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Empresarial ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL ou FUNDO DE COMERCIO

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL ou FUNDO DE COMERCIO 
Conceito: É o complexo de bens é composto por bens corpóreos e por bens incorpóreos. reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade econômica. 
O direito comercial tradicionalmente se preocupou com a abordagem apenas da tutela dos bens incorpóreos do estabelecimento empresarial, uma vez que do regime dos corpóreos costumam cuidar outros ramos do saber jurídico (direito das coisas e direito penal).
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Isto e envolve a noção de uma organização racional agregada ao conjunto de bens, que importará em aumento do seu valor enquanto continuarem reunidos. Alguns autores usam a expressão "aviamento" para se referir a esse valor acrescido. 
O aviamento e  é atributo do estabelecimento empresarial, resultado do conjunto de vários fatores de ordem material ou imaterial que lhe conferem capacidade ou aptidão de gerar lucros , e cada estabelecimento possui um aviamento maior ou menor. Diz-se que o aviamento é pessoal ou subjetivo quando a capacidade de gerar lucros resulta substancialmente de qualidades do titular da empresa. E será real ou objetivo se decorrente da qualidade do estabelecimento empresarial. Há, contudo, doutrinadores que entendem que o aviamento é resultado tanto do exercício da empresa pelo titular como igualmente das qualidades do estabelecimento, optando por conceituar aviamento como atributo da empresa.
Essa organização são bens que estão organizados de acordo com sua finalidade, quando há farmácia ou ate mesmo um supermercado não somente esta comprando aquele conjunto de bens, mas o conjuntos de bens com organização , isso e denominado como universalidade de bens decorrendo da vontade do empresário ou uma sociedade empresarial e não da lei , traindo de uma universalidade de fato e não de direito. E para pessoa vender esse estabelecimento ira precisar de um contrato e esse contrato e denominado como Trespasse Trata-se de um contrato oneroso de alienação/transferê.
O estabelecimento empresarial (essa disposição racional dos bens em vista do exercício da atividade econômica), goza de uma forma própria de proteção. Como um bem do patrimônio do empresário, não se confunde, assim, com os bens que o compõem e até certos limites, admite-se que os seus elementos componentes sejam desagregados do estabelecimento empresarial, sem que este tenha sequer o valor diminuído.
O estabelecimento empresarial pode ser descentralizado. Ou seja, o empresário pode manter filiais, sucursais ou agências, depósitos em prédios isolados, unidades de sua organização administrativa lotadas em locais próprios etc. Cada parcela descentralizada do estabelecimento empresarial pode, ou não, ter um valor independente, em razão de inúmeros condicionantes de fato, e também o estabelecimento empresarial integra o patrimônio de seu titular, mas este não se reduz àquele necessariamente.
(antigamente) Fundo de comércio expressão antigamente adotada pela doutrina brasileira, com inspiração no direito francês (fonds de commerce) já na atualidade o findo de empresa expressão mais moderna para designar o estabelecimento, que já está mais consentânea com a terminologia atual (teoria da empresa).
Azienda por influência do direito italiano (ressalte-se que o modelo italiano serviu, inclusive, de inspiração para a definição adotada pelo novo código civil). Antigamente, a lei italiana referia-se a azienda commerciale. Hoje, com a adoção da teoria da empresa, o termo commerciale foi suprimido, continuando a lei italiana a se referir somente a azienda. Confira o texto do art. 2.555 do código civil italiano: “L´azienda è il complesso dei Beni organizzati dell´imprenditore per I´esercizio dell´impresa”
ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
O contrato de compra e venda de estabelecimento (entre empresários ou sociedades empresárias) denomina-se trespasse, e é muitas vezes proposto, no meio empresarial, através das expressões “passa-se o ponto”. O trespasse não se confunde com a cessão de quotas sociais de sociedade limitada ou a alienação de controle de sociedade anônima. No primeiro, o objeto da venda é o complexo de bens corpóreos e incorpóreos, envolvidos com a exploração de uma atividade empresarial. No segundo, o objeto da venda é a participação societária, e uns dos temas mais importante do trespasse e com relação as dividas. E quanto à forma, o contrato de alienação deve ser celebrado por escrito para que possa ser arquivado na Junta Comercial e publicado pela imprensa oficial (CC, art. 1.144). Enquanto não providenciadas estas formalidades, a alienação não produzirá efeitos perante terceiros.
Art. 1.144, CC. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
CASO AINDA RESTEM BENS SUFICIENTES PARA A SOLVÊNCIA DO PASSIVO DO EMPRESÁRIO, a alienação do estabelecimento empresarial não reclama nenhuma outra exigência/providência, além das que foram ditas acima (contrato escrito, averbação e publicação). Caso contrário, a lei sujeita a eficácia da alienação do estabelecimento empresarial à anuência dos seus credores.
Essa anuência pode ser: Tácita (decorrente do silêncio do credor após 30 dias da notificação da alienação que o devedor lhe deve endereçar) Judicial ou pelo oficial do registro de títulos e documentos ou Expressa (concordância feita por escrito pelo credor).
