polígono. Esse processo ocorre no cérebro 
para garantir uma demanda adequada de oxigênio as 
células nervosas, ou seja, caso ocorra a obstrução de uma 
artéria cerebral, a região irrigada pelo vaso lesado ainda 
receberá sangue proveniente de outra artéria do polígono, 
preservando o tecido nervoso. 
5.4 SISTEMA ARTERIAL 
Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente 
distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar 
(relaciona-se com a pequena circulação, ou seja leva sangue venoso para os 
pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e 
outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo 
através de suas ramificações). 
1 – Sistema do Tronco Pulmonar: o tronco pulmonar sai do 
coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias 
pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se 
ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares 
pulmonares. 
Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem 
capilares, em torno alvéolos nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue 
para o ar e é exalado. O oxigênio passa do ar, no interior dos pulmões, para o 
sangue. Esse mecanismo é denominado HEMATOSE. 
2 – Sistema da Artéria Aorta (sangue 
oxigenado): É a maior artéria do corpo, com 
diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões 
principais são a aorta ascendente, o arco da 
aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A 
aorta é o principal tronco das artérias 
sistêmicas. A parte da aorta que emerge do 
ventrículo esquerdo, posterior ao tronco 
pulmonar, é a aorta ascendente. 
O começo da aorta contém as 
válvulas semilunares aórticas. A 
artéria aorta se ramifica na porção 
ascendente em duas artérias 
coronárias, uma direita e outra 
esquerda que vão irrigar o coração. 
 
A Artéria Coronária 
Esquerda passa entre a aurícula 
esquerda e o tronco pulmonar. 
Divide-se em dois ramos: ramo 
interventricular anterior (ramo 
descendente anterior esquerdo) e um 
ramo circunflexo. A ramo 
interventricular anterior passa ao 
longo do sulco interventricular em 
direção ao ápice do coração e supre 
ambos os ventrículos. O ramo 
circunflexo segue o sulco coronário 
em torno da margem esquerda até a 
face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que 
supre o ventrículo esquerdo. 
A Artéria Coronária Direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá 
origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida 
que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para 
esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então 
emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco 
interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os 
ventrículos. 
Logo em seguida a artéria aorta se encurva 
formando um arco para a esquerda dando 
origem a três artérias (artérias da curva da 
aorta) sendo elas: 
1 – Tronco Braquiocefálico Arterial 
2 – Artéria carótida Comum Esquerda 
3 – Artéria Subclávia Esquerda 
O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: 
4 – Artéria Carótida Comum Direita 
5 – Artéria Subclávia Direita 
 
 
a) Artérias do Pescoço e Cabeça 
As artérias vertebrais direitae esquerda e as artérias carótida comum 
direita e esquerda são responsáveis pela vascularização arterial do pescoço e 
da cabeça. 
Antes de entrar na axila, a artéria subclávia dá um ramo para o encéfalo, 
chamada artéria vertebral, que passa nos forames transversos da C6 à C1 e 
entra no crânio através do forame magno. As artérias vertebrais unem-se para 
formar a artéria basilar (supre o cerebelo, ponte e ouvido interno), que dará 
origem as artérias cerebrais posteriores, que irrigam a face inferior e posterior do 
cérebro. 
Na borda superior da laringe, as artérias 
carótidas comuns se dividem em artéria 
carótida externa e artéria carótida interna. 
A artéria carótida externa irriga as 
estruturas externas do crânio. A artéria 
carótida interna penetra no crânio através 
do canal carotídeo e supre as estruturas 
internas do mesmo. Os ramos terminais da artéria carótida interna são a artéria 
cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do cérebro) e artéria 
cerebral média (supre a maior parte da face lateral do cérebro). 
 
Artéria carótida externa: 
irriga pescoço e face. Seus 
ramos colaterais são: artéria 
tireoide superior, artéria 
lingual, artéria facial, artéria 
occipital, artéria auricular 
posterior e artéria faríngea 
ascendente. Seu ramos 
terminais são: artéria 
temporal e artéria maxilar. 
 
Polígono de Willis: 
A vascularização cerebral é formada pelas artérias vertebrais direita e 
esquerda e pelas artérias carótidas internas direita e esquerda. 
As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na 
goteira basilar, ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam 
a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. 
As artérias carótidas internas em cada lado originam uma artéria cerebral 
média e uma artéria cerebral anterior. 
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre 
elas que é a artéria comunicante anterior. 
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas 
internas através das artérias comunicantes posteriores. 
Para saber mais sobre o Polígono de Willis, veja Sistema Nervoso 
(Vascularização do Encéfalo). 
 
 
b) Artérias do Membro Superior 
 
Explicação da tabela acima: a artéria subclávia (direita ou esquerda), logo 
após o seu início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização 
cerebral, descendo em direção a axila recebe o nome de artéria axilar, e quando, 
finalmente atinge o braço, seu nome muda para artéria braquial (umeral). Na 
região do cotovelo ela emite dois ramos terminais que são as artérias radial e 
ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se 
anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais 
palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se 
anastomosar. 
 
