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Transtornos psiquiátricos e Análise do Comportamento (1)

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Transtornos psiquiátricos: 
o que a 
Análise do Comportamento 
tem a dizer?
Roberto Alves Banaco
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Paradigma – Núcleo de Análise do Comportamento
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nucleoparadigma@terra.com.br
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Análise do Comportamento
Ciência decorrente do behaviorismo radical (filosofia)
Objeto de estudo: comportamento
Interações entre organismo (intacto) e ambiente (físico e social)
Método: das ciências naturais
Grande peso da experimentação
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Análise do comportamento
Aparece em oposição a várias abordagens em psicologia
As estruturalistas – forma não explica o comportamento
As funcionalistas – mente não é objeto de estudo
Introduz a noção de seleção por conseqüências no entendimento do comportamento
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Análise do comportamento
Seleção por conseqüências
Noção de variação e seleção 
Filogenéticas
Ontogenéticas
Culturais
Assim como as espécies que “sobreviveram” às mudanças ambientais, as respostas que “permanecem” nos repertórios comportamentais são adaptadas
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Análise do comportamento
Mais uma oposição:
Cai por terra a noção de “normalidade” X “anormalidade”
Leis do comportamento “normal” são as mesmas que explicariam o comportamento “anormal”
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Transtornos psiquiátricos
História da Medicina
Necessidade de classificação das “doenças mentais”
Divergências nas nomenclaturas c/ ênfases
Fenomenologia (descrição)
Etiologia (causa)
Curso (desenvolvimento)
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Análise do comportamento X Transtornos psiquiátricos
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Análise do comportamento X Transtornos psiquiátricos
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Transtornos psiquiátricos
“Patologia comportamental”
Déficit ou excesso comportamental
Comportamento adaptado...
Prevê reforçamento em um nível mais importante (o que justificaria a manutenção)
Prevê também punição em nível menor
... que leva a sofrimento em algum grau...
... com manifestações emocionais bastante intensas
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Sidman (1960): Normal sources of pathological behavior
Na Medicina: clínica e experimentação vivem harmoniosamente
Claude Bernard: “estados patológicos podem ser manifestações de processos normais”
Normal =/= estatística
Normal = natural = obedecem a leis naturais
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Sidman (1960): Normal sources of pathological behavior
Na Psicologia (Patologias do comportamento) clínica e experimentação de laboratório ainda não “se conversam”
Ambas: anormal = desordenado
“... quando um experimentador isola uma lei sobre um fenômeno comportamental, ele provavelmente considera que tal ‘legalidade’ retira tal fenômeno do reino de interesse da clínica. Similarmente, o clínico que se aventura no laboratório tentará, mais freqüentemente, demonstrar a ausência da legalidade em alguns fenômenos comportamentais”
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Transtorno psiquiátrico
Anormal enquanto um evento “desordenado”
Desordenado = sem lei (científica)
seria resquício do “espiritual” na história da loucura?
Espiritual = não físico 
Não explicado pelas leis naturais
Dualismo mente / corpo 
+ uma diferença entre a Análise do Comportamento e a maioria das disciplinas “mentais”
Behaviorismo radical: monista e fisicalista (portanto, reducionista)
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Behaviorismo radical
Função do comportamento é importante: estrutura não explica
No entanto, o dualismo é questionado
o não físico não pode explicar o físico
A mente não pode explicar o comportamento
Portanto, “Os conceitos em uma explicação devem estar ao mesmo nível que os fenômenos a serem explicados e devem ter as mesmas propriedades que tais fenômenos” (Reese, 1996, pág. 62)
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O que são, então os transtornos psiquiátricos para a Análise do Comportamento?
