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CICLO DO CARBONO CICLO DO NITROGÊNIO CICLO DO ENXOFRE CICLO DO FÓSFORO CICLO DO CARBONO Os decompositores atuam sobre os detritos orgânicos liberando CO2, que retorna à atmosfera, reintegrando-se a seu reservatório natural. Detritos orgânicos ainda podem originar os combustíveis fósseis que, através da combustão, eliminarão CO2 de volta para a atmosfera. Obs.: Fotossíntese: CO2 + H2O = > C6H12O6 + H20 + O2 Respiração: C6H12O6 + O2 = > CO2 + H2O + energia Combustão: combustível + energia + O2 = > CO2 + ...(detritos) CICLO DO CARBONO BIODEGRADAÇÃO E BIOTRANSFORMAÇÃO MICROBIANA DE COMPOSTOS ORGÂNICOS DO SOLO E SUAS IMPLICAÇÕES NA FERTILLIDADE CICLO DO CARBONO Aspectos relevantes: 1. O ciclo do carbono e o ciclo hidrológico são, provavelmente, os dois ciclos biogeoquímicos mais importantes com relação à humanidade. 2. O reservatório atmosférico é pequeno se comparado com o do carbono dos oceanos e dos combustíveis fósseis e outros depósitos. 3. Fluxo entre a atmosfera e dos oceanos, que até o início da Era Industrial estavam em equilíbrio. CICLO DO CARBONO 4. Durante os últimos anos, o conteúdo de CO2 tem-se elevado por causa de novas entradas antropogênicas. A queima de combustível fóssil parece ser a principal fonte de novas entradas, mas a agricultura e o desmatamento também contribuem. 5. Perda líquida de CO2 na agricultura, ou seja, um acréscimo de CO2 na atmosfera maior do que sua retirada, pois suas culturas são ativas durante apenas uma parte do ano, não compensando o CO2 liberado do solo (lavouras freqüentes) . Plantio direto deve ter mudado isto!!!!!!!! 6. O desmatamento poderá liberar carbono armazenado na madeira, principalmente se a madeira for queimada imediatamente e o uso se segue à oxidação do húmus, se a terra for usada para agricultura ou para desenvolvimento urbano (rápida oxidação do húmus e liberação de CO2 gasoso que está retido no solo). CICLO DO CARBONO Preocupações: Desmatamento: 1. Aumento do CO2 emitido em função da emissão no momento da queima. 2. Redução da taxa fotossintética. 3. Queimadas de florestas. 4. Efeito estufa – intervenções antropogênicas no ciclo do carbono. CICLO DO CARBONO Efeito estufa: 1. Utilização excessiva de combustíveis fósseis (falta de incentivos para a geração de energia alternativa). 2. Desmatamento. 3. Poluição ambiental. 4. Intensificação do efeito estufa. 5. Mudanças climáticas. 6. Aquecimento global. 7. Mudança nos níveis dos oceanos. CICLO DO NITROGÊNIO O ciclo do nitrogênio, assim como o do carbono, é um ciclo gasoso. Apesar dessa similaridade, existem algumas diferenças notáveis entre os dois ciclos: a atmosfera é rica em nitrogênio (78%) e pobre em Carbono (0,032%); apesar da abundância de nitrogênio na atmosfera, somente um grupo seleto de organismos consegue utilizar o nitrogênio gasoso; o envolvimento biológico no ciclo do nitrogênio é muito mais extenso do que no ciclo do carbono. CICLO DO NITROGÊNIO Grande parte do nitrogênio existente nos organismos vivos não é obtida diretamente da atmosfera, uma vez que a principal forma de nutriente para os produtores são os nitratos (NO3-). No ciclo do nitrogênio existem quatro mecanismos diferentes e importantes: 1. fixação do N atmosférico; 2. amonificação; 3. nitrificação; 4. desnitrificação. CICLO DO NITROGÊNIO A fixação do nitrogênio ocorre por meio dos organismos fixadores de nitrogênio: ( simbióticos e de vida livre) A fixação por via biológica é a mais importante. (praticamente custo zero para sua obtenção) A síntese industrial da amônia (NH3) a partir do nitrogênio atmosférico (N2) é custoso tanto o de origem do petróleo do processo industrial . Ciclo do Nitrogênio O ciclo do N pode ser dividido em 3 subciclos Elementar (E) Autotróficos (A) Heterotróficos (H) Lábil Recalcitrante NH4+ NO3- N2 Biomassa microbiana Biomassa animal Biomassa vegetal Biomassa fixadoras Mineralização Amonificação Imobilização Nitrificação Fixação de N2 Imobilização No - orgânico CICLO DO NITROGÊNIO : Fixação biológica do N2 . B. japonicum B. japonicum R. leguminosarum R. leguminosarum controle R. meliloti CICLO DO NITROGÊNIO 1. Ciclo gasoso do tipo complexo. 