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
E se não comunicar poderá ter sua falência decretada (art. 94, III, “C”, LF), e, vindo a falir, a alienação será considerada ineficaz perante a massa falida (art. 129, VI, LF), podendo o estabelecimento empresarial ser reivindicado das mãos de seu adquirente. (Campinho explica melhor essa “não comunicação”: se não comunicar, no caso de não restarem bens livres e desembaraçados suficientes ao pagamento de seus credores existentes à época do trespasse, tal ato caracteriza ato de falência, podendo os credores, presumindo a insolvência do devedor, requerê-la, com base no art. 94, III, “C”, LF) A rigor, portanto, a anuência dos credores em relação à alienação do estabelecimento empresarial é cautela que interessa mais ao adquirente que propriamente ao alienante (daí porque ULHOA, no volume I do Curso de Direito Comercial – p. 119 –, afirma que o adquirente deve exigir do alienante a prova da anuência dos credores ou a prova da sua solvência, sob pena de perder para a massa falida o estabelecimento empresarial que comprou).
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;
Como visto no inciso VI, do art. 129 da LF, a notificação a que se refere a última parte do art. 1.145, CC, é aquela feita judicialmente ou pelooficial de registro de títulos e documentos.
RESPONSABILIDADE PELAS OBRIGAÇÕES
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
No Brasil, até a entrada em vigor do Código Civil de 2002, considerava-se o passivo não integrava o estabelecimento; em consequência, a regra era a de que o adquirente não se tornava sucessor do alienante. Isto é, os credores de um empresário não podiam, em princípio, pretender o recebimento de seus créditos de outro empresário, em razão de este haver adquirido o estabelecimento do primeiro. Admitia-se, então, somente três hipóteses de sucessão: a) A assunção de passivo expressa no contrato; b) As dívidas trabalhistas; c) As dívidas fiscais. Com a entrada em vigor do Código Civil de 2002, altera-se por completo o tratamento da matéria: O adquirente do estabelecimento responde por todas as obrigações relacionadas ao negócio explorado naquele local, desde que regularmente contabilizadas, e cessa a responsabilidade do alienante por estas obrigações no prazo de um ano (art. 1.145). Claro está que somente nos trespasses realizados após a vigência do Código Civil de 2002, opera-se a sucessão e liberação nestes termos; nos anteriores, vigora o princípio da não-sub-rogação de passivo em decorrência do trespasse.
O passivo regularmente escriturado do alienante, transfere-se ao adquirente do estabelecimento empresarial (o que representa, para ULHOA, uma dissonância com os princípios de que se valeu o legislador para criar a obrigação da anuência dos credores para eficácia do ato), e na hipótese de transferência do estabelecimento, portanto, o adquirente será sucessor do alienante, podendo os credores deste (alienante) demandar aquele (adquirente) para cobrança de seus créditos. A duração da responsabilidade do alienante em relação ao passivo Continua o alienante responsável por esse passivo, durante o prazo de 0l ano, contado da publicação do contrato de alienação, para as obrigações vencidas antes do negócio (alienação) ou da data de vencimento, para as demais obrigações (isto é, para aquelas que se vencerem após a alienação).
E é válida a estipulação de ressarcimento ao adquirente (ainda que isto se dê numa etapa regressiva) porem as partes do contrato de alienação de estabelecimento estipular que o alienante ressarcirá o adquirente, por uma ou mais obrigações, principalmente as que se encontram sub judice. Entre eles, prevalecerá, ainda que numa etapa regressiva, exatamente o que contrataram, e é válida também a estipulação de “não transferência de passivo” (mas isso não libera o adquirente numa eventual demanda pelo credor) e no eventual caso de o adquirente ser obrigado a pagar dívida do alienante em decorrência da sucessão, havendo cláusula de não transferência do passivo, assiste-lhe o direito de se ressarcir com base nessa cláusula.
RESPONSABILIDADE PELAS DÍVIDAS TRABALHISTAS – art. 448 da CLT.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Esse artigo consagra a imunidade dos contratos de trabalho em face da mudança na propriedade ou estrutura jurídica da empresa. O empregado pode demandar o adquirente ou o alienante, indiferentemente. Enquanto não prescrito o direito trabalhista, o alienante responde, mesmo que já vencido o prazo ânuo do Código Civil.
RESPONSABILIDADE PELAS DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS – art. 133 CTN
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
 I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
 II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Caso o alienante não continue explorando atividade econômica (isto é, deixa de explorar qualquer atividade econômica): a responsabilidade do adquirente é direta / integral (logo, pode o fisco cobrar desse adquirente todas as dívidas tributárias do alienante, originadas da atividade desenvolvida no local do estabelecimento alienado) e caso o alienante continue a exploração de alguma atividade (mesmo que diferente da explorada no estabelecimento vendido), imediatamente ou dentro de seis meses a contar da data da alienação: a responsabilidade do adquirente é subsidiária (logo, quem será cobrado, inicialmente, pelo Fisco é o vendedor. Só em caso de impossibilidade de pagamento deste é que o adquirente será responsabilizado).