“... O comportamento mal adaptado pode ser resultado de combinações quantitativas e qualitativas de processos que são, eles próprios, intrinsecamente ordenados, absolutamente determinados, e normais em sua origem”
Sidman, 1960
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O caso mais simples: condicionamento respondente
S aversivo
Resposta incondicionada de medo
“âmbito” da normalidade
S “neutro”
Resposta irrelevante para esta análise
PAREAMENTO
“âmbito” da psicopatologia
Resposta condicionada, semelhante ao medo
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O caso mais simples: condicionamento respondente
Tido como modelo de
Fobias específicas (Pequeno Albert – Watson & Jones)
Fobia social
Ansiedade generalizada
Alguns casos de transtorno do pânico
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Outro caso simples, operante: fuga e esquiva
Se uma resposta operante em presença de um estímulo aversivo
Retira, posterga ou diminui intensidade do estímulo = fuga
Se uma resposta operante, em presença de um estímulo sinalizador de estímulo aversivo
Pospõe ou elimina a apresentação do estímulo = esquiva
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Outro caso simples, operante : fuga e esquiva
Onde está a patologia?
Imagine a seguinte situação:
Choque apresentado a cada minuto
Resposta na barra pospõe o choque por mais um minuto
Não há estimulação exteroceptiva (do ambiente)
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Outro caso simples, operante : fuga e esquiva
Gradualmente: resposta = ausência de choques
Ausência da resposta + passagem do tempo = choque
Estimulação interoceptiva (do corpo) passa a controlar a resposta
O que ocorreria na extinção (suspensão dos choques)?
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Outro caso simples, operante : fuga e esquiva
Como a ausência de resposta + passagem do tempo adquiriram propriedades aversivas, as respostas que anteriormente pospunham os choques não extinguem
Modelo de que?
Rituais no “Transtorno obsessivo-compulsivo”
Algumas respostas de esquiva no Transtorno do Pânico
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Levis, D.J. (1979). The infrahuman avoidance model of symptom maintenance and implosive therapy. In J.D. Keehn (Ed.). Psychopathology in animals: research and clinical implications. Chapter 11, 257-277. New York: Academic Press. 
Sintomas e manobras refletidos na psicopatologia vistos como comportamento de esquiva (do estado emocional resultante de esquemas aversivos).
No entanto, medo e comportamento de esquiva não são em si sinais de psicopatologia
Sobrevivência humana depende em grande parte da aprendizagem da esquiva de fontes potenciais de dor e danos físicos.
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Levis, D.J. (1979). The infrahuman avoidance model of symptom maintenance and implosive therapy. In J.D. Keehn (Ed.). Psychopathology in animals: research and clinical implications. Chapter 11, 257-277. New York: Academic Press. 
Psicopatologia:
Pequena correlação entre a ocorrência das classes de respostas de esquiva e a efetiva (real) presença de perigo físico ao organismo.
“mal adaptado”: 
não é protetor biologicamente e 
freqüentemente interfere com a função de respostas socialmente desejadas e adaptativas.
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Um caso mais complexo: interações operante-respondente
Sobre um desempenho operante (um esquema de reforçamento qualquer), que produza um desempenho estável
Sobreponha uma relação de condicionamento respondente
um estímulo originalmente neutro
Ao final de um tempo, a liberação de um estímulo aversivo, com o término do estímulo “neutro”
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Um caso mais complexo: interações
operante-respondente
Modelo de supressão condicionada
Explica alguns comportamentos observados em transtornos de ansiedade em geral
Parada do comportamento mantido por reforço operante, mesmo com reforço disponível
Aumento de respostas autonômicas (tremores, taquicardia, eriçamento de pelos, etc.)
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Um caso mais complexo: interações operante-respondente
“A pequena perturbação [observada] na Figura ... pode não corresponder à definição favorita vigente de ansiedade.
“Como Schoenfeld (1950) apontou, “... ansiedade em seus significados não operacionais múltiplos, é uma palavra perfeitamente ruim [para denominar essa perturbação]).
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Um caso mais complexo: interações operante-respondente
Mas não é essa a questão aqui. O fato que permanece é que temos uma técnica simples para a produção de uma mudança profunda no comportamento do organismo, uma mudança que parece ser característica de uma condição patológica”
Sidman, 1960
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Como lidar, então com a “psicopatologia”?
Levis, D.J. (1979). The infrahuman avoidance model of symptom maintenance and implosive therapy. In J.D. Keehn (Ed.). Psychopathology in animals: research and clinical implications. Chapter 11, 257-277. New York: Academic Press. 