2. Interação dinâmica entre os fluxos e diferentes grupos de microorganismos. 3. Ciclo importante, pois limita ou controla a abundância dos organismos. 4. A atmosfera contém 80% do nitrogênio disponível na biosfera sendo, dessa forma, o maior reservatório do composto e a válvula de escape do sistema. 5. O nitrogênio entra constantemente na atmosfera pela ação das bactérias desnitrificantes, e continuamente retorna ao ciclo pela ação das bactérias ou algas fixadoras de nitrogênio (biofixação). CICLO DO NITROGÊNIO Transformações de N no solo: Amonificação, nitrificação, desnitrificação Resumindo: Nitrosação: conversão de íons amônio (ou amônia) em nitritos. Nitratação: conversão de nitritos em nitratos. Nitrificação: conversão de íons amônio em nitratos. Bactérias nitrificantes: são bactérias nitrosas (Nitrosomonas e Nitrosococcus) e nítricas (Nitrobacter). À transformação dos nitratos em N2 dá-se o nome de desnitrificação, e as bactérias que realizam essa transformação são chamadas de desnitrificantes. Nome do Processo Agente Equação Fixação Bactéria Rhizobium eNostoc (alga cianofícea) N2 => sais nitrogenados Amonização Bactérias decompositoras N orgânico => NH4 Nitrosação Bactéria Nitrosomonase Nitrosococcus NH4 => NO2 Nitratação Bactéria Nitrobacter NO2 => NO3 Desnitrificação Bactérias Desnitrificantes(Pseudomonas) NO3 => N2 Resumo dos processos no ciclo do Nitrogênio: PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO : pelo nitrogênio Enriquecimento das águas com nutrientes essenciais, como o nitrogênio e o fósforo, e desenvolvimento excessivo do fitoplâncton, provocando problemas de consumo de oxigênio e baixa diversidade. Consumo de oxigênio pelos processos de biodegradação. Processos de biodegradação sem oxigênio – liberação de H2S e CH4. CICLO DO ENXOFRE O enxofre apresenta um ciclo basicamente sedimentar, embora possua uma fase gasosa, de pouca importância. O processo biológico envolvido nesse ciclo compreende uma série de microorganismos com funções específicas de redução e oxidação. A maior parte do enxofre que é assimilado é mineralizado em processos de decomposição. Sob condições anaeróbias, ele é reduzido a sulfetos, entre os quais o sulfeto de hidrogênio (H2S). Letal à maioria dos seres vivos, principalmente aos ecossistemas aquáticos em grandes profundidades. Esse gás, tanto no solo como na água, sobe a camadas mais aeradas, onde então é oxidado, passando à forma de enxofre elementar, quando mais oxidado ele se transforma em sulfato. CICLO DO ENXOFRE 1. O grande reservatório de enxofre é no solo e nos sedimentos. 2. É um ciclo que caracteriza-se pela participação efetiva e rápida dos microorganismos. 3. Recuperação de compostos de enxofre a partir da ação microbiana sobre o sedimentos profundos. 4. Interação nos processos geoquímicos, meteorológicos e biológicos. 5. Interdependência do ar, da água e do solo na regulação do ciclo global. 6. A principal forma disponível é o sulfato (SO4), que será reduzido pelos seres autótrofose incorporado às proteínas. 7. É um ciclo menos limitante do que o do nitrogênio e o do fósforo. Ciclo do Enxofre CICLO DO ENXOFRE INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS 1. O dióxido de enxofre (SO2) é liberado na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. 