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MICROECONOMIA E MACROECONOMIA AULA 02 – MICROECONOMIA Microeconomia é o campo de estudos da Economia que observa mercados específicos, o equilíbrio parcial, as partes que compõem um todo. Oferta e Demanda Professora: Heloísa de Puppi e Silva CONTEÚDO 1. MERCADO (OFERTA E DEMANDA) 2. LÓGICA DA OFERTA (LIMITES DA PRODUÇÃO): O COMPORTAMENTO DO PRODUTOR 3. PRODUÇÃO: ESTRUTURA PRODUTIVA (PREÇO E QUANTIDADE) 4. FUNÇÃO DA OFERTA E CURVA DE OFERTA (PREÇO E QUANTIDADE) 5. FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA OFERTA 6. DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA 7. A DIFERENÇA ENTRE OFERTA E QUANTIDADE OFERTADA 8. A EQUAÇÃO DA OFERTA 9. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 10. MERCADO (OFERTA E DEMANDA) 11. LÓGICA DA DEMANDA (LIMITES DO CONSUMO) 12. CONSUMO: ESTRUTURA DE CONSUMO (PREÇO E QUANTIDADE) 13. FUNÇÃO DA DEMANDA E CURVA DE DEMANDA (PREÇO E QUANTIDADE) 14. FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA DEMANDA 15. DESLOCAMENTOS DA CURVA DE DEMANDA 16. A DIFERENÇA ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA 17. A EQUAÇÃO DA DEMANDA 18. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA CONTEXTUALIZAÇÃO Sistemas Econômicos (Economia Mista) Ambientes da Competitividade para posicionamento Estratégico Estudamos na Aula 01 conhecimentos gerais da lógica econômica. Vimos conteúdos que serão utilizados como base para a aproximação da Microeconomia. Observe a figura do Fluxo Circular da Renda. Ela expressa o funcionamento da atividade econômica como um todo. A Microeconomia se ocupa de partes que compõem este todo. Nesta Aula 02 trabalharemos sobre o entendimento das forças da Oferta e da Demanda, que se encontram nos Mercados. A figura que se segue expressa uma Economia Mista, em que famílias, empresas e governo interagem decidindo o que produzir, para quem produzir e como produzir. Lembre-se que famílias ofertam fatores de produção e empresas os demandam para a produção de bens e serviços. Assim é possível compreender que, ao se comportarem para sua própria sobrevivência, os agentes da economia assumem ora papel de oferta, ora papel de demanda e se encontram nos mercados. Neste caso, falamos sobre o Mercado de Fatores de Produção. No entanto, o mesmo ocorre para os demais bens e serviços transacionados no sistema econômico. Famílias ofertam fatores de produção esperando receber juros, lucros, salários, aluguéis e royaties. Com Esta remuneração podem adquirir bens e serviços a sua satisfação, a sua felicidade e sobrevivência. Empresas também atuam da mesma forma. Ofertam bens e serviços esperando uma remuneração para continuarem sobrevivendo no mercado por meio da produção. Desta forma, se estabelece a competição entre ofertantes de fatores de produção ou empresas que competem no mercado de bens e serviços. A capacidade de a empresa sobreviver no mercado é chamada de Competitividade Empresarial. Isto passa por um processo de autoconhecimento, conhecimento do meio e decisão estratégica de posicionamento. Para autoconhecimento a empresa observa variáveis internas e para conhecimento do meio, neste caso o mercado em que atua, observa informações sobre a oferta e a demanda dos bens ou serviços que oferta. Para se posicionar estrategicamente uma empresa precisa conhecer as características do seu mercado consumidor, dos seus competidores e da estrutura de mercado em que participa. Estas informações também estão de acordo com o entendimento sobre a característica de um bem, que pode ser homogêneo ou diferenciado. Para o estudo de Oferta, Demanda e Mercado consideraremos a suposição teórica de concorrência perfeita, em que os bens são homogêneos e não há barreiras à entrada ou a saída mercados. Fluxo Real Fluxo Monetário $ Fluxo Circular da Renda Empresas Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores Famílias Oferta Oferta Demanda Oferta $ Demanda Oferta $ Demanda $ Demanda $ Governo Empresas Mercado de Fatores Famílias Oferta Demanda Empresas Mercado de Bens e Serviços Famílias Demanda Oferta Competitividade Empresarial 1 MERCADO (OFERTA E DEMANDA) A proposta deste Aula 03 é primeiramente explorar o comportamento do produtor e posteriormente o do consumidor porque nós, desde os primeiros anos de idade, nos comportamos como demanda, apesar de sermos analogamente uma estrutura produtiva. Assim, o raciocínio do comportamento da demanda já faz parte de nosso cotidiano. Por exemplo, desde criança vamos a banquinhas de revista, supermercados e panificadoras desejando adquirir figurinhas, sorvetes e outros bens para nos satisfazermos. Levamos dinheiro e decidimos o que compraremos com aquilo que está em nosso bolso, de modo a maximizar nossa satisfação. Nós nos comportamos como consumidores diariamente e, por isso, a lógica de entendimento da demanda é “fácil” a nossa compreensão. O desafio está em absorvermos a lógica do produtor e começaremos nossos estudos a partir dela. Como nos comportar com o raciocínio de produtores? 