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Respiração 1 Respiração Processo celular de degradação de compostos orgânicos complexos como glicídios e proteínas para liberar energia química: Manutenção de atividades biológicas: crescimento absorção de nutrientes e transporte de fotoassimilados. Máxima eficiência em produzir ATP em condições aeróbicas; Oxidação do substrato orgânico = CO2 + vapor d´água (produtos finais) ; 2 Troca de gases = acessória = ocorre em todos os processos oxidativos; Além da produção de ATP a respiração forma aminoácidos, ácidos graxos e glicerol, fito-hormônio, pigmentos, ácidos nucléicos... Principais substratos respiratórios = glicídios produzidos nos órgãos fotossintetizantes; Respiração 3 Forma de produção de energia química dos órgãos sem clorofila: raízes, caules, frutos e flores; Forma de produção de energia na ausência de luz nos órgãos clorofilados; Respiração 4 Principais fatores que afetam a taxa respiratória: Espécie vegetal; Idade; Concentração externa de O2; Conteúdo de água nos tecidos; Respiração 5 A planta pode apresentar tecidos heterotróficos: Exemplo: espécie variegada de hibiscos; Órgãos da planta que mais respiram: Os órgãos que apresentam crescimento; Os órgãos de reserva; Envolvidos na absorção de água e nutrientes; Envolvidos no transporte de fotoassimilados. Respiração 6 Medida da taxa respiratória = O2 consumido ou CO2 eliminado; Respiração Plantas Órgãos Temperatura (°C) Taxa respiratória (ml de O2absorvido) Triticumaestivum Raízesjovens 15-18 67,9 Trifoliumpratense(trevo-vermelho) Folhas 20-21 27,2 7 Degradação de compostos celulares = catabolismo; Síntese de novos componentes = anabolismo; Principais substratos: Glicídios, lipídios e proteínas; Germinação, quebra de dormência de gemas, brotamento de tubérculos e bulbos: proteínas de reserva e lipídios; Respiração 8 Glicídios = facilmente translocáveis da fonte para o dreno; Proteínas, triglicerídios e fosfolipídios= alto peso molecular = não translocam nos vasos; Respiração 9 Catabolismo dos principais substratos da respiração 10 A respiração difere da fotorespiração pois produz ATP; Pode ser considerado o oposto da Fotossíntese: 6CO2 Fotossíntese C6H12O6 + 6O2 Respiração Respiração 11 Qual a importância para a planta? Dependendo do substrato degradado, haverá maior ou menor quantidade de energia liberada; A percentagem de oxigênio consumido e gás carbônico liberado também depende do substrato; Lipídios = maior conteúdo energético; Respiração 12 Como saber qual substrato está sendo degradado? Através do quociente respiratório (relação entre o número de moles de CO2 liberados e o número de moles de O2 absorvidos durante a respiração: QR = CO2 O2 13 Quociente respiratório 1- Quociente respiratório de glicídios: Glicose C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O QR = 6CO2 = 1 6O2 Na degradação de glicose, frutose, manose, sacarose, maltose ou amido, o número de moléculas de CO2 liberadas é igual ao número de moléculas de O2 absorvidas do meio; 14 2- Quociente respiratório de lipídios: Lipídios de reserva = hidrólise pela enzima lipase = 03 moléc. de ác. Graxos e 01 moléc. de Glicerol; Àcido Palmítico C16H32O2 + 23O2 16CO2 + 16H2O QR = 16CO2 = 0,69 23O2 Com pouco oxigênio na molécula, a célula absorve mais oxigênio do meio do que o número de moléculas liberadas de CO2; Sementes oleaginosas requerem mais O2 = maior porosidade do solo; Quociente respiratório 15 3 – Quociente respiratório de proteínas: Proteínas de reserva (aleuronas) = hidrólise (proteases e proteinases) = aminoácidos ; Na germinação, sementes aleurófilas, além de liberar CO2 e H2O, também é liberada NH3 (amônia) e SO2 (dióxido de enxofre) conforme o tipo de aminoácido degradado; Alanina C3H7O2N + 3O2 3CO2 + 2H2O + NH3 QR = 3CO2 = 1 3O2 Quociente respiratório 16 4- Quociente respiratório de ácidos: Apresentam elevado número de átomos de oxigênio em relação ao número de carbonos nas moléculas, ao serem degradados liberam mais CO2 do que O2 absorvido: Àcido oxálico C2H2O4 + 0,5O2 2CO2 + H2O QR = 2CO2 = 4 0,5O2 Quociente respiratório 17 Tipos de respiração 1- Respiração de Crescimento (RC) = quantidade de glicídios necessários para suprir de energia as reações de síntese; Tecidos meristemáticos; Associada ao aumento de peso; Biossíntese. 