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Instruções para o Simulado OAB

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Ordem dos Advogados do Brasil
SIMULADO OAB
● 4 horas é o tempo disponível para a realização da prova, 
já incluindo o tempo para a marcação do formulário de 
respostas online.
● 2 horas após o início da prova será possível retirar-se da 
sala, sem levar o caderno de prova.
● 1 hora antes do término do período de prova será 
possível retirar-se da sala levando o caderno de prova.
Além deste caderno de prova, contendo oitenta questões, 
você receberá do �scal de sala:
● Uma folha destinada às respostas das questões objetivas 
formuladas na prova.
● Veri�que se o número deste caderno de provas coincide com o 
registrado no rodapé de cada página. Caso contrário, noti�que 
imediatamente o �scal da sala, para que sejam tomadas as devidas 
providência.
● Con�ra seus dados pessoais, especialmente nome, número de 
inscrição e documento de identidade e leia atentamente as instru-
ções para preencher a folha de respostas.
● Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esferográ�ca 
transparente de cor azul ou preta.
● Con�ra se seu tipo/cor de prova corresponde ao registrado em 
sua folha de respostas. Caso receba prova de tipo/cor diverso do 
pré-determinado, informe obrigatoriamente a situação ao �scal, 
para o devido registro na ata de aplicação. A ausência de registro 
deste fato acarretará na correção da prova conforme o tipo/cor 
constante na folha de respostas, não cabendo reclamações poste-
riores neste sentido.
● Em hipótese alguma haverá substituição da folha de respostas 
por erro do examinando.
● Reserve tempo su�ciente para o preenchimento de sua folha de 
respostas. Para �ns de avaliação, serão levadas em consideração 
apenas as marcações realizadas na folha de respostas.
● A banca realizará identi�cação datiloscópica de todos os exami-
nandos. A identi�cação datiloscópica compreenderá a coleta das 
impressões digitais dos examinandos em formulário próprio.
● Ao terminar a prova, você deverá, OBRIGATORIAMENTE, entregar 
a folha de respostas devidamente preenchida e assinada ao �scal 
da sala. Oexaminando que descumprir a regra de entrega de tal 
documento será ELIMINADO.
● Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só poderão sair 
juntos, após entregarem ao �scal de aplicação os documentos que 
serão utilizados na correção das provas. Esses examinandos 
poderão acompanhar, caso queiram, o procedimento de conferên-
cia da documentação da sala de aplicação, que será realizada pelo 
Coordenador da unidade, na Coordenação do local de provas. 
Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplica-
ção antes de autorizado pelo �scal de aplicação, deverá assinar 
termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de 
Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, 
pelo �scal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de 
provas. 
● Qualquer tipo de comunicação entre os examinandos.
● Levantar da cadeira sem a devida autorização do �scal 
de sala.
● Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, walkman, 
agenda eletrônica, notebook, netbook, palmtop, receptor, 
gravador, telefone celular, máquina fotográ�ca, protetor 
auricular, MP3, MP4, controle de alarme de carro, pendri-
ve, fones de ouvido, Ipad, Ipod, Iphone etc., bem como 
relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou quaisquer 
acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro 
etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou corretivo de 
qualquer espécie.
● Usar o sanitário ao término da prova, após deixar a sala.
● Qualquer tipo de comunicação entre os examinandos.
CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
 
GABARITO OFICIAL SIMULADO
1
B
21
D
41
C
61
B
2
C
22
A
42
A
62
B
3
D
23
B
43
B
63
B
4
A
24
A
44
B
64
A
5
C
25
C
45
C
65
B
6
C
26
D
46
B
66
D
7
C
27
C
47
C
67
C
8
D
28
D
48
B
68
D
9
B
29
E
49 
C
69
A
10
C
30
C
50
D
70
A
11
B
31
E
51
B
71
D
12
D
32
A
52
D
72
D
13
D
33
A
53
C
73
A
14
C
34
A
54
B
74
D
15
B
35
B
55
C
75
C
16
D
36
C
56
D
76
D
17
B
37
A
57
C
77
B
18
C
38
C
58
A
78
C
19
A
39
D
59
A
79
D 
20
 A
40
A
60
C
80
A
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 1 de 66 
Questões Comentadas 
Ética Profissional 
Questão 01 
A Lei n. 13.363/16 alterou o Estatuto da Advocacia e da OAB para estipular 
direitos e garantias para a advogada gestante, lactante, adotante ou que der 
à luz, assim como para o advogado que se torna pai. 
De acordo com a recente alteração, assinale a afirmativa correta. 
a) É direito da advogada lactante, adotando ou que der à luz, a entrada em 
tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; 
b) É direito da advogada gestante a reserva de vaga em garagens dos fóruns 
dos tribunais; 
c) É direito da advogada adotante ou que der à luz, a suspensão de prazos 
processuais, sem a notificação do cliente; 
d) É direito do advogado pai a suspensão do prazo pelo prazo de 30 dias, 
mesmo quando não for o único patrono da causa. 
Comentários 
Gabarito: B 
Fundamentação: Art. 7-A, da Lei 8.906/94. 
A advogada gestante tem como garantia: a) entrada em tribunais sem ser 
submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; b) reserva de vaga em 
garagens dos fóruns dos tribunais e a preferência na ordem das sustentações 
orais, mediante a comprovação de sua condição. A suspensão do processo 
ocorrerá quando a advogada for a única patrona da causa e desde que tenha o 
consentimento do seu cliente, pelo prazo de 30 dias. O prazo de suspensão do 
advogado será de 8 dias, mediante comprovação. 
Questão 02 
A lei 13.245/16 alterou o Estatuto da Advocacia e da OAB para regulamentar 
o acesso do advogado nos autos de flagrante e investigações perante as 
autoridades policiais e estabelecer garantias na assistência dos clientes. 
De acordo com esse instrumento normativo, assinale a alternativa correta: 
a) O acesso do advogado a investigação de qualquer natureza é limitado aos 
documentos físicos; 
b) O advogado não pode ter acesso aos autos de flagrante sem procuração 
nos autos; 
c) Nos autos sujeitos a sigilo é obrigatório o advogado apresentar procuração 
para ter acesso aos autos de flagrante e investigação de qualquer natureza. 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 2 de 66 
d) A autoridade responsável pela condução da investigação não pode 
delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a 
diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando 
houver risco de comprometimento da eficiência, eficácia ou finalidade das 
diligências. 
Comentários 
Gabarito: C 
Fundamentação: Art. 7, inciso XIV e XXI e parágrafo 10, 11 e 12 do Estatuto da 
Advocacia e da OAB. 
É direito do advogado examinar em qualquer instituição responsável por conduzir 
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrantes e de investigações de 
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos a autoridade 
responsável, podendo tomar apontamentos em meio físico ou digital. Apenas 
quando houver comprometimento da eficiência, eficácia ou finalidade das 
diligências, a autoridade responsável poderá delimitar o acesso do advogado. 
Regra geral: o advogado não precisa de procuração para ter acesso aos autos.Exceção: É obrigatório a procuração nos procedimentos sigilosos. 
Questão 03 
A Lei 13. 247/16 alterou o Estatuto da Advocacia e da OAB sobre o regime 
das sociedades dos advogados. 
Com base nas alterações, assinale a alternativa correta: 
a) A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro 
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB do local 
onde tiver graduado; 
b) O ato de constituição de filial é averbado no Conselho Seccional em cuja 
base territorial tiver sede; 
c) Não é permitido a criação de sociedade unipessoal; 
d) A responsabilidade dos advogados é sempre ilimitada e subsidiária pelos 
danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia. 
Comentários 
Gabarito: D 
Fundamentação: Com a Lei n. 13/363/16 passou-se a permitir a formação de 
sociedade unipessoal com o registro dos atos constitutivos no Conselho Seccional 
da OAB do local onde tiver a sede. A aprovação dos atos da filial ocorrerá no local 
onde se instalar, portanto, afasta-se a alegação da sede ou local da graduação. 
Além disso, a responsabilidade do advogado será sempre ilimitada (responderá 
por dolo ou culpa) e subsidiária ao escritório. 