Deve-se deixar bem registrado que a sucessão tributária somente se caracteriza, em qualquer caso, se o adquirente continuar explorando, no local, idêntica atividade econômica do alienante. Se alterar o ramo de atividade do estabelecimento, não responde mais pelas dívidas fiscais do alienante, nem direta, nem subsidiariamente.
O adquirente não se torna sucessor do antigo titular do estabelecimento empresarial quando este é adquirido mediante lance dado em leilão judicial promovido em processo de recuperação judicial ou falência (art. 60, p.u, e art. 141, II, LF).
Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei.
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no § 1o do art. 141 desta Lei.
Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo: 
I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83 desta Lei, sub-rogam-se no produto da realização do ativo;
 II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.
 § 1o O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o arrematante for: 
I – sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;
 II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou III – identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão. § 2o Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por obrigações decorrentes do contrato anterior.
Cláusula implícita em todo trespasse: NÃO-RESTABELECIMENTO: O alienante não poderá, nos 5 anos subsequentes à transferência, restabelecer-se em idêntico ramo de atividade empresarial, concorrendo com o adquirente, salvo se devidamente autorizado em contrato.
 - EXIBIÇÃO JUDICIAL e EFICÁCIA PROBATÓRIA DOS LIVROS
Em princípio: os livros comerciais gozam da proteção do princípio do sigilo (art. 1.190, CC), verbis: Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade4 , juiz ou tribunal5 , sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Só em casos autorizados por lei tais livros terão de ser apresentados sendo assim a exibição pode ser Total quando não assegura o sigilopodendo importar na retenção, em cartório, do livro e dificultando a utilização e escrituração dos livros pelo empresário e só a REQUERIMENTO DA PARTE , e só nas hipóteses expressamente autorizadas em lei.( Art. 420, CPC: O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição integral dos livros empresariais e dos documentos do arquivo: I - na liquidação de sociedade; II - na sucessão por morte de sócio; III - quando e como determinar a lei./ Art. 1.191, caput, CC: O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência. *QUANTO À FALÊNCIA: Ulhoa afirma que somente na falência pode o juiz determinar de ofício a exibição total dos livros. Sérgio Campinho destaca os arts. 104, II e V, e 51§ 1º, todos da LF (abaixo transcritos), como fundamento dessa possibilidade. )
Já a parcial estará garantido o princípio do sigilo resguardando da curiosidade alheia as partes do livro que não interessam à demanda judicial e não dificulta a elaboração e utilização dos livros; - Faz-se por extração da SUMA que interessa ao Juízo e devolve-se o livro. O Ulhoa exemplifica: designa-se uma audiência para apresentação do livro. Nesta, extrai-se a suma dos elementos que interessam à demanda, e reduz-se a termo. Podedo ser decretada DE OFÍCIO ou A REQUERIMENTO DA PARTE, em qualquer ação judicial, sempre que útil à solução da demanda.
Art. 421, CPC: O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e dos documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como reproduções autenticadas. 
Art. 1.191, § 1º, CC: O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.
Salvo aquelas expressamente autorizadas por lei, como as do art. 1.193 do CC, art. 195 do CTN, art. 33, §1º da Lei 8.212/91 e as comissões parlamentares de inquérito (quando o exame de livros e documentos dos empresários disser respeito ao objeto preciso da investigação – art. 58, §3º da CF – conforme afirma André Luiz Santa Cruz Ramos). A lei, nesse passo, tenta deixar claro que, nenhum juiz ou tribunal poderá requerer a exibição de livros comerciais para exame judicial se o titular dos livros não for um dos litigantes (é o que reafirma a súmula 260 do STF). Rubens Requião, assim esclarece: “Não é possível, pois, obter a apresentação de livros de um terceiro que não seja parte na operação discutida entre os litigantes, na qual é estranho. Seus livros não podem ser requisitados para exame judicial.”
Art. 104, LF. A decretação da falência impõe ao falido os seguintes deveres 
II – depositar em cartório, no ato de assinatura do termo de comparecimento, os seus livros obrigatórios, a fim de serem entregues ao administrador judicial, depois de encerrados por termos assinados pelo juiz; 
V – entregar, sem demora, todos os bens, livros, papéis e documentos ao administrador judicial, indicando-lhe, para serem arrecadados, os bens que porventura tenha em poder de terceiros;
Art. 51, §1º, LF. Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado.
Exemplos para as hipóteses mencionadas no art. 1.191, CC 
Na sucessão causa mortis (hereditária) ou inter vivos: alienação do estabelecimento empresarial na comunhão divórcio do empresário ou do sócio da sociedade empresária, havendo partilha de bens justificada por regime de comunhão – universal ou parcial – de bens. Já na sociedade alegação de sociedade de fato, ou discussão entre membros de uma sociedade em conta de participação, ou ainda o direito do sócio de exibição da escrituração e estado de caixa, previsto no art. 1.021, CC. Ou a administração ou gestão à conta de outrem: litígios entre a sociedade e seus administradores ou gestores, ou litígios entre lojistas de shopping center em face da administradora, versando sobre temas que impliquem aferição contábil, a exemplo da previsão de rateio de despesas. Na Falência: nas ações de falência.
Vide SÚMULA 260, STF: “O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica limitado às transações entre os litigantes”.