2 LÓGICA DA OFERTA (LIMITES DA PRODUÇÃO): O COMPORTAMENTO DO PRODUTOR Comportamento do produtor Produção e estrutura produtiva Lei dos rendimentos decrescentes O Agente que representa a Oferta é o Produtor, ou as empresas, que orienta suas decisões pela maximização dos ganhos de produtividade. Esse Agente possui uma estrutura produtiva com determinada capacidade de produção. Tal estrutura tem limites e Sobrevivência no Mercado Sobrevivência Empresarial Competitividade Empresarial Conhecimento; Redução de Incertezas; Tomada de Decisão Autoconhecimento ► Conhecimento do Ambiente ► Posicionamento Estratégico Empresarial Redução do risco, elaboração do: planejamento, orçamento, cenários, ... Variáveis internas e variáveis externas. Análise da Competitividade. Sou e, ou, tenho uma estrutura produtiva. Quanto eu quero produzir? Qual é o preço que irei cobrar pela oferta do bem ou serviço? Depois que eu pensar sobre a minha capacidade de produzir e o valor que espero receber, vou ao mercado para conhecer a demanda. Se eu quero sobreviver no mercado, eu preciso ser produtivo para otimizar a produção! Mas, há um limite da estrutura produtiva. O uso da capacidade instalada esgota, de acordo com um volume produzido em um determinado período de tempo. Por isso, os rendimentos de uma estrutura produtiva são decrescentes. os níveis de produção são determinados a partir do preço de mercado. Há elementos que fazem a capacidade produtiva ampliar ou reduzir. O limite da produção está expresso pela observação da Lei dos Rendimentos Decrescentes. Dada uma estrutura produtiva, física, fixa, a medida em que adicionamos fatores variáveis a produção cresce a taxas cada vez menores. Este entendimento ficará mais claro na Aula 04. Por enquanto, pense no funcionamento de uma batedeira para fazer um bolo. A batedeira representa uma estrutura física, fixa, ou seja, uma capacidade de produção. Os ingredientes representam os fatores variáveis utilizados na produção do bolo. Quando começamos a colocar os ingredientes na batedeira, no início, o volume é baixo e a batedeira não mistura os ingredientes da melhor forma. Mas, ao adicionarmos mais ingredientes, atingiremos o nível ótimo de utilização da máquina e ela misturará a massa da melhor forma. No entanto, se continuarmos colocando ingredientes, irá transbordar e não teremos o melhor rendimento da mistura. Um volume muito alto de fatores variáveis causa perda de produtividade e pode levar ao prejuízo. Isto quer dizer que os rendimentos da capacidadeinstalada foram reduzindo, se tornaram decrescentes, no decorrer do incremento de fatores variáveis, chegando ao ponto que passou a ocorrer prejuízo. Outro exemplo da Lei dos Rendimentos Decrescentes está na troca de marchas de um carro. A cada marcha é dada uma nova capacidade. Um carro tem a melhor velocidade, combinado ao melhor “giro”, para reduzir o desgaste de peças e o consumo de combustível. Toda estrutura física, fixa, máquinas, equipamentos, obedece à Lei dos Rendimentos Decrescentes e, portanto, possui um nível ótimo de funcionamento. O comportamento da Oferta também tem em mente a Lei dos Custos Crescentes. Se temos apenas um mundo que nos fornece fatores de produção, quanto mais os recursos se tornam escassos, maior será o valor monetário dos insumos, ao menos que ocorram avanços tecnológicos significativos. Além disso, ao menos que estejamos falando de um monopólio, o Produtor nunca está sozinho, ele participa de uma Oferta de Mercado. A somatória das Ofertas Individuais determina a Oferta de Mercado. Há diversos produtores de um mesmo bem em um mercado. O conjunto destes determina a Oferta de Mercado. Qual é a diferença entre Oferta individual e Oferta de Mercado (M)? Px Preço do Bem x Quantidade do Bem x Oferta do Bem x Qox1 Qox2 0 Ox1 + Ox2 = OxM QoxM 3 PRODUÇÃO: ESTRUTURA PRODUTIVA (PREÇO E QUANTIDADE) Função da Oferta Fatores que alteram a Oferta Equação da Oferta É importante lembrar que a Oferta é uma estrutura produtiva, relacionada à capacidade, disposição e aptidão dos produtores em ofertarem um determinado bem ou serviço em um determinado período de tempo. Essa estrutura é composta de combinações de preço e quantidade produzida de um bem ou serviço. A oferta é uma Estrutura Produtiva. Oferta é o desejo, a capacidade, a vontade de produzir bens e serviços em um determinado período de tempo. A maioria dos livros de Economia abordam o conceito de “lucro”, que, diante do contexto atual de comportamento para a sustentabilidade, pode ser entendido como competitividade empresarial, que considera o meio em que a firma está inserida para a sua sobrevivência. Há, portanto um interesse das firmas, em garantir melhores condições de vida ao entorno, para que seja possível sobreviver no mercado. Isto não descarta a lógica de que quanto maior for o preço de um bem, mais o produtor estará capaz e disposto a produzir. 