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ARTIGO DE IPF REVISAO (3)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
 
 
Artigo de revisão 
Atenção farmacêutica no prognóstico 
positivo de pacientes oncológicos: revisão 
integrativa. 
 
Artur Chagas de Sousa ¹ e Mateus Edson da Silva ¹ 
¹​Universidade Federal do Ceará,, Departamento de Farmácia, Fortaleza, CE, Brasil 
 
Descritores: Oncologia, Atenção farmacêutica, antineoplásicos. 
 
INTRODUÇÃO 
O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento celular desordenado, gerando 
tumores malígnos. A sua incidência vem aumentando ao longo dos anos e, em 2017, é 
esperado o surgimento de 596 mil novos casos de câncer na população brasileira. O paciente 
oncológico passa por diversos tratamentos, como a administração de quimioterápicos e 
tratamentos cirúrgicos, que podem causar desconforto, apreensão e insegurança. 
É imprescindível que as equipes multidisciplinares que atenderão os pacientes com câncer, 
tenham o farmacêutico em sua equipe atuando de forma ativa. Esse profissional tem o 
importante papel de salientar o tratamento medicamentoso mais racional, econômico e seguro 
para cada situação clínica. 
Em muitos casos ações judiciais concedem antineoplásicos a pacientes que geram custos 
elevados e não têm eficácia garantida, sem acatar as orientações de um farmacêutico que tem 
a capacidade de orientar acerca da melhor conduta terapêutica. 
O paciente oncológico necessita de toda atenção e bom manejo por parte dos profissionais 
da saúde, incluindo toda a equipe multidisciplinar. A atenção farmacêutica é fundamental 
nesse processo, por meio da orientação na forma correta de seguir a farmacoterapia de forma 
mais leve, prevenindo e evitando reações adversas aos quimioterápicos. Muitos pacientes 
evitariam de abandonar o tratamento se o farmacêutico estivesse presente prestando seu 
serviço de atenção farmacêutica. . 
 
OBJETIVOS 
​Essa revisão integrativa visa esclarecer a importância clínica do farmacêutico no âmbito 
da saúde oncológica e prognóstico efetivo desses pacientes. Na literatura é encontrada 
estudos que apontam que há, ainda, solicitações incorretas de quimioterápicos na justiça 
como o Bevacizumabe e rituximabe que foram os medicamentos com maior percentual de 
solicitações sem evidência terápicas em alguns tipos de câncer. 
A presença de um farmacêutico nas ações judiciais e nos ambulatórios evitariam a 
conduta errônea na aquisição e administração desses medicamentos. Muitos pacientes 
apresentam insegurança quanto a continuação da terapia medicamentosa, apresentando uma 
taxa de não-adesão elevada (cerca de 48%). Esses dados refletem a escassez de orientação e 
atenção oferecidas a esses pacientes. 
 
METODOLOGIA 
O presente estudo caracteriza-se como revisão integrativa da literatura coletando, 
agrupando e sintetizando o conteúdo científico já produzido acerca do assunto abordado, 
permitindo a clara visualização e avaliação dos tópicos importantes para o fortalecimento dos 
estudos sobre a temática. 
Para sua elaboração foram seguidas as seguintes etapas: inicialmente, a definição da 
questão problema que conduziria o estudo e permitiria a análise, categorização e seleção do 
conteúdo seguindo os critérios pré-definidos pelo tema. 
A etapa seguinte foi a pesquisa na literatura utilizando a seguinte pergunta problema: 
Qual o papel do farmacêutico no prognóstico adequado de pacientes oncológicos? E os 
descritores: Atenção farmacêutica, Farmacêutico oncológico, Oncologia, Antineoplásicos. 
Em junho de 2017, foi feita a busca das publicações indexadas na base de dados 
propostas para a realização do estudo: Scielo através dos descritores já citados. A utilização 
dessa base de dados é a sua simplicidade e a objetividade dos seus resultados. 
Os critérios gerais de seleção utilizados foram: a abordagem acerca do papel 
desempenhado pelo profissional farmacêutico na equipe multiprofissional oncológica, sua 
atuação em relação aos pacientes e as consequências da ausência desse profissional no 
prognóstico de pacientes oncológicos. 
Após a leitura prévia e a avaliação das produções, foram selecionados os trabalhos 
que atenderam aos critérios de seleção para a releitura dessa vez na íntegra e a extração das 
informações relevantes à construção da revisão. 
Houve, também a consulta a um profissional atuante na área sobre as vivências, 
experiências e importância do farmacêutico nesse ramo, a fim de obter mais evidências 
sólidas para o estudo. 
Após o processo de coleta de informações prosseguiu-se com a organização e 
apresentação dessas informações inserindo-as de maneira específica na revisão. 
A fim de identificar, categorizar e descrever o conteúdo em conhecimento já 
produzido acerca do tema abordado realizou-se a abordagem e síntese das temáticas. 
 
