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Para satisfazer seus objetivos, as demonstrações contábeis devem proporcionar informações acerca da entidade, que juntamente com outros esclarecimentos constantes das notas explicativas, possam ajudar os usuários a terem uma visão das posições, econômica, patrimonial, financeira, do desempenho e dos Fluxos de Caixa, de forma a melhor qualificá-los para a tomada de decisão.
Conforme disposto no item 13 da ITG 2000 – Escrituração Contábil –, todas as Demonstrações Financeiras devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou do representante legal da entidade e do profissional da Contabilidade legalmente habilitado.
As demonstrações contábeis fornecem informações a respeito de:
Além das informações fornecidas pelas demonstrações contábeis, o processo de tomada de decisão também deve considerar outras, como, por exemplo:
• Condições econômicas gerais;
• Perspectivas para o setor (indústria, comércio e serviços);
• Eventos e clima políticos;
• Leis e regulações.
Decisões tomadas com base nas demonstrações contábeis
De acordo com a Resolução CFC nº 1.374/2011, as demonstrações contábeis devem satisfazer as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam-nas para a tomada de decisões econômicas, tais como:
• Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
• Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto
à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
• Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios;
• Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
• Determinar políticas tributárias;
• Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
• Elaborar e usar estatísticas da renda nacional;
• Regulamentar as atividades das entidades.
O nível de utilidade das informações contidas nas demonstrações contábeis varia conforme as suas características, na medida em que elas sejam mais ou menos:
• Relevantes;
• Fidedignas;
• Comparáveis;
• Verificáveis;
• Tempestivas;
• Compreensíveis.
Conjunto das demonstrações contábeis
O conjunto completo das demonstrações contábeis está previsto no item 10 da NBC TG 26 R4:
A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados na NBC TG 26 R4, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente.
Obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras
A obrigatoriedade de elaborar as demonstrações contábeis está contida nas seguintes legislações:
Imposto de Renda- artigo 274 do Decreto nº 3.000/1999
Normas do CFC – Resolução CFC nº1.185/2009 (NBC TG 26), alterada pela Resolução nº1.376/2011
Legislação Societária – artigo 176, incisos I a V, da Lei nº 6.404/1976
Deliberação CVM nº676/2011
A obrigatoriedade de elaborações divulgação das demonstrações financeiras varia conforme os seguintes tipos e portes da entidade:
PEQUENA E MEDIA EMPRESA (PME)
No que se refere às demonstrações contábeis para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), as seções 03 a 09 da NBC TG 1000 (R1), que trata da Contabilidade para empresas desse porte, cuidam da questão.
• Balanço Patrimonial (BP);
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
• Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) – que pode ser substituída pela DLPA;
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) – obrigatória se substituir a DRA ou a
DMPL;
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) – que pode ser substituída pela DLPA;
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
• Notas Explicativas (NEs).
De acordo com a redação da ementa da Lei nº 11.638/2007:
“[...] estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de
demonstrações financeiras”.
Há controvérsia quanto à obrigatoriedade de publicação das demonstrações financeiras pelas
sociedades limitadas de grande porte.
Entende-se por sociedade de grande porte as que tiverem ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões (parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 11.638/2007).
MICROEMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)
No que se refere às demonstrações contábeis para Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs), os itens 26 e 27 da Resolução CFC nº 1.418/2012, que aprova a ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, tratam da questão:
“A entidade deve elaborar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e as Notas Explicativas ao final de cada exercício social. Quando houver necessidade, a entidade deve elaborá-los em períodos intermediários.
A elaboração do conjunto completo das Demonstrações Contábeis, incluindo além das previstas no item 26, a Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do Resultado Abrangente e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, apesar de não serem obrigatórias para as entidades alcançadas por esta Interpretação, é estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade”.
As únicas sociedades obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras são aquelas constituídas por ações, de capital aberto ou fechado, com as seguintes exceções:
SOCIEDADE ANONIMA (AS)
• A companhia fechada que tiver menos de vinte acionistas, com Patrimônio Líquido inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá deixar de publicar suas demonstrações financeiras, desde que elas sejam arquivadas na Junta Comercial (artigo 294, inciso II, da Lei nº 6.404/1976);
• A companhia fechada, com Patrimônio Líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da DFC (artigo 176, parágrafo 6º, da Lei nº 6.404/1976);
• Apenas as companhias abertas estão obrigadas a elaborar e publicar a Demonstração do Valor Adicionado (inciso V do caput do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976).
O Capítulo XV da Lei nº 6.404/1976 trata das demonstrações financeiras, e o artigo 176 traz a relação das demonstrações contábeis, cujas elaboração e publicação são obrigatórias por parte das S.A.
A Deliberação CVM nº 676/2011 também trata dessas demonstrações.