Comportamentos psicopatológicos: diversidade e complexidade 
impedem a possibilidade de construir um modelo geral de desenvolvimento e manutenção de tais comportamentos
Dúvidas sobre etiologia comum para as várias psicopatologias
Mas, aprendizagem tem um papel importante em cptos normais e anormais
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As várias “etiologias” comportamentais da psicopatologia
O caso da depressão
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Depressão (Ferster, 1973)
Aflige a todos em freqüência e graus variados
Deste ponto de vista, um comportamento como qualquer outro (Sidman, 1995)
Primeiro passo para promover o alívio:
Análise de suas causas (relações organismo & ambiente) 
Descrição de suas dimensões
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Para onde olhar inicialmente
Categorias específicas do comportamento (cujas freqüências devem ser analisadas)
Encontradas na literatura clínica
Deduzidas da experiência comum
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Problemas de comportamento
Ausência pronunciada de certos itens no comportamento
Déficit comportamental
Aumentos na freqüência de outros comportamentos
Excessos comportamentais
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Depressão enquanto redução na freqüência de certos comportamentos 
Inatividade
Pessoa deprimida é capaz de ficar sentada em silêncio, ou na cama por longos períodos
Latência de resposta a perguntas é aumentada
Andar e atuação em tarefas rotineiras mais lentos
Fala (ainda que ocorra) lentificada
Contar histórias divertidas
Escrever cartas
Fazer relatórios
Falar livremente
Antes, ocorriam freqüentemente e agora ocorrem raramente
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Depressão 
(o que deve ser observado)
Beck:
Representativa redução na gratificação
Ferster:
Estreita relação entre a freqüência das atuações de uma pessoa e a perda de reforçadores (extinção)
Redução nas atividades levaria a baixa taxa de reforçamento
Baixa freqüência de respostas
Baixa taxa de reforçamento
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Skinner, 1987
What is wrong with Daily life in the Western World?
Coisas reforçadoras são relatadas como prazerosas
Reforçam porque são gostosas ou
São gostosas porque reforçam
No entanto, são reforçadoras e são gostosas por causa da evolução da espécie
Deve ser feita uma distinção entre agradar e reforçar
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What is wrong with Daily life in the Western World?
Quando nos sentimos agradados não estamos necessariamente sentindo um aumento na probabilidade de repetirmos a resposta que produziu o “agrado”
Um evento reforçador é aquele que aumenta a probabilidade da resposta que o produziu
Práticas culturais corroeram ou destruíram certas relações entre organismo e ambiente
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What is wrong with Daily life in the Western World?
Práticas culturais
Evoluíram primeiramente por causa do efeito agradável do reforçamento
Mas muito do efeito reforçador foi perdido
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5 práticas culturais que corroeram a relação entre organismo e ambiente
A alienação do trabalhador do produto do seu trabalho
Pessoas trabalham por salário, mas a grande parte do que produzem não reforça seu comportamento
(operário produz carro que não vai usar, por exemplo)
Empregadores têm que usar sanções aversivas para que os trabalhadores façam seus trabalhos
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5 práticas culturais que corroeram a relação entre organismo e ambiente
Pessoas pagam outras pessoas para produzirem o que elas consomem
Evitam a parte aversiva do trabalho 
Perdem a parte reforçadora dele
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5 práticas culturais que corroeram a relação entre organismo e ambiente
Pessoas fazem muitas coisas por conselhos mas somente porque conseqüências reforçadoras seguiram-se quando elas obedeceram outros conselhos
Evitam o custo de explorar novas contingências
Perdem os reforçadores da descoberta
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5 práticas culturais que corroeram a relação entre organismo e ambiente
Observando regras e obedecendo leis, as pessoas evitam punição tanto pelos seus conhecimentos, pelo governo ou pela religião
As conseqüências pessoais que justificam as regras ou leis são indiretas e usualmente adiadas longamente (ir para o céu, por exemplo)
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5 práticas culturais que corroeram a relação entre organismo e ambiente
As pessoas olham para coisas bonitas, ouvem músicas bonitas, e assistem a entretenimentos excitantes
Mas os únicos comportamentos reforçados são
