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História Natural da Doença Níveis de prevenção NUT 392 – EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL Processo Saúde - Doença Conceitos... DOENÇA? Conceitos... SAÚDE? Padrões de evolução das doenças a. Evolução aguda, rapidamente fatal b. Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação c. Evolução sem alcançar o limiar clínico d. Evolução crônica, com óbito em longo prazo e. Evolução crônica com períodos assintomáPcos e de exacerbação Modelos de Saúde-Doença • Modelo Biomédico • Modelo Processual -‐ HND • Modelo Sistêmico • Modelos Socioculturais Modelo Biomédico Doença = “desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou ausência de reação aos esZmulos a cuja ação está exposto (...) processo (que) conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo e de suas funções vitais” Saúde = Ausência de doença. Modelo Biomédico – 2 perspectivas Patologia • Mecanismo ePopatogênico • Classifica as doenças em infecciosas ou não infecciosas Clínica Médica • Semiologia e terapêuPca de sinais e sintomas • Classifica as doenças em agudas ou crônicas E6ologia Duração -‐ aguda Duração -‐ crônica Infecciosa Gripe Tuberculose Não infecciosa Acidente Diabetes O modelo biomédico privilegia o estudo de doenças infecciosas Modelo Processual -‐ História Natural da Doença (HND) “saúde é o estado de completo bem-‐estar 9sico, mental e social e não mera ausência de molés<a ou enfermidade” (WHO, 1948). Modelo Processual - HND • É um modelo que dá a ideia de processo aos fenômenos patológicos • A ideia de processo leva à noção de prevenção • Modelo de Leavell e Clark (1976): “história natural da doença é o conjunto de processos interaPvos que criam o esZmulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao esZmulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte”. Diferentes métodos de prevenção e controle de doenças/ agravos à saúde Dois ambientes: externo (fatores Csicos, biológicos, sociais, econômicos e polí6cos) e interno (homem) Pré-‐patogênico: interação de fatores até aPngir configuração própria à instalação da doença. Patogênico: alterações no sujeito afetado, que seguem de um nível bioquímico até modificação em órgãos e sistemas Fase inicial – de suscePbilidade: não há doença, mas condições para seu aparecimento Fase patológica pré-‐clínica: sem sintomas, mas já existem alterações (subclínico) Fase clínica: a doença já está instalada. Há diferentes graus de acomePmento Fase de incapacidade residual: sequelas (em não ocorrendo morte ou cura completa) Fase inicial ou de susce6bilidade • É o período que antecede às manifestações clínicas das doenças. Associação de possíveis fatores causais às posteriores manifestações clínicas ou epidemiológicas das disPntas patologias, considerados a parPr de sua confirmação como fatores de risco. • Medidas prevenPvas conhecidas como atenção primária: quarentena, higiene pessoal, vacinação, recomendação para u6lização de EPI nos ambientes de trabalho Fase patológica pré-‐clínica • A doença ainda está nos estágio de ausência de sintomatologia, embora o organismo já apresente alterações patológicas. • Exemplos diagnósPco precoce ou intervenção secundária: Screening -‐ 6po teste do pezinho, os exames periódicos de saúde e a procura de casos, por agentes da vigilância epidemiológica, entre indivíduos que man6veram contato com portadores de doenças transmissíveis. Fase clínica • As medidas profiláPcas nessa fase são também denominadas atenção secundária e correspondem ao tratamento adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações e seqüelas. • A garanPa do acesso de toda a população aos serviços de saúde em tempo hábil ainda é um dos grandes desafios de saúde pública proposto aos dirigentes governamentais. Fase de incapacidade residual • Adaptação ao meio ambiente como as seqüelas produzidas pela doença e/ou ao controle (estabilização) das manifestações clínicas das doenças crônicas. • Exemplos de prevenção ou atenção terciária: prestação de serviços de reabilitação em nível hospitalar ou ambulatorial, a fabricação e distribuição de órteses e próteses, u6lização de asilos, a terapia ocupacional e a reabilitação