Questão 04 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 3 de 66 
Maricota é bacharel em direito e exerce o cargo de diretora jurídica na 
empresa ABC, já tendo sido aprovada no Exame de Ordem 2014, mas não 
inscrita nos quadros de advogados. De acordo com o Estatuto da Advocacia 
e da OAB e nos atos privativos da advocacia, assinale a alternativa incorreta: 
a) Maricota pode exercer o cargo de diretora jurídica na empresa ABC, por 
ser dispensável a inscrição nos quadros da OAB; 
b) Maricota não pode exercer o cargo de diretora jurídica na empresa ABC, 
porque o cargo de diretora jurídica é privativo de advogado; 
c) A atividade exercida pela Maricota é privativo de advogado, tornando-se 
ilegal o seu exercício. 
d) São atividades privativas da advocacia a postulação a órgão do Poder 
Judiciário e aos juizados especiais; as atividades de consultoria e assessoria 
e direção jurídica. 
Comentários 
Gabarito: A 
Fundamentação: Art. 1, inciso I e II, da Lei 8.906/94. 
A advogada não poderá exercer atividade de diretora jurídica na empresa ABC, 
por ser privativo de advogado. A aprovação na OAB é um dos requisitos previstos 
para a inscrição do advogado, sendo necessário comprovar: a) capacidade civil, 
b) diploma ou certidão de graduação, c) título de eleitor e quitação do serviço 
militar; d) aprovação no exame de ordem; e) não exercer atividade incompatível 
com a advocacia; f) idoneidade moral e g) prestar compromisso perante o 
conselho. Por esse motivo, a ausência da inscrição nos quadros dos advogados 
impede o exercício do cargo de diretora jurídica. 
Questão 05 
O advogado presta serviço público e exerce função social durante o exercício 
de suas atividades, sendo inviolável por seus atos e manifestações em todo 
o território nacional. A respeito das atividades privativas da advocacia, 
assinale a alternativa correta: 
a) Todos os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas devem ser 
visados por advogados, inclusive, as microempresas e empresas de pequeno 
porte; 
b) O exercício da advocacia é restrito a advocacia privada, dispensando o 
registro dos Advogados Públicos nos quadros da OAB; 
c) Os atos praticados por pessoa não inscrita na OAB são nulos; 
d) A renúncia da procuração é exclusiva do cliente e pode ser feita a qualquer 
momento. 
Comentários 
Gabarito: C 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 4 de 66 
Fundamentação: Art. 2 – 5, da Lei 8.906/94. 
Os atos e contratos de pessoas jurídicas, como regra, devem ser visados por 
advogados, sob pena de nulidade, salvo as microempresas e empresas de 
pequeno porte, porque contam com um regime simplificado, dispensando o visto 
do advogado. Os advogados públicos são subordinados ao regime do Estatuto da 
Advocacia, devendo obrigatoriamente cumprir suas regras e normas, inexistindo 
o desvinculo de suas atividades. A renúncia da procuração é exclusiva do 
advogado, devendo o advogado cumprir o prazo legal de 10 dias após a 
notificação ao cliente. Ao contrário da renúncia, a revogação pertence ao cliente 
e não precisa de prazo legal e nem justificar o motivo. 
Questão 06 
Para a inscrição do advogado nos quadros na OAB é necessário o 
preenchimento do artigo 8, do Estatuto da Advocacia e da OAB. À luz desse 
entendimento, assinale afirmativa correta: 
a) O Exame de Ordem é regulamentado em resolução do Conselho Seccional 
da OAB; 
b) O estágio profissional de advocacia tem duração de três anos, realizado 
nos últimos dois anos do curso jurídico, nas instituições de ensino superior 
pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgão jurídicos e escritórios de 
advocacia credenciados pela OAB; 
c) A inscrição do advogado pode ser cancelada se assim o requerer, se sofrer 
penalidade de exclusão, houver o falecimento ou exercer, em caráter 
definitivo, atividade incompatível com a advocacia e se perder qualquer um 
dos requisitos necessários para a inscrição; 
d) A declaração de idoneidade moral pode ser suscitada por qualquer pessoa, 
desde que obtenha um mínimo de um terço dos votos de todos os membros 
do conselho competente. 
Comentários 
Gabarito: C 
Fundamentação: Art. 8 ao 14, do Estatuto da Advocacia e da OAB. 
O Exame de Ordem é regulamento por provimento do Conselho Federal da OAB. 
O estágio profissional tem duração de dois anos, realizado nos últimos dois anos 
da graduação e a declaração de idoneidade moral deve obter dois terços dos 
votos de todos os membros do conselho competente. 
Questão 07 
O desagravo público é a ofensa sofrida pelo advogado em razão do exercício 
profissional ou de cargo ou função da OAB, promovido pelo Conselho 
competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa. 
Sobre as regras previstas no Regulamento Geral, assinale alternativa 
correta: 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 5 de 66 
a) O desagravo público depende do consentimento do advogado ofendido 
b) O desagravo público pode ser oferecido por denúncia anônima 
c) Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de 
Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional. 
d) O procedimento do desagravo público pode ocorrer por ofensas pessoais 
e profissionais. 
Comentários 
Gabarito: C 
Fundamentação: Art. 18 e 19, do Regulamento Geral da OAB. 
O desagravo público é a ofensa sofrida pelo advogado no decorrer do exercício 
da sua atividade, sendo, exclusivamente, ofensas vinculadas ao exercício 
profissional. É vedado o oferecimento de denúncia anônima sobre qualquer tipo 
de representação, inclusive, sobre o desagravo. O Conselho Federal tem 
competência para julgar os processos contra os seus membros e os Presidentes 
do Conselho Seccional. 
Questão 08 
De acordo com o prazo prescricional da ação de cobrança de honorários 
advocatícios, assinale a alternativa correta. 
a) Prescreve em três anos a ação de cobrança de honorários contados a 
partir do vencimento do contrato, se houver; 
b) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários contados a 
partir do primeiro ato de serviço extrajudicial; 
c) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários contados a 
partir da renúncia ou revogação do mandato;d) Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias 
recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele. 
Comentários 
Gabarito: D 
Fundamentação: Art. 25-A, da Lei 8.906/94. 
Prescreve em cinco anos a ação de cobrança dos honorários advocatícios, 
contados a partir do vencimento do contrato (se houver), do transito em julgado 
da decisão que os fixar; da ultimação do serviço extrajudicial; da desistência ou 
transação e da renuncia ou revogação do mandato. 
Direito Constitucional 
Questão 09 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 6 de 66 
Mévio, tendo tomado ciência acerca de decisão judicial proferida em seu 
processo, que determinou exigência de depósito prévio como requisito de 
admissibilidade de ação judicial na qual se pretendia discutir a exigibilidade 
de crédito tributário, questiona seu advogado sobre o caso, sendo informado 
que tal determinação seria inconstitucional cabendo uma medida judicial. 
Nesse sentido, em consonância com o sistema jurídico constitucional 
brasileiro, assinale a alternativa correta: 
a) Interpor Recurso Extraordinário perante o STF, em razão de ofensa a 
interpretação sumulada do Supremo Tribunal. 
b) Ingressar com Reclamação Constitucional no Supremo Tribunal Federal, 
por contrariar matéria já objeto de súmula vinculante. 
c) Apresentar recurso de apelação para obter reforma da decisão recorrida. 
d) Ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, 
tendo em vista que a decisão judicial viola diretamente texto constitucional. 
Comentários: 
Meus amigos, questão bem simples e direta. Estamos diante de caso em que o 
STF já se posicionou por meio da Súmula vinculante nº 28. “é inconstitucional a 
exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial 
na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário”. 
A questão afirma que houve decisão judicial em sentido oposto ao entendimento 
sumulado do Supremo. Nesse caso, estamos diante da possibilidade de uma 
reclamação constitucional (art. 103-A, §3° CRFB/88). Gabarito letra b. 