Olhar,
Ouvir e
Assistir
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5 práticas culturais que corroeram a relação entre organismo e ambiente
Resultados dessas práticas:
A despeito dos privilégios da cultura ocidental, as pessoas tornam-se
Entediadas
Indiferentes
Deprimidas (distímicas)
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Depressão enquanto aumento na freqüência de respostas de fuga /esquiva
Queixas (não consigo dormir, 
sinto-me péssimo)
Pedidos de ajuda
Cansaço
Doença
Reforçadas pela retirada de alguma atividade indesejada
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Depressão enquanto aumento na freqüência de respostas de fuga /esquiva
Esquiva impede o comportamento positivamente reforçado
Queixar-se
remove
Ida a festa
Contato social
Atenção
Diversão
Afetos
(esquiva)
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Depressão (o que mais deve ser observado)
Repertório da pessoa deprimida é passivo
Falta de iniciativa
Seguimento de ordens
Ausência de sugestões
Silêncio
Indicam preponderância de controle aversivo sobre o comportamento
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Depressão (o que mais deve ser observado)
“Interpretação distorcida, incompleta e confusa e imutável da vida”
Distorcida e confusa:
Contingências que levam a comportamento supersticioso
Reforçamento ou punição “acidental” de algumas respostas
Incompleta
Baixo valor reforçador + Alta aversividade = “vida ruim”
Imutável
Ausência de repertório + baixa variabilidade = taxa de reforço baixa
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Algumas contingências que poderiam levar à depressão:
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Ferster
Baixa taxa de reforço (ou extinção) produz baixa taxa de respostas
Extinção
Início do processo – ataques (que podem ser paralelos à irritabilidade)
Meio do
processo – desempenho inconstante
Final do processo – desistência do responder (depressão)
(já falamos sobre isso...)
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A relação de contingência entre resposta e conseqüência alterada:
Desamparo Aprendido
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Desamparo:
Experimento de Seligman
Cães em gaiolas acopladas – choque de tempos em tempos
Sujeito 1: pode emitir uma resposta que elimina o choque 
Empurrar uma placa lateral com a cabeça 
Sujeito 2: não pode fazer nada
Só o Sujeito 1 pode desligar o choque do Sujeito 2
Sujeito 3: só é colocado na caixa experimental, sem choque
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Desamparo:
Experimento de Seligman
Caixa 1: controlabilidade sobre o choque (cabeça do cachorro desliga o choque)
Caixa 2: quem controla o desligamento do choque é o movimento do cachorro da caixa 1 (incontrolabilidade)
Caixa 3: sem choque (Grupo controle)
MESMA QUANTIDADE
 DE CHOQUES
MESMO AMBIENTE
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Teste:
Choque elétrico escapável numa caixa com barreira: saltos para o outro lado desligam o choque elétrico
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Resultados na caixa com barreira (situação nova):
Grupo 1 (controlabilidade): aprendem a desligar o choque rapidamente
Grupo 3 (controle): aprendem a desligar o choque rapidamente
Grupo 2 (incontrolabilidade): não aprendem a desligar o choque, ou aprendem muito mais tarde em relação aos outros dois grupos
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Desamparo:
Experimento de Seligman
sujeitos que tinham um história anterior de choques inescapáveis 
Em um situação nova, na qual eles poderiam controlar o choque (por exemplo, saltando uma barreira)
Assim que choque é apresentado
Param de se mexer; 
Deitam-se e gemem mansamente. 
Após um minuto o choque é desligado; 
o cão não consegue saltar a barreira e não escapa do choque. 
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A perda da sensibilidade a reforçadores
Anedonia resultante de Condições aversivas constantes e moderadas
(Chronic Mild Stress)
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Willner, Towell, Sampson, Sophokleus e Muscat (1987)
Chronic Mild Stress (CMS)
investiga um possível efeito da exposição a estressores suaves e crônicos (isoladamente, não produzem efeito a longo prazo)
produziram, em ratos, decréscimo no consumo de líquido e na preferência por água com sacarose após submissão a um protocolo de estressores suaves por seis semanas 
Resultado interpretado como anedonia - insensibilidade à recompensa
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“estresse” = “alterações ambientais aversivas”
O Chronic Mild Stress 
 interessante para a Análise do Comportamento 
investiga o efeito da submissão a alterações ambientais aversivas sobre o comportamento. 
