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TIPO PENAL
NOS CRIMES CULPOSOS
1. Culpa
Elemento normativo da conduta 
(sua verificação necessita de um 
prévio juízo de valor).
2. Elementos
a) conduta (sempre voluntária);
b) resultado involuntário;
c) nexo causal;
d) tipicidade;
e) previsibilidade objetiva;
f) ausência de previsão (OBS: NA 
CULPA CONSCIENTE 
INEXISTE ESSE ELEMENTO).
g) quebra do dever objetivo de 
cuidado por meio da imprudência, 
imperícia ou negligência.
3. Previsibilidade objetiva
Possibilidade de qualquer pessoa 
dotada de prudência mediana 
prever o resultado.
*Princípio do risco tolerado
Comportamento perigoso que, por 
caráter emergencial, não pode ser 
evitado. A ação, mesmo arriscada, 
deve ser praticada, e aceitos 
eventuais erros, dado que não há 
outra solução.
*Princípio da confiança
As pessoas agem de acordo com a 
expectativa de que as outras 
atuarão dentro do que lhes é 
normalmente esperado.
4. Inobservância do dever 
objetivo de cuidado
Quebra do dever de cuidado 
imposto a todos.
5. Modalidades de culpa:
a) Imprudência
ação descuidada;
b) Negligência
abstenção de um comportamento 
devido;
c) Imperícia
inaptidão técnica em profissão ou 
atividade.
6. Espécies de culpa
a) Culpa inconsciente:
culpa sem previsão, em que o 
agente não prevê o que era 
previsível;
b) Culpa consciente:
o agente prevê o resultado, mas 
afasta a possibilidade de 
ocorrência.
c) Culpa imprópria:
o agente por erro de tipo 
inescusável, supõe estar diante de 
uma causa de justificação que lhe 
permita praticar, licitamente, um 
fato típico.
d) Culpa presumida
o agente causa o resultado apenas 
por ter infringido uma disposição 
regulamentar. Por se tratar de uma 
forma de responsabilidade objetiva 
já não está prevista na legislação 
penal.
e) Culpa mediata ou indireta
o agente produz indiretamente um 
resultado a título de culpa. 
Pressupõe a existência do nexo 
causal (que o agente tenha dado 
causa aos segundo evento) e nexo 
normativo (que tenha contribuído 
culposamente para ele).
7. Graus de Culpa
a) grave
b) leve
c) levíssima
O juiz deve levar em conta a 
natureza da culpa no momento de 
dosar a pena concreta, nos termos 
do art. 59, caput do CP.
8. Compensação de culpas
Não existe em Direito Penal;
9. Concorrência de culpas
Ocorre quando dois ou mais 
agentes, em atuação independente 
uma da outra, causam resultado 
lesivo por imprudência, 
negligência ou imperícia. Todos 
respondem pelos eventos lesivos;
10. Excepcionalidade do crime 
culposo – Um crime só pode ser 
punido como culposo quando 
houver expressa previsão legal 
(CP, art. 18, parágrafo único).
11. Participação em crime 
culposo
Divergência doutrinária:
1ª Posição:
No tipo culposo, em que não existe 
descrição de conduta principal, 
mas tão somente previsão genérica, 
não se admite participação. Toda 
ocorrência culposa para o resultado 
constituirá crime autônomo.
2ª Posição:
A participação é possível, bastando 
a identificação do núcleo do tipo, 
sendo considerado autor que o 
realiza e partícipe aquele que 
concorre de qualquer modo, sem 
cometer o núcleo da ação verbal.

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