Questão 10 
No que tange aos limites do poder de reforma e à sistemática das Emendas 
Constitucionais, é correto afirmar que: 
a) É possível o uso de Emenda Constitucional desde que haja a iniciativa de 
dois quintos dos membros do Congresso Nacional. 
b) A constituição não estabelece limites materiais ou formais ao poder de 
reforma. 
c) A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três 
quintos dos votos dos respectivos membros. 
d) A Constituição não poderá ser emendada apenas na vigência de 
intervenção federal ou estado de sítio. 
Comentários 
a) Errada. Opa! Questão pegadinha. O inciso I do art. 60 da CF/88 diz que “a 
Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um terço, no mínimo, 
dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal”. 
b) Errada. Existe sim limites ao poder de reforma. E eles se encontram no art. 60 
§4° da CF/88. 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 7 de 66 
c) Correta. Este é o gabarito. É a redação literal do art. §2° do art. 60 da CF/88. 
d) Errada. Mais uma pegadinha. Cuidado. A CRFB/88 não pode ser emendada na 
vigência de intervenção federal, estado de defesa ou de estado de sítio. 
Questão 11 
Estado K editou Lei Estadual nº. 1234 prevendo que empresas privadas 
poderiam patrocinar bolsas de estudos para professores em faculdades 
particulares. Em contrapartida, tais professores ficariam obrigados a 
lecionar, durante determinado tempo, para cursos de alfabetização ou 
aperfeiçoamento dos funcionários das empresas patrocinadoras. Durante 
debate jurídico, você na qualidade de advogado foi instado a se manifestar. 
Assinale a alternativa correta: 
a) A referida Lei é inconstitucional, tendo em vista que a matéria é objeto 
de competência privativa da União. 
b) O Estado K pode editar a Lei sobre patrocínio de bolsas de estudo, pois o 
tema se insere no âmbito da competência concorrente, sendo constitucional 
a lei em questão. 
c) A Lei é inconstitucional, pois a competência é dos Municípios para 
disciplinar a matéria. 
d) A lei é constitucional, pois compete privativamente aos Estados disciplinar 
sobre educação e ensino. 
Comentários 
Meus amigos, temos uma questão que a OAB adora. O tema da Repartição da 
competência dos entes federativos. No caso prático, estamos diante de matéria 
relacionada à educação e ensino. E, nesse sentido, a CRFB/88 estabelece em seu 
art. 24, IX, que “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre (...) educação, cultura, ensino, desporto, ciência, 
tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação”. 
Gabarito letra B. 
Questão 12 
Acerca dos direito e garantias fundamentais previstos na CRFB/88, marque 
a alternativa correta: 
a) ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta; 
b) a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, 
durante o dia, por determinação judicial; 
c) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 8 de 66 
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévia autorização à autoridade 
competente; 
d) a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia 
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evita-los, se omitirem; 
Comentários 
a) Errada. A questão não está 100%. A CRFB/88 em seu art. 5º, VIII, fala em 
“salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-
se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. 
b) Errada. Pegadinha. No caso de flagrante delito ou desastre ou prestar socorro 
não há restrição de horário. Agora, nos demais casos deve ser durante o dia e 
com determinação judicial. (Art. 5º, VIII: a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso 
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial) 
c) Errada. Não há necessidade de autorização. Basta prévio aviso à autoridade 
competente. (Art. 5º, XVI, CF/88) 
d) Correta. É exatamente o teor do art. 5º, LIII, CRFB/88. Muita atenção, pois 
a Constituição fala em “inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia”. 
Questão 13 
A Constituição Federal traz em seu texto quais são os legitimados para 
propor uma ação direta de inconstitucionalidade - ADI. Dentre as 
alternativas que seguem, assinale a opção incorreta: 
a) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
b) Presidente da República 
c) Partido político com representação no Congresso Nacional 
d) Entidade de classe 
e) Procurador-Geral da República 
Comentários 
Muito cuidado?!De acordo com o art. 103 da CF/88, inciso IX, não é qualquer 
entidade de classe. Trata-se de entidade de classe de âmbitonacional a 
legitimada para a propositura da ADI. Gabarito letra D 
Questão 14 
Diante de uma grave denúncia de prática de crime de responsabilidade pelo 
Presidente da República, a Câmara dos Deputados, por dois terços de seus 
integrantes, admitiu a acusação contra o Presidente. Nessa senda, de acordo 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
Equipe de Professores Estratégia OAB 
 
 
 
 
Equipe de Professores Estratégia OAB 9 de 66 
com a CRFB/88 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o 
afastamento do Presidente da República do exercício de seu mandato 
a) caberá à Câmara dos Deputados após juízo de admissibilidade. 
b) caberá ao Supremo Tribunal Federal após a instauração do processo. 
c) dependerá da instauração do processo pelo Senado após juízo de 
admissibilidade desta casa. 
d) dependerá de decisão conjunta da Câmara e do Senado. 
Comentários 
Em relação aos crimes de responsabilidade, o Presidente da República será 
processado e julgado pelo Senado Federal. O seu afastamento ocorrerá após a 
instauração do processo pelo Senado. Guardem isso com carinho! :) 
Vale destacar que, na ADPF 378, o STF firmou entendimento que, além do juízo 
de admissibilidade da Câmara dos Deputados, o processo somente será 
instaurado após um juízo de admissibilidade da denúncia feito pelo Senado 
Federal. O Senado Federal poderá, então, mesmo após a autorização da Câmara 
dos Deputados, decidir pela não instauração do processo contra o Presidente da 
República. O gabarito é a letra C. 
Questão 15 
Considere a seguinte situação hipotética: Jorge é cidadão brasileiro e 
empregado público concursado do Banco do Brasil, sociedade de economia 
mista federal. Em 2017, acabou recebendo promoção para a agência 
bancária situada na cidade de Viena - Áustria, onde permaneceu até 2022. 
Enquanto trabalhava nessa cidade, Jorge conheceu Sharapova, cidadã russa, 
com quem teve um breve relacionamento. Dessa relação nasceu Marina. 
Considerando o caso hipotético e o texto da Constituição brasileira de 1988, 
a filha do casal: 
a) será brasileira nata se os pais a tiverem registrado no consulado brasileiro 
e caso venha a residir no Brasil até os 18 anos. 
b) é brasileira nata, independentemente de qualquer opção ou registro 
consular. 
c) será brasileira nata se vier a residir no Brasil e opte por tal nacionalidade 
até um ano após a maioridade. 
d) será brasileira nata se os pais a tiverem registrado no consulado brasileiro 
e caso opte, a qualquer tempo, por tal nacionalidade. 
Comentários 
Vamos lá. Jorge é brasileiro nato e estava no exterior a serviço da República 
Federativa do Brasil, portanto sua filha será brasileira nata independentemente 
de qualquer opção ou registro. Essa é a condição do art. 12º, inciso I, alínea b, 
da CRFB/88. “os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, 
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desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil”; 
Gabarito letra B. 
Direito Civil 
Questão 16 
Segundo o Código Civil brasileiro, não são relativamente incapazes de 
exercer os atos da vida civil: 
a. os viciados em tóxicos; 
b. os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; 
c. os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para sua prática; 
d. os menores de dezesseis anos. 
Comentários 
Essa questão trata especificamente das alterações promovidas pelo Estatuto da 
Pessoa com Deficiência no CC/2002 relativamente à capacidade. Há uma grande 
chance da sua prova da OAB questionar algo sobre o assunto, dada a recente 
alteração legislativa, por isso, fique atento! 
Como a questão pergunta quem não é relativamente incapaz, a resposta pode 
ser dupla: os absolutamente incapazes (que não são relativamente capazes) ou 
os plenamente capazes (que também não são relativamente capazes). Você deve 
procurar, portanto, nas alternativas, quem das pessoas ou é absolutamente 
incapaz ou quem é plenamente capaz. 
A alternativa A está incorreta, pois, segundo o art. 4º, inc. II, os viciados em 
tóxicos são relativamente capazes. 
A alternativa B está incorreta, já que o art. 4º, inc. III, “aqueles que, por causa 
transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade” são também 
relativamente capazes. 
A alternativa C está incorreta. Há aqui uma pegadinha, pois essa era a redação 
do art. 3º, inc. II, que foi revogado pelo Estatuto. Seria o caso de absolutamente 
incapaz, mas agora não é mais. 