São elas:
• Balanço Patrimonial (BP);
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA) – obrigatória se for companhia aberta;
• Notas Explicativas (NEs);
• Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão possam ser ou não negociados em bolsa ou em mercado de balcão.
Demonstrações contábeis e legislação do Imposto de Renda
No Brasil, a questão tributária tem elevada complexidade e demanda um amplo conhecimento por parte dos gestores.
Além da divulgação de informações a terceiros, as demonstrações contábeis são também utilizadas,
entre outros fins, no processo de prestação de contas dos administradores e para a apuração do
resultado sobre o qual, via de regra, incide o Imposto de Renda (IR).
A Lei nº 9.430/1996 estabelece que, a partir do ano-calendário de 1997, o IR das Pessoas Jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observada a legislação vigente.
Dessa forma, torna-se necessário que as empresas privadas brasileiras e as estrangeiras com operação no Brasil elaborem, ao final de cada período de incidência do IR, as demonstrações financeiras, de forma que seja possível apurar a base sobre a qual incidirá o IR.
O Decreto nº 3.000/1999 regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
Estrutura de capital das empresas
Para a doutrina contábil,o termo capital engloba, em sentido amplo, todas as origens e aplicações dos recursos (ativo, passivo e Patrimônio Líquido).
Por isso, precisamos diferenciar essa aplicação abrangente para a doutrina de seu sentido restrito, que nos remete apenas aos recursos dos sócios (capital social ou individual).
A estrutura de capital de uma empresa refere-se aos recursos que lhe financiam, que podem ser de duas origens:
Capital próprio ou Patrimônio Líquido (PL) – recursos dos acionistas ou proprietários da empresa.
Capital de terceiros (passivo) – recursos dos credores.
Nesse contexto, financiar a empresa significa alocar os recursos que têm origem no passivo e no PL em bens e direitos que integram o ativo.
Capital próprio X Capital de terceiros
Tanto o capital próprio quanto o de terceiros podem ser materializados por meio de materiais, produtos, mercadorias e dinheiro.
O capital próprio é composto pelos recursos que os sócios colocaram na organização, para realizar os investimentos necessários ao seu funcionamento.
Quando maior for o volume de capital próprio, maior será a participação dos sócios nos resultados, mas, por outro lado, também maiores serão seus riscos.
O capital de terceiros é comporto pelos recursos vindos de fora da sociedade, ou seja, não vem dos seus sócios.
Em relação ao capital de terceiros, deve-se considerar seu custo, que é traduzido pelos juros, pelas taxas e pelas margens de lucro dos fornecedores.
O capital de terceiros é remunerado com o resultado da atividade operacional da empresa.
Dessa forma, se a empresa tiver muito esse tipo de capital, terceiros usufruirão mais dos resultados da organização que, por outro lado terá menos riscos, pois os riscos são daqueles que a financiam, no caso terceiros (fornecedores, governo, bancos etc.).
Atividades e diferenças de estruturas de capitais
A estrutura de capital de uma empresa varia de acordo com o seu ramo de atuação.
Por exemplo, a estrutura de capital de um banco não tem a mesma estrutura de capital de uma indústria.
Um banco pode ter 10% de recursos de seus sócios, contra 90% de recursos de seus depositantes e outros credores que essa configuração será considerada confortável, mantendo a instituição em equilíbrio.
Por outro lado, uma indústria, normalmente, para ter uma configuração confortável, necessita de maior volume de capital de seus sócios e menor participação de terceiros.
Capital sob a perspectiva do ativo – capital circulante e capital fixo
Como vimos, o capital próprio e o capital de terceiros constituem a fonte de financiamento dos bens e direitos que integram o ativo.
Sob essa perspectiva, o capital traduzido em bens e direitos se classifica em dois grupos, conforme o grau de liquidez:
Ativo circulante
O conceito de capital circulante está relacionado com este grupo, que engloba os ativos que permanecem dentro da empresa por um curto período de tempo, de acordo com o ciclo operacional (normalmente um ano).
Esses bens são convertidos em espécie com maior rapidez (realizáveis), ou já estão disponíveis, normalmente em dinheiro (uso imediato).
O inciso I do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976 aponta os itens que devem ser classificados no grupo ativo circulante.
Ativo não circulante
O conceito de capital fixo está relacionado com este grupo, especialmente no que se refere ao subgrupo ativo imobilizado, que é integrado por bens necessários ao funcionamento da empresa e que não desaparecem em um único ciclo operacional da empresa.
O capital fixo vai sendo reduzido em função da depreciação, amortização ou exaustão, resultantes da ação do tempo, da utilização ou da obsolescência.
Os incisos III, IV e V do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976 definem os itens que devem ser classificados no grupo ativo não circulante.

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