Anedonia
psicofarmacologistas = perda da sensibilidade à recompensa
analistas do comportamento = mudança na relação do sujeito com o ambiente, em que há uma alteração no valor reforçador de determinados estímulos devida à exposição do sujeito a alterações ambientais aversivas.
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Thomaz, 2001
FR15
FR15
Água pura
Água + sacarose
FR15
FR15
Água pura
Água + sacarose
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testes semanais de consumo de líquido durante todo o experimento.
 com duas garrafas (água e água com sacarose) 
Protocolo de alterações ambientais (CMS):
inclinação da gaiola; luz estroboscópica; gaiola suja; barulho intermitente; iluminação contínua; garrafa de água vazia após privação; objeto estranho na gaiola; agrupamento de dois sujeitos; acesso restrito a comida após período de privação; odor na sala e privação de comida. 
Plan1
		Distribuição semanal dos estressores e teste de consumo de líquido
		
		HORA		5ª FEIRA				6ª FEIRA				SÁBADO								DOMINGO								2ª FEIRA								3ª FEIRA				4ª FEIRA
		0:00
		1:00
		2:00
		3:00
		4:00
		5:00
		6:00
		7:00
		8:00
		9:00
		10:00
		11:00
		12:00
		13:00
		14:00
		15:00
		16:00
		17:00
		18:00
		19:00
		20:00
		21:00
		22:00
		23:00
		
		INCLINAÇÃO DA GAIOLA																						OBJETO ESTRANHO:
		
		LUZ ESTROBOSCÓPICA:																						AGRUPAMENTO DE DOIS SUJEITOS:
		
		GAIOLA SUJA:																						ACESSO RESTRITO A COMIDA:
		
		BARULHO INTERMITENTE:																						CHEIRO:
		
		LUZ CONTÍNUA:																						PRIVAÇÃO DE COMIDA:
		
		GARRAFA VAZIA:																						TESTE DE CONSUMO DE LÍQUIDO:
Plan2
		
Plan3
		
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replicação
operante
Gráfico1
		15		15
		30.5		4.5
		22		17
		14		14
		15		3
		9		7
		10.5		4
		8		3
		6		3
		7		4
		7		5
		5		3
		5		3
SUJEITO 05 05
sacarose
água
Plan1
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Consumo em ml de água e de água com sacarose dos sujritos 05, 06, 07 e 08.
Plan1
		15		15
		30.5		4.5
		22		17
		14		14
		15		3
		9		7
		10.5		4
		8		3
		6		3
		7		4
		7		5
		5		3
		5		3
SUJEITO 05
sacarose
água
		12		3
		23		4.5
		20		8
		15		4
		11		9
		10		4
		12		3
		6		2
		6		2
		6		4
		10		7
		17		5
		18		5
SUJEITO 06
sacarose
água
		23		10
		26		7
		19		9
		13.5		4.5
		13		3
		10		5
		14		4
		5		3
		6		1
		6		3
		11		2
		14		3
		18		4
SUJEITO 07
sacarose
água
		17		12
		29		7.5
		42		4
		23		8
		23		4
		18		4
		17		4
		13		4
		8		4
		9		1
		11		1
		10		4
		11		4
SUJEITO 08
sacarose
água
Gráfico2
		17		12
		29		7.5
		42		4
		23		8
		23		4
		18		4
		17		4
		13		4
		8		4
		9		1
		11		1
		10		4
		11		4
SUJEITO 08
sacarose
água
Plan1
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Consumo em ml de água e de água com sacarose dos sujritos 05, 06, 07 e 08.