A alternativa D está correta, pois os menores de 16 anos são, a partir de agora, 
os únicos absolutamente incapazes no ordenamento brasileiro, por força da nova 
redação do art. 3º, caput. 
Questão 17 
Maria pretende presentear seu pai com um relógio de ouro puro. Vai a uma 
loja e, olhando a vitrine vê um relógio com a inscrição 18K, avaliado em 
R$2.000,00, e outro com a inscrição 54, avaliado em R$7.000,00. 
Desconhecedora da ourivesaria, pergunta ao vendedor se o primeiro é de 
ouro puro e ele responde que sim, ouro 18 quilates. Ela imagina que o 54 
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corresponda a um relógio de ouro de maior qualidade e menciona o fato ao 
vendedor, que nada diz, apenas concordando com um aceno de cabeça 
discreto. Maria adquire o segundo relógio, ignorando o fato de que ele é 
apenas folheado a ouro e seu preço se justifica pela fama do ourives que o 
fez. É possível dizer que esse negócio está eivado do seguinte vício: 
a. erro; 
b. dolo; 
c. ignorância; 
d. lesão. 
Comentários 
Para resolver essa questão, você deve atentar para os detalhes do enunciado. 
Tome cuidado, não fuja dos limites do enunciado e não presuma elementos que 
não estão no enunciado! Atente que Maria representou falsamente a realidade ao 
não imaginar que 54 corresponderia a uma espécie de ouro de maior qualidade. 
Ela, portanto, errou. Porém, quando ela menciona que mencionou isso ao 
vendedor e ele não corrigiu o erro, ao contrário, acenou com a cabeça, 
discretamente, concordando. Essa ação é relevante! 
A alternativa A estaria correta, se o vendedor não tivesse concordado com ela, 
atraindo a aplicação de outro erro de consentimento. 
A alternativa B está correta, já que o erro de Maria foi mantido graças à ação 
do vendedor, que não a corrigiu. Ele, dolosamente, silenciou a respeito do 
evidente erro de julgamento de Maria. 
A alternativa C está incorreta, pois a ignorância sequer é erro de consentimento. 
O examinador aqui, apostaria numa pegadinha, já que o enunciado fala que ela, 
por ignorância, são sabia que o relógio 54 não era de ouro superior ao de 18k. 
A alternativa D está incorreta, já que, pela leitura do art. 157, é necessário que 
a prestação seja “manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”. 
O relógio 54 era mais caro por uma razão, que era o designer, pelo que não é 
manifestamente desproporcional o preço pago, portanto. 
Questão 18 
Sobre a prescrição e a decadência, assinale a alternativa correta: 
a. a renúncia da prescrição não pode ser tácita; 
b. se o curatelado for maior, a prescrição corre entre ele e o curador; 
c. a interrupção da prescrição somente poderá ocorrer uma vez; 
d. é anulável a renúncia à decadência fixada em lei. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois o art. 191 é claro ao dispor que “a renúncia 
da prescrição pode ser expressa ou tácita”. Será expressa quando 
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especificamente alegado pela parte que renuncia; tácita se houver 
comportamento concludente em sentido contrário, como a pessoa que paga 
dívida prescrita, renunciando tacitamente à prescrição. 
A alternativa B está incorreta, até sob um ponto de vista lógico. Imagine-se que 
uma pessoa com deficiência, que conte com altismo severo, que lhe impede de 
travar relações jurídicas patrimoniais, esteja sob curatela, já maior de idade. 
Seria apropriado dizer que corre prescrição em relação a um ato praticado pelo 
curador? Claro que não, pois essa pessoa sequer tomará conhecimento desse 
ato, conscientemente. 
Isso, inclusive, vai contra o disposto no art. 197, inc. III, que estabelece que 
“Não corre a prescrição entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou 
curadores, durante a tutela ou curatela.”, independentemente da idade. 
A alternativa C está correta, de acordo com a literalidade do art. 202: “A 
interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez”. Do contrário, 
se a prescrição se interrompesse sucessivamente, acabaria o fato por nunca 
prescrever. 
A alternativa D está incorreta, pois, como eu sempre digo na aula sobre 
prescrição e decadência, ao pensar em prescrição você pensa em anulabilidade, 
mas ao pensar em decadência pense sempre em nulidade. A rigor, a alternativa 
contraria o art. 209: “É nula a renúncia à decadência fixada em lei.” 
Questão 19 
João devia R$5.000,00 a Antonio, em decorrência de um empréstimo que 
este fizera àquele. Em contato com Pedro, João consegue que este assuma 
a dívida integralmente. A respeito da situação narrada, aponte a assertiva 
correta: 
a. se a dívida tiver garantia real, a substituição de João por Pedro 
automaticamente extingue tal garantia, salvo se João expressamente 
assentir no contrário; 
b. ainda que Antonio não concorde com o acordo, Pedro pode assumir a 
dívida, se conseguir demonstrar que possui condição econômica superior à 
de João, ou que tenha garantia real suficiente; 
c. se João notificar Antonio sobre o acordo e este silenciar, dentro do prazo 
assinalado, considerar-se-á que concordou com o pacto; 
d. Pedro poderá opor a Antonio as exceções pessoais que competiam a João, 
se o beneficiarem diretamente. 
Comentários 
A alternativa A está correta, na literalidade do art. 300: “Salvo assentimento 
expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da 
dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.” Atenção, 
pois na assunção de dívida ocorre exatamente o inverso da cessão de crédito, 
como vimos em aula. 
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A alternativa B está incorreta, pois a assunção de crédito sempre precisa do 
assentimento do credor, pois para ele faz toda a diferença ter este ou aquele 
credor. Tal exigência está prevista no art. 299: “É facultado a terceiro assumir a 
obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor”. 
A alternativa C está incorreta, novamente, por aplicação do art. 299, que 
dispensa maiores comentários. O silêncio do credor, nesses casos, não pode 
importar em aceitação, sempre será interpretado como recusa. 
A alternativa D está incorreta, já que as exceções, por serem pessoais, não 
aproveitarão ao assuntor. Se o contradireito era do devedor originário João, o 
assuntor Pedro não poderá opor esse contradireito ao credor Antonio. Essa é a 
dicção do art. 302: “O novo devedor não pode opor ao credor as exceções 
pessoais que competiam ao devedor primitivo.” 
Questão 20 
Sobre o uso de bens alheios tratados pelo Código Civil, analise as seguintes 
assertivas e aponte a correta: 
a. a distinção entre o comodato e a locação não reside na infungibilidade da 
coisa, mas na onerosidade do contrato; 
b. a locação e o mútuo exigem ambos onerosidade, sendo impróprio contrato 
gratuito; 
c. mútuo e comodato, por fazerem parte do gênero empréstimo, podem ser 
ambos gratuitos ou onerosos, a depender do pacto; 
d. um contrato de comodato oneroso é, na realidade, um contrato de mútuo 
com fins econômicos. 
Comentários 
Antes de entrar na questão, relembre os dispositivos legais atinentes à questão: 
Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por 
tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa 
retribuição. 
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se 
com a tradição do objeto. 
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a 
restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade 
e quantidade. 
A alternativa A está correta. Veja que tanto o art. 565 quanto o art. 579 fala 
em coisas “não fungíveis”, ou seja, a diferença entre comodato e locação não é 
a infungibilidade, mas a onerosidade, já que o art. 565 fala expressamente em 
“mediante certa retribuição” e o art. 579 fala em “empréstimo gratuito”. 
A alternativa B está incorreta, dado que o art. 586 não fala nem “mediante certa 
retribuição” nem “empréstimo gratuito”, como os arts. 565 e 579. Por isso, o 
mútuo pode ser tanto oneroso quanto gratuito. 
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A alternativa C está incorreta, pois, como vimos acima, no art. 579, o comodato 
exige gratuidade (“empréstimo gratuito”). 