4 FUNÇÃO DA OFERTA E CURVA DE OFERTA (PREÇO E QUANTIDADE) Quanto maior for o preço que eu conseguir vender o bem ou o serviço que eu oferto, mais insumos eu consigo comprar e mais eu consigo produzir. Oferta é... Eu quero maximizar produtividade para sobreviver no mercado. Então, quanto eu quero produzir? Qual é o preço que eu posso cobrar em cada nível de produção? Qual é o preço que eu posso cobrar para cada quantidade que a demanda estiver disposta a absorver? P1 Q1 Preço do Bem x Quantidade do Bem x Q2 P2 0 Oferta do Bem x Ox Quanto maior for o preço, mais eu consigo produzir. A Capacidade Produtiva ou Oferta está expressa por esta reta. Nela há diversas combinações de preço e quantidade. Essa estrutura produtiva depende de: (πx); (S); (Pi); (T). Observe no gráfico que quanto maior for o preço do bem x, maior é a quantidade ofertada do bem x. Assim, para P1 há a quantidade Q1 e para o P2 há a quantidade Q2. Isto também pode ser escrito da seguinte forma: para Px1 temos Qox1; e para Px2 temos Qox2. Isto quer dizer que a quantidade ofertada do bem x (Qox) está em função do preço do bem x (Px). Portanto: Qox = f(Px). Vamos pensar como isto ocorre. Você tem uma estrutura produtiva de meias ou uma capacidade de produzir meias. O custo de produção de cada meia é de $1,50. (Supondo uma reta) Se você vender uma meia por $1,50, você conseguirá comprar insumos para produzir uma meia. No entanto, se você vender uma meia por $3,00, conseguirá comprar insumos para produzir duas meias. Neste caso: Se Px = $1,50 >>> Qox = 1 unidade; e Se Px = $3,00 >>> Qox = 2 unidades. Portanto, dada uma estrutura produtiva (Ox), quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada do bem. Em outros termos isto reflete em maior Receita para a empresa, visto que Receita Total = Preço x Quantidade; e Resultado = Receita Total – Custo Total. Caso o custo dos fatores permaneça constante, um aumento no preço trará maior Resultado para a Empresa. O Resultado pode ser positivo (Lucro) ou negativo (Prejuízo). Veja que nós fizemos a suposição de uma reta, mas sabemos que se produzirmos uma meia por $1,50, teremos que pagar mais coisas além de insumos que não permitirão produzir uma nova meia por apenas $1,50. Este é o comportamento da prática, porque a Oferta, na prática, se comporta como uma Curva. 5 FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA OFERTA OFERTA Preço do Bem x (Px) <> Quantidade do Bem x (Qox) Qox = f(Px) Custo de Produção, dos Fatores de Produção ou preço dos insumos (πx); Preço dos outros bens (Pi); Sazonalidade (S); Tecnologia (T); e todos os demais fatores que alterarem a vontade, o desejo, a capacidade de produzir bens e serviços em um determinado período de tempo. Por que a inclinação da Curva de Oferta é positiva? Porque quanto maior o preço maior a quantidade ofertada. Preço (Px) e quantidade ofertada do próprio bem x (Qox) não alteram a estrutura produtiva, ou seja, não alteram a Oferta (Ox). As variáveis que alteram a vontade, o desejo e capacidade de ofertar um bem em um determinado período de tempo são o preço dos outros bens, o preço dos insumos, a sazonalidade e a tecnologia. Retome o exemplo da produção de meias. Quando você produziu uma meia e vendeu por $1,50 e depois produziu uma meia e vendeu por $3,00, nada aconteceu com sua capacidade produtiva de meias. A estrutura produtiva continuou a mesma, o que alterou foi o preço e a quantidade. Quando se altera o preço e a quantidade os deslocamentos ocorrem sobre a reta e não deslocam a reta. Isto quer dizer que quando altera o preço do bem x (Px), isto não altera sua capacidade de produzir (Ox), apenas a quantidade do bem x (Qox) que esta estrutura produtiva pode atingir ao receber mais ou menos insumos de produção. 6 DESLOCAMENTOS DA CURVA (Reta – equação de primeiro grau) DE OFERTA O gráfico abaixo mostra um exemplo do que seria o aumento ou a redução de uma capacidade produtiva. Também quer dizer o aumento ou a redução da Oferta do Bem x, que podem ser expressos pelo deslocamento à esquerda ou à direita da Curva de Oferta do Bem x. Os demais fatores como sazonalidade (S), preço dos outros bens (Pi) e tecnologia (T), também interferem na vontade, no desejo ou na capacidade de produzir o bem x. Qox1 Preço do Bem x Quantidade Ofertada do Bem x Px Oferta do Bem x QoxB Ox1 = f(πx1; T; S; Pi; ...) OxB = f(πxB ; T; S; Pi; ...) Tome como situação inicial a reta Ox1. Caso ocorra um aumento no custo de produção, a capacidade produtiva será menor OxA. Por outro lado, caso o custo de produção seja menor, a capacidade produtiva será maior OxB. Isto implica em deslocamentos da reta de oferta. Veja que o preço (Px) permaneceu o mesmo. O que alterou foi a capacidade produtiva, de acordo com o custo de produção, e consequentemente a quantidade que se pode ofertar a um determinado preço, variando a estrutura produtiva.Assim: Ox1 é maior que OxA (Ox1>OxA); e Ox1 é menor que OxB (Ox1<OxB). Ainda, OxA e QoxA são menores que OxB e QoxB “coeteris paribus”!!! Mantidas as variáveis T; S e Pi constantes. Incluindo Px. 0 QoxA OxA = f(πxA ; T; S; Pi; ...) Um exemplo de sazonalidade seria a produção de meias de