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Princípios e Fenômenos Térmicos e Ondulatórios Processos envolvendo gases ideais tubo flexível bulbo dentro desta prorção verde existe uma certa quantidade de um gás A abertura (a pressão atmosférica) o restante do corpo do termômetro é preenchido com mercúrio interface de separação entre o gás e o mércurio Termômetro de gás a volume constante Termômetro de gás a volume constante o bulbo fica em contato com o sistema cuja temperatura deseja-se definir. No caso, o sistema é água no ponto triplo (gelo-água-vapor) Termômetro de gás a volume constante o bulbo fica em contato com o sistema cuja temperatura deseja-se definir. No caso, o sistema é água no ponto triplo (gelo-água-vapor) o nível da interface é marcado neste tubo Se colocarmos o bulbo do termômetro em contato térmico com outro sistema, esse nível tende a mudar. Termômetro de gás a volume constante o bulbo fica em contato com o sistema cuja temperatura deseja-se definir. No caso, o sistema é água no ponto triplo (gelo-água-vapor) Se colocarmos o bulbo do termômetro em contato térmico com outro sistema, esse nível tende a mudar. Vamos agora colocar o bulbo em contato com um sistema composto por enxofre no seu ponto de ebulição a pressão atmosférica. o nível da interface é marcado neste tubo nível inicial da interface Neste caso, o gás empurra o mercúrio com mais intensidade, mudando a posição da interface gás-mercúrio. Termômetro de gás a volume constante subiu o nível aqui nível inicial da interface Termômetro de gás a volume constante Vamos restaurar o nível inicial da interface gás-mercúrio mexendo no ramo direito do termômetro. No caso, vamos elevá-lo. Neste caso, o gás empurra o mercúrio com mais intensidade, mudando a posição da interface gás-mercúrio. Termômetro de gás a volume constante nível inicial da interface novo nível da interface Agora, a interface gás-mercúrio voltou ao seu nível incial. Isso garante que o volume do gás é o mesmo que no início. Sua pressão, no entanto, aumentou. Termômetro de gás a volume constante nível inicial da interface novo nível da interface Agora, a interface gás-mercúrio voltou ao seu nível incial. Isso garante que o volume do gás é o mesmo que no início. Sua pressão, no entanto, aumentou. A pressão do gás é a grandeza termométrica! Com este procedimento, mantém-se o volume do gás constante. Termômetro de gás a volume constante nível inicial da interface novo nível da interface Agora, a interface gás-mercúrio voltou ao seu nível incial. Isso garante que o volume do gás é o mesmo que no início. Sua pressão, no entanto, aumentou. A pressão do gás é a grandeza termométrica! Com este procedimento, mantém-se o volume do gás constante. A variação de pressão pode ser calculada em termos da diferença de altura: �P = ⇢Hg g�h Comparação entre o termômetro capilar de mercúrio e o termômetro de gás a volume constante LB Neste, o comprimento (L) da coluna é a grandeza termométrica. Aqui, a pressão (P) no gás (mantido a volume constante) é a grandeza termométrica. Agora, teremos 2 temperaturas centígradas L0: comprimento da coluna no ponto de fusão do gelo a 1 atm Estados de referência L100: comprimento da coluna no ponto de ebulição da água a 1 atm TC = L� L0 L100 � L0 ⇥ 100 P0: pressão do gás no ponto de fusão do gelo a 1 atm P100: pressão do gás no ponto de ebulição da água a 1 atm TC = P � P0 P100 � P0 ⇥ 100 L: comprimento da coluna no estado cuja temperatura se mede Estados de referência L: pressão do gás no estado cuja temperatura se mede Agora, teremos 2 temperaturas centígradas Essas duas escalas associam valores diferentes de temperatura a um dado estado. Cada tipo de termômetro, em princípio, leva a valores diferentes, ainda que usem a mesma construção de escala centígrada! Agora, teremos 2 temperaturas centígradas Isso é um problema. Que termômetro escolher? Com que definição de temperatura trabalhar? diluição crescente Diferentes termômetros são obtidos, mudando-se a quantidade de gás ou o tipo de gás usado No caso, teríamos 6 diferentes valores para a temperatura do ponto de ebulição do enxofe a 1 atm Entretanto, algo interessante ocorre com os termômetros de gás a volume constante à medida que diluímos mais e mais o gás usado em sua construção ... temperatura centígrada do ponto de ebulição do enxofe a 1 atm diluição