2. O SO2 interage com o vapor d’água produzindo gotículas de ácido sulfúrico (H2SO4) diluído, o que acarretará a precipitação de chuva ácida. 3. O excremento animal representa um fonte de sulfato reciclado. 4. A produção primária é responsável pela incorporação do sulfato à matéria orgânica. CICLO DO FÓSFORO O fósforo é um elemento de ciclo fundamentalmente sedimentar; seu principal reservatório é a litosfera, mais precisamente as rochas fosfatadas e alguns depósitos formados ao longo de milênios. CICLO DO FÓSFORO A liberação do fósforo na forma de fosfatos, que serão utilizados pelos produtores. Entretanto, parte desses fosfatos liberados é carreada para os oceanos, onde se perde em depósitos a grande profundidades, ou é consumida pelo fitoplâncton. Solução Bactérias Fungos Protozoarios Pi lábil e moderado Po lábil e moderado Raízes Resíduos Planta Po química e fisicamente protegido Po lento Pi e Po rápido Pi lento Alta energia Sistemas aquáticos Centros urbanos Produtos Animal Fertilizantes Químicos e dejetos Erosão Lixiviação Ciclo do fósforo no solo e na natureza CICLO DO FÓSFORO 1. Rochas sedimentares são o reservatório natural do fósforo. 2. O fósforo é um elemento essencial para a constituição de ATP, DNA e RNA. 3. A forma mais comum para a absorção dos vegetais é o PO4. 4. Assim como o nitrogênio, é um elemento limitante, controlando a abundância dos organismos. CICLO DO FÓSFORO INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS - EUTROFIZAÇÃO - 1. Despejos de efluentes ricos em fosfatos. Ex.: detergentes, etc. 2. Utilização de fertilizantes químicos, ricos em fosfatos. EUTROFIZAÇÃO Níveis de trofia • Oligotróficos – baixas entradas de nutrientes e produção primária, alta transparência e uma biota diversa. • Mesotrófico – intermediário. • Eutrófico – grande entrada de nutrientes e produção primária, baixa transparência e elevada biomassa, com poucas espécies e uma produção de cianobactérias superior aos sistemas oligotróficos. A QUESTÃO DA BIODISPONIBILIDADE Fontes Pontuais SEDIMENTOS Parte é metabolizada pela biota Parte se agrega ao material particulado Fontes não pontuais FONTES DE FÓSFORO Situação A: apenas o esgoto como fonte 1 - Dejetos humanos - variando de 1,2 g a 2,8 g de fósforo/hab/dia -resultando entre 216 t e 504 t de fósforo/dia - (população brasileira: 180 milhões) 2 - Sabões e detergentes comerciais –64 t de fósforo/dia Esgoto: de 280 t a 568 t de fósforo/dia no Brasil FONTES DE FÓSFORO Situação B: considerando todas as fontes • Adubos, fertilizantes – Malavolta (2002) • Excreção animal / estercos – IBGE (2000b) e Costa (1986) • Lixo urbano – Costa (1986) e USDA (1985) • Detergente em pó – ABIQUIM (2003) • Esgotos domésticos / dejetos humanos (IBGE 2000) CONTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO Média Brasil - considerando todas as fontes Dieta Humana 25% Indústria 0% Detergentes 8% Fertilizantes 10% Erosão 17% Excreção Animal 22% Lixo Domiciliar 19% * Fonte: Abipla, IBGE, IPT, Anda e CENA/USP Utilizando valor mais conservativo de 1,2 g P/dia/hab Á contribuição do efluente industrial está referida como 0 % porque não foram obtidos dados precisos para se estimar sua participação. 