RESULTADOS 
​Foram selecionados 12 artigos e eliminados 4 durante a seleção para a revisão integrativo. 
Todos foram provenientes da base de dados SciElo. 
 Os estudos escolhidos foram todos publicados no Brasil entre os anos 2007-2017. 
 
 Figura 1 - Distribuição dos estudos no ano de publicação 
 
As abordagens dos artigos foram de 50% (6) para temas relacionados à importância da 
atenção farmacêuticos e as lacunas no tratamento oncológico que esse profissional poderia 
preencher, 33,3 % (4) abrangeram as questões econômicas e farmacoterapêuticas envolvendo 
os quimioterápicos e os pacientes; 16, 6% (2) dos artigos selecionados abordaram alguns 
métodos que poderiam auxiliar os pacientes durante a farmacoterapia. 
Em síntese, se tornou evidente que os pacientes oncológicos têm um melhor prognósticos 
quando submetidos a tratamento que envolvem a humanização do farmacêutico nesse 
processo. A alta taxa de depressão entre as pessoas acometidas com câncer, influenciam 
negativamente na continuidade do tratamento medicamentoso (48%) abandonam. Somando a 
esse fator, em muitos casos, medicamentos sem ação efetiva para alguns tipos de câncer são 
prescritos por médicos gerando custos elevados (R$ 661 mil\2005) , equivalentes a 75% do 
gasto com a aquisição de medicamentos por determinação judicial no período no município 
de São Paulo. Um dos maiores desafios apresentados pelo profissionais farmacêuticos foram 
a baixa contratação de profissionais gerando sobrecarga de funções resultando em pouco 
tempo para atenção farmacêutica. 
Muitos dos estudos que trataram do papel da atenção farmacêutica ressaltaram que o 
farmacêutico tem um papel fundamental na orientação dos pacientes oncológicos, 
promovendo uma terapia medicamentosa adequada para cada paciente, orientando acerca da 
posologia e da administração correta, conversando e prestando sua atenção adequadamente. 
Outro fator importante é a prevenção e controle de reações adversas ou interações 
medicamentosas passíveis de ocorrer, cuidados básicos que o farmacêutico deveria 
encarregar-se na correta terapia medicamentosa. 
 
DISCUSSÃO 
Diante dos fatos mencionados nos artigos revisados, o caráter humanístico do 
farmacêutico se tornou evidente.Alguns artigos contavam com o relato de alguns desses 
profissionais no processo de cura das pessoas com neoplasias malignas, ressaltando que o 
Sistema de Saúde é falho em demandar muitas tarefas aos farmacêuticos, faltando tempo para 
este prestar serviço de atenção farmacêutico. Outro aspecto importante é a importância do 
farmacêutico na administração correta da farmacoterapia dos quimioterápicos administrados 
aos pacientes, que muitas vezes não são prescritos levando em consideração os fatores 
econômicos e medicamentos, contribuindo para o abandono da terapia dessas pessoas. 
Segundo a literatura um bom passo para sanar esses problemas é a contratação de mais 
farmacêuticos nas unidades de saúde, a fim de evitar sobrecarga de atividades e possibilitar 
um contato mais direto entre paciente e farmacêutico. Toda a equipe multidisciplinar deve se 
empenhar em entrar em contato direto com os pacientes para que eles possam criar vínculos 
empático com os profissionais de saúde que estão em contato, auxiliando na sua melhora. 
Muitos deles evitarão o abandono da farmacoterapia quando sentem-se seguros com relação a 
administração dos quimioterápicos, papel fundamental do farmacêutico de orientar e 
conversar. Muitos estudos apontaram essa falha e esse abandono da administração de 
antineoplásicos, motivados principalmente pelo medo e pela depressão. 
 