lã no inverno. Se Ox for a oferta de meias de lã, OxB será maior no inverno. Desloca-se a curva de oferta (Ox) para a direita. Para as variações de preços dos outros bens podemos citar a escolha entre a produção de meias curtas (Ox) ou meias longas (Oi). Quando houver a suposição de dois bens, lembre-se de denominar o que seria cada um para não fazer confusão (x = meias curtas e i = meias longas). Neste caso, a oferta guia suas escolhas pelo maior ganho. Se o Bem x forem meias curtas (Ox) e preço de meias longas (Pi) estiver maior, o produtor preferirá aumentar a capacidade produtiva de meias longas (Oi) e reduzir a produção de meias curtas (Ox) para ter maiores retornos e produzir mais, isto deslocará a curva de oferta (Ox) para a esquerda. Lembre-se que quanto maior o preço, maior a quantidade e há uma tendência de haver maiores ganhos de competitividade. Note que não é possível visualizar o gráfico de meias longas. Ele seria expresso por Oi, com combinações de Pi e Qoi. Caso ocorra um avanço tecnológico, a capacidade produtiva de meias aumentará e isto pode ser expresso por um deslocamento à direita da curva de oferta. 7 A DIFERENÇA ENTRE OFERTA E QUANTIDADE OFERTADA Para o produtor, de acordo com a vontade, o desejo e a aptidão de produzir um determinado bem (Ox), em um período de tempo, a quantidade ofertada está em função do preço (Qox = f(Px)). De acordo com o comportamento do produtor em se tornar mais Qox1 Preço do Bem x Quantidade Ofertada do Bem x Px Oferta do Bem x QoxA Ox1 = f(πx; T; S; Pi; ...) OxA = f(πx; T ; S; Pi; ...) Veja que o preço (Px) permaneceu o mesmo. O que alterou foi a capacidade produtiva, de acordo com o avanço tecnológico, e consequentemente a quantidade que se pode ofertar a um determinado preço, variando a estrutura produtiva. Assim: OxA é maior que Ox1 (OxA>Ox1); Ainda, OxA e Qox1. “coeteris paribus”!!! Mantidas as variáveis πx; S e Pi constantes, incluindo Px. competitivo, ou de a maximizar seu resultado, a relação entre Quantidade Ofertada e Preço é direta, determinando também a inclinação positiva da Curva de Oferta. Oferta não é a venda de um bem, mas a vontade, o desejo e a capacidade de produzir um determinado produto em um período de tempo, de acordo com o preço dos outros bens, custo de produção, sazonalidade e tecnologia Ox = f (Pi; πx; S; T;...). A quantidade ofertada está em função do preço (Qox = f(Px)). Qox e Px compõem Ox. 8 A EQUAÇÃO DA OFERTA Caso a Curva de Oferta seja considerada uma reta, sua equação seria: Qox = a + b.Px Onde: QOx –> Quantidade Ofertada do bem x a –> Intercepto + –> Relação direta entre as variáveis preço (Px) e quantidade ofertada (Qox) b –> Inclinação da Curva (determinante da ELASTICIDADE) Px –> Preço do bem x Sabendo que a quantidade ofertada do bem x depende do preço do bem x, Qox = f(Px), Suponha que uma capacidade produtiva (Ox) seja expressa por: Qox = 20 + 15(Px); Se o preço do bem x for $1,50, temos que Qox = 20 + 15(1,50); Então, Qox = 20 + 22,50; e Assim, para o preço de $1,50 >>> Qox = 42,5 unidades. 9 ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA Elasticidade-preço da Oferta A Oferta pode ser mais sensível ou menos sensível às variações de preços. Denominamos isto de elasticidade-preço da Oferta. Uma estrutura produtiva tem diversas combinações de preço e quantidade. Uma oferta tem combinações de preço e quantidade ofertada. Qox = a + b(Px) Supondo uma reta... P1 P Quantidade do Bem x Q2 P2 0 Oferta do Bem x Oxa Oxb Q1 Q2 mais inelástica mais elástica Q1 Preço do Bem x Comparando duas Curvas de Oferta (Oxa) e (Oxb) é possível observar aquela que é mais sensível ou menos sensível à variação de preços. Para cada unidade de variação do preço, comparativamente, a quantidade ofertada de Oxa é menor que a variação da quantidade de Oxb. Isto quer dizer que Oxa é mais inelástica que que Oxb, ou que Oxb é mais elástica que Oxa. Caso ocorra uma variação nos preços para cima, Oxb terá maiores ganhos que Oxa. O entendimento de elasticidade-preço da oferta ficará mais claro na Aula 04. A elasticidade está de acordo com o coeficiente de inclinação das curvas, dado pelo fator “b” na equação da oferta. Qox = a + “b”.(Px). 10 MERCADO (OFERTA E DEMANDA) Cada um de nós é uma capacidade de consumo. Temos uma estrutura de consumo para cada bem que desejamos adquirir para ficarmos satisfeitos e felizes. Uma cesta bens e serviços que, em determinadas combinações, nos trazem satisfação. Nascemos em um Sistema Econômico que nos envia mensagens de todos os lados dizendo “compre”, “compre”, “compre”. Aí decidimos aquilo que cabe a nossa sobrevivência, à realização dos nossos sonhos e à felicidade. Quando estamos em casa pensando o que queremos adquirir, refletimos sobre a quantidade e preço que estaríamos aptos e dispostos a pagar para ficarmos satisfeitos. Quando acessamos a internet, vamos ao supermercado ou a feiras nos deparamos com a oferta de bens e serviços e ocorre a formação dos diversos mercados. No entanto, dificilmente somos os únicos a demandar. Assim, a