 ULHOA arremata com dois últimos requisitos (tanto para a exibição parcial, quanto para a total): quem requerer a exibição deve demonstrar legítimo interesse, e esta só terá lugar se o empresário que escritura o livro for parte da relação processual (esse último requisito decorre da própria Súmula 260 do STF).
Vide art. 1.192, CC:
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente(Exibição total), serão apreendidos judicialmente e, no do seu § 1º(Exibição parcial), ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros. Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
EXIBIÇÃO ÀS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS
Art. 1.193, CC. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
EXEMPLO: O Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, no exercício da função de fiscalização de tributos federais, poderá exigir a exibição de livros empresariais. Já o fiscal da Prefeitura de segurança dos imóveis, não.
Vide art. 195, CTN.
Art. 195, CTN. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Vide art. 33, § 1º da Lei nº 8.212/91.
Art. 33, § 1º, Lei 8.212/91. É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da contabilidade das empresas, ficando obrigados a prestar todos os esclarecimentos e informações solicitados o segurado e os terceiros responsáveis pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
Vide SÚMULA 439, STF: “Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação
BALANÇOS ANUAIS
Vide Art. 1.179, CC (in fine) – Obrigação a todos imposta (menos aos MEI´s. Quanto aos ME´s e EPP´s optantes do Simples Nacional, há autores que defendem que tal obrigação também não os alcança, porque estes estão dispensados de escriturar o Livro Diário e é nele que são lançados tais balanços – art. 1.184, §2º. Por outro lado, o CFC exige a sua confecção com base em resolução do CGSN ):
Art. 1.179, CC. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. § 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970. 
Art. 1.184, § 2º, CC. Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Para os que estão obrigados a levantá-los, a ausência pode caracterizar o crime falimentar de que trata o art. 178da LF (documentos de escrituração contábil obrigatórios) e tais balanços devem ser autenticados na Junta (veja que o art. 178, LF faz expressa menção à falta de autenticação).
LIVROS COMERCIAIS
Antes de tudo, devemos registrar que os empresários estão sujeitos às seguintes obrigações ser registrar no Registro de Empresa antes de iniciar suas atividades (art. 967, CC É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade) e a escriturar regularmente os livros obrigatórios (art. 1.179, primeira parte, CC) e com isso fazer um levantamento do balanço patrimonial e de resultado econômico a cada ano (art. 1.179, última parte, CC). 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
§ 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. 
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970. (Lembrando que a MEI está dispensado destas exigências contábeis, conforme artigo 68 da LC 123/06.)
A inobservância da obrigação descrita na alínea “a”, acima, tem aquelas consequências já estudadas no tópico anterior; A inobservância das obrigações descritas nas alíneas “b” e “c”, também acima, estudaremos agora.
Somente o MEI está expressamente dispensado. Já em relação às ME´s e EPP´s, a discussão relativa à dispensa de elaboração de balanço patrimonial e de resultado econômico parece ser intensa até hoje.
Antes da LC 123/06, a lei que regulava a matéria (Lei nº 9.317/96), assim estabelecia: Art. 7º, §1°. “A microempresa e a empresa de pequeno porte ficam dispensadas de escrituração comercial desde que mantenham, em boa ordem e guarda e enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes: a) Livro Caixa (...); b) Livro de Registro de Inventário (...); c) todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração dos livros referidos nas alíneas anteriores”
No entanto, a Lei 9317/96 foi totalmente revogada pela Lei Complementar 123/06, que não reproduziu o mencionado artigo. A LC 123/06 apenas regulou, em seu artigo 27, o seguinte: “As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor”.
Recentemente foi editado o Decreto nº 8.538, de 06/10/2015 que dispensou o balanço patrimonial das ME´s e EPP´s apenas para fins de habilitação nas licitações, mas não dispensou a sua apresentação para fins de contratação. Veja: “Art. 3º Na habilitação em licitações para o fornecimento de bens para pronta entrega ou para a locação de materiais, não será exigida da microempresa ou da empresa de pequeno porte a apresentação de balanço patrimonial do último exercício social. Art. 4º A comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de contratação, e não como condição para participação na licitação.”
ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
Em princípio, todos os empresários (pessoas físicas ou jurídicas) estão obrigados a escriturar os livros obrigatórios e apenas o Microempreendedor Individual de R.B.A. até R$ 60 mil (MEI), optante pelo Simples Nacional, está dispensado dessa escrituração dos livros obrigatórios.
