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RESENHA CRÍTICA - TEXTO: O IDEALISMO CARTESIANO - DESCARTES (REZENDE, 1986, C5)

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Universidade Federal Fluminense
Faculdade de Educação 
Curso Pedagogia 
Professor: Percival Tavares
Nome: Ana Carolina de Sales P. Ribeiro
Turno: Noite
O RACIONALISMO CARTESIANO
O Racionalismo pode ser entendido como aquilo que possibilita a razão de reconhecer a verdade de maneira que não esteja relacionada com o mundo sensível e não tendo relação com emoções e sentimentos. O Racionalismo tende a encontrar a verdade concreta, sem possíveis divergências. 
Para Descartes, o conhecimento deveria provir de fontes seguras e legítimas, e a filosofia era o meio de chegar a essa verdade sólida, desde que começasse o estudo pelo principio e que não houvesse dúvidas sobre o esse começo. 
“Gostaria, em primeiro lugar, de explicar o que é a filosofia, começando pelas coisas mais simples, tais como: que esta palavra “filosofia” significa o estudo da sabedoria; e que, por sabedoria, não entendemos apenas a prudência nos negócios, mas um perfeito conhecimento de todas as coisas que o homem pode saber, tanto para a conservação de sua vida, quanto para a conservação de sua saúde e para a invenção de todas as artes; e para que este conhecimento seja tal, é necessário que ele seja deduzido das primeiras causas.” (Princípios da filosofia, Prefácio, apud Rezende, 1986, c 5, p 103.) 
Segundo a citação acima, podemos perceber que a filosofia é um meio que nos possibilita encontrar a razão e a verdade de indeterminadas coisas no mundo, desde que seja feita de maneira com que as primeiras causas sejam levadas em consideração. Também podemos observar que a partir da filosofia temos a possibilidade de encontrar soluções para eventos cotidianos da vida, do trabalho ou da sociedade, de maneira que nos leve a entender o que se passa na realidade, através da sabedoria, e buscar um recurso ou melhoria para os determinados casos.
Descarte diz que o homem é 
“... essencialmente, um animal racional... todos nós possuímos a razão, ou seja, essa capacidade de bem julgar e de discernir o verdadeiro do falso. Nem todos os homens, porém utilizam corretamente sua razão.” (REZENDE, 1986, c 5, p 104). 
Com base no pensamento de Descartes, fica evidente que todos os indivíduos têm em comum a competência de saber/poder julgar o que acha correto ou o que acha incorreto, porém essa capacidade irá variar de pessoa para pessoa, de maneira com que cada um decida o que é uma verdade, ao seu ponto de vista, e o que não é uma verdade, causando grandes diversidades de ideias e opiniões.
A busca pela verdade exige alguns parâmetros a serem seguidos para que a busca e o processo não sejam vagos e possam seguir rumos que realmente o levarão a conhecerem coisas que farão sentido e darão direção à conclusão da pesquisa. 
“Por método eu entendo regras certas e fáceis, graças às quais todos aqueles que as observarem corretamente jamais suporão verdadeiro aquilo que é falso, e chegarão, sem fadiga e esforços inúteis, aumentando progressivamente sua ciência, ao conhecimento verdadeiro de tudo o que podem atingir.” (Regras para a direção do espírito, 4 e 5, apud Rezende, 1986, c 5, p 105) 
O método de regras para a busca da verdade tem o intuito de encurtar o caminho, porém, de maneira com que nada de grande importância se perca, e fazer com que o resultado seja obtido de maneira eficiente, satisfatória e agradável para aqueles que trabalharam na procura da verdade. O método também é útil para que haja uma sequência a ser seguida com propósito de facilitar a o processo. 
 “... enquanto eu queria pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E notando que esta verdade, eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as demais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalá-la, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.” (Discurso sobre o método, IV parte, apud REZENDE, 1986, c 5, p 107)
Descartes pensava que para ter certeza de uma verdade era imprescindível rejeitar tudo o que viesse antes, com o intuito de reconhecer o primeiro fundamento daquela possível verdade e só a partir de então, dar continuidade ao processo de busca da verdade. Ele também utilizava como método a “duvida”, pois acreditava que tudo que pudesse lhe causar duvidas poderia apresentar mais de uma face e com isso podendo uma delas ser a verdadeira, a qual ele buscava, porém nesse processo não cabiam nada relacionados a sentimentos ou razão. Ele não levando em consideração à ideia de alma, que está ligada a atividade racional e também não levando em consideração a ideia de corpo, que faz relação com a física resolve criar uma espécie de moral, da qual ele visa a observar os bens. 
Contudo, pode-se observar que o racionalismo consiste em chegar ao conhecimento de diversas coisas, das mais variadas possíveis, com o intuito de gerir sua razão e buscar a verdade concreta. Também podemos perceber que foi a partir de Descartes que se iniciou o processo de questionamentos sobre as verdades, fazendo com que fossem criados métodos e regras para buscar a verdade legítima sem a influência da razão e sentimentos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Idealismo cartesiano: subjetivismo idealista. Rio de Janeiro, Zahar, 1986.

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