18 2- Respiração de Manutenção (RM) = suprimento de energia para a manutenção sem crescimento; Utiliza o carbono do substrato para reparação de membranas, enzimas, ácidos nucléicos, manutenção do gradiente de íons... Conteúdo de N = necessita reposição para sintetizar novas proteínas; Quanto maior a planta = maior será sua RM; Tipos de respiração 19 Respiração de Manutenção Quando a glicose é armazenada como amido as perdas são mínimas = a planta requer menos energia para degradar; Quando a glicose é convertida em lipídios = requer mais glicose respirada para produzir ATP; Nitrogênio fornecido na forma nitrato (NO3-), em vez de amônio (NH4+), consome NADPH2 formado via pentose-fosfato ou fotossíntese, pois necessita ser reduzido antes da assimilação na forma de amônia = formará menor quantidade de proteína; 20 Respiração Total (RT) = RC + RM . Respiração Total 21 Principais órgãos de ocorrência da respiração Sementes: Viabilidade graças à respiração; Quando baixo teor de umidade = repouso = baixa necessidade energética = baixa taxa respiratória; Germinação = atividade respiratória intensa = energia necessária ao desenvolvimento do embrião e à emergência da plântula. 22 Raízes: Intensa atividade respiratória; Utiliza açúcares produzidos na fotossíntese e transportados via floema = sacarose; Diminui a intensidade respiratória quando fatores ambientais não são favoráveis à fotossíntese o que se reflete numa menor absorção de nutrientes; Principais órgãos de ocorrência da respiração 23 Efeito do sombreamento de folhas basais de plantas de arroz sobre a respiração e absorção de fósforo Tratamentos Massa seca de raízes (g/planta) Respiraçãoda raiz (µ LO2) Absorção de fóforo/ g MS de raízes Controle 2,46 0,174 100 Sombreamento de folhas 1,70 0,062 32 24 Flores: Requerimento para a divisão celular = formação do pólen; Síntese de RNA, DNA e proteínas = micro e macrosporogênese (alto requerimento); Caules: Atividade no período de crescimento; Quase nula durante a dormência; Principais órgãos de ocorrência da respiração 25 Folhas: Respiração constante durante a vida; Frutos: Respiração dos glicídios produzidos nas folhas próximas para formação estrutural e reserva do fruto; Formação do fruto = alta divisão celular com alta taxa respiratória que declina até a senescência; Certos frutos no final da fase de maturação apresentam aumento e depois declínio na respiração (maior concentração do fito-hormônio etileno) = Climatério; Principais órgãos de ocorrência da respiração 26 Respiração nos frutos A taxa respiratória nos frutos é máxima na fase de divisão celular decrescendo com o desenvolvimento do fruto; tanto frutos climatéricos (abacate) quanto não climatéricos (citrus); Climatéricos na maturação = aumento brusco da taxa respiratória; Quanto maior a taxa respiratória do fruto no climatério = maior a perecibilidade. 27 Respiração dos frutos durante os estádios de desenvolvimento 28 Frutos climatéricos e não climatéricos Climatérios Não climatéricos Maçã Uva Abacate Laranja Figo Abacaxi Kiwi Tangerina Nectarina Cacau Pêssego Limão Tomate Pimenta Ameixa Morango Manga Cereja Banana Oliva Mamão Lima Melancia Amora-preta Pêra Pepino 29 Taxas respiratórias de frutos climatéricos e não climatéricos 30 Classificação dos produtos hortícolas em função da taxa respiratória Classe Amplitude a 5°C (mgCO2/Kg/h) Produto Muitobaixo < 5 Nozes, frutos secos e vegetais Baixo 5-10 Maçã, citrus, uva, kiwi, cebola, batatae batata-doce Moderado 10-20 Banana, pêssego, nectarina, pêra, figo,ameixa, cereja, cenoura, alface, pimenta, tomate, batata e repolho Alto 20-40 Morango, amora-preta,framboesa, couve-flor e abacate Muito alto 40-60 Cebola-verde, couve-de-bruxelas, flores cortadas e alcachofra Extremamente alto >60 Aspargo, brócolis, espinafre, milho-doce e cogumelo 31 Metabolismo da respiração Dividida em duas fases: Formação de compostos reduzidos (H+ e elétrons) a partir de hidrogênios orgânicos com a liberação de CO2; Redução de O2 pelos hidrogênios e elétrons com