crescente todos os termômetros levam ao mesmo valor de temperatura à medida em que o gás usado é mais e mais diluído, qualquer que seja o gás utilizado! O comportamento de gás ideal Tc Gases de naturezas diferentes ou mesmo mistura de gases, quando muito diluídos, passam a se comportar de modo idêntico, a ter as mesmas propriedades termodinâmicas O comportamento de gás ideal Esse comportamento universal dos gases diluídos é denominado comportamento de gás ideal. Gases ideais não são gases diferentes: são gases usuais diluídos O ar é uma mistura de gases e se comporta aproximadamente como um gás ideal nos experimentos simples de lab Termômetro de gás a volume constante com gás ideal As escalas de temperatura definidas usando gases ideais são escalas absolutas. Trabalham-se com 2 escalas absolutas: Celsius e Kelvin P0: pressão do gás no ponto de fusão do gelo a 1 atm P100: pressão do gás no ponto de ebulição da água a 1 atm TC = P � P0 P100 � P0 ⇥ 100 Estados de referência L100: pressão do gás no estado cuja temperatura se mede A escala Celsius A escala Kelvin TK(ponto triplo) = 273,16 K Convenções: As convenções dessa escala diferem das que usamos até agora na escala Kelvin, utiliza-se a letra K, sem o símbolo de grau A temperatura de um outro estado qualquer é proporcional à pressão: TK = 273, 16 P3 ⇥ P pressão da água no ponto triplo A escala Kelvin e a escala Celsius Usando-se os valores experimentais de P0, P100 e P3, pode-se mostrar que as escalas Kelvin e Celsius estão relacionadas por: TK = TC + 273, 15 Além disso, vale também que a variação de 1oC coincide com a variação de 1K: � T de 1�C = � T de 1 K Propriedade dos gases ideais Analisando em laboratório as propriedades dos gases ideais, observa-se que quando a temperatura está na escala Kelvin: Propriedade dos gases ideais P V T 1) A quantidade só depende da quantidade de gás: P V = nRT (equação de estado de gases ideais) universal dos gases. onde n e´ o nu´mero de mols e R = 8, 314 J/(molK) e´ a constante Analisando em laboratório as propriedades dos gases ideais, observa-se que quando a temperatura está na escala Kelvin: Propriedade dos gases ideais P V T 1) A quantidade só depende da quantidade de gás: P V = nRT (equação de estado de gases ideais) universal dos gases. onde n e´ o nu´mero de mols e R = 8, 314 J/(molK) e´ a constante 2) A energia interna de um gás ideal só depende da temperatura. Eint = Eint(T ) Processos envolvendo gases ideais Vamos analisar 4 tipos de processos quase-estáticos com gases ideais: Processos isovolumétricos: V = const Processos isobáricos: P = const Processos isotérmicos: T = const Processos adiabáticos: Q = 0 Processos envolvendo gases ideais V é constante Processos isovolumétricos (também chamados de isocóricos ou isométricos) ) PT e´ constante W = 0 ) QV = �Eint utiliza-se essa notação para indicar que esse é um calor a volume constante P V QV = CV �T = mcV �T a capacidade térmica e o calor específicos de gases ideais são constantes! êmbolo fixoparedes adiabáticas QP = CP �T = mcP �T P é constante Processos isobáricos CP é constante também ) VT e´ constante W = �P �V �Eint = QP � P �V P V calor a pressão constante �Eint = CP �T � P �V êmbolo móvel paredes adiabáticas Por que distinguir CP de CV ? A capacidade térmica expressa a dificuldade de um sistema em variar sua temperatura ao receber calor. Essa dificuldade varia dependendo do trabalho envolvido no processo. êmbolo fixo Aquecimento isovolumétrico (W =0): todo o calor é usado para variar a energia interna. Mais fácil variar a temperatura Expansão isobárica (W < 0): parte do calor que entra é usado para variar a energia interna; a outra parte é gasta no trabalho de expansão: mais difícil variar a temperatura. Por que distinguir CP de CV ? A capacidade térmica expressa a dificuldade de um sistema em variar sua temperatura ao receber calor. Essa dificuldade varia dependendo do trabalho envolvido no processo. êmbolo fixo Aquecimento isovolumétrico (W =0): todo o calor é usado para variar a energia interna. Mais fácil variar a temperatura Expansão isobárica (W < 0): parte do calor que entra é usado para variar a energia interna; a outra parte é gasta no trabalho de expansão: mais difícil variar a temperatura. CV < CP T é constante Processos isotérmicos ) PV e´ constante as curvas de temperatura constante são chamadas isotermas: elas são hipérboles Num processo isote´rmico, P (V ) = nRTV = constante V Como a energia interna só depende da temperatura, em um processo isotérmico a energia interna não varia! �Eint = 0 isoterma T i f T é constante Processos isotérmicos ) PV e´ constante Num processo isote´rmico, P (V ) = nRTV = constante V Como a energia interna só depende da temperatura, em um processo isotérmico a energia interna não varia! �Eint = 0 neste sentido as temperaturas vão aumentando, pois vai aumentando o valor de P x V 400 K 300 K 200 K Processos isotérmicos O trabalho sobre o gás numa expansão isotérmica de Vi até Vf é: Wsobre = � Z Vf Vi P (V ) dV = � Z Vf Vi nRT V dV = �nRT Z Vf Vi dV V = �nRT ln V ����Vf Vi ) Wsobre = �nRT ln Vf Vi Qentra = �Wsobre = nRT ln Vf Vi Como �Eint = 0 temos, pela 1a Lei: i f T Processos isotérmicos O trabalho sobre o gás numa expansão isotérmica de Vi até Vf é: Wsobre = � Z Vf Vi P (V ) dV = � Z Vf Vi nRT V dV = �nRT Z Vf Vi dV V = �nRT ln V ����Vf Vi ) Wsobre = �nRT ln Vf Vi Qentra = �Wsobre = nRT ln Vf Vi Como �Eint = 0 temos, pela 1a Lei: i f |W| = área T Processos isotérmicos Cuidado: num processo isotérmico há trocas de calor!! Numa expansão isotérmica, todo o calor que entra é “gasto” no trabalho de expansão: Q = Wpelo Deve ser assim para que a energia interna não varie e, portanto, a temperatura não varie. i f T|W| = área Como calcular a variação da energia interna entre dois estados arbitrários? f i Vamos traçar as isotermas que passam por i e por f. Como calcular a variação da energia interna entre dois estados arbitrários? f i Vamos traçar as isotermas que passam por i e por f. Tf Ti f i Como calcular a variação da energia interna entre dois estados arbitrários? g h Vamos traçar as isotermas que passam por i e por f. Para ilustrar nossa análise, vamos considerar outros dois estados g e h com a mesma temperatura que f. Tf Ti f i Como calcular a variação da energia interna entre dois estados arbitrários? Vamos traçar as isotermas que passam por i e por f. g h Para ilustrar nossa análise, vamos considerar outros dois estados g e h com a mesma temperatura que f. A variação da energia interna nos três processos da figura é a mesma. Por quê? Pois a variação de energia interna só depende da variação de temperatura. Tf Ti f i Como calcular a variação da energia interna entre dois estados arbitrários? Vamos traçar as isotermas que passam por i e por f. g h Para ilustrar nossa análise, vamos considerar outros dois estados g e h com a mesma temperatura que f. A variação da energia interna nos três processos da figura é a mesma. Por quê? Pois a variação de energia interna só depende da variação de temperatura. �Eint = CV (Tf � Ti) Sendo a mesma, podemos calculá-la pelo processo isovolumétrico ih. Obtemos: Tf Ti Como calcular a variação da energia interna entre dois estados arbitrários? A variação de energia interna só depende da variação de temperatura. �Eint = CV (Tf � Ti) f i (expressão válida em qualquer processo com gás ideal) Antes de passarmos aos processos adiabáticos, vamos obter uma relação importante entre CP e CV reanalisando o balanço energético de um processo isobárico. �Eint = CP �T � P �V Vimos que, num processo isobárico: Como , obtemos:�Eint = CV (Tf � Ti) CV (Tf � Ti) = CP (Tf � Ti)� P (VF � Vi) P (Vf � Vi) = PVf � PVi = nRTf � nRTi = nR(Tf � Ti)Note que Portanto: CV (Tf � Ti) = CP (Tf � Ti)� nR(Tf � Ti) ) CV = CP � nR CP = CV + nR oi ainda, Processos adiabáticos Por definição, Q = 0 ) Wsobre = �Eint = CV (Tf � Ti) adiabata Processos adiabáticos Pode-se mostrar que, num processo adiabático e quase estático a combinacão PV � e´ constante gama é a constante adiabática do gás onde � = CP /CV TV ��1 e´ constante T�P 1�� e´ constante Usando que PV = nRT, demonstra-se facilmente que: adiabata CP > CV ) � > 1 Processos adiabáticos Pode-se mostrar que, num processo adiabático e quase estático a combinacão PV � e´ constante gama é a constante adiabática do gás onde � = CP /CV Usando que CP = CV + nR é simples mostrar que: adiabata CP > CV ) � > 1 CV = 1 � � 1 Comparando processos adiabáticos com isotérmicos 400 K 300 K 200 K adiabata P / 1 V � P / 1 V (nas adiabatas) (nas isotermas) As adiabatas caem mais rápido que as isotermas. Vemos isso, analisando os denominadores: V � > V , pois � > 1
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