 
Artéria Aorta – Porção 
Torácica: 
Após a curva ou arco aótico, 
a artéria começa a descer do 
lado esquerdo da coluna 
vertebral dado origem aos 
ramos: 
Viscerais (nutrem os 
órgãos): 
1- Pericárdicos 
2- Bronquiais 
3- Esofágicos 
4- Mediastinais 
Parietais (irrigam a parede dos órgãos): 
5- Intercostais posteriores 
6- Subcostais 
7- Frênicas superiores 
Artéria Aorta – Porção Abdominal: 
Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, 
onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal. Nesta porção a 
aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais. 
 
Os ramos terminas da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria 
ilíaca comum esquerda. 
 
 
 
c) Artérias do Membro Inferior 
 
 
5.5 SISTEMA VENOSO 
É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir 
o sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, 
pertencem a grande e a pequena circulação. 
O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias 
pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena 
circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito 
através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso 
chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica. 
Algumas veias importantes do corpo humano: 
• Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que 
conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a 
hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares. São quatro 
veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita 
inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior. As quatro veias 
pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas 
pelas veias segmentares que recolhem sangue arterial dos segmentos 
pulmonares. 
• Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes 
veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração. 
São elas: veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio 
coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão 
trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração. 
 
 
 
 
 
• Veia Cava 
Superior: a veia cava 
superior tem o 
comprimento de cerca 
de 7,5 cm e diâmetro de 
2 cm e origina-se dos 
dois troncos 
braquiocefálicos (ou veia 
braquiocefálica direita e 
esquerda). Cada veia 
braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe 
sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue 
da cabeça e pescoço). 
• Veia Cava Inferior: a veia cava inferior é a maior veia do corpo, com 
diâmetro de cerca de 3,5 cm e é formada pelas duas veias ilíacas comuns 
que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores. 
 
• Seio Coronário e Veias Cardíacas: 
O seio coronário é a principal veia do coração. Ele recebe 
quase todo o sangue venoso do miocárdio. Fica situado no 
sulco coronário abrindo-se no átrio direito. É um amplo canal 
venoso para onde drenam as veias. Recebe a veia cardíaca 
magma (sulco interventricular anterior) em sua extremidade 
esquerda, veia cardíaca média (sulco interventricular posterior) e a veia 
cardíaca parva em sua extremidade direita. Diversas veias cardíacas 
anteriores drenam diretamente para o átrio direito. 
 