formação de água; 32 As reações metabólicas da respiração ocorrem no citoplasma e nas mitocôndrias das células; Respiração conforme o tipo de substrato: Respiração Glicídica : glicólise, via pentose-fosfato, ciclo de Krebs e cadeia respiratória. Respiração Lipídica Respiração Protéica Metabolismo da respiração 33 A respiração glicídica em condições aeróbicas é equivalente à fotossíntese em sentido oposto: 6CO2 + 6H2O Fotossíntese C6H12O6 + 6O2 Gás carbônico Água Respiração Glicose Oxigênio Os glicídios são desdobrados nas células vegetais através de duas vias metabólicas: * através da glicólise; * ou através da via pentose-fosfato. Mas independentemente da via oxidativa, os substratos devem ser previamente fosforilados (ativados) através da ATP. Respiração Glicídica 34 Glicídios na forma de amido são fosforilados mediante a incorporação de um fosfato inorgânico (Pi) catalisada pela enzima fosforilase = glicose-1-fosfato (resultado da reação) que será transformada pela enzima fosfoglicomutase em glicose-6-fosfato. (A glicose-6-fosfato também pode vir da glicose fosforilada pela enzima hexoquinase com gasto de 1 ATP.) A glicose-6-fosfato é transformada em frutose-6-fosfato (molécula obtida também através da fosforilação direta da Frutose) pela enzima fosfoglicoisomerase. Respiração Glicídica 35 A partir das hexoses fosforiladas, iniciam-se os processos oxidativos, glicólise ou via pentose fosfato, seguidos do ciclo de Krebs e da cadeia mitocondrial transportadora de elétrons (CMTE). 1- Glicólise ou ciclo de Emdem-Meyerhof-Parnas é a principal via do catabolismo glicídico, convertendo 01 moléc. de hexose em 02 moléculas de ácido pirúvico. (Processo anaeróbico não obrigatório.) Ocorre no citoplasma. Respiração Glicídica 36 Na glicólise ocorrem três eventos principais: Molécula de glicose ou frutose é desdobrada em duas moléculas de ácido pirúvico (processo anaeróbico não obrigatório); C6H12O6 2 C3H4O3 + 4H + 4é Glicose Ácido pirúvico Fosforilação = formação de ATP a partir de ADP pela adição de fosfato inorgânico quando a molécula de ácido 1-3 fosfoglicérico é convertida em ácido 3-fosfoglicérico; Os prótons (íons hidrogênio H+) e os elétrons cedidos pela glicólise durante a oxidação são captados pelo dinucleotídeo de nicotinamida-adenina (NAD) que se reduz em NADH2. Produtos finais da glicólise = 2 ác. Pirúvico, 2 ATP e 2 NADH2 (em condições aeróbicas). Respiração Glicídica 37 Respiração Glicídica Em condições anaeróbicas o ácido pirúvico é convertido em ácido láctico ou etanol = importante na respiração de raízes e na germinação de sementes em condições anaeróbicas (solos compactados ou encharcados); Na ausência de oxigênio, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa não podem funcionar, assim a glicólise não pode continuar pois o suprimento de NAD+ é limitado. Então as plantas regeneram NAD+ pela redução do piruvato a lactato ou etanol. 38 Respiração Glicídica 2- Via pentose-fosfato: via alternativa, sem função energética, forma trioses e hexoses que são facilmente desviadas para a via glicolítica: A principal função da via pentose – fosfato: produzir NADPH + H+ no citoplasma (pois os que são produzidos na fotossíntese não atravessam a membrana do cloroplasto), ribose-5-fosfato e eritrose-4-fosfato; os NADPH + H+ no citoplasma são utilizados para a síntese de ácidos graxos, aminoácidos... Nas raízes NADPH + H+ é utilizado na redução do nitrato a nitrito reação catalisada pela enzima redutase e tem como cofator o molibdênio. A ribose-5-fosfato é utilizada na síntese de nucleotídeos; a eritrose é precursora de compostos secundários (compostos fenólicos = defesa). Em plantas jovens predomina a via glicolítica. 