CONCLUSÃO 
​O câncer é uma doença que exige dos profissionais de saúde, o caráter humanístico da 
profissão, prestando atenção e solidariedade aos pacientes que estão acometidos com essa 
enfermidade que altera completamente a qualidade de vida. 
O farmacêutico, que trabalha na manipulação, produção e dispensação dos 
quimioterápicos, precisa estar também inserido no tratamento direto com o paciente 
oncológico. Seu conhecimento acerca de farmacoeconomia e farmacoterapia devem ser 
valorizados e considerados no processo de tratamento. E a atenção farmacêutica precisar estar 
inserida no tratamento clínico, para auxiliar o paciente com relação à administração correta. 
 
REFERÊNCIAS 
¹ Anna M.L., Neves E., Joyce P.D.,, Paulyane K. S.. Atenção farmacêutica no tratamento 
oncológico em uma Instituição Pública de Montes Claros-MG. Rev Bras Farm Hosp Serv 
Saúde. São Paulo v.3 n.1 11-14 jan./mar. 2012 
²Renato M. N,, Ana C.P., Luiza M.C G., Ana C.A.S., Fernanda .B.B., Demanda judicial de 
medicamentos na Justiça Federal do Estado do Paraná. 30 oct. 2016. 
³Sofia M.F.R., Camila B.M.B, Fernanda M.P., Edson Z.M., José J.R.R., Selma F.C.C.. 
Efeitos da suplementação de zinco na fadiga e na qualidade de vida de pacientes com câncer 
colorretal. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão 
Preto, SP, Brasil. 5/1/2017. 
4 ​Vanessa Patricia L. P., e Teresa Cristina M.V.R..Uso de imunobiológicos e 
desenvolvimento de doenças neoplásicas em pacientes com doenças reumáticas juvenis: 
revisão sistemática. Revista Brasileira de Reumatologia. 8 de setembro de 2016. 
5 ​Girardon-Perlini NMO, Ângelo M. The experience of rural families in the face of cancer. 
Rev Bras Enferm [Internet]. 2017;70(3):550-7. DOI: 
http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0367 
6 ​Rafael Aliosha K., Lucíola de Barros P., Cinthia Leite F.B.B., Kelly Cristine C.S., Sílvio 
Eduardo B., Paulo Gustavo T.A., Theodora K., Michael C., Cláudia Toledo A., Joacira D., 
Daísa de Mesquita E., Auro Del G.. Pacientes com câncer de mama oriundas do Sistema 
Único de Saúde tratadas no setor privado: custos de um piloto de parceria público-privada em 
oncologia. Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil.28/5/2013. 
7 Ferreira EC, Barbosa MH, Sonobe HM, Barichello E. Self-esteem and health-related quality 
of life in ostomized patients. Rev Bras Enferm [Internet]. 2017;70(2):271-8. DOI: 
http://dx.doi.org/ 10.1590/0034-7167-2016-0161 
8 ​Bianca Fresche S., Flavia Helena P., Nathalie de Lourdes S.D.,Aline., Ana Elisa B.C.S.5, 
Adriana Inocenti M.. Pacientes em uso de quimioterápicos: depressão e adesão ao tratamento. 
Rev Esc Enferm USP 2013; 47(1):61-8. 
9 ​Andressa Moura D.,Laércio Lima L., Inês Echenique M.. Rastreamento do câncer do colo 
do útero em Teresina, Piauí: estudo avaliativo dos dados do Sistema de Informação do 
Câncer do Colo do Útero, 2006-2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 26(1):71-80, jan-mar 
2017. 
10 Mari Lisa R., Márcio Luis L.B.. Papel do farmacêutico no seguimento farmacoterapêutico 
para o controle da dor de origem oncológica. Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. 05 
de fevereiro de 2013. 
11 ​Luciane Cruz L.,Silvio Barberato F., Augusto Chad C., Claudia Garcia S.O.C.. Uso 
racional de medicamentos antineoplásicos e ações judiciais no Estado de São Paulo. Rev 
Saúde Pública 2010;44(4):620-8. 
12​ ​Fabiola Sulpino V., Paola Zucchi. Distorções causadas pelas ações judiciais à política de 
medicamentos no Brasil. Rev Saúde Pública 2007;41(2):214-22.

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