Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 2/13 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Um contrato de prestação de serviço de vigilância foi firmado 1º de setembro de 2014 (ano X). Estamos em julho do ano de 2015 (ano X+1). As condições de execução e preço são favoráveis à administração. Qual o procedimento que a Administração deve adotar. a. Abrir processo licitatório com vista à nova contratação, pois os contratos de vigilância não podem ter sua vigência prorrogada. b. Prorrogar por mais 4 meses (até 31 de dezembro), aproveitando a possibilidade de prorrogação dada pela Lei, mas sem ultrapassar o exercício financeiro, em face da vigência do crédito orçamentário da despesa. c. Prorrogar por mais um ano, antes do fim da vigência inicial, e em seguida prorrogar por tantos iguais e sucessivos períodos quanto as condições de execução e preço se mostrem favoráveis à Administração. d. Prorrogar por mais 4 meses, até 31 de dezembro, pois a lei impõe que a vigência esteja adstrita ao respectivo crédito orçamentário, e prorrogá-lo, a partir de 1º de janeiro do ano seguinte até 31 de dezembro. e. Prorrogar a partir de setembro de 2015 por mais um ano, usando a prerrogativa legal dada aos contratos de natureza continuada, até o limite de 60 meses. Essa é a resposta correta. Como serviço de natureza continuada, os contratos de vigilância podem ter sua vigência prorrogada por iguais e sucessivos períodos, até o limite de 60 meses, desde que as condições de execução e preço ainda sejam vantajosas para a Administração. Os contratos de serviços de natureza continuada são excetuados da regra geral de vigência de contratos administrativos, que devem estar adstritos aos correspondentes créditos orçamentários. É por meio da lei orçamentária que a Administração Pública recebe uma autorização legislativa para executar as despesas de que necessita para fazer investimentos, pagar pessoal, manter em funcionamento atividades e serviços públicos. Essa lei orçamentária destina valores (orçamentários) para cada tipo de despesa, e, ao executar essa despesa, deve-se indicar qual o crédito orçamentário (autorização legislativa) correspondente, abatendo aquela despesa do valor total autorizado. Com isso, garante-se que toda despesa pública tenha tido, previamente, uma autorização para que fosse realizada, bem como um valor limite. Voltando aos contratos de natureza continuada, por se constituírem em uma necessidade permanente da Administração, a Lei excetuou essa exigência, na hipótese de sua vigência não coincidir com a do exercício financeiro, que no Brasil coincide com o ano civil (de janeiro a dezembro). Assim, pode-se firmar um contrato com vigência de 12 meses, e apenas os meses em que forem executados no mesmo exercício terão o crédito orçamentário indicado (de acordo com a lei orçamentária em vigor) e ao mudar o exercício, já havendo nova lei orçamentária, basta um apostilamento para indicar os novos créditos orçamentários pelos quais as despesas daquele novo exercício correrão. Ainda no caso de contratações para serviços de natureza continuada, além do prazo de 60 meses de vigência, decorrente das sucessivas prorrogações, há a possibilidade de estender extraordinária e justificadamente esse limite por mais 12 meses, conforme expresso no § 4º do art. 57, da Lei 8.666/1993. Gabarito: Prorrogar a partir de setembro de 2015 por mais um ano, usando a prerrogativa legal dada aos contratos de natureza continuada, até o limite de 60 meses. Essa é a resposta correta. Como serviço de natureza continuada, os contratos de vigilância podem ter sua vigência prorrogada por iguais e sucessivos períodos, até o limite de 60 meses, desde que as condições de execução e preço ainda sejam vantajosas para a Administração. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 3/13 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Uma licitação para a contratação de serviço de vigilância armada previa que a data-base da proposta deveria ser a da última convenção ou acordo coletivo da categoria profissional de vigilantes, que fora em 1º/1/2011. A data da sessão de abertura da licitação foi em 1º/3/2011. A data do contrato e do início da execução dos serviços foi em 1º/5/2011. A finalidade da repactuação é ajustar os preços dos contratos aos praticados no mercado, por meio da correção dos valores dos custos dos insumos incidentes sobre o serviço prestado. Com base nessas informações, escolha a alternativa correta, acerca da possibilidade de repactuação dos preços do contrato. a. Desde que prevista no edital, a repactuação pode dar-se a partir de 1º/1/2012. A alternativa está correta. A previsão no edital da possibilidade de repactuação é condição primeira para sua concessão. Quanto à data da repactuação, deve contar o prazo de 12 meses da data da apresentação da proposta ou da data a que esta se referir. No caso do exemplo acima, o próprio edital fixou a data-base em 1º/1/2011, data da convenção coletiva da categoria profissional dos vigilantes. Assim, após o prazo de 12 meses dessa data, pode-se pleitear a repactuação de preços. b. A repactuação poderá ser feita a partir de 1º/1/2012, mas os efeitos financeiros só ocorrerão a partir de 1º/3/2012, quando a proposta completará 12 meses, que é o prazo mínimo para a ocorrência de reajuste de preços dos contratos administrativos. c. A repactuação só poderá ser feita a partir de 1/5/2012, pois a partir de então o contrato terá 12 meses, prazo mínimo para repactuações. d. A repactuação só