ESPÉCIES DE LIVROS EMPRESARIAIS
Os livros empresariais são diferentes de livros do empresário os livros empresariais são uma parte dos livros do empresário. Os primeiros são definidos pela legislação comercial (obrigatórios ou facultativos). Os segundos, além dos definidos pela legislação comercial, compreendem também os exigidos pela legislação tributária, trabalhista ou previdenciária. Livros empresariais são uma parte dos livros do empresário. Os primeiros são definidos pela legislação comercial (obrigatórios ou facultativos). Os segundos, além dos definidos pela legislação comercial, compreendem também os exigidos pela legislação tributária, trabalhista ou previdenciária já os livros empresariais formam uma espécie do gênero livros do empresário, os livros empresariais se subdividem da seguinte maneira: livros obrigatórios cuja escrituração é imposta ao empresário e sua ausência traz consequências sancionadoras (podendo, inclusive, ser tipificado como crime) podendo ser Comuns cuja a escrituração é imposta a todos os empresários mas não aplica a MEI, e independentemente da atividade exercida ou do tipo societário. Exemplo: o Livro Diário (art. 1.180, CC) e Especiais cuja a escrituração é imposta apenas a uma determinada atividade ou tipo societário por exemplo Livro “Registro de Duplicatas” (art. 19, Lei nº 5.474/68). - Livro de Registro de Ações Nominativas; ou Livro de Atas das Assembléias Gerais (Lei 6.404/76, art. 100). - Existem livros especiais para bancos, leiloeiros, corretores navais, Armazéns-Gerais, etc. Já os livros facultativos que são os que a empresária escritura com vistas a um melhor controle sobre os seus negócios e cuja ausência não importa nenhuma sanção. Ex: Livro Caixa, Livro Contas-Correntes.
Art. 1.180, CC. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Lei nº 5.474/68 – Dispõe sobre as duplicatas Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. 
Art . 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º desta Lei obriga o vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas. § 1º No Registro de Duplicatas serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. § 2º Os Registros de Duplicatas, que não poderão conter emendas, borrões, rasuras ou entrelinhas, deverão ser conservados nos próprios estabelecimentos. § 3º O Registro de Duplicatas poderá ser substituído por qualquer sistema mecanizado, desde que os requisitos deste artigo sejam observados.
REGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO
Um livro empresarial obrigatório (comum ou especial), ou facultativo, para produzir os efeitos jurídicos que a lei lhe atribui, deve atender a requisitos de duas ordens: intrínsecos São os requisitos pertinentes à técnica contábil, estudada pela Contabilidade. Vide art. 1.183, CC 
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Ou extrínsecos são os requisitos relacionados com a segurança dos livros empresariais. Atende aos requisitos desta ordem o livro que contiver termos de abertura e de encerramento, e estiver autenticado pela Junta Comercial. Vide art. 1.181, CC: 
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
Epara ser considerada regular a escrituração, devem ser observados ambos os requisitos o livro que não observar qualquer um dos dois requisitos equivale a um não-livro. O titular de um livro, a que falte requisito intrínseco ou extrínseco, é, para o direito, titular de livro nenhum e com o desenvolvimento tecnológico, o direito passou a admitir outras formas de escrituração não manuscritas, a exemplo do “livro digital” (cuja escrituração é feita, processada e armazenada exclusivamente em meio eletrônico)3 . Qualquer que seja o processo de escrituração, no entanto, os requisitos a atender, intrínsecos ou extrínsecos, são os mesmos. E para fins penais (CP, art. 297, §2º), os livros mercantis (comerciais ou empresariais) se equiparam ao documento público (logo, falsificar um livro empresarial acarreta pena mais grave que a falsificação de outro documento não-contábil).
Falsificação de documento público Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. (...) § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
Por evidente, um livro empresarial falsificado não tem a eficácia probatória que lhe é própria.
CONSEQUÊNCIAS DA IRREGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO
Faltando um dos requisitos (extrínsecos ou intrínsecos), ou não existindo um livro obrigatório, o empresário estará sujeito a consequências na órbita civil não poderá se valer da eficácia probatória que os artigos 226, CC e 418, CPC, concedem aos livros empresariais e se for requerida a exibição de livro obrigatório contra o empresário, não o possuindo, ou possuindo-o irregular, presumir-se-ão como verdadeiros os fatos relatados pelo requerente, acerca dos quais fariam prova os livros em questão (arts. 399, I, e 400, ambos do CPC). Já no âmbito penal constitui crime deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência; ou conceder a recuperação judicial; ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios (art. 178, LF). (Falindo o empresário ou sociedade empresária que não cumpre a obrigação de manter escrituração regular de seu negócio, a falência será necessariamente fraudulenta).
s livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como: serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado; quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou entidade competente.
Art. 226, CC. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios. 
Art. 418, CPC. Os livros empresariais que preencham os requisitos exigidos por lei provam a favor de seu autor no litígio entre empresários. 
Art. 399, CPC. O juiz não admitirá a recusa se: I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; (...) Art. 400, CPC. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se: I - o requerido não efetuar a exibição, nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398; (...) 
Art. 178, LF. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Os livros empresariais devem ser conservados até a prescrição das obrigações nele escrituradas (art. 1.194, CC).
 Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Após o decurso do prazo prescricional de todas as obrigações escrituradas em certo livro, a sua inexistência ou mesmo irregularidade não acarretam as consequências, civis e penais, acima listadas.
PROTEÇÃO AO PONTO (LOCAÇÃO EMPRESARIAL)
	Critério de distinção entre essas duas modalidades: - o uso que o locatário está autorizado a fazer do imóvel = se pode ou não explorar qualquer atividade econômica no imóvel objeto de locação.