somatória das Demandas Individuais determina a Demanda de Mercado. Há diversos consumidores de um mesmo bem em um mercado. O conjunto destes determina a Demanda de Mercado. Preço do Bem x Quantidade do Bem x 0 Oferta do Bem x P1 P2 Q1 Q2 P2 P1 P2 P2 Q1 Q2 mais inelástica mais elástica Ox = f(πx; Pi; S; T; ...) Em uma mesma Curva de Oferta (Ox) é possível observar que, de acordo com a Lei dos Rendimentos Decrescentes, no início da produção (mais próximo de zero unidades), uma variação de preços provoca um aumento significativo na quantidade ofertada do bem x (a oferta é mais elástica). No entanto, quando se está esgotando a capacidade produtiva, uma mesma variação de preços não reflete em aumento na quantidade ofertada do bem x (a oferta é mais inelástica). Isto quer dizer que uma estrutura produtiva esgota e que chegará um determinado momento em que o aumento do preço do bem não aumentará a produção, ao menos que realize novos investimentos. Este entendimento ficará mais claro na Aula 04. Px Preço do Bem x Quantidade do Bem x Demanda do Bem x Qdx1 Qdx2 0 Dx1 + Dx2 = DxM QdxM Qual é a diferença entre Demanda individual e Demanda de Mercado (M)? Competitividade Individual 11 LÓGICA DA DEMANDA (LIMITES DO CONSUMO): O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Comportamento do consumidor Consumo e estrutura de consumo Lei da utilidade marginal decrescente O Agente que representa a Demanda é o Consumidor ou as famílias, que orientam suas decisões pela maximização da satisfação, que, por sua vez, está relacionada à Lei das Utilidades Marginais Decrescentes. Esse Agente possui uma estrutura de consumo com determinada capacidade de aquisição de bens e serviços. Tal estrutura tem limitese os níveis de consumo são determinados a partir do preço de mercado. Ainda sobre esta estrutura consumidora, a Demanda, vale ressaltar que há forças que podem fazê-la variar, ampliando-a ou reduzindo-a. Além disso, o Consumidor nunca está sozinho, ele participa de uma Demanda de Mercado. Depois de conhecer as Teorias do Consumidor ou da Demanda é possível supor o comportamento dos consumidores em busca da felicidade. Ou seja, todo o comportamento do consumidor baseia-se na maximização da satisfação! Sobrevivência no Mercado Sobrevivência Individual Competitividade Individual Conhecimento; Redução de Incertezas; Tomada de Decisão Autoconhecimento ► Conhecimento do Ambiente ► Posicionamento Estratégico Individual Sonhos, Redução do risco de sobrevivência, Elaboração do: planejamento, orçamento, cenários, ... Autoconhecimento e conhecimento do mundo em que vive. Busca da Felicidade. Sou uma estrutura de consumo. Quanto eu quero adquirir? Qual é o preço que irei pagar pelo bem ou serviço? Depois que eu pensar sobre a minha capacidade de adquirir e o valor que espero desembolsar, vou ao mercado para conhecer a oferta. Se eu quero sobreviver e ser feliz eu preciso pensar em como maximizar a minha satisfação! Mas, há um limite da estrutura de consumo. A capacidade de adquirir bens e serviços esgota, de acordo com um volume adquirido em um determinado período de tempo. Por isso, a percepção sobre a utilidade dos bens é decrescente. O comportamento do Consumidor ou da Demanda baseia-se na busca pela maximização da satisfação, orientada pela Lei das Utilidades Marginais Decrescentes A Lei da Utilidade Marginal Decrescente diz que dada uma capacidade de consumo, a medida em que se adquire unidades de um bem ou serviço a satisfação esgota, para um determinado período de tempo. Os exemplos mais corriqueiros nos livros é o do chocolate ou o do copo de água. A primeira unidade é aquela que lhe trará mais satisfação. As próximas trarão percepções diferentes e a cada unidade a mais adquirida você se tornará mais satisfeito ao ponto que não será mais possível ingerir um chocolate ou copo de água naquele momento. Quando isto ocorrer, você se sentirá saciado em relação ao bem ou serviço por um determinado período de tempo. Por outro lado, suas escolhas e consumo também estão atrelados a ideia de quanto maior preço de um bem, menor sua capacidade ou disposição a consumi-lo. Há, também, uma relação entre a característica dos bens com relação ao consumo: bens normais, bens inferiores e bens de luxo. Você pode pesquisar livremente na internet sobre estas características, mas para estudarmos o comportamento da demanda faremos a suposição teórica de bens homogêneos e a inexistência de custo de mudança ou efeitos da curva de aprendizagem sobre nossas escolhas. 