39 3- Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos, Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico (ocorre na matriz das mitocôndrias na presença de oxigênio): O ácido pirúvico (proveniente da glicólise) não pode entrar diretamente no ciclo de Krebs, ele deve perder uma molécula de CO2 (descarboxilação) e se tornar um composto de 02 carbonos = composto do grupo Acetil que irá se ligar à enzima A = acetil CoA. Durante essa reação o ácido pirúvico é também oxidado e o NAD+ é reduzido a NADH. Quando o acetil CoA entra no ciclo de Krebs o CoA desliga-se do grupo acetil e este com 02 carbonos combina-se com um composto de 04 carbonos chamado ác. Oxalacético para formar o ác. Cítrico de 06 carbonos. (Primeiro passo do ciclo de Krebs.) As coenzimas reduzidas NADH e FADH2 são os mais importantes produtos do ciclo de Krebs. (Depois, uma série de reduções -Cadeia de Transporte de Elétrons - transferem indiretamente a energia armazenada nestas coenzimas .) Respiração Glicídica 40 4- Cadeia respiratória: constitui a fosforilação oxidativa = elétrons são transferidos ao longo de uma cadeia de transporte formada por proteínas de transporte (ubiquinonas, citocromos...) ligadas à membrana mitocondrial interna. Esse sistema transfere elétrons dos NADs, (e espécies relacionadas) produzidos na glicólise, via pentose-fosfato, ciclo de Krebs, para o oxigênio. Esse processo libera uma grande quantidade de energia livre, grande parte armazenada na forma da síntese de ATP a partir de ADP + Pi. Respiração Glicídica 41 Mitocôndria 42 Visão geral da respiração 43 Respiração lipídica: A oxidação dos lipídios (triglicerídeos) é importante em sementes oleaginosas durante a germinação. Nas oleaginosas os triglicerídeos estão localizados nos oleossomos que possuem lipases nas suas membranas (fazem o desdobramento inicial dos triglicerídeos). Os óleos, insolúveis em água, são convertidos em substâncias solúveis = ácidos graxos e glicerol; após a hidrólise, reação catalisada pela lipase, os ácidos graxos são arrastados do citoplasma para o interior das mitocôndrias onde ocorre a β-oxidação com liberação de acetil-CoA. As moléculas de acetil – CoA são convertidas integralmente em ácido oxaloacetato (AOA) no ciclo do Glioxilato. Respiração Lipídica 44 Ciclo do glioxilato (Principal função: converter 02 moléculas de acetil-CoA a Sucinato) 45 Conversão de gordura em açúcares 46 Teores de lipídios em sementes de diferentes espécies Espécies Teores de lipídios na MS (%) Coco (Coccusnucifera) 65 Mamona (Ricinuscommunis) 60 Girassol(Helianthus annuus) 50 Canola (Brassica napus) 40 Linho (Linumusitatissimun) 35 Soja (Glycinemax) 20 Milho (Zeamays) 05 Trigo (Triticumaestivum) 02 47 A respiração protéica não é muito comum, exceto em tecidos que já esgotaram os glicídios e lipídios; folhas que se encontram em condições de inanição = proteínas convertem-se em aminoácidos. Respiração Protéica 48 Controle da respiração Ambiental Oxigênio = Temperatura Gás carbônico Água Efeitos mecânicos: aceleração da respiração; Efeitos químicos: Cianeto inibe; Glifosato estimula; Fatores internos: quantidade de substrato e idade do tecido (tecidos meristemáticos, e embriões de semente = respiram mais) 49 Oxigênio: menor produção de energia em condições anaeróbicas (menor absorção de fosfato). Controle Ambiental 50 Temperatura: pode duplicar a cada 10°C; aumento da temperatura até 35 °C não aumenta a respiração na mesma proporção em função da limitação de CO2 e O2. Em longos períodos de temperaturas baixas as plantas manifestam sintomas de deficiência de nutrientes = absorção é altamente dependente da energia química produzida nas raízes; Rendimentos de determinados genótipos são maiores em altitudes maiores (temperatura noturna menor). Controle Ambiental 51 Efeito da temperatura nas taxas de respiração (R) e absorção de P e K de segmentos de raiz de milho . 52 Gás Carbônico: O aumento da concentração de CO2 nos tecidos vegetais provoca a diminuição da taxa respiratória; Armazenamento de frutos em pós-colheita: baixas temperaturas, teores de 2 a 3 % de oxigênio e 2 a 5% de gás carbônico (bloqueio do etileno). Controle Ambiental 53 Água: teor de água = diferentes efeitos na taxa respiratória: Em sementes a hidratação causa aumento na respiração; Quando as plantas se aproximam do ponto de murcha permanente = amido hidrolisado a açúcar; frutas colhidas em períodos de baixa disponibilidade de água = mais doces; A estiagem afeta a produtividade duas vezes: redução da taxa fotossintética e aumento da taxa respiratória. Controle Ambiental 54
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