Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Administrativo p/ Tribunais Prof. Herbert Almeida ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (1) Entidade x Órgão (1.1) ENTIDADE: personalidade jurídica própria (1.2) ÓRGÃO PÚBLICO: centro de competências, sem personalidade jurídica 1. (FCC – Administrador/DPE RR/2015) As competências na Administração pública podem ser atribuídas para órgãos públicos e para entidades administrativas, por meio do que doutrinariamente se denomina, respectivamente, desconcentração e descentralização. Considerando a natureza jurídica dos órgãos e entidades, a) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies de órgãos públicos, excluindo-se dessa categorização os consórcios públicos, em razão do princípio da especialidade. b) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública direta e da Administração pública indireta, possuindo personalidade jurídica própria e capacidade processual, ao contrário das entidades, que possuem personalidade jurídica própria, mas não possuem capacidade processual. c) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública direta e da Administração pública indireta, não possuindo personalidade jurídica própria, ao contrário das entidades, que possuem personalidade jurídica própria, distinta das pessoas que lhes deram vida. d) por serem os órgãos despersonalizados, ao contrário das entidades, não mantém relações institucionais entre si, tampouco com terceiros, em razão do princípio da capacidade específica. e) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies de entidades, excluindo-se dessa categorização as fundações públicas, que são espécies de órgãos, com capacidade de autoadministração exercida com independência em relação ao poder central. Gabarito: alternativa C. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 2. (CESPE – Analista Judiciário/TRE GO/2015) Um candidato a deputado estadual ajuizou ação pleiteando a anulação de decisão administrativa que desaprovou suas contas como prefeito. O órgão indicado como réu na ação considerou irregular a delegação de permissão de serviço público com base em tomada de preços. O candidato autor da ação apontou suposto excesso de poder e nulidades na decisão. Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item. Nessa situação, houve erro na indicação do réu da ação. Gabarito: correto. (2) Descentralização X Desconcentração Desconcentração Mesma pessoa jurídica Hierarquia (controle hierárquico) Técnica administrativa (aceleração/eficiência) Dá origem aos órgãos públicos Por hierarquia (ministério, superintendência, delegacia, etc.) Territorial ou geográfica (Norte, Sul, Nordeste, etc.) Em razão da matéria (Saúde, Educação, Previdência, etc.) Descentralização Pessoas jurídicas distintas Não há hierarquia (tutela, fiscalização) Especialização Dá origem aos entes ou delegatários Por colaboração ou delegação (ato ou contrato de delegação - concessionárias) Territorial ou geográfica (dá origem aos territórios) Por outorga, técnica ou funcional (depende de lei; administração indireta; titularidade) Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 3. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE GO/2015) Na desconcentração, há divisão de competências dentro da estrutura da entidade pública com atribuição para desempenhar determinada função. Gabarito: correto. 4. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE GO/2015) A descentralização é caracterizada pela distribuição de competência de forma externa, ou seja, de uma pessoa jurídica para outra criada para esse fim específico, o que resulta em uma relação hierárquica entre elas. Gabarito: errado. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 5. (FCC – Técnico Judiciário/TRT 3ª Região/2015) O Estado de Minas Gerais, assim como os demais Estados- Membros e também os Municípios, detêm competência legislativa própria que não decorre da União Federal, nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. Trata-se da denominada a) descentralização funcional. b) descentralização administrativa. c) desconcentração. d) descentralização política. e) descentralização por colaboração. Gabarito: alternativa D. (3) Administração Direta X Indireta (3.1) ADMINISTRAÇÃO DIRETA Autarquias Fundações públicas Empresas públicas Sociedades de economia mista (3.2) ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Órgãos dos Poderes Estrutura administrativa da Presidência, ministérios e secretarias de Estado, unidades do Congresso Nacional, etc. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 6. (CESPE – Técnico Judiciário/STJ/2015) Julgue o item a seguir, acerca dos conceitos de Estado, governo e administração pública. A Presidência da República integra a administração pública federal direta. Gabarito: correto. 7. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE PI/2016) O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI), cuja sede se encontra na capital do estado, integra a administração a) direta federal. b) direta fundacional federal. c) indireta estadual. d) autárquica indireta federal. e) indireta autárquica estadual. Gabarito: alternativa A. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 8. (Cespe – Analista Judiciário/STJ/2015) A relação entre a administração direta e as entidades que integram a administração indireta pressupõe a existência do poder hierárquico entre ambas. Gabarito: errado. 9. (CESPE - Técnico Judiciário/STJ/2015) É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação de entidades da administração indireta, como autarquias e fundações públicas. Gabarito: errado. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (4) Criação e natureza jurídicas das entidades administrativas CF, art. 37: [...] XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (4) Criação e natureza jurídicas das entidades administrativas ENTIDADE ADMINISTRATIVA CRIAÇÃO NATUREZA JURÍDICA Autarquias Criadas por lei Direito público Fundações públicas de direito público Criadas por lei Direito público Fundações públicas de direito privado Autorizadas por lei Direito Privado Empresas públicas Autorizadas por lei Direito Privado Sociedades de economia mista Autorizadas por lei Direito Privado Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (5) Autarquias Serviço público descentralizado (personalizado) Atividade TÍPICA (exclusiva) de Estado Patrimônio (bens públicos) – impenhoráveis, imprescritíveis, restrições à alienação Prerrogativas próprias (imunidade tributária recíproca, prazos processuais em dobro, duplo grau de jurisdição obrigatório, precatórios, prescrição quinquenal) Conselhos regionais (exceto OAB) – entidades autárquicas Pessoal: regime jurídico-único (igual ao da administração direta) Autarquias especiais (consórcios, agências reguladoras) Agências executivas (autarquia ou fundação / qualificação especial / contrato de gestão) (6) Fundações públicas Direito PÚBLICO x Direito PRIVADO Área de ATUAÇÃO: lei complementar / Atividade de interesse social (sem fins lucrativos) Patrimônio personalizado Prerrogativas: Direito Público: mesmas das autarquias; Direito Privado: tem imunidade tributária Regime de pessoal: direito público:estatutário; direito privado: não há consenso. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 10. (CESPE – Técnico/MPU/2015) Julgue o item a seguir, de acordo com o regime jurídico das autarquias. Autarquia é entidade dotada de personalidade jurídica própria, com autonomia administrativa e financeira, não sendo possível que a lei institua mecanismos de controle da entidade pelo ente federativo que a criou. Gabarito: errado. (7) Empresas públicas e sociedades de economia mista Art. 3o Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. Art. 4o Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Características criação e extinção autorizadas por lei; personalidade jurídica de direito privado; sujeição ao controle estatal; derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público (regime jurídico híbrido); vinculação aos fins definidos na lei instituidora; desempenho de atividade de natureza econômica; dever de licitar (regra – Lei 13.303/2016) Atividades desempenhadas Exploração de atividade econômica Prestação de serviços públicos (7) Empresas públicas e sociedades de economia mista (8) Diferenças entre EP e SEM Dimensões Empresa Pública Sociedade de Economia Mista Forma Jurídica Qualquer forma admitida em direito (civil, comercial, S/A, etc.) ou até mesmo formas inéditas (somente para a União). Somente sociedade anônima (S/A). Composição do capital Totalmente público. Admite capital público e privado, mas a maioria do capital com direito a voto deve ser do ente instituidor ou de entidade administrativa. Foro processual (somente para as entidades federais) Com algumas exceções, as causas em que as empresas públicas federais forem interessadas tramitam na Justiça Federal. Tramitam na justiça estadual. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 11. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE GO/2015) Com relação a licitações, julgue o item que se segue. Com exceção das sociedades de economia mista, que — devido à participação da iniciativa privada em seu capital — seguem regras próprias, os órgãos da administração indireta estão sujeitos à regra de licitar. Gabarito: errado. 12. (FGV – Técnico Judiciário Auxiliar/TJ SC/2015) São pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos, as: a) autarquias; b) fundações públicas; c) fundações privadas; d) empresas públicas; e) agências reguladoras. Gabarito: alternativa D. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Gabarito: alternativa B. 13. (FCC - Analista Judiciário/TRT 4ª Região/2015) A propósito dos entes que integram a Administração Indireta, considere as afirmativas abaixo. I. As autarquias são dotadas de personalidade jurídica de direito público, possuem capacidade de autoadministração e se distinguem das pessoas políticas no que concerne à competência legislativa, pois não a detêm, o que não impede, todavia, que lhes seja transferida a titularidade e a execução de serviços públicos. II. As empresas estatais podem, na forma que seus Estatutos Sociais determinarem, exercer atividade econômica de natureza privada ou prestar serviço público, o que, contudo, não impacta sua natureza jurídica de direito privado e, assim, permite a contratação de obras e aquisições sem se submeter ao regime de licitações. III. Tanto as autarquias, quanto as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público criadas por lei, permitido às segundas um certo grau de flexibilização no regime jurídico a que estão submetidas, com derrogação por normas de direito privado, tais como possibilidade de contratação de servidores público sem submissão a concurso público. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) I. c) II. d) II e III. e) III. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (9) Regime Jurídico Administrativo Supremacia do Interesse Público Indisponibilidade do Interesse Público Prerrogativas Conflito interesse público X privado Deve respeitar a lei e os direitos e garantias Exemplos: cláusulas exorbitantes, obrigações p/ atos unilaterais, desapropriação, poder de polícia Sujeições / restrições Associado ao princípio da legalidade Poder-dever de agir Exemplos: concurso público, licitação, regras de alienação 14. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE PI/2016) O regime jurídico-administrativo caracteriza-se a) pelas prerrogativas e sujeições a que se submete a administração pública. b) pela prevalência da autonomia da vontade do indivíduo. c) por princípios da teoria geral do direito. d) pela relação de horizontalidade entre o Estado e os administrados. e) pela aplicação preponderante de normas do direito privado. Gabarito: alternativa A. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (10) Princípios Constitucionais Expressos Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência PRINCÍPIO EXPRESSO X PRINCÍPIO IMPLÍCITO Direta e indireta Todos os Poderes Todos os entes da Federação 15. (FCC – Técnico Judiciário/TRT 3ª Região/2015) A Administração pública deve nortear sua conduta baseada em certos princípios. Assim, entre os princípios expressamente informados na Constituição Federal, NÃO se incluem os princípios da a) moralidade e eficiência. b) legalidade e publicidade. c) entidade e indisponibilidade. d) impessoalidade e publicidade. e) legalidade e moralidade. Gabarito: alternativa C. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 16. (FCC - Analista Judiciário/TRT 9ª Região/2015) A Administração pública está sujeita a princípios que conformam sua atuação. Para esse fim, é dizer, da sujeição aos princípios elencados pela Constituição Federal, o termo Administração abrange a Administração a) direta, não estando sujeita aos mesmos princípios a Administração pública indireta e o Poder Judiciário, em razão do princípio da separação dos poderes. b) pública direta e indireta, não abarcando o Poder Judiciário e Legislativo, mesmo no exercício atípico da função administrativa, em razão do princípio da estrita legalidade. c) pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) pública direta e indireta dos Poderes Executivo e Judiciário, excluído o Poder Legislativo, em razão da submissão ao Tribunal de Contas. e) pública direta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, excluindo a administração pública indireta, por estar sujeita a regime de direito privado. Gabarito: alternativa C. (11) Legalidade (12) Impessoalidade (13) Moralidade (14) Publicidade (15) Eficiência Atuação dos agentes públicos – imputada ao órgão/ente Finalidade – interesse público Isonomia Vedação à promoção pessoal Impedimento/suspeição-> garantia da imparcialidade Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 17. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE GO/2015) No que se refere ao regime jurídico- administrativo brasileiro e aos princípios regentes da administração pública, julgue o próximo item. Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. Gabarito: correto. 18. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-AP/2015) Considere a seguinte situação hipotética: Dimas, ex-prefeito de um Município do Amapá, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado, tendo em vista que adotou na comunicação institucional da Prefeitura logotipo idêntico ao de sua campanha eleitoral. O Tribunal considerou tal fato ofensivo a um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa. Trata-se especificamente do princípio da a) moralidade. b) publicidade. c) eficiência. d) impessoalidade. e) motivação. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Gabarito: alternativa D. 19. (Cespe – Técnico Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios da administração pública. a) Em decorrência do princípio da hierarquia, nega-se o direito de greve e de livre associação sindical para funcionários do Poder Judiciário. b) Em decorrência do princípio da legalidade, é permitido ao agente público praticar atos administrativos que não sejam expressamente proibidos pela lei. c) A observância dos princípios da eficiência e da legalidade é obrigatória apenas à administração pública direta. d) A proibição de nomear parentes para ocupar cargos comissionados na administração pública é expressão da aplicação do princípio da moralidade. e) O princípio da publicidade não está expressamente previsto na CF. Gabarito: alternativa D. 20. (FCC - Técnico Judiciário/TRT 23ª Região/2016) O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamento, considerou legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias, não havendo qualquer ofensa à Constituição Federal, bem como à privacidade, intimidade e segurança dos servidores. Pelo contrário, trata-se de observância a um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa, qual seja, o princípio específico da a) proporcionalidade. b) eficiência. c) presunção de legitimidade. d) discricionariedade. e) publicidade. Gabarito: alternativa E. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 21. (FCC - Técnico Judiciário/TRT 9ª Região/2015) Os princípios balizadores das atividades da Administração pública ganharam importância e destaque nas diversas esferas de atuação, tal como o princípio da eficiência, que a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado quando este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação. b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o caso concreto. c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores resultados, cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da legalidade, que não pode ser descumprido. d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o atingimento do melhor resultado para o interesse público. e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração pública está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao princípio da legalidade. Gabarito: alternativa C. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (16) Outros princípios RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE CONTROLE OU TUTELA AUTOTUTELA ESPECIALIDADE MOTIVAÇÃO CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA SEGURANÇA JURÍDICA Limitação à discricionariedade administrativa Razoabilidade: Adequação: relação meio/fim Exigibilidade/necessidade Proporcionalidade em sentido estrito Produção legislativa / atividade administrativa Controle das atividades da Administração Indireta. Fazer com que elas cumpram as suas finalidades Vinculação Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Descentralização administrativa (admin. Indireta) Princ. da legalidade e indisponibilidade do interesse público Entidades devem cumprir suas finalidades legais Demonstração dos pressupostos de fato e de direito Instrumento de controle Regra! Os serviços públicos devem ser prestados de forma ininterrupta (salvo exceções) Restrição de greve, substituição, delegação, exceção ao contrato não cumprido, encampação CF, art. 5º [...] LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Confiança legítima Assegurar a estabilidade das relações jurídicas Direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada, súmulas vinculantes Vedação à aplicação retroativa de nova interpretação Prescrição e decadência 22. (CESPE - Analista Judiciário/TRT 8ª Região/2016) A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. a) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, aplicando-se esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial. b) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, mediante institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas. c) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder Judiciário. d) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. e) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões. Gabarito: alternativa B. 23. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT 8ª Região/2016) A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. a) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos administrativos. b) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do interesse público equivalem-se. c) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência. d) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público. e) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência. Gabarito: alternativa C. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo ATOS ADMINISTRATIVOS (17) Ato administrativo - Conceito José dos Santos Carvalho Filho: “[...] a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atenderao interesse público.” Hely Lopes Meirelles: “[...] é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.” Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 24. (FCC – Técnico/CNMP/2015) Ato administrativo é: a) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos administrados. b) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria. c) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. d) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa. e) sinônimo de fato administrativo. Gabarito: alternativa C. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (18) Elementos de formação do ato administrativo Competência (sujeito) – poder atribuído ao agente para praticar o ato Finalidade – resultado pretendido / efeito mediato Forma – como o ato se exterioriza Motivo – pressupostos de fato e de direito Objeto – efeito jurídico imediato do ato (conteúdo) ComFiForMOb 25. (CESPE – Técnico Judiciário/TRT 8ª Região/2016) A respeito dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) São elementos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto. b) Apenas o Poder Executivo, no exercício de suas funções, pode praticar atos administrativos. c) Mesmo quando atua no âmbito do domínio econômico, a administração pública reveste- se da qualidade de poder público. d) Para a formação do ato administrativo simples, é necessária a manifestação de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades. e) Define-se ato nulo como ato em desconformidade com a lei ou com os princípios jurídicos, passível de convalidação. Gabarito: alternativa A. (19) Extinção de atos administrativos Revogação Anulação (20) Convalidação Súmula 473 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Gabarito: alternativa E. 26. (FCC - Técnico Judiciário/TRE SE/2015) Considere as seguintes assertivas: I. O ato administrativo com vício de finalidade admite convalidação. II. A finalidade corresponde ao efeito mediato que o ato produz. III. O ato administrativo com vício de finalidade comporta revogação. IV. Há vício de finalidade quando o ato desvia-se da finalidade pública ou, ainda, quando praticado com finalidade diversa da prevista em lei para o caso. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I e III. c) I, II e IV. d) I. e) II e IV. 27. (FCC – Analista Judiciário/Administrativa/TRE-SP/2012) A revogação de um ato administrativo a) é prerrogativa da Administração, de caráter discricionário, consistente na extinção de um ato válido por razões de conveniência e oportunidade. b) constitui atuação vinculada da Administração, na medida em que, em face da indisponibilidade do interesse público, a Administração está obrigada a revogar atos maculados por vício de oportunidade. c) pode ser declarada tanto pela Administração como pelo Poder Judiciário, quando identificado que o ato se tornou inconveniente ou inoportuno do ponto de vista do interesse público. d) somente pode ser procedida por autoridade hierarquicamente superior àquela que praticou o ato, de ofício ou por provocação do interessado, vedada a sua prática pelo Poder Judiciário. e) constitui prerrogativa da Administração, quando fundada em razões de conveniência e oportunidade, e do Poder Judiciário, quando identificado vício relativo à motivação, competência ou forma. Gabarito: alternativa A. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo LICITAÇÃO PÚBLICA (21) Obrigatoriedade Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo CF, art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Contratação direta REGRA: licitar! Licitação dispensada (art. 17 – alienações) Licitação dispensável (art. 24) Inexigibilidade de licitação (art. 25) (22) Licitação dispensável Possibilidade de dispensar / A lei “autoriza” a dispensa Rol taxativo (art. 24) Baixo valor (15 mil / 8 mil) Guerra, grave perturbação da ordem, emergência, calamidade pública (incs. III e IV) Licitação deserta União intervir no domínio econômico (inc. VI) Obras e serviços engenharia: R$ 15 mil Compras e demais serviços: R$ 8 mil Dobro: Consórcios, estatais, agências executivas Art. 24. [...] V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; Regular preços ou normalizar o abastecimento; Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (22) Licitação dispensável (art. 24) → Valores acima dos praticados em mercado (inc. VII) → Comprometimento da segurança nacional (inc. IX) → Remanescente de obra, serviço ou fornecimento, decorrente de rescisão contratual (inc. XI) → Contratação de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado (inc. XXII) → Organizações sociais (inc. XXIV). (23) Inexigibilidade de licitação (art. 25) Inviabilidade de competição Rol exemplificativo (art. 25) produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada preferência de marca serviços técnicos (art. 13), de natureza singular, com profissional/empresa de notória especialização // vedado para publicidade e divulgação Profissional de setor artístico: diretamente/empresário exclusivo, consagrado Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo (23) Inexigibilidade de licitação Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. 28. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE PI/2016) Caso determinado órgão público pretenda contratar serviço técnico de treinamento e aperfeiçoamento de pessoal,de natureza singular, a ser prestado por pessoa jurídica de notória especialização, a licitação a) será dispensada. b) será inexigível. c) será dispensável, devido ao fato de se referir a serviço técnico específico. d) deverá ser do tipo melhor técnica. e) deverá ser realizada na modalidade convite. Gabarito: alternativa B. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 29. (FCC – Analista Judiciário/TRF 3ª Região/2016) O Tribunal Regional Federal da 3ª Região pretende contratar empresa para a construção de obra de engenharia. Trata-se especificamente da reforma das instalações de espaço físico dentro do próprio Tribunal que, no futuro, será destinado a um restaurante, sendo o valor da contratação estimado em dez mil reais. Nesse caso, conforme preceitua a Lei nº 8.666/1993, a licitação é a) obrigatória na modalidade pregão. b) inexigível. c) obrigatória na modalidade concurso. d) obrigatória na modalidade convite. e) dispensável. Gabarito: alternativa E. Herbert Almeida Bons estudos! Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo
Compartilhar