A alternativa D está incorreta. O que torna essa alternativa incorreta é 
exatamente o que torna a alternativa A correta. O que distingue o comodato do 
mútuo? A infungibilidade do bem? Não, a onerosidade. Ou seja, impropriamente 
falando, o comodato é uma “locação gratuita” e a locação é um “comodato 
oneroso”. Se tivermos um “comodato oneroso”, teremos, na verdade, uma 
locação, e não um mútuo (que pode ser oneroso ou gratuito!). 
Questão 21 
Sobre o dever de indenizar e a responsabilidade civil previstas no Código 
Civil brasileiro, assinale a alternativa correta: 
a. os empresários individuais respondem culposamente pelos danos 
causados pelos produtos postos em circulação; 
b. o direito de exigir reparação é intransmissível; 
c. no caso de homicídio, a indenização não abrange a prestação de alimentos 
às pessoas a quem o morto os devia, por se tratar de obrigação 
personalíssima 
d. pode André, de 12 anos, ser chamado a indenizar por prejuízo que causou 
se seus pais não tiverem obrigação de fazê-lo. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Bastava lembrar do CDC, que estabelece a 
responsabilidade sem culpa, ou objetiva, dos fornecedores. O CC/2002, 
obviamente que não contraria esse entendimento, estabelecendo regra diferente 
para o empresário individual, já que o empresário individual é também 
empresário e, portanto, fornecedor. A dicção do art. 931 não deixa dúvidas: 
“Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e 
as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados 
pelos produtos postos em circulação.” 
A alternativa B está incorreta. Pense no caso seu pai/mãe ter morrido num 
acidente de avião por falha de manutenção da aeronave pela companhia aérea. 
Bom, se o direito de exigir reparação é intransmissível, você não pode exigir 
indenização pela morte. Te parece razoável esse entendimento? Claro que não. 
O art. 943 vai exatamente ao encontro desse raciocínio: “O direito de exigir 
reparação e a obrigação de prestá-latransmitem-se com a herança.” 
A alternativa C está incorreta. Pense de novo naquele caso. Seus pais eram 
divorciados e seu pai pagava pensão alimentícia para você; morreu no acidente 
aéreo. Bom, a partir de agora, sua mãe que se vire para te sustentar, já que ele 
morreu e você não pode exigir os alimentos do causador do dano. Novamente, 
essa solução não é razoável. Por isso, o art. 948, inc. II estabelece que “No caso 
de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações, na prestação 
de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração 
provável da vida da vítima.” 
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A alternativa D está correta, mostrando a diferença entre a responsabilidade 
civil e a responsabilidade penal. No direito civil, é possível que o incapaz, menor, 
seja chamado a indenizar. Quando? Nas hipóteses do art. 928: “O incapaz 
responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.” Imagine 
que o seu filho recebe uma herança enorme de um parente distante; você, ao 
contrário, não tem renda ou patrimônio. Seu filho causa um dano e você é 
chamado a indenizar (por força do art. 932, inc. I), mas não tem dinheiro. A 
vítima, então, pode atacar o patrimônio do seu filho, ou seria no mínimo injusto 
que ela ficasse sem indenização porque você não tem dinheiro, mas seu filho, o 
causador do dano, tenha. 
Questão 22 
Em relação ao direito de família patrimonial é correto afirmar que: 
a. os nubentes, antes de celebrado o casamento, podem estipular o que lhes 
aprouver quanto aos bens 
b. o regime de bens escolhido entre os cônjuges começa a vigorar desde a 
escolha; 
c. é obrigatório o regime de bens a pessoas maiores de sessenta anos; 
d. a aquisição das coisas necessárias à economia doméstica obriga 
subsidiariamente o outro cônjuge, na constância da sociedade matrimonial. 
Comentários 
A alternativa A está correta, segundo disposição literal do art. 1.639: “É lícito 
aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, 
o que lhes aprouver.” Tanto o é que podem as pessoas escolher o regime de bens 
e até mesmo criar disposições diferentes das dispostas no CC/2002, em pacto 
antenupcial. 
A alternativa B está incorreta. Faça uma analogia. Você quer comprar um carro; 
a compra e venda vigora desde o momento no qual você faz a escolha do carro? 
Claro que não, ela passará a vigorar no momento em que você comprar, até 
porque entre a escolha do carro e a aquisição em si pode passar bastante tempo. 
No casamento, é a mesma coisa; veja o art. 1.639, §1º: “O regime de bens entre 
os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.” 
A alternativa C está incorreta, apostando, talvez, no fato de você ter lido o art. 
1.641, inc. II antes da modificação feita pela Lei 12.344/2010, que previa o 
regime de separação obrigatória de bens para maiores de sessenta anos. O 
“novo” inc. II prevê tal regime para maiores de setenta anos; 70, não 60! 
A alternativa D está incorreta. Para chegar a essa conclusão você precisa de 
dois dispositivos legais diferentes: 
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro: 
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; 
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II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa 
exigir. 
Ou seja, não preciso de autorização da mulher/marido para ir à quitanda da 
esquina comprar arroz e feijão fiado, já que esses gêneros correspondem às 
“coisas necessárias à economia doméstica”. Mas e como fica a responsabilidade 
do outro nesse caso? 
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam 
solidariamente ambos os cônjuges. 
Veja, é solidariamente a responsabilidade, não subsidiariamente. 
Direito Administrativo 
Questão 23 
Após reiteradas denúncias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) deu início a um procedimento de fiscalização em determinado 
restaurante da cidade de “Tão Tão Distante”. Após a inspeção, foi constatado 
que o restaurante possuía em seu estoque produtos perecíveis mal 
acondicionados e muitos deles já estavam em estado de putrefação. 
Também foi constatado que a cozinha do restaurante não atendia às 
condições mínimas de higiene para o preparo de alimentos. 
Os fiscais da ANVISA, então, incineraram os produtos estragados e 
interditaram o restaurante. Considerando a situação em apreço, a conduta 
da ANVISA: 
a) Foi errada ao interditar o estabelecimento e incinerar os produtos sem 
prévia autorização judicial. 
b) Foi correta, uma vez que à Administração é permitido agir no pleno 
exercício do poder de polícia dotado de autoexecutoriedade. 
c) Foi parcialmente correta, eis que a Administração Pública poderia ter 
incinerado osd produtos estragados, sem, contudo, poder interditar o 
restaurante. Para interditar o estabelecimento, a ANVISA necessitava de 
autorização judicial prévia. 
d) Foi parcialmente correta, eis que a Administração Pública poderia ter 
interditado o restaurante de forma autônoma, sem, contudo, poder incinerar 
os produtos estragados. Para incinerar os produtos, a ANVISA necessitava 
de autorização judicial prévia. 
Comentários 
Gabarito, letra B. 
Os atos relativos ao poder de polícia devem ser executados pela própria 
autoridade administrativa sem prévia autorização judicial. O ato, resultado da 
fiscalização, é regular, dotado de autoexecutoriedade (característica que permitiu 
que a própria administração tomasse as medidas cabíveis sem a necessidade de 
prévia autorização do Poder Judiciário), discricionariedade e coercibilidade. A 
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Administração Pública tem o poder-dever de fiscalizar e pode de ofício agir no 
legítimo exercício do Poder de Polícia. 
Questão 24 
O Município de “Tão Tão Distante” desapropriou o imóvel de João da Silva, 
localizado em área imprópria para habitação, por conta de elevado índice de 
emissão de poluentes pelas indústrias localizadas na região, o que trazia 
graves implicações à saúde da população, inclusive com o nascimento de 
crianças com malformação genética. O ato expropriatório previa a criação de 
um Parque Ecológico, mas o Município, que já havia incorporado o bem ao 
patrimônio público, cedeu seu uso para a implantação de um centro de 
pesquisa para transgênicos, de grande importância para a produção agrícola 
municipal. Diante do já relatado, assinale a alternativa correta: 
a) Trata-se de um caso de tredestinação lícita, eis que a nova destinação 
ainda é provida de interesse público, não cabendo à João da Silva o direito 
de retrocessão. 
b) O enunciado traz um exemplo de tredestinação ilícita, tendo em vista que 
o novo destino do imóvel nada tem a ver com o previsto no ato 
expropriatório. 
c) O enunciado versa sobre o fenômeno da tredestinação, fenômeno este 
totalmente ilícito, não comportando modalidade lícita. O imóvel que sofre 
desapropriação só pode ser usado para a finalidade prevista no ato 
expropriatório. 
d) O texto acima retrata um caso de tredestinação lícita, entretanto é 
mantido o direito à retrocessão por parte do senhor João da Silva. 