12 CONSUMO: ESTRUTURA DE CONSUMO (PREÇO E QUANTIDADE) Função da Demanda Fatores que alteram a Demanda Equação da Demanda É importante lembrar que a Demanda é uma estrutura de consumo, relacionada à vontade, capacidade, disposição e aptidão dos consumidores em demandarem um determinado bem ou serviço em um período de tempo. Essa estrutura é composta de combinações de preço e quantidade procurada de um bem ou serviço. A demanda é uma Estrutura de Consumo Demanda não é a compra de um bem, mas a vontade o desejo e a capacidade de adquirir um determinado produto em um período de tempo. Ou seja, é a procura! A maioria dos livros de Economia abordam o conceito de satisfação, que, diante do contexto atual de comportamento para a sustentabilidade, pode ser entendido como a sobrevivência ou a felicidade dos indivíduos, de acordo com a condição de vida que se encontra. Há, portanto um interesse das pessoas, em se comportarem pensando em Quanto maior for o preço do bem ou do serviço que eu oferto, menor a quantidade que eu estou apto a disposto a adquirir. Oferta é... melhores condições de vida ao seu entorno, para que seja possível a coexistência de todos no mundo. Os pensamentos sobre reciclagem e redução do consumo fazem parte do comportamento de milhares de pessoas, mas ainda está atrelado a ideia de quanto maior o preço menor a quantidade. Nossa renda ainda limita nossas escolhas, embora haja evidências de mudanças no comportamento do consumo diante da crise ambiental e financeira. Isto mostra que diante do contexto da sustentabilidade, pode ser que ocorram alterações nas teorias da demanda, da oferta ou sobre o equilíbrio dos mercados. Diante da ideia de consumo sustentável, logística reversa e ações de responsabilidade social, há evidências sobre a alteração dos comportamentos de firmas e indivíduos em relação às escolhas que se realizam para a produção ou consumo, de bens e serviços e também diante das variações de preços. Também há evidências de escambo em comunidades locais e na internet, que mostram alterações na percepção no valor “das coisas”. Aí surge a questão de qual é o valor essencial à vida? Em termos teóricos, vale lembrar que, no início da produção industrial, a oferta determinava a demanda, pela limitação da produção e pela falta de opções ao consumidor. Com a produção em massa e com a variedade e diversidade de bens e serviços, hoje, para grande parte da população mundial, a demanda determina a oferta. Ou seja, de acordo com seu gosto e consciência, o consumidor escolhe aquilo que deseja adquirir. Precisamos atentar para a possibilidade de um cenário com condições precárias de sobrevivência. Muitas localidades globais já se deparam com esta realidade e talvez cheguemos em um momento que nosso consumo seja limitado pela incapacidade de regeneração do solo, água, ar. Aí, a oferta voltaria a determinar a demanda e será que teríamos renda suficiente para adquirir bens e serviços com altos custos de produção, oriundos da escassez de recursos? Por isso, precisamos pensar em alternativas para aumentar a produtividade, considerando as questões do entorno e da sobrevivência da espécie humana no planeta. Estas suposições que acabei de apresentar a você são evidências que estão presentes em jornais, revistas e relatórios de institutos de pesquisa. Veja os relatórios da ONU. No entanto, a teoria econômica ainda não sofreu alterações significativas. Alterações teóricas são possíveis de ocorrer, mas as Leis do Comportamento Humano seguem pela Utilidade Marginal Decrescente e pelos Rendimentos Marginais Decrescentes. 13 FUNÇÃO DA DEMANDA E CURVA DE DEMANDA (PREÇO E QUANTIDADE) Observe no gráfico que quanto maior for o preço do bem x, menor é a quantidade demandada do bem x. Assim, para P1 há a quantidade Q1 e para o P2 há a quantidade Q2. Isto também pode ser escrito da seguinte forma: para Px1 temos Qdx1; e para Px2 temos Qdx2. Isto quer dizer que a quantidade ofertada do bem x (Qdx) está em função do preço do bem x (Px). Portanto: Qox = f(Px). Vamos pensar como isto ocorre. Você tem uma capacidade de consumo de meias ou uma vontade de adquirir meias. Você tem uma reserva de $3,00 para a compra de meias. (Supondo uma reta) Se o preço da meia for $1,50, você não poderá adquirir duas meias. No entanto, se o preço da meia for $3,00, conseguirá comprar apenas uma meia. Neste caso: Se Px = $1,50 >>> Qox = 2 unidade; e Se Px = $3,00 >>> Qox = 1 unidades. Portanto, dada uma estrutura de consumo (Dx), quanto maior o preço, menor a quantidade demandada do bem. Veja que nós fizemos a suposição de uma reta. Mas, na prática, estamos de acordo com a Lei da utilidade Marginal Decrescente e a Demanda (Dx) se comporta como uma Curva.Eu quero maximizar a satisfação para sobreviver e ser feliz. Então, quanto eu quero adquirir? Qual é o preço que eu posso pagar por determinadas quantidades de bens e serviços? Qual é o preço que eu posso pagar para cada quantidade que a oferta esteja disposta a ofertar? P1 Q2 Preço do Bem x Quantidade do Bem x Q1 P2 0 Demanda do Bem x Dx Quanto maior for o preço, menor o número de unidades que eu consigo adquirir. A Capacidade de Consumo ou Demanda está expressa por esta reta. Nela há diversas combinações de preço e quantidade. Essa Estrutura de Consumo depende de: (G); (R); (Pi); (T). 