poderá ser feita a partir de 1º/3/2012, mas os efeitos financeiros só ocorrerão a partir de 1º/5/2012, quando o contrato completar 12 meses de vigência. e. A repactuação só pode ser feita a partir de 1º/3/2012, pois completará um ano da data das propostas. A data-base das propostas deve ser o marco temporal para as repactuações, pois os valores colocados nas composições dos preços dos serviços tiveram como referencial essa data. Em regra, ela pode ser a data da apresentação da proposta ou uma outra data. Na contratação de serviços de natureza continuada, pode-se adotar a data da última convenção ou acordo coletivo conhecida da categoria profissional contratada em razão de ser o principal custo dentre os insumos que compõem o preço ofertado. Com a fixação da data-base das propostas a data da última convenção coletiva da categoria, evita-se, por exemplo, que na formulação das propostas sejam inseridos custos ainda não conhecidos, onerando-as e tornando a contratação mais cara para a Administração Pública. Explica-se: se não fosse permitida a fixação da data da última convenção coletiva da categoria profissional como a data-base do contrato, as empresas participantes da licitação teriam que estimar de quanto seria o próximo aumento do salário normativo e inseri-lo no preço a ser ofertado, de modo que, quando da sua entrada em vigor, pudessem suportar a variação de custos decorrente do aumento salarial. Como essa estimativa é feita com base em informações passadas e em indicadores econômicos, e levando em consideração princípios da atividade privada como otimização dos lucros e prudência contábil, naturalmente, essas estimativas seriam feitas a maior, onerando as propostas. Com a possibilidade de apropriar os custos de uma aumento salarial na planilha de preços contratados em valores de fato havidos e quando de sua efetiva ocorrência (na data de entrada em vigor dos novos salários normativos), as propostas refletem de forma mais precisas os custos da contratação, evitando prejuízos para a Administração e para as empresas eventualmente contratadas. Atenção: não há impedimento legal, nem na jurisprudência do TCU, de que o edital determine que a data da apresentação da proposta seja a data-base do contrato (vide, por exemplo., o Acórdão 1563/2004-TCU-Plenário), mas a adoção da data da convenção coletivada categoria profissional se mostra mais vantajosa para a Administração e para a gestão do contrato. Por fim, lembrar que o prazo de 12 meses da data-base da categoria profissional vale como marco para a primeira repactuação. Para as eventuais repactuações posteriores, conta-se 12 meses a partir da data da última repactuação. Gabarito: Desde que prevista no edital, a repactuação pode dar-se a partir de 1º/1/2012. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 4/13 A alternativa está correta. A previsão no edital da possibilidade de repactuação é condição primeira para sua concessão. Quanto à data da repactuação, deve contar o prazo de 12 meses da data da apresentação da proposta ou da data a que esta se referir. No caso do exemplo acima, o próprio edital fixou a data-base em 1º/1/2011, data da convenção coletiva da categoria profissional dos vigilantes. Assim, após o prazo de 12 meses dessa data, pode-se pleitear a repactuação de preços. Questão 3 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 A lei 8.666/1993 prevê duas formas de formalização das alterações contratuais: a lavratura de termo aditivo e o apostilamento. Usa-se uma ou outra forma de acordo com a alteração contratual havida, de modo que se atenda aos princípios da publicidade, da economicidade e da eficiência. Isto posto, assinale a alternativa em que o instrumento utilizado está de acordo com a alteração efetuada no contrato. a. Termo aditivo, no caso de suplementação de dotação orçamentária da despesa havida com o contrato até o limite do valor corrigido. b. Apostilamento, quando da prorrogação de prazo de vigência do contrato de natureza continuada. c. Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada. d. Apostilamento, no caso de alteração do valor do contrato em razão do aumento de quantitativo de serviços, dentro dos limites legais. e. Termo aditivo, no caso de alteração do valor do contrato por aplicação da cláusula de reajuste. Essa resposta está errada. O termo aditivo é desnecessário, pois não há alteração substancial das condições inicialmente pactuadas, pois a previsão de reajuste já existia desde o edital, bastando tão somente a aplicação do índice definido no contrato. Na essência, não houve modificação do valor do contrato, apenas a sua atualização monetária. A escolha dentre as opções de formalização, além do caráter obrigatório, em face de disposições legais que regram a matéria, tem que ser vista também sob o ponto de vista do controle social em articulação com princípios administrativos como o princípio da economicidade, da eficiência e da formalidade moderada. Simples alterações ou correções de erros materiais, sem impacto na execução do contrato, se fossem feitas por meio das formalidades exigidas para os termos aditivos, além de ferir a eficiência administrativa, imporiam à Administração gastos com publicação de extratos que em nada contribuiriam para o controle social que o princípio da publicidade visa privilegiar. No caso de apostilamento, basta o registro em adendo ao próprio termo de contrato ou documento que o vincule. De modo diverso, quando a alteração muda as condições iniciais pactuadas, que foram amplamente conhecidas na fase da licitação, há que se formalizar por meio de termo aditivo e proceder a correspondente publicação. Segundo a Lei no 8.666/1993, a apostila pode ser utilizada nos seguintes casos: variação do valor contratual decorrente de reajuste previsto no contrato; atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento; empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do valor corrigido. Gabarito: Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada. Essa é a resposta correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve alteração admitida, há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva publicação. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 5/13 Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em um contrato de prestação de serviços de limpeza e conservação com vigência inicial de 12 meses, o órgão público contratante solicitou da empresa, no décimo mês de iniciada a execução, manifestação por escrito quanto ao interesse na prorrogação do contrato, conforme previsto no edital. A empresa concordou com a prorrogação, mas fez um pedido de reajuste de preço, indicando a variação do salário mínimo como o indexador de correção dos valores do contrato. Com base no que foi estudado, escolha a opção correta. a. O contrato pode ser prorrogado e o reajuste concedido, pois nos contratos de fornecimento de mão-de-obra, o salário mínimo pode ser usado como referência de valor. b. O contrato pode ser prorrogado, mas o pedido da empresa não pode ser atendido, pois nos contratos de natureza continuada o instituto de ajuste dos preços é a repactuação. Essa é a alternativa correta. A prorrogação de contratos de natureza continuada é possível e tem amparo legal, conforme art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993. Ela é uma das exceções à regra de duração dos contratos vinculados à vigência dos respectivos créditos orçamentários. A revisão do contrato deve se dar por repactuação dos preços, com base nos elementos fornecidos pela empresa contratada nos quais estejam demonstradas as variações dos custos desde o orçamento ou da última repactuação. c. O contrato não pode ser prorrogado, pois o art. 57 da Lei 8.666/1993 impõe que a vigência dos contratos administrativos deverá ser a mesma dos créditos orçamentários pelos quais as despesas foram realizadas, obedecendo ao princípio da anualidade adotado no orçamento público no Brasil. d. O contrato pode ser prorrogado, devendo a Administração, de ofício (ou seja, por iniciativa própria), conceder o reajuste. Deve verificar, no entanto, a variação dos insumos que compõe o preço do serviço, em vez de utilizar a variação do salário mínimo, ante a impossibilidade de usá-lo como indexador. e. O contrato não pode ser prorrogado, pois a prorrogação implicaria em aceitação do pedido de reajuste com base no salário mínimo, o que acarretaria em uma contratação a preços maiores do que o praticado no mercado em razão de os índices de correção do salário mínimo serem maiores do que a inflação do período. O ajuste dos preços de contratos de natureza continuada se dá, ordinariamente, por meio do instituto da repactuação, quando a empresa pleiteia a alteração de preços com base na apresentação da variação dos preços dos insumos desde a data-base da proposta até a data do pedido. Lembrando que não cabe à administração verificar, de ofício (por iniciativa própria), a variação de custos dos insumos do serviço, sendo obrigação da empresa contratada demonstrar essa variação, por meio da apresentação de planilha com essa variação, quando do pleito de repactuação de preços do contrato. Já para os demais contratos, quando previsto no edital, e sua execução se estender por mais de 12 meses, aplica-se o instituto do reajustamento de preços, que consiste na aplicação de um índice setorial, previamente definido, sobre o valor original da contratação. O mecanismo objetiva, em verdade, à manutenção do valor contratado ao longo da vigência do ajuste, ou seja, os efeitos da inflação do setor são anulados por meio da correção do valor inicial do contrato. Conforme voto condutor do Acórdão 1105/2008-TCU-Plenário, a "diferença entre repactuação e reajuste é que este é automático e deve ser realizado periodicamente, mediante a simples aplicação de um índice de preço, que deve, dentro do possível, refletir os custos setoriais. Naquela [repactuação], embora haja periodicidade anual, não há automatismo, pois é necessário demonstrar a variação dos custos do serviço" Gabarito: O contrato pode ser prorrogado, mas o pedido da empresanão pode ser atendido, pois nos contratos de natureza continuada o instituto de ajuste dos preços é a repactuação. Essa é a alternativa correta. A prorrogação de contratos de natureza continuada é possível e tem amparo legal, conforme art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993. Ela é uma das exceções à regra de duração dos contratos vinculados à vigência dos respectivos créditos orçamentários. A revisão do contrato deve se dar por repactuação dos 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 6/13 preços, com base nos elementos fornecidos pela empresa contratada nos quais estejam demonstradas as variações dos custos desde o orçamento ou da última repactuação. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 7/13 Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato administrativo conta com a proteção constitucional de que as avenças firmadas com a Administração manterão ao longo da sua vigência as condições da proposta ofertada. Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue por mais de 12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso não houvesse o instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da variação dos preços dos insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato. Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma licitação para contratação de uma obra. Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços reajustados. Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital como no contrato. a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da assinatura do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12 meses. b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um ano do efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em dispêndios. c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da data da proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços. d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a conformidade legal do procedimento. e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados. Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas. As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de procedimentos que as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens comuns, por exemplo. Enquanto estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois envolvem, basicamente, os custos de aquisição e entrega do produto, os serviços de engenharia exigem orçamentos complexos com apuração de custos de insumos e serviços na elaboração de preços dos serviços unitários que compõem a planilha com o preço final da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com variações mensais de preços, de modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de abertura das propostas para a possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-base deve estar prevista 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 8/13 no edital e no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto básico. Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito de reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por todos os licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir. Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do contrato ser após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do contratado ao reajustamento dos preços (aspecto monetário) da vigência do contrato (aspecto temporal). Este último tem disciplina no art. 57 da Lei nº 8.666/1993, que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de prorrogações e se vincula ao cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa constitucional de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste. Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados. Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 9/13 Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 As cláusulas exorbitantes são uma designação da doutrina para qualificar algumas disposições dos contratos administrativos, e que são elementos de diferenciação dos contratos de natureza privada, pois enquanto nestes há o necessário equilíbrio contratual entre as partes, naqueles há disposições que colocam a Administração Pública contratante em posição de superioridade, com fundamento no princípio da supremacia do interesse público. A prerrogativa de fiscalizar os contratos se apresenta como uma dessas cláusulas, cuja decorrência pode ser, inclusive, a aplicação de penalidade ao contratado pela própria Administração contratante. Com base no que foi estudado no curso e tomando como referência o texto acima, assinale a alternativa correta. a. A fiscalização do contrato administrativo é considerada cláusula exorbitante apenas quando é exercida pelo representante da Administração. Quando exercida pelo preposto da empresa contratada, ele se regula pela teoria geral dos contratos, expressa no art. 54 da Lei 8.666/1993. b. Apesar de ser considerada cláusula exorbitante, não há disposição legal que ampare essa prerrogativa da Administração. Em verdade, a atividade de fiscalizar o contrato é fundamentada nos princípios da supremacia do interesse público e de sua indisponibilidade. c. O exercício da competência fiscalizatória dos contratos administrativos é exclusivo da autoridade máxima do órgão, pois cabe ao representante designado conforme art. 67 da Lei 8.666/1993 atuar em consonância com a delegação a ele concedida. d. A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza. Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais de contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base legal para a obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei. e. Não há fundamento legal para aplicação de penalidades apoiadas em apontamento do fiscal do contrato quando este for decorrente de licitação na modalidade pregão, por falta de disposição legal da Lei 10.520/2002 que instituiu a modalidade. É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos, consoante o disposto no art. 67 da Lei 8.666/1993.Acompanhamento e fiscalização de contrato são medidas poderosas colocadas à disposição do gestor na defesa do interesse público (Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU). Além de atender a princípios caros ao Direito Administrativo como os da eficiência, da economicidade e da vinculação ao instrumento convocatório, a fiscalização dos contratos administrativos tem comandos expressos na Lei 8.666/1993 sobre os quais não se pode esquivar o administrador público, sob pena de, não apenas descumprir a Lei, como também e principalmente, colocar em risco um dos objetivos principais da licitação, que é a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração. Até mesmo em face do seu caráter necessário e obrigatório, a fiscalização deve se cercar de formalidades indispensáveis para que produza os efeitos pretendidos e também que coíba os nefastos, na execução dos contratos administrativos. Por exemplo, o ato de designação do fiscal deverá ser ato formal, as ocorrências deverão ser devidamente registradas em documento e as comunicações deverão ser por escrito e protocolares, garantindo a recuperação das informações ou sua utilização, no caso de imposições de medidas sancionatórias. Gabarito: A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza. Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais de contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base legal para a obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 10/13 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Analise a seguinte situação, e assinale a alternativa correta. Uma empresa de consultoria em engenharia foi contratada pela Prefeitura para fiscalizar uma obra, pelo período de 18 meses, coincidindo com o prazo de vigência do contrato da obra fiscalizada. Como houve paralisação dos trabalhos do contrato da obra que estava sendo fiscalizada no décimo mês, determinada pela Administração, e que durou 5 meses, foi feita também a prorrogação do contrato de consultoria pelo mesmo período, perfazendo um total de 23 meses de vigência. No período de paralisação da obra, a empresa contratada para fiscalizar continuou recebendo o valor mensal acordado. Marque o item que melhor representa o posicionamento técnico sobre a situação descrita neste enunciado. a. O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra. Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos. b. O procedimento foi correto, pois o contrato em questão se refere a um serviço de natureza continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses. c. O procedimento foi errado, pois não se admite a alteração do prazo inicialmente pactuado em contratos de fiscalização de obra. d. O procedimento foi correto, pois a empresa contratada para fiscalizar não pode ter prejuízo em razão de um fato de terceiro, no caso, a determinação da Administração para paralisação da obra. e. O procedimento foi errado, pois como o contrato perdurou por 23 meses, implicou em um acréscimo contratual de 27,8%, inadmitido na legislação, conforme § 1º do art. 65, da Lei 8.666/1993. Os processos de fiscalização de obras têm a peculiaridade de o seu objeto estar vinculado ao objeto de outro contrato e com ele se relacionar diretamente, mormente a fruição de prazo de vigência. E não poderia ser diferente, na medida em que a fiscalização deve ocorrer no mesmo ritmo que as obras são executadas. Dessa forma, os contratos de fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras devem conter cláusulas com previsão de diminuição, ou até mesmo suspensão, da remuneração nos casos em que as obras forem paralisadas, ou caso seu ritmo diminua significativamente. Essas alterações de prazo e eventuais suspensões de atividades não se configuram alteração do objeto do contrato, conquanto este continua o mesmo. Logo, não estão sujeitas às regras de vedação sobre aumento ou redução quantitativo do objeto. Gabarito: O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra. Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 11/13 Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Um cidadão após solicitar os contratos de prestação de serviço em vigor na Prefeitura, com base na Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), verificou que os instrumentos firmados não faziam menção à obrigatoriedade do contratado de manter durante a execução do contrato todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. Também não existia cláusula de exigência da comprovação de recursos orçamentários e do reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa pela inexecução total ou parcial do contrato. Com base no descrito, o que tal cidadão poderia concluir? a. Que está tudo bem, uma vez que cada Prefeitura tem liberdade de fazer os seus contratos como melhor lhe convier. b. Que há ilegalidades, pois os contratos firmados pela Prefeitura não possuem as cláusulas necessárias previstas no artigo 55 da Lei nº 8.666/93. Este item está correto. O art. 55 da Lei nº 8.666/93 estabelece as cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, dentre elas: V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional- programática e da categoria econômica; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; e XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. c. Que está tudo bem, pois as cláusulas essenciais previstas na Lei nº 8.666/93 referem-se apenas ao objeto, preço e prazo de execução. d. Que está tudo bem, pois a única cláusula obrigatória para Prefeitura é aquela referente ao preço. e. Que a Prefeitura deverá incluir nos contratos apenas as cláusulas de condições de execução do contrato e previsão orçamentária, mas não a de hipótese de rescisão, pois essa última não é obrigatória para os municípios. Na elaboração do contrato administrativo, a Administração deverá definir, conforme artigo 55 da Lei n° 8.666/93, os seguintes itens, os quais são essenciais ao contrato: a) direitos, obrigações e responsabilidades das partes; b) condições de