 Dentre os elementos do estabelecimento empresarial, figura o chamado “ponto”, que compreende o local específico em que ele se encontra esse ponto (localização), às vezes, pode significar acréscimo considerável ao estabelecimento empresarial e se o imóvel é próprio, a proteção jurídica decorre do Direito Civil mas se alugado, a proteção jurídica do valor agregado ao estabelecimento seguirá a disciplina da locação não-residencial caracterizada pelo art. 51 da LL (lei de locações – nº. 8.245/91). Contudo exte as espécies de locação No direito brasileiro a Locação residencial 
Ao locatário de uma locação não-residencial, o direito reconhecerá, atendidos certos requisitos, a prerrogativa de pleitear a renovação compulsória do contrato e para que uma locação possa ser considerada empresarial, isto é, para que se submeta ao regime jurídico da renovação compulsória, é necessário que satisfaça aos seguintes três requisitos (art. 51 da LL): O locatário deve ser empresário (a lei, que é anterior ao CC, menciona comerciante ou sociedade civil com fim lucrativo) e a locação deve ser contratada por tempo determinado de, no mínimo, 5 anos, admitida a soma dos prazos de contratos sucessivamente renovados por acordo amigável. Soma esta, inclusive, que pode ser feita pelo sucessor ou cessionário do locatário (STF, Súmula 482 O locatário, que não for sucessor ou cessionário do que o precedeu na locação, não pode somar os prazos concedidos a este, para pedir a renovação do contrato, nos termos do decreto 24.150.). E o locatário deve-se encontrar na exploração do mesmo ramo de atividade econômica pelo prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos, à data da propositura da ação renovatória. Requisito que a lei cria tendo em vista a necessidade de um tempo de estabelecimento em certo ponto para que este agregue valor minimamente apreciável à empresa lá explorada.
	Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado (É admissível a soma de tempo de um contrato anterior por prazo indeterminado, desde que aditado para ser transformado em prazo determinado.)
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;( destaca: No rigor da lei, eventual prazo sem contrato escrito entre um contrato e outro (período de negociação) impede a soma dos respectivos prazos (a lei fala “ininterruptos”). MAS há quem defenda a contagem para se evitar tentativa do locador de frustra os direitos do locatário)
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário. 
2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade. 
3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmoramo. 
4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo.
5º Do direito a renovação decai (Por ser decadencial, não se interrompe, nem se suspende. )aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
Chama-se esta tutela de garantia de inerência no ponto (ampara-se o interesse do empresário de continuar estabelecido exatamente no local daquele imóvel locado) a ação chama-se “renovatória” e deve ser aforada entre 1 ano e 6 meses anteriores ao término do contrato a renovar, sob pena de decadência do direito (art. 51, § 5º, LL) entretanto o direito de inerência do locatário, no entanto, é relativo, frente ao direito constitucional da propriedade do locador e no conflito desses interesses (do locador e do proprietário), por conta do assento constitucional da propriedade, deverá prevalecer esta, mas o locatário deverá ser, em determinadas hipóteses, indenizado pelo valor que acresceu ao bem. A própria lei define os casos em que o direito à renovação compulsória será ineficaz, em face da tutela do direito de propriedade e no elenco legal é meramente exemplificativo e com a exceção de retomada (a ser invocada pelo proprietário) – art. 72, LL que são as Insuficiências da proposta de renovação apresentada pelo locatário (inciso II); Proposta melhor de terceiro (inciso III); Reforma substancial no prédio (art. 52, I, LL); Uso próprio (art. 52, II, LL) e a transferência de estabelecimento empresarial existente há mais de 1 ano e titularidade por ascendente, descendente, ou cônjuge (ou sociedade por eles controlada), desde que atue em ramo diverso do locatário (art. 52, II, LL).
	Art. 52. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se:( Indenização caso não inicie a obra ou não dê o destino alegado no prazo de 03 meses)
 I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade;
 II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences. (Pode sim explorar o mesmo ramo, mas o proprietário deverá indenizar o locatário pela perda do ponto, SALVO no caso de locação-gerência)
2º (omissis) 
3º O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, em melhores condições, ou se o locador, no prazo de três meses da entrega do imóvel, não der o destino alegado ou não iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender realizar.
	Art. 72. A contestação do locador, além da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita, quanto à matéria de fato, ao seguinte: 
I - não preencher o autor os requisitos estabelecidos nesta lei;
 II - não atender, a proposta do locatário, o valor locativo real do imóvel na época da renovação, excluída a valorização trazida por aquele ao ponto ou lugar;
 III - ter proposta de terceiro para a locação, em condições melhores;( Nesse caso, o locatário terá direito a indenização pela perda do ponto)
IV - não estar obrigado a renovar a locação (incisos I e II do art. 52).
 1° No caso do inciso II, o locador deverá apresentar, em contraproposta, as condições de locação que repute compatíveis com o valor locativo real e atual do imóvel. 
2° No caso do inciso III, o locador deverá juntar prova documental da proposta do terceiro, subscrita por este e por duas testemunhas, com clara indicação do ramo a ser explorado, que não poderá ser o mesmo do locatário. Nessa hipótese, o locatário poderá, em réplica, aceitar tais condições para obter a renovação pretendida. 
