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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE NOVA XAVANTINA DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA Ferrugem em Diversas Culturas Bruna Elaine de Almeida Silva Cristiane Caetano Maria Aparecida Paulliany Alice Marquês Souza Ferrugem na Cultura do Milho Destaca-se das demais por ocupar a maior área cultivada no pais; Em virtude de suas características de produção tem grande participação na geração de emprego na zona rural; No Brasil, se destaca entre os grãos, como o produto de maior volume produzido, respondendo pelo segundo maior valor de produção; É ainda o principal insumo para a confecção de rações utilizadas na criação de animais; É prejudicada por diversos fatores: a ocorrência de doenças, plantas daninhas e insetos pragas; Maior enfoque: Ferrugem; Causada pelos fungos Puccinia sorghi Schwein (Ferrugem-comum ), Physopella zeae Mains (Ferrugem-tropical ) e Puccinia polysora ( Polissora); Ferrugem Polissora do Milho Agente casual Puccinia polysora. É um basídiomiceto e o teliósporos e uredionósporos do patógeno são considerados inóculos primário e secundário da doença. Distribuição: região Centro-Oeste, pelo Noroeste de Minas Gerais, por São Paulo e por parte do Paraná. Google-imagens Sintomas: a formação de pústulas circulares a ovais, de coloração marron-clara, distribuídas, predominante, na face superior das folhas. Desenvolve-se em condições ambientais favoráveis temperatura entre 23 e 28 °C e elevada umidade relativa do ar e com maior intensidade em altitudes abaixo de 700m. Disseminação ocorre pela ação do vento. Google-imagens Danos causados: redução da área foliar, redução do vigor e do peso dos grãos, senescência precoce e acamamento de plantas. Google-imagens Práticas de Manejo: Uso de cultivares resistentes; Escolha correta da época e local de plantio; Aplicação de fungicidas - azoxystrobin + cyproconazole; Google-imagens Ferrugem no algodoeiro Três tipos de ferrugens ocorrem no algodoeiro causadas pelos fungos: Puccinia cacabata Phakopsora gossypii Puccinia shedonnardi Apenas Phakopsora gossypii , foi descrito no Brasil em plantios de algodão. Agente causal da ferrugem tropical. Possui distribuição em regiões temperadas. No Brasil o patógeno já fora relatado nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pará, Rio de Janeiro, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Norte. o primeiro relato da ferrugem tropical do algodoeiro no Estado de Goiás foi feito no ano passado. A doença surge sempre no final da estação de cultivo. Pode ser benéfica: Acelera o processo de queda de folhas antes da colheita. Já foram relatadas grandes perdas causada por esse patógeno. Sintomas Os primeiros sintomas são caracterizados por pequenas lesões de coloração escura que surgem na face superior da folha. Completado o período de latência (20-25 dias), surgem as pústulas na face inferior das folhas. Epidemiologia Epidemias da doença ocorrem durante estações de estiagem em plantios irrigados; Após chuvas seguidas de longos períodos secos. Manejo Uso de fungicidas; Eliminar restos de vegetais das plantas infectadas; O plantio do Algodoeiro em “safrinha” deve ser evitado em áreas onde ocorreu ferrugem. Ferrugem na cultura da soja Soja: uma das maiores representantes da economia do Brasil Doenças limitam grande parte do potencial da sua produtividade Causadas por fungos, nematoides, bactérias e vírus Maior destaque: Ferrugem causada por duas espécies de fungo do gênero Phakopsora: Phakopsora meibomiae, causadora da ferrugem "americana“ e a a P. pachyrhizi Sydow causadora da ferrugem "asiática”. Ferrugem americana: Brasil, em Lavras (MG), em 1979 Final da safra raramente causa danos econômicos infecta diversas leguminosas Ferrugem asiática: Estado do Paraná disseminação rápida Na safra 2001/02 apresentou grande expansão atingindo os estados do RS, de SC, do PR, de SP, de MG, do MS, do MT e de GO. Hospedeiros parasita obrigatório patógeno biotrófico multiplica-se e sobrevive em tecidos vivos. soja tigüera, hospedeiros alternativos Phaseolus vulgaris, Desmodium sp., Crotalaria spp., Neonotonia wightii, entre outras. Condições favoráveis Temperaturas médias menores que 28º C; Molhamento foliar de mais de 10 horas; Regiões quentes é difícil aparecer a doença; Altitude superior a 700 metros com temperaturas noturnas mais amenas associadas a um maior número de horas de orvalho; Regiões mais baixas com chuvas bem distribuídas Sintomas Folha minúsculos pontos mais escuros (cinza-esverdeada) que o tecido sadio da folha (esverdeado) protuberância (urédia) na parte inferior da folha. as úredias adquirem cor castanho-clara a castanho-escura abrem-se em minúsculo poro, por onde é liberado os uredósporos tornam-se bege e acumulam-se ao redor dos poros ou são carregados pelo vento 22 o tecido da folha ao redor das primeiras urédias, adquirem coloração castanho clara a castanho-avermelhada Evoluem para pústulas as folhas amarelecem, secam e caem prematuramente DISSEMINAÇÃO Vento EFEITOS DA FERRUGEM Amarelamento ou bronzeamento Queda prematura das folhas impede formação de grãos Quanto mais cedo ocorrer a desfolha, menor será o tamanho dos grãos; quando a doença atinge a soja na fase de formação das vagens ou no início da granação, pode causar o aborto e a queda das vagens. Manejo ou controle Aumentar a área de rotação; Semear cultivares mais precoces, concentrando os cultivos no início da época de semeadura indicada para cada região; Evitar a semeadura em várias épocas e com cultivares tardias; Existe a possibilidade de controle da ferrugem através das cultivares tolerantes/resistentes: BRS 134, BRSMS Bacuri Observar se há condições de temperatura e umidade favoráveis; Monitoramento constante da lavoura; Fazer aplicação de fungicida nos sintomas iniciais da doença; Procurar fazer rotação de classes de fungicidas quando for realizar mais de uma aplicação; Utilizar as tecnologias de aplicações recomendadas, para obter boa cobertura foliar e penetração do produto no dossel da planta; Utilizar fungicidas recomendáveis e eficientes, repeitando as condições climáticas durante a aplicação; Ferrugem-do-cafeeiro Ferrugem farinhosa causada pelo fungo Hemileia coffeicolla; Ferrugem alaranjada causada por Hemileia vastatrix; Hemileia vastatrix, em 1868 foi descoberta no Ceilão; No Brasil foi encontrada em Itabuna - Ba, em 1970; Ferrugem-do-cafeeiro – Hemileia vastatrix Hemileia vastatrix é um fungo denominado de parasita obrigatório, não havendo vida saprofítica de solo; A ferrugem ataca as folhas inferiores; As lesões provocam a morte dos tecidos- Verticillium hemileae; Os esporos são disseminados a longas distâncias pelo vento, pelos insetos, pelo homem e por outros animais; Na mesma plantação, de uma planta a outra e de folha em folha, a maior disseminação da doença ocorre pelas gotas de chuva; Fatores que favorecem a doença Altitudes médias entre 400-600m; Temperatura na faixa de 20-24°C; Umidade necessária à germinação dos esporos favorecida pelas chuvas freqüentes, principalmente as finas, pelo orvalhamento noturno e por ambientes sombrios. Fatores que beneficiam a doença na lavoura a)sistemas de plantio e condução que tornam o ambiente (microclima) mais sombrio e úmido; b)a adubação e os tratos mal feitos tornando as plantas mais susceptíveis à doença; c) a presença de inóculo do ano anterior, que influi antecipando e agravando o ciclo da doença; d) a carga pendente, que é o fator mais importante por tornar o cafeeiro mais susceptível; e) a variedade; Sintomas Doença foliar que, inicialmente, causa manchas cloróticas translúcidas com 1-3 mm de diâmetro na face inferior do limbo foliar; Atingindo 1-2 cm de diâmetro, na face inferior desenvolvem-semassas pulverulentas de coloração amarelo-laranja; Na superfície superior da folha, aparecem áreas descoloridas, de tonalidade amarelada; Os sintomas aparecem de 7 a 15 dias após a penetração, surgindo na página inferior da folha uma semana mais tarde. Medidas de Controle Para que sejam adotadas medidas de controle da ferrugem do cafeeiro, é necessário observar os seguintes fatores: a) alto potencial do inóculo inicial; b) cargas pendentes dos frutos; c) densidade foliar das plantas ; d) clima; Medidas de Controle Controle biológico: Verticilium hemileiae, Cladosporium hemileiae e Glomerela cingulata; Controle químico: a base de cobre, os sistêmicos (grupo dos triazois) via foliar e via solo; Controle genético por meio de variedades resistentes como Guarani, Robusta e Apoatã. Prejuízos Em certos anos, as perdas são maiores, devido a ataques mais graves no ano anterior; Resultam da redução da área foliar das plantas; Em ataques severos e precoces ocorrem perdas na granação dos frutos e no rendimento; Seca de ramos laterais Deformação das plantas (acinturamento) e o aparecimento de ramos ladrões; As plantas desfolhadas têm reduzido seu abotoamento, florescimento e pegamento dos frutos; Essa perda média devido à ferrugem, obtida de quatro ou mais safras em ensaios experimentais, ocorre na faixa de 20-50%, variando conforme a variedade, a região, o nível de trato, etc.
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