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A literatura exerce uma função social importante. É através dela que “o indivíduo abandona 
temporariamente sua própria disposição e preocupa-se com algo que até então não 
experimentara. Traz para o primeiro plano algo diferente dele, momento em que a vivencia a 
alteridade como se fosse ele mesmo.” (ZILBERMAN, 1999, p.84). Assim a literatura contribui 
fortemente para a formação como um todo da pessoa. Ela é necesseraria e deve fazer parte da 
vida das pessoas de maneira constante, pois fornece a base cultural ao indivíduo para viver 
plenamente sua subjetividade em conjunto a sua vida prática. Dessa forma, a experiência 
vivenciada pelo leitor literário está diretamente relacionada ao horizonte de sua expectativa, em 
sua compreensão do mundo, como ao seu comportamento social. O texto literário não constitui, a 
priori, um texto utilitário. São os leitores que, a partir do diálogo com o mesmo, lhe atribuem 
diferentes funções ou finalidades. A escola, muitas vezes, reserva à literatura um papel até que 
equivocado, o de ser, acima de tudo, um instrumento de aperfeiçoamento linguístico. Ao contrário 
dessa perspectiva, o texto literário oferece inúmeras funções mais importantes. Com ela aprende-
se, compara-se, questiona-se, diverte-se, amadurecese, transforma-se, vive-se, desenvolve-se a 
sensibilidade estética, contata-se com as mais diferentes visões de mundo. A literatura não dá 
somente informação ao seu leitor, mas principalmente a formação de seu “espírito”, de tal forma 
que a ação sobre o mundo se faça impregnada dessa riqueza. Diante da literatura abrem-se 
inúmeras virtualidades cognitivas do texto, pois como seres singulares, temos condições de 
interpretar de maneiras diversas. Esse contato com a literatura é algo riquíssimo para o 
desenvolvimento cognitivo e emocional dos indivíduos, para que eles possam constituir-se cada 
vez mais seres humanos reflexivos e críticos. Não há uma leitura pronta e única desse tipo de 
texto, quer dizer, produz-se leitura no pleno diálogo leitor-texto-autor. Uma das necessidades 
fundamentais do homem é dar sentido ao mundo e a si mesmo, e a literatura permanece como 
veículo primordial para esse diálogo. O texto literário é a modalidade textual que faz a descoberta 
de sentidos de forma mais abrangente. Hoje vivemos numa sociedade que dialoga pouco, mas 
que fala muito consigo mesma, que não consegue, efetivamente, usar de empatia. E essa é uma 
possibilidade que a literatura nos dá. A literatura nos mostra como vive outra gente, como pensa, 
como sente. Nesse sentido, aliteratura possibilita um alargamento de horizontes, já que 
oportuniza aos indivíduos uma posição crítica a diversidade vivenciada pelo leitor. A literatura tem 
uma natureza pertubartiva e geradora de inquietações. Nutrindo-se da tradição ou da inovação, 
ela propõe diferentes e até ousadas concepções de mundo; transita pela esfera do real –, 
expressando-o e interpretando-o –, e do possível, indo além, ao plano do imaginário. A 
complexidade do texto literário, que se reflete no seu aprofundamento filosófico, existencial e 
social, aceita o acaso, a criatividade e o inesperado como componentes do processo de vida 
social, questiona a linearidade das ações humanas e atua com base em redes que 
simultaneamente separam e unem conhecimentos, em sistemas de organização abertos que 
permitem a ampliação e aprimoramento do ser individual e socialmente. A literatura compete a 
emancipação da humanidade de suas amarras naturais, religiosas e sociais. Esse papel está 
diretamente relacionado à experiência da leitura. A leitura crítica e reflexiva pode libertar o leitor 
de adaptações, prejuízos e apertos de sua vida prática, obrigando-o a uma nova percepção das 
coisas.

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