3° No caso do inciso I do art. 52, a contestação deverá trazer prova da determinação do Poder Público ou relatório pormenorizado das obras a serem realizadas e da estimativa de valorização que sofrerá o imóvel, assinado por engenheiro devidamente habilitado. 
4° Na contestação, o locador, ou sublocador, poderá pedir, ainda, a fixação de aluguel provisório, para vigorar a partir do primeiro mês do prazo do contrato a ser renovado, não excedente a oitenta por cento do pedido, desde que apresentados elementos hábeis para aferição do justo valor do aluguel. 
5° Se pedido pelo locador, ou sublocador, a sentença poderá estabelecer periodicidade de reajustamento do aluguel diversa daquela prevista no contrato renovando, bem como adotar outro indexador para reajustamento do aluguel.
PROTEÇÃO AO TÍTULO DE ESTABELECIMENTO
Não confundir o título de estabelecimento que é o elemento de identificação do estabelecimento empresarial, isto é, o sinal distintivo na fachada da casa onde se exerce o negócio, como os letreiros de uso corrente, podendo ser verificado, ainda, nos papéis de correspondência, cartões, catálogos de produtos, etc., com nome empresarial que é a identifica o sujeito de direito que exerce a empresa., nem com a marca que é a identidade do produto ou serviço.
Uma sociedade empresária pode chamar-se “Comércio e Indústria Antonio Silva & Cia. Ltda”, ser titular da marca “Alvorada” e seu estabelecimento denominar-se “Loja da Esquina”. Às vezes, uma pessoa física ou jurídica pode fazer uso da mesma palavra ou símbolo tanto para difusão da marca de seus produtos ou serviços, quanto para o título de estabelecimento exemplo o Nome empresarial: Itaú Unibanco S.A. e seu título de Estabelecimento: Itaú e marca Itaú
O fato de existirem similitudes entre as marcas e os títulos de estabelecimento não deve induzir o operador do direito ao erro de confundir ambos os institutos, eis que possuem faculdades, regimes, regras e aplicações distintas. Registre-se, ainda, que a Lei 9.279/96 (LPI), estabelece, em seu art. 124, V, que “Não são registráveis como marca: V – reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa, suscetíveis de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos”.
A proteção do título de estabelecimento se faz, atualmente, por regras de responsabilidade civil e penal (vide arts. 195, V e 209 da LPI –Lei nº 9.279/96):
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem;
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências;
Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio.
NO LIVRO “SINOPSES JURÍDICAS”, encontramos a seguinte complementação do tema:
Mas atenção: Não há um registro específico para o título do estabelecimento, entendendo-se que a proteção a ele decorre do próprio registro da empresa assim como o estabelecimento em si, seu título também possui valor patrimonial e pode ser alienado, independentemente da alienação do próprio estabelecimento (trespasse), ou seja, é possível a venda apenas da expressão que designa o estabelecimento independentemente do conjunto debens, entretanto em razão do PRINCÍPIO DA VERACIDADE, se o título do estabelecimento tiver como base um nome civil, este deverá corresponder ao daquele que seja efetivamente o empresário individual ou sócio da sociedade empresária. Portanto, se o título do estabelecimento é constituído com base no nome civil de quem o explora (p. ex., “Padaria do Joaquim”), não poderá ser alienado para outro empresário para que este o utilize em seu próprio estabelecimento.
No entanto, vide parágrafo único do art. 1.164, CC:
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
Por outro lado, se o título não for composto pelo nome civil de seu empresário (p. ex.: “Loja de Carnes”), poderá ser alienado independentemente da venda do estabelecimento (da organização dos bens reunidos para exploração da atividade econômica, no caso, relacionada a carnes), embora não exista registro específico para os títulos de estabelecimentos conferindo-lhes proteção, eventual usurpação de título alheio que prejudique sua empresa poderá ser objeto de ação judicial, com vistas à responsabilização civil.
Veja-se o exemplo de uma grande padaria cujo estabelecimento tem como título “Pão do Joaquim”. A padaria é muito famosa e conhecida no bairro em que localizada e também nos bairros vizinhos, em razão dos deliciosos pães e doces que fabrica. Se outro empresário resolver abrir uma padaria no bairro vizinho, dando ao seu estabelecimento também o nome de “Pão do Joaquim”, estará claramente usurpando o direito do primeiro empresário sobre o título do seu estabelecimento. Ora, a clientela por ele constituída por longos anos poderá achar que a nova padaria é filial da primeira, havendo um desvio desses consumidores. O fato de a padaria estar localizada em bairro vizinho deixa evidente o intuito de concorrência desleal.
NA OBRA DO PROFESSOR SÉRGIO CAMPINHO, também encontramos complementação ao tema:
Há posicionamento doutrinário no sentido de que o registro da empresa, diferentemente da hipótese do nome e da marca, neste caso, não seria constitutivo da titularidade do título do estabelecimento, mas serviria como meio de prova para o empresário demonstrar, de forma proficiente, a anterioridade de sua utilização, conferindo maior segurança ao julgador para formar o seu convencimento.