Plan1
		15		15
		30.5		4.5
		22		17
		14		14
		15		3
		9		7
		10.5		4
		8		3
		6		3
		7		4
		7		5
		5		3
		5		3
SUJEITO 05
sacarose
água
		12		3
		23		4.5
		20		8
		15		4
		11		9
		10		4
		12		3
		6		2
		6		2
		6		4
		10		7
		17		5
		18		5
SUJEITO 06
sacarose
água
		23		10
		26		7
		19		9
		13.5		4.5
		13		3
		10		5
		14		4
		5		3
		6		1
		6		3
		11		2
		14		3
		18		4
SUJEITO 07
sacarose
água
		17		12
		29		7.5
		42		4
		23		8
		23		4
		18		4
		17		4
		13		4
		8		4
		9		1
		11		1
		10		4
		11		4
SUJEITO 08
sacarose
água
Gráfico3
		12		3
		23		4.5
		20		8
		15		4
		11		9
		10		4
		12		3
		6		2
		6		2
		6		4
		10		7
		17		5
		18		5
SUJEITO 06
sacarose
água
Plan1
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Consumo em ml de água e de água com sacarose dos sujritos 05, 06, 07 e 08.
Plan1
		15		15
		30.5		4.5
		22		17
		14		14
		15		3
		9		7
		10.5		4
		8		3
		6		3
		7		4
		7		5
5		3
		5		3
SUJEITO 05
sacarose
água
		12		3
		23		4.5
		20		8
		15		4
		11		9
		10		4
		12		3
		6		2
		6		2
		6		4
		10		7
		17		5
		18		5
SUJEITO 06
sacarose
água
		23		10
		26		7
		19		9
		13.5		4.5
		13		3
		10		5
		14		4
		5		3
		6		1
		6		3
		11		2
		14		3
		18		4
SUJEITO 07
sacarose
água
		17		12
		29		7.5
		42		4
		23		8
		23		4
		18		4
		17		4
		13		4
		8		4
		9		1
		11		1
		10		4
		11		4
SUJEITO 08
sacarose
água
Gráfico4
		23		10
		26		7
		19		9
		13.5		4.5
		13		3
		10		5
		14		4
		5		3
		6		1
		6		3
		11		2
		14		3
		18		4
SUJEITO 07
sacarose
água
Plan1
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Consumo em ml de água e de água com sacarose dos sujritos 05, 06, 07 e 08.
Plan1
		15		15
		30.5		4.5
		22		17
		14		14
		15		3
		9		7
		10.5		4
		8		3
		6		3
		7		4
		7		5
		5		3
		5		3
SUJEITO 05
sacarose
água
		12		3
		23		4.5
		20		8
		15		4
		11		9
		10		4
		12		3
		6		2
		6		2
		6		4
		10		7
		17		5
		18		5
SUJEITO 06
sacarose
água
		23		10
		26		7
		19		9
		13.5		4.5
		13		3
		10		5
		14		4
		5		3
		6		1
		6		3
		11		2
		14		3
		18		4
SUJEITO 07
sacarose
água
		17		12
		29		7.5
		42		4
		23		8
		23		4
		18		4
		17		4
		13		4
		8		4
		9		1
		11		1
		10		4
		11		4
SUJEITO 08
sacarose
água
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*
*
Tratamento comportamental da depressão:
Instalação, fortalecimento e manutenção de repertório 
O reforçamento positivo como estratégia terapêutica
*
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Importância do reforçamento positivo no tratamento
Recuperar ações positivamente reforçadas 
Controlabilidade
Preferencialmente reforçamento intrínseco
Começar com atividades simples, cujos reforçamentos sejam garantidos
Preferencialmente atividades de lazer
Baixo custo da resposta
Reforçamento contínuo
Aumentar gradativamente
Complexidade da atividade
Custo da resposta
Intermitência
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Cura: Depressão e
Desamparo Aprendido
Exposição forçada ao reforçamento (Seligman, Maier e Geer, 1968)
Klein e Seligman (1976) demonstraram que déficits comportamentais em depressão e desamparo aprendido são reversíveis se os sujeitos forem expostos a experiências bem sucedidas.
Ganho secundário da depressão: pode explicar a persistência dos sintomas e a manutenção de comportamentos depressivos.