a) Veias do Pescoço e Cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crânio: a rede venosa do interior do crânio é representada por um sistema 
de canais intercomunicantes denominados seios da dura-máter. 
Seios da dura-máter: São verdadeiros túneis escavados na membrana 
dura-máter. Esta, é a membrana mais externa das meninges. Estes canais são 
forrados por endotélio. Os seios da dura-máter podem ser divididos em seis 
ímpares e sete pares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEIOS ÍMPARES (6): são três relacionados com a calvaria craniana e três 
com a base do crânio. 
Seios da Calvaria Craniana: 
1 – Seio Sagital Superior: situa-se na borda superior e acompanha a foice 
do cérebro em toda sua extensão. 
2 – Seio Sagital Inferior: ocupa dois terços posteriores da borda inferior 
da parte livre da foice do cérebro. 
3 – Seio Reto: situado na junção da foice do cérebro com a tenda do 
cerebelo. 
Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a veia magna do cérebro (que 
é formada pelas veias internas do cérebro) e posteriormente desemboca na 
confluência dos seios. 
Seios da Base do Crânio: 
1 – Seio Intercavenoso Anterior: liga transversalmente os dois seios 
cavernosos. Situado na parte superior da sela túrcica, passando diante e porcima da hipófise. 
2 – Seio Intercavernoso Posterior: paralelo ao anterior, este liga os dois 
seios cavernosos, passando por trás e acima da hipófise. 
3 – Plexo Basilar: é um plexo de canais venosos que se situa no clivo do 
occipital. 
Este plexo desemboca nos seios intercavernoso posterior e petrosos 
inferiores (direito e esquerdo). 
SEIOS PARES: são situados na base do crânio. 
1 – Seio Esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa menor do osso 
esfenoide. 
2 – Seio Cavernoso: disposto no sentido ântero-posterior, ocupa cada 
lado da sela túrcica. Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média 
profunda do cérebro e o seio esfenoparietal e, posteriormente, se continua com 
o seios petrosos superior e inferior. 
3 – Seio Petroso Superior: estende-se do seio cavernoso até o seio 
transverso, situa-se na borda superior da parte petrosa do temporal. 
4 – Seio Petroso Inferior: origina-se na extremidade posterior do seio 
cavernoso, recebe parte do plexo basilar, indo terminar no bulbo superior da veia 
jugular interna. 
5 – Seio Transverso: origina-se na confluência dos seios e percorre o 
sulco transverso do osso occipital, até a base petrosa do temporal, onde recebe 
o seio petroso superior e se continua com o seio sigmoide. 
6 – Seio Sigmoide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual faz um 
verdadeiro “S” na borda posterior da parte petrosa do temporal, indo terminar no 
bulbo superior da veia jugular interna, após atravessar o forame jugular. 
A veia jugular interna faz continuação ao seio sigmoide, sendo que o seio 
petroso inferior atravessa o forame jugular para ir desembocar naquela veia. 
7 – Seio Occipital: origina-se perto do forame magno e localiza-se de cada 
lado da borda posterior da foice do cerebelo. Posteriormente termina na 
confluência dos seios ao nível da protuberância occipital interna. 
Face: Normalmente as veias tireóideas superior, lingual, facial e faríngica 
se anastomosam formando um tronco comum que vai desembocar na veia 
jugular interna. O plexo pterigoideo recolhe o sangue do território vascularizado 
pela artéria maxilar, inclusive de todos os dentes, mantendo anastomose com a 
veia facial e com o seio cavernoso. Os diversos ramos do plexo pterigoideo se 
anastomosam com a veia temporal superficial, para constituir a veia 
retromandibular. Essa veia retromandibular que vai se unir com a veia auricular 
posterior para dar origem à veia jugular externa. A cavidade orbital é drenada 
pelas veias oftálmicas superior e inferior que vão desembocar no seio cavernoso. 
A veia oftálmica superior mantém anastomose com o início da veia facial. 
Pescoço: descendo pelo pescoço, encontramos quatro pares de veias 
jugulares. Essas veias jugulares têm o nome de interna, externa, anterior e 
posterior. 
• Veia Jugular Interna: vai se anastomosar com a veia subclávia para formar 
o tronco braquiocefálico venoso. 
• Veia Jugular 
Externa: desemboca na veia 
subclávia. 
• Veia Jugular 
Anterior: origina-se 
superficialmente ao nível da 
região supra-hioidea e 
desemboca na terminação da 
veia jugular externa. 
• Veia Jugular Posterior: origina-se nas proximidades do occipital e desce 
posteriormente ao pescoço para ir desembocar no tronco braquiocefálico 
venoso. Está situada profundamente. 
b) Veias do Tórax e do Abdome 
Tórax: encontramos duas exceções principais: 
• A primeira se refere ao seio coronário que se abre diretamente no átrio 
direito. 
• A segunda disposição venosa diferente é o sistema de ázigos. 
As veias do sistema de ázigo recolhem a maior parte do sangue venoso 
das paredes do tórax e abdome. Do abdome o sangue venoso sobe pelas veias 
lombares ascendentes; do tórax é recolhido principalmente por todas as veias 
intercostais posteriores. O sistema de ázigo forma um verdadeiro “H” por diante 
dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna vertebral. O ramo vertical 
direito do “H” é chamado veia ázigos. O ramo vertical esquerdo é subdividido 
pelo ramo horizontal em dois segmentos, um superior e outro inferior. O 
segmento inferior do ramo vertical esquerdo é constituído pela veia hemiázigos, 
enquanto o segmento superior desse ramo recebe o nome de hemiázigo 
acessória. O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois segmentos do ramo 
esquerdo com o ramo vertical direito. Finalmente a veia ázigo vai desembocar 
na veia cava superior. 
Abdome: no abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe 
sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da 
veia porta. A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe 
sangue do baço) com a veia mesentérica superior. A veia esplênica, antes de se 
anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica 
inferior. Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica 
esquerda e prepilórica. Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta 
se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim no fígado. No 
interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede. Vão se 
ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização. Em seguida 
os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem 
sucessivamente para formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na 
veia cava inferior. A veia gonodal do lado direito vai desembocar em um ângulo 
agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo desemboca 
perpendicularmente na veia renal. 
RESUMINDO O SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: A circulação porta 
hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o 
fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união 
das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena 
sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. 
A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino 
grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes 
do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e 
venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do 
fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior. 
 