execução do contrato; c) objeto e elementos característicos do serviço; d) regime de execução; e) preço, condições de pagamento; f) reajuste - critérios, periodicidade, data-base; g) prazos de execução; h) prazo de recebimento do objeto do contrato; i) previsão orçamentária; j) garantias; k) penalidades; l) hipóteses de rescisão; e m) foro. Gabarito: Que há ilegalidades, pois os contratos firmados pela Prefeitura não possuem as cláusulas necessárias previstas no artigo 55 da Lei nº 8.666/93. Este itemestá correto. O art. 55 da Lei nº 8.666/93 estabelece as cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, dentre elas: V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional- programática e da categoria econômica; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; e XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 12/13 Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Há uma diferença conceitual entre Contrato e Termo de Contrato. Os ajustes firmados entre duas ou mais pessoas como objetivo de regular interesses e obrigações entre as partes são Contratos. Já o Termo de Contrato é o documento que atende às formalidades legais para a o registro escrito dos termos do contrato. Para Marçal Justen Filho, "... a existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada para sua formalização". Os contratos administrativos adotam a forma escrita como regra, e o art. 62 da Lei 8.666/1993 regula as hipóteses de obrigatoriedade ou não do Termo de Contrato nas contratações públicas. Acerca do tema, escolha a alternativa correta. a. O que determina a obrigatoriedade de um Termo de Contrato é o valor da contratação, independente do objeto ou do tipo de prestação do serviço contratado. b. A modalidade de escolha do contratado é o fator determinante para a formalização do Termo de Contrato c. Para verificar a obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato, há que se analisar somente os aspectos qualitativos do objeto do contrato. d. O art. 62 da Lei 8.666/1993 determina que o Termo de Contrato é obrigatório apenas nos casos de contratação que tenha sido precedida de licitação nas modalidades Concorrência ou Tomada de Preços. e. Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os aspectos qualitativos e quantitativos da licitação. Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto contratado: se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo de um período. Já os aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação. Assim, é obrigatória a formalização por meio do respectivo instrumento para as contratações que não se encerram com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e cujo valor esteja acima do limite da modalidade Convite. A definição quanto à obrigatoriedade ou não da formalização da contratação por meio do instrumento próprio, no caso o Termo de Contrato, tem algumas condicionantes legais, ditadas pelo caput do art. 62 e seu § 4º: Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. (...) § 4o É dispensávelo "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. Assim, as contratações de objetos que não importem em obrigações futuras estão dispensadas de serem formalizadas por meio do Termo de Contrato. Mas atenção: isso não significa que não haja contratação, apenas foi dispensado o instrumento chamado Termo de Contrato e substituído por um dos instrumentos que lei enumera, exemplificativamente, no caput do artigo acima transcrito. Nas palavras de Marçal Justen Filho (in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 15ª Ed. p. 862): 10/10/2017 Exercício Avaliativo 2 https://mooc.enap.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=1932864 13/13 "Não é raro imaginar-se que o art. 62 restringe as hipótese em que existirá contrato administrativo. Alguns pensam que as regras sobre contrato administrativo apenas se aplicam quando for assinado um termo de contrato, concepção incompatível com a ordem jurídica. Essa colocação é totalmente incorreta e pode ter efeitos muito graves. Deve ter-se em vista que a existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada para a sua formalização." No entanto, a permissão legal para a dispensa do instrumento próprio para regular a contratação deve, também, submeter-se ao princípio e aos limites da razoabilidade. Isso significa que, ainda que a Lei permita a não formalização em um Termo de Contrato (ou seja, que ele seja opcional), uma determinada situação prática pode indicar no sentido contrário. Assim, mesmo que a Lei considere em algumas situações o Termo opcional, o Administrador poderá decidir por elaborá-lo de modo a resguardar- se de forma a aumentar a chance de que as condições da contratação sejam efetivamente atendidas. Por fim, lembrar que as contratações precedidas da modalidade Pregão se submetem às disposições do art. 62 ora comentado, devendo haver o Termo de Contrato quando o objeto licitado importar em obrigações futuras pelo contratado. Gabarito: Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os aspectos qualitativos e quantitativos da licitação. Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto contratado: se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo de um período. Já os aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação. Assim, é obrigatória a formalização por meio do respectivo instrumento para as contratações que não se encerram com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e cujo valor esteja acima do limite da modalidade Convite.
Compartilhar