psicossocial. Etiologia e prevenção Ø ↑ Conhecimento da etiologia ↑ possibilidade de prevenção Ø Quanto antes se consegue intervir mais eficiente, no sentido de não instalação da doença, remissão ou cura, serão as ações de prevenção Prevenção mais longínqua: hábitos alimentares dos pais? Local de compra dos alimentos? Prevenção Prevenção mais imediata: avaliar a ingestão alimentar: Excesso de açúcar? Excesso de fritura? Problema central: obesidade em uma de criança de 5 anos Medidas preventivas – para evitar as doenças ou suas consequências • Inespecíficas (gerais– para promover o bem-‐estar das pessoas) e específicas (restritas – própria a determinada doença: eliminar o mosquito da dengue) • Prevenção primária (antes do início da doença), secundária (após o início da doença) e terciária (fase avançada da doença – para não piorar ou causar danos maiores) Níveis de aplicação das medidas preventivas na HND (adaptado de Pereira, 2005) Período Pré-‐patológico Período Patológico Interação de fatores Alterações precoces Primeiros sintomas Doença avançada Convalescença 1º nível de prevenção 2º nível de prevenção 3º nível de prevenção 4º nível de prevenção 5º nível de prevenção Promoção da saúde Proteção específica DiagnósPco e tratamento precoces Limitação do dano Reabilitação Alimentação e nutrição adequada Suplementação profilá<ca de Fe Hemograma -‐ anemia Medicação com sulfato ferroso Recuperação do estado de saúde e nutrição – normalidade Hb Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária Medidas prevenPvas Modelo Sistêmico Ideia de sistema: um conjunto de elementos, de tal forma r e l a c i o n a d o s , q u e u m a m u d a n ç a n o e s t a d o d e qualquer elemento provoca mudança no estado dos demais elementos. Sistema epidemiológico : conjunto formado por agente patogênico, suscetível e ambiente, dotado de uma organização interna que regula as interações determinantes da p r o d u ç ã o d e d o e n ç a , juntamente com os fatores vinculados a cada um dos elementos do sistema. Modelo Sistêmico • Usa a tríade epidemiológica: agente-hospedeiro-meio ambiente • Especialmente importante na epidemiologia das doenças infecciosas • Neste modelo os 3 componentes têm igual importância ... • E nas DCNT: quem é o agente específico? Tríade epidemiológica Modelos Socioculturais – etiologia social da doença Englobam: ü Causas biológicas ü Causas não biológicas: eventos sociais eventos culturais eventos psicológicos Epidemiologia Social – InvesPgações: • Agravos à saúde x processos sociais, econômicos e políPcos • A sociedade é “culpada” • Agravos à saúde x estresse, hábitos de vida, Ppo de personalidade • O indivíduo é “culpado” Modelo biomédico: práPca clínica é um roteiro de decodificação de queixas do paciente para idenPficar processo patológico somáPco ou psicológico → estabelece o diagnósPco da doença e propõe terapêuPca eficaz e racional Modelo social: sintoma depende de fatores psicológicos, sociais e culturais que influenciam a experiência da doença, sua manifestação e a expressão de seus sintomas Por que é importante esta temática? • Epidemiologia - estudo de fatores extrínsecos ao fenômeno saúde-doença • Fenômeno saúde-doença é multidimensional – logo os modelos não são inequívocos nem esgotam os pressupostos (importância atual aos aspectos ecológicos, sociais e culturais) Por que é importante esta temática? • A abordagem epidemiológica (ou seja, nas populações) vai além da causalidade da doença em nível individual • Dependendo da hipótese, (multi)causal, levantada existem inúmeras formas de estudar o fenômeno saúde-doença – viabiliza identificar os fatores de risco no ambiente físico-químico, biológico, social ou cultural Modelos de representação do processo saúde- doença Tentativa de representar a realidade Fornecem noções básicas sobre o problema de saúde Facilitam a compreensão do problema Indicam falhas no conhecimento do problema Apontam as necessidades de investigação sobre pontos do problema Esclarecem pontos controversos sobre o conhecimento do problema Servem para indicar quais melhores indicadores para quantificar o processo saúde-doença em estudo
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