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Diminuição das respostas de esquiva por contraste comportamental
Aumento geral na taxa de reforçamento (DRO)
Produz uma diminuição na freqüência de respostas de queixa
O que, por sua vez, produz diminuição na estimulação aversiva
Produz mais reforçamento
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Princípio de Premack (1965)
Uma resposta cuja probabilidade de ocorrência é muito alta pode ser apresentada como conseqüência para uma resposta a ser instalada (que tenha uma menor probabilidade de ocorrência)
Geralmente se refere a respostas que proporcionam estimulação sensorial
Ex: deitar-se apenas depois de pentear os cabelos 
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A instalação de novos comportamentos
Primeiro objetivo: fazer com que a pessoa se comporte (sem respostas, não há conseqüência possível)
Cliente pode apresentar 
Repertório muito baixo de interações sociais no ambiente terapêutico e no ambiente social e físico
freqüência muito baixa de verbalizações
dificuldade em iniciar conversação e ações 
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A instalação de novos comportamentos
Segundo objetivo: produzir variabilidade
Intervenção terapêutica - diretamente relacionada com noção da variabilidade
Terapeuta como ambiente selecionador
Seleção em ambiente natural
Variabilidade é sensível às variáveis ambientais 
Variabilidade é efeito 
do reforçamento 
de manipulação de estímulos antecedentes
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A instalação de novos comportamentos
Terceiro objetivo: selecionar o comportamento desejado
Modelagem por aproximações sucessivas
Posteriormente (em alguns casos) reforçamento diferencial
Início do processo: conseqüências sociais potencialmente reforçadoras
Para toda e qualquer resposta
Foco do reforçamento: resposta de procurar a terapia
Aos poucos: direcionar o reforçamento para as respostas-alvo
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A instalação de novos comportamentos
Quarto objetivo: fortalecimento e manutenção do comportamento desejado
Reforço não deve ser interrompido quando a resposta já está instalada
Reforçamento intermitente – favorece a manutenção e o fortalecimento
Respostas mais resistentes à extinção
Cuidado para não produzir distensão da razão 
Aumentar a intermitência gradualmente
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A instalação de novos comportamentos
Quinto objetivo: indução (“generalização”) da resposta ao ambiente natural
Deve ser planejada 
Indução pode não ocorrer naturalmente
Considerar as condições presentes no ambiente para sustentar a mudança do cliente
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Prevenção da depressão com base no apresentado até aqui
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Ausência de reforço e respostas de esquiva mais prováveis (Ferster)
Repertório comportamental mantido mais freqüentemente por reforçamento positivo do que por reforçamento negativo
Isto implica em uma cultura diferente daquela em que vivemos hoje
Aceitação de diferenças individuais (normal X anormal; desenvolvido X atrasado, etc.)
Dar atenção aos comportamentos desejáveis e extinção para os não desejáveis
Modelagem
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Desamparo aprendido
Imunização contra o “choque inescapável”. Experiências iniciais com choque escapável podem: 
1) interferir na aprendizagem de que repostas e o término dos choques são independentes; 
2) permitir que se discrimine entre situações nas quais os choques são escapáveis e aquelas nas quais são inescapáveis.
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Desamparo aprendido
Por que algumas pessoas expostas a situações de incontrolabilidade tornam-se desamparadas e outras não? 
Os dados sobre imunização contra o desamparo sugerem história de vida dessas pessoas que resistem à depressão têm uma extensiva experiência de controle e manipulação da fonte de reforçamento. Essas pessoas que são susceptíveis a depressão tiveram vidas desprovidas de domínio.
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Condições medianamente aversivas e crônicas
Os dados das pesquisas são claros:
Comportamento mantido por contingências operantes e acesso aos reforçadores serem contingentes a respostas
(e não simplesmente liberados livremente)
Embora não “segurem” a anedonia durante o período de submissão às condições aversivas, permitem a volta à susceptibilidade ao reforço em seguida
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Finalizando...
Análise do comportamento tem muito mais a dizer sobre transtornos psiquiátricos do que pode caber em uma hora (e meia?) de apresentação

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