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Aula 6 - Modelo Keynesiano Simples (economia aberta)

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MACROECONOMIA II 
AULA 6 – MODELO “KEYNESIANO” SIMPLES P/ ECONOMIAS ABERTAS 
 
10. O Multiplicador em Economias Abertas e Fechadas 
 
 Os multiplicadores em economias abertas (A) e fechadas (F) são obtidos mediante: 
 
m)t1(c1
1
A


 ; 
)t1(c1
1
F


 
 
 É fácil perceber matematicamente que A < F, pois a presença de m > 0 na primeira 
equação faz com que seu denominador seja maior que o da outra equação; assim, a 
primeira fração é menor que a segunda; 
 
o Perceba o sentido econômico: 
 Em uma economia fechada, o processo: ↑demanda → 
↑produção/renda ↑RPD → ↑consumo → ↑demanda, etc. permanece 
todo gerando renda e emprego no país; 
 Em uma economia aberta, uma parcela (de tamanho proporcional a m) 
do aumento da produção/renda “vaza” para o exterior na forma de 
importações de produtos acabados, intermediários e matérias-primas; 
 
o Consequência importante: políticas destinadas a elevar os níveis de produção, 
renda real e emprego mediante elevação da demanda (por exemplo, políticas 
fiscais expansionistas) precisam de dosagens mais altas em economias abertas 
que fechadas, já que o efeito multiplicador nas primeiras é mais fraco que nas 
segundas. 
 A seguir, porém, veremos que tais políticas podem sob certas 
circunstâncias se tornarem inviáveis por comprometerem o equilíbrio 
externo da economia. 
 
11. Determinação do Saldo em Transações Correntes 
 
 Tudo o que aumenta as exportações ou diminui as importações e o RLE aumenta o 
saldo em transações correntes, e vice-versa. 
 
 
Cadeia lógica para determinação do saldo em transações correntes no modelo 
“keynesiano” simples para economias abertas: 
 
 Ou (versão + sintética): 
 Primeira questão: qual é o impacto de variações do nível de atividade interna Q sobre 
o saldo em transações correntes? 
 Um aumento no nível de atividade tende a reduzir o superávit ou aumentar o déficit 
do saldo em transações correntes; e vice-versa; 
 
 Quando o nível de produção/renda real interno Q é relativamente baixo, as 
importações M tendem a ser relativamente pequenas também; as exportações X 
tendem portanto a serem maiores que a soma M + RLE (X > M + RLE), de modo que 
tende a haver superávit em transações correntes (STC = X – M – RLE > 0); 
 Coeteris paribus, um aumento do nível de produção/renda real interno Q aumenta 
as importações M, mas não altera as exportações X nem a renda líquida enviada 
ao exterior (RLE), suposta exógena; portanto, o aumento do nível de 
produção/renda real tende a reduzir o saldo em transações correntes; 
R 
STC < 0 
Q 
STC 
M = + mQ - s0 
STC > 0 
X - RLE = + xQ* + s1RLE 
 
 
  Q* 
 
X 
 
? → Q → M → STC 
 
RLE 
 
 
 
  Q* 
 
? → Q → (T)→ STC 
 
RLE 
 
 
 Se o processo de aumento de Q continua, a partir de certo ponto (R, no gráfico 
acima), o STC se torna igual a zero. Qualquer expansão adicional conduzirá 
inevitavelmente a um déficit em transações correntes. 
 
 Matematicamente: STC = X – M – RLE, ou: 
 
 STC = 
X
 + xQ* + s1M  mQ + s0RLE, ou, simplificando: 
 
 STC = 
T
 + xQ* – mQ + s – RLE. 
 
 Graficamente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mudanças no coeficiente angular m (mudança de inclinação): 
 
 
 
 
 
 
 
 
R 
Déficit 
STC; 
↑PEL 
Superávit 
STC; 
↓PEL 
+xQ*+s–RLE 
Q 
STC 
Função STC 
Inclinação = -m 
↑m 
Q 
STC 
↓m 
 Mudanças no coeficiente linear (deslocamentos paralelos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. Determinação simultânea da produção e do saldo em transações correntes 
 
 A partir dos gráficos acima, ainda não é possível determinar o STC, já que para tal é 
preciso antes determinar Q. É preciso para tanto sobrepor os dois gráficos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
STC0 
Q0 
 