 
 
c) Veias do Membro Superior 
 
 
 
As veias profundas dos membros superiores seguem o mesmo trajeto das 
artérias dos membros superiores. 
As veias superficiais dos membros superiores: 
• A veia cefálica tem origem na rede de vênulas existente na metade lateral 
da região da mão. Em seu percurso ascendente ela passa para a face 
anterior do antebraço, a qual percorre do lado radial, sobe pelo braço onde 
ocupa o sulco bicipital lateral e depois o sulco deltopeitoral e em seguida se 
aprofunda, perfurando a fáscia, para desembocar na veia axilar. 
• A veia basílica origina-se da rede de vênulas existente na metade medial da 
região dorsal da mão. Ao atingir o antebraço passa para a face anterior, a 
qual sobe do lado ulnar. No braço percorre o sulco bicipital medial até o meio 
do segmento superior, quando se aprofunda e perfura a fáscia, para 
desembocar na veia braquial medial. 
• A veia mediana do antebraço inicia-se com as vênulas da região palmar e 
sobe pela face anterior do antebraço, paralelamente e entre as veias cefálica 
e basílica. 
• Nas proximidades da área flexora do antebraço, a veia mediana do 
antebraço se bifurca, dando a veia mediana cefálica que se dirige 
obliquamente para cima e lateralmente para se anastomosar com a veia 
cefálica, e a veia mediana basílica que dirige obliquamente para cima e 
medialmente para se anastomosar com a veia basílica. 
d) Veias do Membro InferiorAs veias profundas dos membros inferiores seguem o mesmo trajeto das 
artérias dos membros inferiores. 
As Veias Superficiais dos Membros Inferiores: 
• Veia Safena Magna: origina-se na rede de vênulas da região dorsal do pé, 
margeando a borda medial desta região, passa entre o maléolo medial e o 
tendão do músculo tibial anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa. 
• Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva para se aprofundar 
e atravessa um orifício da fáscia lata chamado de hiato safeno. 
• A Veia Safena Parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da 
região dorsal do pé, passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha 
mediana da face posterior da perna até as proximidades da prega de flexão 
do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das veias 
poplíteas. 
• A veia safena parva comunica-se com a veia safena magna por intermédio 
de vários ramos anastomóticos. 
 
6 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
6.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
a) Funções 
A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de 
gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio 
no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo 
como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que 
são representadas pelo gás carbônico. 
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O 
trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa 
torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da 
traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade 
torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. 
As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também 
fazem parte do trato respiratório inferior.O intercâmbio dos gases faz-se ao nível 
dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um 
tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas. 
As vias aeríferas podem ser divididas em: NARIZ, FARINGE, LARINGE, 
TRAQUEIA, BRÔNQUIOS e PULMÕES. 
 
 6.2 NARIZ 
O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte 
exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente 
conhecida por cavidade nasal. O nariz externo tem a forma de uma pirâmide 
triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 
médio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar 
que recebe o nome de asa do nariz. 
O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas 
chamadas Narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, 
que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas 
cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira 
que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras 
para o olfato. 
 
 A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela 
é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada 
compartimento dispõe de um orifício anterior que é a Narina e um posterior 
denominado Coana. As Coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a 
faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, 
umedecido e aquecido. 
 
 Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as Conchas 
Nasais (cornetos) que são divididas em Superior, Média e Inferior. 
O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e 
maxilares. 
A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o 
muco dos seios paranasais é drenado. Os Seios Paranasaiscompreendem os 
seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. 
 
6.3 FARINGE 
A faringe é um tubo que começa nas coanas e 
estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo 
atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras 
cervicais. Sua parede é composta de músculos 
esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe 
funciona como uma passagem de ar e alimento.A faringe 
é dividida em três regiões anatômicas: Nasofaringe, 
Orofaringe e Laringofaringe. 
A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou Nasofaringe, tem as 
seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas 
auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através 
do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da 
faringe com a cavidade média timpânica do ouvido. 
A parte intermediária da faringe, a Orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e 
estende-se do palato mole até o nível do hioide. A parte da orofaringe tem 
comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o 
alimento. 
A Laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hioide, e conecta-
se com o esôfago (canal do alimento) e anteriormente com a laringe (passagem 
de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e 
também uma via digestória. 
 