14 FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA DEMANDA A Demanda de um bem (Dx), ou seja, a vontade, o desejo, a capacidade de aquisição de um determinado bem em um período de tempo, pode ser alterada, coeteris paribus, pela variação do preço dos outros bens, substitutos ou complementares, pelo gosto do consumidor, pela sazonalidade, pela renda, entre outras variáveis. Assim, a Demanda de um bem (Dx) está em função do preço de outros bens (Pi), do gosto do consumidor (G), da sazonalidade (S) e da renda do consumidor (R). Dx = f (Pi; G; S; R;...). Lembre-se de que preço (Px) e quantidade (Qdx) estão de acordo com a estrutura consumo, ou melhor, Demanda (Dx) e não alteram ou deslocam a Demanda. Retome o exemplo da compra de meias. Você pensou em casa que gostaria de adquirir meias e foi ao shopping. Você tem uma estrutura de consumo ou uma capacidade de adquirir meias, chamada demanda por meias (Dx) e foi ao encontro da oferta. Passou na primeira loja e perguntou o preço, $1,50, passou na segunda loja e perguntou o preço $3,00. Entre uma loja e outra esta vontade, desejo e capacidade de adquirir meias não alterou, você não trocou de emprego ou recebeu mais dinheiro para isto. Então sua demanda por meias permaneceu a mesma Dx = f(G; R; S; Pi;...). O que alterou foi o preço (Px) e com isso a quantidade demandada (Qdx) de meias que você deseja adquirir em função dele. Assim, Qdx = f (Px). DEMANDA Preço do Bem x (Px) <> Quantidade do Bem x (Qdx) Qdx = f(Px) Por que a inclinação da Curva de Demanda é negativa? Porque quanto maior o preço menor a quantidade demandada. Gosto (G); Preço dos outros bens (Pi); Sazonalidade (S); Renda (R); e todos os demais fatores que alterarem a vontade, o desejo, a capacidade de adquirir bens e serviços em um determinado período de tempo. 15 DESLOCAMENTOS DA CURVA (Reta – equação de primeiro grau) DE DEMANDA 16 A DIFERENÇA ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA Para o consumidor, de acordo com a vontade, o desejo e a aptidão de adquirir um determinado bem (Dx), em um período de tempo, a quantidade demandada está em função do preço (Qdx = f(Px)). De acordo com o comportamento do consumidor em maximizar a satisfação, a relação entre Quantidade Demandada e Preço é inversa, determinando também a inclinação negativa da Curva de Demanda. Demanda não é a compra de um bem, mas a vontade, o desejo e a capacidade de adquirir um determinado produto em um período de tempo, de acordo com o preço dos outros bens, renda, sazonalidade e gosto Dx = f (Pi; R; S; G;...). A quantidade demandada está em função do preço (Qdx = f(Px)). Qdx e Px compõem Dx. 17 A EQUAÇÃO DA DEMANDA Caso a Curva de Demanda seja considerada uma reta, sua equação seria: Qdx = a - b.Px DxA = f(RA ; G; S; Pi; ...) Qdx1 Preço do Bem x Quantidade Demandada do Bem x Px Demanda do Bem x QdxA Dx1 = f(R1; T; S; Pi; ...) DxB = f(RB ; T; S; Pi; ...) Tome como situação inicial a reta Dx1. Caso ocorra um aumento na renda do consumidor, a capacidade de consumo será maior OxA. Por outro lado, caso a renda do consumidor seja menor, a capacidade de consumo será menor DxB. Isto implica em deslocamentos da reta de Demanda. Veja que o preço (Px) permaneceu o mesmo. O que alterou foi a capacidade de consumo, de acordo com a Renda, e consequentemente a quantidade que se pode adquirir a um determinado preço, variando a estrutura de consumo. Assim: Dx1 é maior que OxB (Dx1>OxB); e Dx1 é menor que OxA (Dx1<OxA). Ainda, DxA e QdxA são maiores que DxB e QdoxB “coeteris paribus”!!! Mantidas as variáveis G; S e Pi constantes. Incluindo Px. 0 QdxB Uma estrutura de consumo tem diversas combinações de preço e quantidade. Uma demanda tem combinações de preço e quantidade demandada. Supondo uma reta... Onde: Qdx –> Quantidade Demandada do bem x a –> Intercepto - –> Relação inversa entre as variáveis preço (Px) e quantidade demandada (Qdx) b –> Inclinação da Curva (determinante da ELASTICIDADE) Px –> Preço do bem x Sabendo que a quantidade demandada do bem x depende do preço do bem x, Qdx = f(Px), Suponha que uma capacidade de consumo (Dx) seja expressa por: Qdx = 40 - 5(Px); Se o preço do bem x for $1,50, temos que Qdx = 40 + 5(1,50); Então, Qdx = 40 + 7,50; e Assim, para o preço de $1,50 >>> Qdx = 32,5 unidades. 18 ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA Elasticidade-preço da Demanda A Demanda pode ser mais sensível ou menos sensível às variações de preços. Denominamos isto de elasticidade-preço da Demanda. Preço do Bem x Quantidade do Bem x 0 Demanda do Bem x P1 P2 Q1 Q2 P2 P1 P2 P2 Q1 Q2 mais inelástica mais elástica Dx = f(R; Pi; G; S; ...) Qdx = a - b(Px) P1 P Quantidade do Bem x Q2 P2 0 Demanda do Bem x Dxa Dxb Q1 Q2 mais inelástica mais elástica Q1 Preço do Bem x Comparando duas Curvas de Demanda (Dxa) e (Dxb) é possível observar aquela que é mais sensível ou menos sensível à variação de preços. Para cada unidade de variação do preço, comparativamente, a quantidade demandada de Dxa é menor que a variação da quantidade de Dxb. Isto quer dizer que Dxa é mais inelástica que que Dxb, ou que Dxb é mais elástica que Dxa. Caso ocorra uma variação nos preços para cima, Dxb deixará de adquirir mais unidade que Oxa. A elasticidade está de acordo com o coeficiente de inclinação das curvas dado pelo fator “b” na equação da demanda. Qdx = a - “b”.