Comentários 
Gabarito, Letra A. 
A questão versa sobrea desapropriação do bem de um particular e a possibilidade 
de tredestinação, a destinação dada ao bem em desconformidade com o plano 
original do ato expropriatório. 
Duas são as modalidades de tredestinação: lícita e ilícita. Na tredestinação lícita 
o bem é desapropriado para um fim mas lhe é dado um fim diverso pelo Poder 
Público, entretanto, a nova finalidade ainda é provida de interesse público. Já na 
tredestinação ilícita, a nova destinação dada ao bem desapropriado não guarda 
qualquer interesse público. 
O direito de retrocessão é, pois, aquele que assiste ao proprietário do bem exigi-
lo de volta caso, após efetivada a desapropriação, a ele seja dada destinação 
desprovida de interesse público. Assim, será cabível o direito de retrocessão em 
caso de tredestinação ilícita. Contudo, em caso de tredestinação lícita, passando 
o bem para finalidade diversa, mas igualmente fundamentada no interesse 
público, não haverá direito de retrocesso. 
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No caso da questão, apesar de ao bem ter sido dada nova destinação 
(tredestinação), esta pode ser considerada lícita, haja vista o interesse público 
existente na construção de um centro de pesquisas. 
Questão 25 
Juliana é cirurgiã dentista concursada do município Gama, capital do Estado 
Beta, com carga horária de trabalho de 20h semanais. Após anos de estudo 
e dedicação, Juliana fez mestrado e doutorado e progrediu conforme plano 
de carreira dos servidores municipais. Juliana também foi aprovada no 
concurso da Universidade Estadual do Estado Beta para o cargo de 
professora auxiliar com carga horária semanal de 20h semanais. Os horários 
são plenamente compatíveis e um cargo não interfere no exercício do outro. 
Considerando que a lotação funcional de Juliana em ambos os cargos dista 
menos de um quilômetro uma da outra, ela: 
a) Não poderá cumular os dois cargos, já que a Constituição Federal veda 
expressamente a acumulação remunerada de quaisquer cargos públicos. 
b) Poderá ocupar os dois cargos públicos, entretanto a soma de suas 
remunerações não poderá ultrapassar o teto constitucional municipal ou 
estadual. 
c) Poderá cumular os dois cargos públicos, providos por meio de concurso 
público e a limitação ao teto remuneratório será analisada individualmente 
para cada cargo. 
d) Não poderá cumular os dois cargos públicos, em razão da carga horária 
máxima de trabalho que excede o limite do razoável. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
A questão trata sobre o tema agentes públicos, mais especificamente sobre a 
acumulação de cargos e remuneração, com a respectiva limitação ao teto 
constitucional. 
A Constituição Federal veda a cumulação de cargos públicos mas abre 3 (três) 
exceções, conforme o artigo 37, inciso XVI: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) 
 
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No caso apresentado, Juliana enquadra-se na hipótese prevista na alínea “b” e 
poderá cumular o cargo de cirurgiã dentista com o cargo de professor. 
Quanto à limitação da remuneração ao teto constitucional, o Supremo Tribunal 
Federal pacificou o entendimento de que cada cargo deve ser contado 
individualmente para efeitos de teto constitucional, conforme tese de repercussão 
geral fixada: 
Nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, 
a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de 
cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto 
ao somatório dos ganhos do agente público. 
Questão 26 
A Secretaria Municipal de Educação de um determinado município realizou 
licitação para compra de softwares de processamento de dados, mas, 
chegada a data do certame, nenhum licitante comparecera e nenhuma 
proposta fora apresentada. Com relação ao caso em apreço, assinale a 
alternativa correta. 
a) A secretaria municipal deve realizar um novo procedimento licitatório em 
até 180 dias após o término do respectivo procedimento onde não houve 
propostas. 
b) Como não houve nenhuma proposta, a licitação poderá ser dispensada, 
ainda que esta possa ser repetida sem prejuízo. 
c) Com a ausência de propostas, agora se tem uma hipótese de 
inexigibilidade de licitação, desde que a contratação ocorra em até 180 dias 
do término do procedimento anterior. 
d) A contratação direta é permitida, caso a licitação não possa ser repetida 
sem prejuízo para a Secretaria de Educação. 
Comentários 
Gabarito, letra D. 
Para a solução da questão é necessário ter conhecimento sobre inexigibilidade, 
dispensa de licitação e licitação dispensável. 
Na licitação dispensável, o administrador, se quiser, poderá realizar o 
procedimento licitatório, sendo esta, portanto, uma faculdade. Com relação à 
licitação dispensada, o administrador não pode licitar, visto que já se tem a 
definição da pessoa com quem se firmará o contrato. Já a inexigibilidade de 
licitação se refere aos casos em que o administrador não tem a faculdade para 
licitar, em virtude de não haver competição ao objeto a ser contratado, condição 
imprescindível para um procedimento licitatório. 
Outro ponto crucial para a resolução da questão, embora não esteja 
expressamente no enunciado é a diferença de licitação fracassada para licitação 
deserta. Quando temos uma licitação onde vários interessados compareceram e 
participaram da licitação, mas por algum motivo nenhum deles se habilita e tem 
suas propostas aprovadas, temos a LICITAÇÃO FRACASSADA. Já a LICITAÇÃO 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
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DESERTA ocorre quando não existem interessados em licitar, hipótese da questão 
proposta. 
Sendo o caso de licitação deserta, embora seja possível a repetição do 
procedimento, pode ser que o decurso de prazo traga prejuízos para a 
Administração. 
Por essa razão, admite a legislação que seja feita a contratação direta, com a 
dispensa da licitação, conforme prevê o inciso V, do art. 24, da Lei 8.666/93: 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não 
puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as 
condições preestabelecidas. 
Questão 27 
Carla, chefe do departamento financeiro da câmara de vereadores do 
município “Y”, ocupante de cargo em comissão, deixou de prestar contas que 
estava obrigada, por imposição legal, no ano de 2009. Em auditoria interna 
da própria câmara de vereadores, feita em 2011, ficou comprovado que a 
falta de prestaçãode contas por parte de Carla causou prejuízo para a 
Administração Pública, embora não tenha sido observado enriquecimento 
ilícito da agente pública. Em julho de 2017, o Ministério Público federal 
ingressou com ação de improbidade administrativa contra Carla. Com base 
nessa situação hipoteticamente apresentada e sabendo que Carla fora 
exonerada do cargo que ocupava em abril de 2016, Carla: 
a) Não pode ser responsabilizada por ato de improbidade administrativa 
tendo em vista que era mera ocupante de cargo em comissão e não houve 
enriquecimento ilícito. 
b) Não poderá sofrer com as ações destinadas ao combate dos atos de 
improbidade porque estas já prescreveram, já que se passaram mais de 5 
anos da falta de prestação de contas. 
c) Sofrerá as consequências da ação proposta pelo MPF, pois a lei de 
improbidade alcança também os meros ocupantes de cargo em comissão. 
d) Prestará esclarecimentos acerca do ocorrido, mas não poderá mais ser 
punida, já que fora exonerada. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
O sujeito ativo do ato de improbidade é a pessoa física ou jurídica que pratica o 
ato de improbidade, concorre para a sua prática ou dele se beneficia, não apenas 
os servidores públicos, mas todos aqueles que estejam abarcados no conceito de 
agente público. Trata-se de interpretação dos artigos 2, 3 e 4 da Lei 8.429/92: 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda 
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades mencionadas no artigo anterior. 
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1º Simulado 
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Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo 
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie 
sob qualquer forma direta ou indireta. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou 
hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos 
Assim, não apenas os servidores públicos são considerados como sujeito ativo do 
ato de improbidade. O STJ, inclusive, possui entendimento no sentido de que até 
mesmo o estagiário poderá ser considerado sujeito ativo do ato de improbidade. 