6.4 LARINGE 
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se 
situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra 
cervicais. A Laringe tem três Funções: 
• Atua como passagem para o ar durante a respiração; 
• Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); 
• Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas 
respiratórias (como a traqueia). 
A laringe desempenha função na produção 
de som, que resulta na fonação. Na sua 
superfície interna, encontramos uma fenda 
antero-posterior denominada vestíbulo da 
laringe, que possui duas pregas: prega vestibular 
(cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas 
vocais verdadeiras). 
A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de 
cartilagens, músculos e ligamentos. 
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são 
ímpares (Cartilagem Tireóidea, Cricoidea e Epiglótica) e três são pares 
(Cartilagem Aritenoidea, Cuneiforme e Corniculada). 
A Cartilagem Tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede 
anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos 
hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas 
apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, 
denominados cornos superiores e inferiores. 
A Cartilagem Cricoide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireoide e 
antecede a traqueia. 
 
 
A Epiglote se fixa no osso hioide e na cartilagem tireoide. A epiglote é uma 
espécie de “porta” para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas 
entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, 
pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago. 
 
A Cartilagem Aritenoide articula-se com a cartilagem cricoide, 
estabelecendo uma articulação do tipo diartrose. As cartilagens aritenoides são 
as mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das pregas 
vocais (cordas vocais verdadeiras). 
A Cartilagem Corniculada situa-se acima da cartilagem aritenoide. 
A Cartilagem Cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à 
cartilagem corniculada correspondente, ligando cada aritenoide à epiglote. 
 
6.5 TRAQUEIA 
A traqueia é um tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. 
Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se 
bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao 
esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para adireita. 
O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis 
cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. 
Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e 
o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. 
Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios 
principais:direito e esquerdo. 
A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma 
saliência antero-posterior que recebe o nome de carina da traqueia, e serve para 
acentuar a separação dos 2 brônquios. 
 
6.6 BRÔNQUIOS 
Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são 
considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios 
extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, 
tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas. 
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que 
o esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de 
cartilagem incompletos. 
Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao 
atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se 
nos Brônquios Lobares. 
Os brônquios lobares subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada 
um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. 
Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores 
denominados Bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e 
não possuem cartilagem. 
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos 
túbulos denominados Ductos Alveolares. 
Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva 
chamados Alvéolos. 
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias 
respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. 
A Função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da 
membrana capilar alvéolo-pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
6.7 PULMÕES 
Os pulmões são órgãos essenciais na 
respiração. São duas vísceras situadas uma de 
cada lado, no interior do tórax e onde se dá o 
encontro do ar atmosférico com o sangue 
circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas 
(HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das 
clavículas e estão justapostos às costelas.O pulmão direito é o mais espesso e 
mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma 
é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma 
concavidade que é a incisura cardíaca.Cada pulmão têm uma forma que lembra 
uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces. 
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma 
levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela 
artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No 
corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-
clavicular 
Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, 
apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do 
pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado). 
Margens do Pulmão: Os pulmões apresentam três margens: 
uma Anterior, uma Posterior e uma Inferior. 
Bordas do Pulmão: A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral 
do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura 
produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-
se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas 
porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra 
que é mais arredondada e projeta-se no mediastino 
Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas. 
Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros. 
Faces: O pulmão apresenta três faces: 
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente 
lisa e convexa, voltada para a superfície interna da 
cavidade torácica. 
b) Face Diafragmática (face inferior): é a face 
côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática. 
c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região 
côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região 
denominada hilo ou raiz do pulmão. 
Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. 
O Pulmão Direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por 
duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e 
superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio. 
O Pulmão Esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por 
uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão 
esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do 
desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão. 
Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que 
constituem unidades pulmonares completas, consideradas autônomas sob o 
ponto de vista anatômico. 
Pulmão Direito 
* Lobo Superior: apical, anterior e posterior 
* Lobo Médio: medial e lateral 
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e 
basal lateral 
Pulmão Esquerdo 
* Lobo Superior: apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior 
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e 
basal lateral 
Pleuras: 
A superfície externa de cada pulmão e a 
parede interna da caixa torácica são 
revestidos por uma membrana serosa dupla, 
chamada pleura. A membrana na superfície 
externa de cada pulmão é 
denominada Pleura Visceral, e a que reveste 
a parede da cavidade torácica é 
chamada Pleura Parietal. 
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a 
Cavidade Pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, 
secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo 
que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. 
Hilo do Pulmão: 
A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo 
formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os Brônquios 
Principais, Artérias Pulmonares, Veias Pulmonares, Artérias e Veias 
Bronquiais e Vasos Linfáticos. 
Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias 
pulmonares são inferiores e anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição 
superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A raiz do pulmão direito 
encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão 
esquerdo relaciona-se anteriormente com o Nervo Frênico. Posteriormente 
relaciona-se com o Nervo Vago.

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