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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO INSTITUTO DE ESINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO CURSO DE DIREITO 8° PERÍODO / MATUTINO MATHEUS SAMPAIO DA SILVA RESUMO DO CAPÍTULO 4° e 6 do livro Direito Financeiro e Econômico. Ana Carolina Equizzato. Imperatriz 2017 MATHEUS SAMPAIO DA SILVA Resumo apresentado ao Curso de Direito instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão/ Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão como requisito para obtenção de nota da 1 avaliação da matéria Direito Financeiro e Econômico. Professor: Márcio Fernando Morais Miranda Imperatriz 2017 I - CRÉDITOS ADICIONAIS A despesa pública não poderá ocorrer sem sua previa inclusão na Lei Orçamentária anual – LOA, como assevera o artigo 167, I, da Constituição federal. Dessa forma, a Lei Orçamentária anual não pode tratar de assunto alheio á previsão de receita e fixação de despesas, salvo a autorização para abertura de creditos suplementares e a contratação de operadores de creditos , ainda por antecipação de receita , nos termos da lei. Portanto, há duas espécies de créditos orçamentários, ou seja, dotações destinadas a cobrir determinadas despesas, que são: os créditos ordinários e os créditos adicionais; O primeiro é incluído na Lei Orçamentária Anual quando de sua elaboração configura autorizações para execução de determinadas despesas, vinculada a uma previsão de receitas. Já o segundo são créditos dirigidos a despesa não previstas ou são previstas de forma insuficiente na Lei Orçamentária. São classificados os créditos adicionais de acordo com o artigo 41, da lei 4.320/64, em: 1) créditos suplementares; 2) créditos especiais; 3) créditos extraordinários. Os créditos suplementares são os destinados ao reforço de dotação orçamentária, quando os créditos que já estão consignados se tornarem insuficiente durante o exercício financeiro; Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária especifica. Porém, e vedada à abertura de crédito especial sem previa autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes, bem como de previa exposição relativa. Constituição Federal, artigo 167, V, correlacionado com artigo 43, caput, da Lei 4.320/64. Os créditos extraordinários são as despesas urgentes e não previstas, em caso de guerra, comoção interna, calamidade publica, ou seja, em situações eventuais. Observa-se que a lei 4.320/64, no seu artigo 44, prever que os créditos extraordinários serão abertos por decreto do poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao poder Legislativo. II - CRÉDITO PÚBLICO A expressão crédito público tem duas acepções: na primeira, para designar a possibilidade de o Estado obter empréstimos junto a pessoas publicas ou privadas; em outra, quando o ente público e responsável pela concessão do empréstimo. Porém a maior parte dos autores utiliza a expressão para designar tão somente a atividade estatal de obtenção de empréstimo. Nesse sentido fale-se em crédito público como sinônimo de empréstimo público. O regime jurídico aplicável ao empréstimo público é o contratual, ou seja, pressupõe a manifestação de vontade da outra parte para disponibilização dos valores ao ente público com a expectativa de restituição posterior acrescida de juros e demais encargos. Trata-se ademais, de um contrato de Direito Público, pois envolve a necessidade de autorização orçamentária, com base no artigo 48, II e 165 § 8, parte final, da constituição Federal; controle pelo Senado Federal; necessidade de prestação de contas, entre outros aspectos que revelam a presença do interesse público na contratação. Quanto á origem ou capitação de recursos podem ser: internos: quando os valores são obtidos pelo Estado no seu próprio território, com observância da legislação pátria (é denominada dívida interna); externos: são obtidos junto a intuição estrangeiras públicas ou privadas, sob-regência do Direito internacional Público. (denominada Divida Externa). Quanta á forma ou liberdade de contratar; classificam-se em forcados, obrigatórios ou coativos: são empréstimos de subscrição compulsória. Em razão da própria natureza do empréstimo público, tal modalidade não poderia ser enquadrada como crédito público no direito brasileiro. O empréstimo compulsório é modalidade de tributo, diferente, do empréstimo público. Voluntários: são os empréstimos concedidos ao Estado pela livre vontade do investigador, geralmente junto ao mercado de capitais ou pela aquisição de títulos públicos. Quanto ao prazo ou duração de contrato: serão de longo prazo: são os empréstimos cujo prazo de amortização seja superior a 12 meses, bem como a emissão de títulos de responsabilidades do Banco Central do Brasil e as operações de creditos de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do orçamento. Artigo 29, §§ 2 e 3 da LRF; já o de curto prazo são os empréstimos cujo prazo se amortização seja inferior a 12 meses. Quanto ao resgatabilidade; podem ser perpétuos: são os empréstimos onde não há previsão de resgate do valor principal. Temporários: há prazo para amortização do principal, com acréscimo de juros e correção monetária. Quanto à classificação constitucional: há duas espécies, operação de crédito por antecipação de receita: são os empréstimos de curto prazo com objetivo de suprir eventual déficit de caixa e devem em regra ser devolvidos no mesmo exercício financeiro. São conhecidas pela sigla ARO- Antecipação de receitas orçamentária e Operações de créditos em Geral: são os empréstimos que não se enquadram na categoria acima. Limites na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) dispõe sobre a competência do Senado e do congresso Federal a fixação de limites globais da das dividas consolidarias e mobiliárias. São termos do artigo 30 caput. DA LRF Recondução das dívidas aos limites: se a dívida consolidaria de um ente da federação ultrapassar o limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ela conduzida até o termino dos três subsequentes, reduzindo o excedente pelo menos 25 por cento. Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido: São termos do artigo 31 da LRF. Condições para contratação de operação de créditos; o Ministério da fazenda vericará o cumprimento de limites e condições relativos á realização de operações de créditos de cada ente da federação inclusive as empresas por elas controladas direta ou indiretamente, caput artigo 32 da LRF O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo- beneficio o interesse econômico e social da operação e o entendimento das condições do artigo 32 § 1o.. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. Deverá atender a todas as exigências de operações de créditos em geral analisadas e mais as seguintes; artigo 38 e incisos da LRF: Será cabível a intervenção Federal nos estados e Distrito Federal se ocorrer a suspensão do pagamento da dividafundada por mais de dois anos. Na mesma hipótese será cabível a intervenção de municípios. (art.35,I da CF/88). O Supremo Tribunal Federal, contudo, tem interpretado referidas disposições no sentido de que só caberá a intervenção quando for possível o pagamento da dívida sem comprometimento de outros serviços essenciais. .
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