NOME EMPRESARIAL
Identifica a pessoa que exerce a empresa o direito contempla duas espécies de nome empresarial: a FIRMA e a DENOMINAÇÃO
CC, Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
A firma e a denominação se distinguem em dois planos:
QUANTO À ESTRUTURA – (elementos linguísticos do nome). A firma só pode ter por base nome civil, do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresária. O núcleo do nome empresarial dessa espécie será sempre um ou mais nomes civis. 
Exemplo: “A.Silva & Pereira Cosméticos Ltda” A denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base nome civil ou qualquer outra expressão linguística (que a doutrina chama de “elemento fantasia”). Exemplo: “Alvorada Cosméticos Ltda.”
QUANTO À FUNÇÃO – A firma, além de identidade do empresário, é também a sua assinatura. Exemplo: o empresário individual, ou o representante legal da sociedade empresária, deve assinar, nos negócios que realizar, o nome empresarial (e não seu nome civil). A denominação é exclusivamente elemento de identificação do exercente da atividade empresarial, não prestando a outra função. Exemplo: o representante legal de sociedade empresária deverá lançar a sua assinatura civil sobre o nome empresarial. Não poderá, neste caso, assinar a denominação.
Quanto ao nome Firma deve conter nome civil do empresário ou dos sócios da sociedade empresaria e pode conter o ramo da atividade e serve de assinatura do empresário no contrato assinando o nome empresarial Ex A.Silva & Pereira Cosméticos Ltd 
Já na denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar nome civil ou qualquer outra expressão e NÃO serve de assinatura do empresário sendo assim o contrato deve ser assinado com o nome civil do representante. 
FORMAÇÃO E REGISTRO DO NOME EMPRESARIAL
O empresário individual só está autorizado a adotar firma, baseada em seu nome civil, abreviado ou por extenso. Poderá, se quiser, agregar o ramo de atividade a que se dedica.
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Exemplos: Antonio Silva Pereira A. S. Pereira Silva Pereira S. Pereira, Livros Técnicos Etc
Sociedade em nome coletivo: só pode adotar firma e também a sociedade m comandita simples: só pode adotar firma. 
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. 
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.
Sociedade limitada: pode adotar tanto firma quanto denominação.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. § 1º A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. § 2º A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. § 3º A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
Sociedade em comandita por ações: pode adotar tanto firma quanto denominação.
Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações".
Sociedade anônima: só pode adotar denominação, onde deve constar referência ao objeto social.
Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.
Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.
Exemplos: Recife Alimentos S/A Recife Companhia de Alimentos Companhia Recife de Alimentos
Sociedade em conta de participação: por ter natureza secreta, está proibida de adotar nome empresarial (firma ou denominação) que denuncie a sua existência (CC, art. 1.162).
Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.
Nome empresarial quanto a firma Empresário individual, sociedade em nome coletivo e também sociedade em comandita simples, já na denominação só a sociedade anônima e a firma ou a denominação pode ser a sociedade limitada e a sociedade em comandita por ações 
A sociedade empresária de qualquer tipo que tenha ingressado em juízo com a medida de recuperação judicial deve acrescer ao seu nome, em todos os atos, contratos e documentos, a expressão “em Recuperação Judicial” (LF, art. 69). Art. 69. Em todos os atos, contratos e documentos firmados pelo devedor sujeito ao procedimento de recuperação judicial deverá ser acrescida, após o nome empresarial, a expressão "em Recuperação Judicial". Parágrafo único. O juiz determinará ao Registro Público de Empresas a anotação da recuperação judicial no registro correspondente.
O empresário, pessoa física ou jurídica, ao se registrar como microempresário ou empresário de pequeno porte, terá acrescido ao seu nome a locução identificativa destas condições (ME ou EPP) – art. 72 da LC 123/2006: Art.72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões "Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas respectivas abreviações, "ME" ou "EPP", conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade.
PRINCÍPIO DA VERACIDADE: Segundo o art. 34 da Lei 8.934/1994 (LRE), “o nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade”. E de acordo com o princípio da veracidade, o nome empresarial não poderá conter nenhuma informação falsa. Sendo a expressão que identifica o empresário em suas relações como tal, é imprescindível que o nome empresarial só forneça dados verdadeiros àquele que negocia com o empresário.
Exemplos de regras que incorporam o princípio da veracidade são os arts. 1.158, § 3° (“a omissão da palavra ‘limitada’ determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade”), e 1.165 (“o nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social”), ambos do Código Civil.
PRINCÍPIO DA NOVIDADE: Ainda segundo André Luiz, por este princípio entendesse a proibição de se registrar um nome empresarial igual ou muito parecido com outro já registrado.
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga.
PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL A proteção ao nome empresarial, quanto ao princípio da novidade, inicia-se automaticamente a partir do registro e é restrita ao território do Estado da Junta Comercial em que o empresário se registrou.
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial. 
Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato.
A proteção ao nome empresarial, quanto ao princípio da novidade, inicia-se automaticamente a partir do registro e é restrita ao território do Estado da Junta Comercial em que o empresário se registrou, e menciona que a antiga Instrução Normativa do DNRC nº 104, de 30/04/2007, traz vários esclarecimentos sobre o nome empresarial e sua proteção.

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