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Os outros nomes do urb

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Essa é uma estratégia problemática, explica Novak, já que exige prazos longos de desenvolvimento e durante esse tempo as condições urbanas mudam.
Além disso, a desvalorização do que existe leva à demolição e reconstrução total e ao final disso, nenhuma dessas alternativas são capazes de conceber a cidade ideal.
O autor cita Jacobs, 1974 e Alexander, 1965 que explicam que a cidade com superquadras foi muito criticada. Sua estrutura era em árvore, fazendo poucas conexões se comparada à de ruas e quadras curtas, com estrutura típica de retícula que permite uma maior riqueza de conexões, atendendo de uma forma melhor às necessidades urbanas. A arquitetura moderna é muito criticada também por não se importar em contextualizar as edificações ao urbano e por seu desinteresse em pesquisa.
Esses acontecimentos originam no urbanismo, propostas metodológicas novas denominadas "desenho urbano" e "planejamento estratégico" por exemplo. O planejamento estratégico não é novo, mas uma retomada do "planejamento na ação", assim como o desenho urbano também não é novo, sendo criado por autores que se ocupam da forma urbana, essa ainda hoje, continua sendo a principal preocupação.
Essas propostas metodológicas propõem convergir métodos de análise, usando para isso a análise visual, a percepção do meio ambiente, o comportamento ambiental e a morfologia urbana.
O desenho urbano é parte do planejamento, desde objetivos gerais até recomendações específicas, ou seja, norteia a elaboração do plano e se torna ao mesmo tempo, um produto dele. O projeto urbano, explica Novak, nos anos 70 faz com que arquitetos trabalhem em fragmentos da cidade em projetos que eram incorporados ao tecido urbano que já existia.
O autor resume esses conceitos da seguinte forma, planejamento continua sendo uma das partes mais significativas do urbanismo, o plano estratégico é uma alternativa ao master plan mas não resolve os problemas porque não atinge a causa e a solução de tratar a cidade como empresa também é errada, porém explica que essas duas formas não se opõem, mas se complementam.
 O autor explica como devemos entender as mudanças ocorridas no urbanismo, conta que o processo de ordenar é sempre o mesmo porém a forma de ordenar são diferenciados pela cultura. A forma de ordenação geralmente se baseava no sagrado, a religião era o aspecto central das culturas antigas, uma consequência disso para o urbanismo era ser arriscado pois ia contra ordem da natureza desejada pelos deuses. Era necessário que os padres fizessem rituais para fundar cidades e construir edifícios e pontes, tanto é que ainda hoje o papa leva o nome de pontifex maximus, o grande construtor de pontes. Somente no século XIX com a Revolução Industrial se rompe esse esquema de ordenação e aparecem reflexões sobre o urbanismo como é atualmente. As duas guerras mundiais e a crise de 1929 estagnaram o urbanismo a primeira metade do século XX porém com a destruição das cidades europeias fez-se necessário reconstruí-las após 1945. Os modernistas querem construir cidades do futuro e os culturalistas, refazer cidades do passado.
A complexidade atual classifica os problemas urbanos em categorias:
A primeira se refere aos temas fundamentais do espaço econômico, do modo de vida e da apropriação do espaço urbano por seus habitantes.
Citando a si próprio, Novak mostra que na segunda categoria tanto a cidade ideal como a sua busca através do planejamento urbano são mitos. Os problemas ambientais aumentam no ambiente urbano então torna-se necessário articular os problemas ambientais aos sociais e também às questões de criminalidade e tráfico.
Na terceira categoria inclui-se problemas que podem ser diretamente resolvidos com o urbanismo, utilizando o desenho urbano, questões relativas à habitação e ao uso do solo e transportes urbanos.
De um lado temos os instrumentos clássicos do zoneamento, leis de uso e ocupação do solo, de outro os chamados projetos urbanos. São dispositivos sem ligação entre si, pois os planos diretores que ligariam esses aspectos tem resultado em uma performance fraca e questionamos a sua utilidade.

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