Além disso, o prazo prescricional de cinco anos para o manejo da ação de 
improbidade apenas começa a correr quando do término do exercício do cargo 
em comissão: 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser 
propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de 
função de confiança; 
Por fim, a ação de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário por atos de 
improbidade administrativa é imprescritível, nos termos do artigo 37, parágrafo 
5º, da Constituição Federal: 
CF, art. 37. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, 
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento. 
Questão 28 
Rafael, motorista de uma empresa concessionária de serviço público de 
transporte de passageiros, vai trabalhar alcoolizado um determinado dia e 
quando estava em serviço, ao tentar desviar de um outro automóvel, 
atropela um pedestre chamado João. Este sofre vários danos ao seu corpo e 
chega, inclusive, a precisar amputar uma de suas pernas. 
Nesta hipótese, a responsabilidade civil da concessionária: 
A) Ocorre na modalidade subjetiva, havendo necessidade de o Autor da 
demanda provar em juízo o ato, o dano, o nexo causal e o dolo ou culpa do 
motorista; 
B) Ocorre na modalidade objetiva, havendo necessidade de o Autor da 
demanda provar em juízo o ato, o dano, o nexo causal e o dolo ou culpa do 
motorista; 
C) Ocorre na modalidade subjetiva, havendo necessidade de o Autor da 
demanda provar em juízo o ato, o dano, o nexo causal mas não é necessário 
provar o dolo ou culpa do motorista; 
D) Ocorre na modalidade objetiva, havendo necessidade de o Autor da 
demanda provar em juízo o ato, o dano e o nexo causal entre ambos, mas 
não é necessária a demonstração do dolo ou culpa do motorista; 
Comentários 
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1º Simulado 
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Gabarito, letra D. 
A responsabilidade civil das empresas prestadoras de serviço público dá-se na 
modalidade objetiva, sob a teoria do risco administrativo, conforme disposto no 
artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal: 
CF, Artigo 37. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Além disso, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a 
responsabilidade civil objetiva será cabível tanto para particulares usuários como 
para não usuários do serviço público prestado. Assim, tanto os passageiros 
usuários quanto o pedestre do caso apresentado farão jus a reparação civil com 
base na responsabilidade civil objetiva, acaso tenham sofrido danos. 
Neste tipo de responsabilidade, ao Autor do processo judicial incumbe provar em 
juízo o ato, o dano e o nexo causal entre ambos, mas não é necessária a 
demonstração do dolo ou culpa do motorista; 
Direito Processual Civil 
Questão 29 
José, divorciado, está na cidade de Turim na Itália, local em que 
permanecerá por, pelo menos, um ano para realização de curso de 
especialização em gastronomia. Após oito meses de curso, sofre acidente de 
trânsito e falece no local. José era domiciliado em Curitiba/PR, onde 
desempenhava a função de auxiliar de chef há mais de cinco anos. Seus 
bens estão situados na cidade de São Paulo, local em que nasceu e seus 
filhos residem em Porto Alegre, local em que, ambos, fazem faculdade de 
Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A saída do território 
nacional se deu pela cidade do Rio de Janeiro, no aeroporto de Galeão. 
No caso concreto, considerando a disciplina da Lei 13.105/2015 (Código de 
processo Civil) sobre competência territorial, conclui-se que a ação de 
inventário deverá ser ajuizada no foro da 
a) comarca do Rio Grande do Sul, onde residem os herdeiros do falecido. 
b) comarca do Rio de Janeiro, último domicílio do falecido no Brasil. 
c) comarca de São Paulo, onde estão situados os bens imóveis do falecido. 
d) cidade de Turim, na Itália, onde ocorreu o óbito. 
e) comarca de Curitiba, onde está situado o domicílio do autor da herança. 
Comentários 
Nos termos estabelecidos pelo Novo Código, a competência para processamento 
do inventário será o foro da comarca de Curitiba, no estado do Paraná, onde está 
situado o domicílio do autor da herança. O fato de estar residindo em Turim, na 
Itália não altera o seu domicílio, que permanece na cidade de Curitiba. 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
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Aplicamos, portanto, o caput do art. 48 do NCPC. Não há margem para aplicação 
do parágrafo único do art. 48, pois se sabe o domicílio do autor da herança! 
Vejamos o art. 48, do NCPC: 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o 
inventário, a partilha,a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a 
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio 
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 30 
Priscila ajuizou ação indenizatória contra Pamela e o feito tramita em uma 
das varas cíveis da comarca de Cascavel/PR. No curso do processo, Priscila, 
por intermédio de seu advogado contratado, altera a verdade dos fatos e 
provoca incidentes manifestamente infundados. Neste caso, o magistrado 
que preside o feito deverá, de ofício, ou a requerimento da outra parte, 
considerar Priscila litigante de má-fé, condenando-a a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e arcar com os honorários 
advocatícios e com todas as despesas que ela efetuou, além de pagar multa, 
em regra, 
a) superior a 1% e inferior a 20% do valor corrigido da causa. 
b) não excedente a 1% sobre o valor corrigido da causa. 
c) superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa. 
d) não excedente a 2% sobre o valor corrigido da causa. 
e) não excedente a 5% sobre o valor corrigido da causa. 
Comentários 
De acordo com o art. 81, o juiz deverá, de ofício ou a requerimento da outra 
parte, considerar Priscila litigante de má-fé e condená-la a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e arcar com os honorários advocatícios 
e com todas as despesas que ela efetuou, além de pagar multa, em regra, 
superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa. 
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 31 
Juliano, juiz de direito, possui uma família de juristas. Seu bisavô, José, é 
advogado. Também são advogados seus primos, André, filho do seu tio 
Gilberto, e João, neto do seu tio Ronaldo. Nestes casos, de acordo com o 
Código de Processo Civil brasileiro, Juliano não poderá exercer suas funções 
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1º Simulado 
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de juiz no processo contencioso ou voluntário, quando estiver postulando 
como advogado da parte 
a) José e André, apenas 
b) André e João, apenas. 
c) André, apenas. 
d) José, André e João. 
e) José, apenas. 
Comentários 
Primeiramente devemos retomar os graus de parentesco, à luz da legislação civil: 
• José – bisavô – parente de terceiro grau 
• André – filho do tio – parente de quarto grau 
• João – neto do tio – parente de quinto grau 
Nesse caso, de acordo com o NCPC, em seu art. 144, III, Juliano não poderá 
exercer suas funções de juiz no processo contencioso ou voluntário, quando José 
estiver postulando como advogado da parte. 
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do 
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou 
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 32 
Em um processo de conhecimento, a parte ré adota postura defensiva e não 
colaborativa. Além de opor resistência injustificada, o réu embargou 
inconsistentemente, por duas vezes, caracterizando abuso do direito de 
defesa ou manifesto propósito protelatório das partes, a parte lesada poderá 
requerer tutela provisória de 
a) evidência. 
b) urgência cautelar incidental. 
c) urgência antecipada antecedente. 
d) urgência cautelar antecedente. 
e) urgência antecipada incidental. 
Comentários 
O abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte constituem hipóteses em que a lei autoriza o juiz a conceder a tutela da 
evidência punitiva. Vejamos o art. 311, I, do NCPC. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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1º Simulado 
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I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da parte; 
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 33 
Lacir trafegava com sua moto quando foi vítima de um acidente de trânsito, 
em que colidiu com o carro de Deolinda, que dirigia o veículo no momento 
da batida. Em decorrência da colisão, Lacir teve seu pé amputado. Há em 
trâmite uma ação penal onde se verificam as causas do acidente e eventual 
responsabilidade penal de Deolinda pelo evento lesivo. Lacir propôs, 
posteriormente a ação penal, uma demanda pleiteando reparação civil pelos 
danos sofridos. Nessa situação, é correto afirmar: 
a) se o conhecimento do mérito da ação depender da verificação da 
existência de fato delituoso, e havendo ação penal em curso, ocorrerá a 
suspensão do processo cível que não poderá ser superior a um ano. 
b) a responsabilidade civil independe da penal e por isso não poderá o juiz 
suspender o trâmite da ação. 
c) se a ação penal não for proposta no prazo de seis meses a contar da data 
da suspensão, o juiz poderá suspender o processo civil, devendo examinar 
incidentalmente a questão prévia sobre a responsabilidade penal. 
d) caso o processo seja suspenso por conta da existência da ação penal em 
trâmite, após o prazo de um ano sem que a questão de mérito seja apreciada 
na esfera penal, deverá o juiz extinguir o processo civil proferindo sentença 
terminativa. 
e) havendo ação penal em curso, haverá litispendência com a ação civil, e, 
portanto, deverá ser julgada esta última extinta com resolução do mérito. 