(Px). Em uma mesma Curva de Demanda (Dx) é possível observar que, de acordo com a Lei da Utilidade Marginal Decrescente, o consumidor não abre mão das primeiras unidades adquiridas. Diante da elevação dos preços ele continua comprando. Isto quer dizer que o consumidor é pouco sensível à variação de preços quando se trata da primeira unidade do bem ou serviço. A demanda é mais inelástica. No entanto, quando se está esgotando a capacidade de consumo, ou quando o consumidor já se percebe mais satisfeito em relação à utilidade do bem, uma mesma variação de preços reflete em redução significativa na quantidade demandada do bem x (a demanda é mais elástica). Este entendimento ficará mais claro na Aula 04. A elasticidade-preço da demanda está atrelada à nossa percepção sobre o valor do bem e a utilidade proporcionada por ele. Indica, portanto, o quanto um bem nos satisfaz a cada unidade adquirida. Quanto mais dependentes formos em relação à utilidade de um bem, menos sensíveis estaremos aos acréscimos de preços. Então, tendemos a ser mais inelásticos a bens e serviços que estejam diretamente atrelados à nossa sobrevivência. EXERCÍCIOSPROPOSTOS 1. Leia o Capítulo 2 – “Formação de Preços e Equilíbrio de Mercado”, do livro “Princípios de Economia: micro e macro”, de Flávio Ribas Tebchirani, da Editora IBPEX. 2. Leia a Primeira Parte – “Princípios de Economia Aplicada”, do livro “Economia, Dinheiro e Poder Político” Princípios de Economia: micro e macro, de Gerson Lima, da Editora IBPEX. 3. Esboce o gráfico de Demanda por Eletrodomésticos. Em seguida, mostre graficamente o que ocorreria com a demanda por eletrodomésticos na América Latina (Brasil), diante da Crise Econômica. Lembre-se que em um cenário de Crise há uma redução da renda da população. O deslocamento à esquerda da curva de demanda ocorreu por causa de uma redução do nível de renda da população, ocasionado por um período de Crise. Preço Demanda D P Q D’ Q’ Quantidade 4. Dadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta. a. A demanda por cremes de corpo é mais inelástica que a demanda por protetores solares. b. A demanda por chocolates é mais inelástica que a demanda por água. c. As demandas mais inelásticas refletem menor dependência do bem (ou baixa percepção da utilidade do bem). Estão corretas as alternativas: ( ) a e b. ( ) a e c. ( ) b e c. ( ) Apenas a alternativa a está correta. ( X ) Nenhuma das alternativas está correta. De modo geral, precisamos de protetor solar para nos proteger dos raios solares e de água para nos hidratar. Então, percebemos maior utilidade destes bens quando nos preocupamos com a nossa sobrevivência. 5. Dadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta. a. A demanda por geladeiras é mais inelástica que a demanda por freezers, para uma família. Porque no dia a dia as famílias precisam mais de geladeiras ao invés de freezers. b. A demanda por freezers é mais inelástica que a demanda por geladeiras, para uma empresa que comercializa sorvetes. Porque os sorvetes derreteriam em geladeiras. c. As demandas mais inelásticas refletem maior dependência do bem, ou baixa percepção da utilidade do bem). O certo seria: As demandas mais inelásticas refletem maior dependência do bem, ou alta percepção da utilidade do bem. Estão corretas as alternativas: ( X ) a e b. ( ) a e c. ( ) b e c. ( ) Apenas a alternativa a está correta. ( ) Nenhuma das alternativas está correta. 6. Diferencie: a. Demanda do bem x (Dx) de Quantidade Demandada do bem x (QDx). Dx ≠ Qdx – A Demanda é uma estrutura de consumo (Dx), uma capacidade de consumo. Dada esta estrutura de consumo, de acordo com o preço é possível estabelecer a quantidade (QDx) que se consegue ou deseja consumir. b. Oferta do bem x (Ox) de Quantidade Ofertada do bem x (QOx). Ox ≠ Qox – A Oferta é uma estrutura produtiva (Ox), uma capacidade de produção. Dada esta estrutura produtiva, de acordo com o preço é possível estabelecer a quantidade (QOx) que se consegue produzir. 7. Esboce graficamente a oferta do bem X (cosméticos) e a oferta do bem i (alimentos – “bem estar”), enquanto capacidades produtivas de uma empresa que desempenha duas atividades econômicas distintas. Mostre o que ocorre com tais estruturas produtivas, diante de um posicionamento estratégico que opte por investir e destinar mais esforços ao “bem estar”. A curva da oferta de cosméticos se deslocaria para a esquerda e a curva de oferta de alimentos se deslocaria para a direita. Oi’ P Q Oi P Q Q’ Ox’ P Q Ox P Q Q’ Oferta de Cosméticos Oferta de Alimentos REFERÊNCIAS PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLLOS, Marco Antonio Sandoval (Org.). Manual de economia. (Equipe dos Professores da USP). 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução a Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. VASCONCELLOS, Marco A S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
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