2% 11% 87% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 95% Para sabão em pó CONSUMO DE FÓSFORO Ração animal Indústria alimentícia Indústria farmacêutica Tripolifosfato de sódio Detergentes Fertilizantes 5 % • Indústria de Papel • Indústria Cerâmica • Indústria Têxtil • Tratamento de Metais • Tratamento de Água • Outras Aplicações 95 % Detergentes em Pó MERCADO DE DETERGENTES Fonte: Copebrás / 2001 SANEAMENTO NO BRASIL Exemplo Lago Paranoá - Brasília • Fato: – Lago Paranoá (Brasília) em estado hipereutrófico, na década de 80; • Medidas: – Implementação de sistema de coleta e tratamento terciário de esgoto, que possibilita a retirada de fósforo; • Resultados: – Melhora significativa na qualidade das águas – Utilização do Lago Paranoá para o lazer – Redução de 75% de fósforo através do tratamento terciário RECICLAGEM DE FÓSFORO Alternativas • O tratamento do esgoto produz um resíduo sólido denominado lodo. A disposição final deste lodo é uma etapa fundamental para a operação eficiente de uma estação de tratamento de esgoto. As alternativas para disposição do lodo são: • Digestão anaeróbia • Destinação final em aterros sanitários exclusivos • Disposição de superfície • Disposição oceânica • Lagoas de armazenagem • Incineração • Reciclagem agrícola. RECICLAGEM DE FÓSFORO Estudos & Tendências • “A reciclagem agrícola tem se destacado mundialmente – do ponto de vista técnico, econômico e ambiental – por viabilizar a reciclagem de nutrientes, promover melhorias físicas, especialmente na estruturação do solo e por apresentar uma solução definitiva para a disposição do lodo” (Andreoli, et al. 1994). RECICLAGEM DE FÓSFORO Estudos & Tendências • “A reciclagem agrícola é a mais indicada sob os aspectos sanitário, ambiental, agronômico, social e econômico. O uso agrícola do lodo de esgoto como adubo orgânico é considerado hoje como a alternativa mais promissora de disposição final deste resíduo, devido a sua sustentabilidade” (Rocha, 1998) RECICLAGEM DE FÓSFORO Região Metropolitana de Curitiba • Pegorini et al. (2003) avaliaram os potenciais impactos ambientais da implementação da reciclagem agrícola do lodo de esgoto em escala real na Região Metropolitana de Curitiba. As conclusões desse trabalho foram: 1) O processo de higienização, através da caleação, aumenta sua capacidade de correção do solo e adiciona ao resíduo grande quantidade de Ca e Mg, melhorando seu valor agronômico; RECICLAGEM DE FÓSFORO Região Metropolitana de Curitiba 2) O nível de controle sanitário do lodo disponibilizado aos agricultores é compatível com o uso agrícola, segundo as principais legislações mundiais sobre o tema com critérios rigorosos de segurança adotados pela IN IAP; 3) Os teores de metais pesados de todos os lotes de lodo reciclados na RMC foram significativamente inferiores aos limites normativos. 250 anos de demanda para uso RECICLAGEM DE FÓSFORO • Ponto sensível – Segundo esse dado, temos a impressão de que esta é uma reserva abundante, mas muitos desses materiais não são acessíveis e/ou são de baixa qualidade. 40 bilhões de toneladas reserva de rocha fosfática 250 anos de demanda para uso RECICLAGEM DE FÓSFORO • A maioria das estações de tratamento de esgoto na Europa e América do Norte trata o efluente para remover o fósforo antes do descarte. Isso tem sido feito tipicamente por precipitação com sais de ferro ou alumínio. • Estações de tratamento de esgoto são fontes potenciais de fósforo para reúso. Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Númerodo slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 EUTROFIZAÇÃO�Níveis de trofia A QUESTÃO DA BIODISPONIBILIDADE FONTES DE FÓSFORO�Situação A: apenas o esgoto como fonte FONTES DE FÓSFORO�Situação B: considerando todas as fontes CONTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO�Média Brasil - considerando todas as fontes CONSUMO DE FÓSFORO Número do slide 32 SANEAMENTO NO BRASIL �Exemplo Lago Paranoá - Brasília RECICLAGEM DE FÓSFORO�Alternativas RECICLAGEM DE FÓSFORO�Estudos & Tendências RECICLAGEM DE FÓSFORO�Estudos & Tendências RECICLAGEM DE FÓSFORO�Região Metropolitana de Curitiba RECICLAGEM DE FÓSFORO� Região Metropolitana de Curitiba RECICLAGEM DE FÓSFORO RECICLAGEM DE FÓSFORO
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