D 
45o 
D=Q 
D0 
Q0 
D 
Qp Q 
Função STC 
STC 
Q 
STC 
STC0 ( ;Q*0;RLE0) 
 
STC1 (↑ ;↑Q*;↑↓RLE) 
 
STC2 (↓ ;↓Q*;↓↑RLE) 
 
Q 
 Ou, em termos lógicos, sobrepor as duas cadeias: 
 
 
Cadeia lógica para determinação simultânea do nível de produção e do saldo em 
transações correntes no modelo “keynesiano” simples para economias abertas: 
 
 
13. Exercícios de estática comparativa 
 
 Conclusão: qualquer fator que desloque APENAS a função de demanda agregada de 
forma a elevar o volume de demanda/produção/emprego provoca uma redução do 
saldo em transações correntes; e vice-versa. Exemplo: 
 
 Nestes casos, portanto, o STC é afetado apenas indiretamente (efeito indireto), 
através do impacto que as mudanças em Q causam nas importações. 
 STC1 
Q1 
STC0 
Q0 
D(G0) 
45o 
D(↑G) 
Q0 
D 
Qp Q 
STC 
Q 
 FUNÇÃO DA FUNÇÃO STC 
 c RLE (deslocamento = efeito direto) 
t 
R→C Q* 
 
→I→DA→E→Q (T) STC 
 
G RLE 
 
 → T 
  Q
 
Efeito multiplicador 
Efeito indireto P dado 
 
 Mas há exceções → alguns fatores deslocam, além da função DA, TAMBÉM a 
própria função STC, ou seja, causam, além do efeito indireto, TAMBÉM um efeito 
direto sobre o STC (posto que afetam diretamente X e/ou M e/ou RLE): 
 taxa de câmbio real ; 
 PIB real do resto do mundo Q*; 
 exportações líquidas autônomas 
T
; 
 renda líquida enviada ao exterior RLE; 
 propensão marginal a importar m; 
 parâmetros x e s. 
 
 Tais fatores podem elevar os níveis de produção, renda real e emprego e, 
simultaneamente, melhorar o saldo em transações correntes; e vice-versa. Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: todos os fatores que deslocam ambas as curvas 
fazem com que o deslocamento da curva STC seja MAIOR que o deslocamento da 
curva DA. Portanto, ao desenhar o gráfico, precisamos desenhar o deslocamento da 
STC maior que o da DA. 
 O deslocamento é maior porque o efeito direto das mudanças nestas variáveis 
sobre o STC é maior que o efeito indireto delas; 
 Para entender porque o efeito direto é maior que o indireto, basta perceber 
que a demanda agregada tem outros componentes além das exportações e 
importações, que não são afetados quando estas mudam. Assim, por 
exemplo, um crescimento do PIB do resto do mundo, que provoca 
Q1 
STC1 
Q1 
STC0 
Q0 
D(0) 
45o 
D(↑) 
Q0 
D 
Qp Q 
STC 
Q 
STC0 (0) STC1(↑) 
crescimento das exportações do país, tem um impacto mais forte sobre o STC 
que sobre a demanda agregada; assim, o efeito direito (e positivo) sobre o 
STC é mais forte que o efeito indireto sobre o STC decorrente do aumento 
da demanda agregada, produção e importações. 
 
Quadro-resumo dos efeitos de mudanças nos principais parâmetros do modelo 
“keynesiano” simples para economias abertas sobre produção, emprego e saldo em 
transações correntes 
 
Mudança Produção e emprego STC 
Política fiscal expansionista 
(↑G,↑R,↓t) 
Aumentam Diminui pelo efeito 
indireto 
Choque de demanda 
desfavorável (↓
C
,
I
,c) 
Diminuem Aumenta pelo efeito 
indireto 
Desvalorização cambial real 
(↑) 
 
Aumentam 
Aumenta (efeito direto 
positivo > efeito indireto 
negativo) 
↑
T
: aumento do 
protecionismo interno e/ouredução do protecionismo 
externo e/ou melhora dos 
termos de troca, etc.; 
 
 
Aumentam 
 
Aumentam (efeito direto 
positivo > efeito indireto 
negativo) 
Recessão no resto do 
mundo (↓Q*) 
 
Diminuem 
Diminui (efeito direto 
negativo > efeito indireto 
positivo) 
 
Aumento da RLE 
 
Diminuem 
Diminui (efeito direto 
negativo > efeito indireto 
positivo) 
 E vice-versa.

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