Comentários 
Nessa situação, se o conhecimento do mérito da ação cível depender da 
verificação da existência de fato delituoso, ou seja, a existência da prática de 
infração penal, e havendo ação penal em curso, ocorrerá a suspensão do processo 
cível até o pronunciamento da decisão na seara criminal. A suspensão do 
processo cível não poderá ser por prazo superior a um ano, conforme prevê o 
art. 315, do NCPC. 
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de 
fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se 
pronuncie a justiça criminal. 
§ 1o Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do 
ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente 
a questão prévia. 
§ 2o Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) 
ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1o. 
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
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1º Simulado 
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A alternativa B está incorreta, pois, como vimos, a apuração criminal do fato 
gera efeitos no processo cível, especialmente quanto à suspensão do feito. 
A alternativa C está incorreta, pois o prazo de propositura da ação penal é de 
três meses e não seis, como diz a assertiva. 
A alternativa D está incorreta, pois não há extinção do processo. 
A alternativa E está incorreta porquenão se fala em litispendência em caso de 
esferas diferentes. 
Questão 34 
Neimar ajuizou ação contra Jussara requerendo indenização por danos 
materiais e morais. Na sentença, o Juiz apreciou apenas o pedido de 
indenização por danos materiais. De acordo com o Código de Processo Civil, 
trata-se de sentença 
a) omissa, mas que pode ser integrada, pelo próprio julgador, ao decidir 
embargos de declaração, os quais são opostos, perante o Juiz prolator da 
sentença, no prazo de cinco dias, interrompendo o prazo para interposição 
de outros recursos. 
b) omissa, mas que pode ser integrada, pelo próprio julgador, ao decidir 
embargos de declaração, os quais são opostos, perante o Juiz prolator da 
sentença, no prazo de dois dias, suspendendo o prazo para interposição de 
outros recursos. 
c) citra petita, mas que pode ser integrada, pelo Tribunal, ao decidir 
embargos de declaração, os quais são opostos, na segunda instância, no 
prazo de cinco dias, interrompendo o prazo para interposição de outros 
recursos. 
d) citra petita, devendo ser declarada nula pelo Tribunal, sem possibilidade 
de integração. 
e) omissa, mas que pode ser integrada, pelo próprio julgador, ao decidir 
embargos de declaração, os quais são opostos, perante o Juiz prolator da 
sentença, no prazo de cinco dias, suspendendo o prazo para interposição de 
outros recursos. 
Comentários 
Nesse caso, embora tenham sido formulados pedidos de condenação em danos 
materiais e morais, apenas o pedido referente aos danos materiais foi apreciado, 
o que torna a sentença omissa, ou citra petita, por não ter havido manifestação 
judicial acerca do pedido de condenação em danos morais. 
O art. 1.022, do NCPC, estabelece que cabem embargos de declaração para suprir 
omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou 
a requerimento. 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou 
a requerimento; 
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1º Simulado 
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Ainda, o art. 1.023 prevê que os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias. 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao 
juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a 
preparo. 
Por sua vez, de acordo com o art. 1.026, os embargos de declaração não possuem 
efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o 
prazo para a interposição de recurso. 
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 35 
Os doze primeiros dispositivos do codex veiculam normas-base donde 
emanam regras e princípios que irão regular o processo — em rol não 
taxativo, vale dizer, porque remanescem vigentes e operantes as disposições 
constitucionais aplicáveis ao processo, ainda que não constem 
expressamente do CPC (adaptado de Jorge Amaury Maia Nunes). Com base 
no excerto acima, assinale a alternativa correta. 
a) A garantia do contraditório impede que se profira decisão ou se conceda 
tutela provisória contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida 
(decisão surpresa). 
b) A boa-fé no processo tem a função de estabelecer comportamentos 
probos e éticos aos diversos personagens do processo e restringir ou proibir 
a prática de atos atentatórios à dignidade da justiça. 
c) O princípio da cooperação atinge somente as partes do processo que 
devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão 
de mérito justa e efetiva. 
d) Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e 
econômicos e às exigências do bem público, resguardando e promovendo a 
dignidade da pessoa humana. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois embora o art. 9º, do NCPC, preveja que o 
juiz não pode proferir decisão contra uma das partes sem que ela seja 
previamente ouvida, o inc. I estabelece que o caput será excepcionado quando 
envolver tutelas provisórias de urgência e de evidência. Assim, maliciosamente a 
questão tornou a exceção como regra, pois é possível a concessão de tutelas 
provisórias com contraditório diferido. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois retrata o princípio 
da boa-fé objetiva processual, esculpido no art. 5º, do NCPC. 
A alternativa C está incorreta. O princípio da cooperação não se resume às 
partes do processo, pois deve ser compreendido por todos os sujeitos do processo 
para além das partes, abrangendo testemunhas, peritos, advogados (públicos e 
privado), membros do Ministério Público e, inclusive, o magistrado. 
SIMULADOS INÉDITOS - XXIV EXAME DA OAB 
1º Simulado 
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Veja que o art. 6º não menciona apenas as partes, mas os sujeitos do processo: 
Art. 6o Todos os SUJEITOS do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, 
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
A alternativa D está incorreta. Com base no art. 8º, do NCPC, ao aplicar o 
ordenamento jurídico, o juiz atentará aos fins sociais e às exigências do bem 
comum. Não há referência aos “fins econômicos”. 
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do 
bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a 
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. 
Direito Penal 
Questão 36 
José aborda Maria na Rua, e mediante violência, tenta subtrair seu celular, 
avaliado em R$ 2.000,00. Contudo, antes mesmo de realizar a subtração do 
bem, José se arrepende e deixa de prosseguir na execução do delito, mesmo 
podendo fazê-lo. Maria, contudo, sofre lesões corporais leves. 
Neste caso, José deverá: 
a) responder pelo crime de roubo, na modalidade consumada. 
b) responder pelo crime de roubo, na modalidade tentada. 
c) responder pelo crime de lesões corporais leves. 
d) responder pelo crime de roubo tentado, além da pena correspondente à 
lesões corporais leves. 
Comentários 
Neste caso, José voluntariamente desistiu de prosseguir na execução do delito, 
motivo pelo qual ocorreu o fenômeno da desistência voluntária, prevista no art. 
15 do CP. 
Em casos tais, despreza-se a intenção inicial do agente, que responde apenas 
pelos resultados que efetivamente já provocou, no caso, lesões corporais leves. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
Questão 37 
Marcelo acabara de perder seu pai, Paulo, homem muito rico. Marcelo, 
contudo, não pretende dividir a herança com a companheira de seu pai, 
Joana. Objetivando matar Joana, atira contra esta uma pedra relativamente 
pesada. A pedra atinge o alvo, acertando em cheio a cabeça de Joana, que 
vem a falecer em razão dos ferimentos. A pedra, contudo, ainda acerta o pé 
de Lucas, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais de natureza 
leve. 
Neste caso: 
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1º Simulado 
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Equipe de Professores Estratégia OAB 29 de 66 
a) Ocorreu o que se chama de aberratio ictus, ou erro na execução, de 
maneira que Marcelo deverá responder por ambos os delitos, em concurso 
formal, aplicando-se-lhe, contudo, as penas de ambos os delitos, de forma 
cumulativa, por se tratar de cúmulo material benéfico. 
b) Ocorreu o que se chama de aberratio ictus, ou erro na execução, de

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