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02 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

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MICROECONOMIA E MACROECONOMIA 
AULA 02 – MICROECONOMIA 
Microeconomia é o campo de estudos da Economia que observa mercados específicos, o 
equilíbrio parcial, as partes que compõem um todo. 
Oferta e Demanda 
Professora: Heloísa de Puppi e Silva 
 
CONTEÚDO 
1. MERCADO (OFERTA E DEMANDA) 
2. LÓGICA DA OFERTA (LIMITES DA PRODUÇÃO): O COMPORTAMENTO DO 
PRODUTOR 
3. PRODUÇÃO: ESTRUTURA PRODUTIVA (PREÇO E QUANTIDADE) 
4. FUNÇÃO DA OFERTA E CURVA DE OFERTA (PREÇO E QUANTIDADE) 
5. FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA OFERTA 
6. DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA 
7. A DIFERENÇA ENTRE OFERTA E QUANTIDADE OFERTADA 
8. A EQUAÇÃO DA OFERTA 
9. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 
10. MERCADO (OFERTA E DEMANDA) 
11. LÓGICA DA DEMANDA (LIMITES DO CONSUMO) 
12. CONSUMO: ESTRUTURA DE CONSUMO (PREÇO E QUANTIDADE) 
13. FUNÇÃO DA DEMANDA E CURVA DE DEMANDA (PREÇO E QUANTIDADE) 
14. FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA DEMANDA 
15. DESLOCAMENTOS DA CURVA DE DEMANDA 
16. A DIFERENÇA ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA 
17. A EQUAÇÃO DA DEMANDA 
18. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
Sistemas Econômicos (Economia Mista) 
Ambientes da Competitividade para posicionamento Estratégico 
 
Estudamos na Aula 01 conhecimentos gerais da lógica econômica. Vimos 
conteúdos que serão utilizados como base para a aproximação da Microeconomia. Observe 
a figura do Fluxo Circular da Renda. Ela expressa o funcionamento da atividade econômica 
como um todo. A Microeconomia se ocupa de partes que compõem este todo. Nesta Aula 
02 trabalharemos sobre o entendimento das forças da Oferta e da Demanda, que se 
encontram nos Mercados. 
A figura que se segue expressa uma Economia Mista, em que famílias, empresas 
e governo interagem decidindo o que produzir, para quem produzir e como produzir. 
Lembre-se que famílias ofertam fatores de produção e empresas os demandam para a 
produção de bens e serviços. Assim é possível compreender que, ao se comportarem para 
sua própria sobrevivência, os agentes da economia assumem ora papel de oferta, ora papel 
de demanda e se encontram nos mercados. Neste caso, falamos sobre o Mercado de 
Fatores de Produção. No entanto, o mesmo ocorre para os demais bens e serviços 
transacionados no sistema econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Famílias ofertam fatores de produção esperando receber juros, lucros, salários, 
aluguéis e royaties. Com Esta remuneração podem adquirir bens e serviços a sua 
satisfação, a sua felicidade e sobrevivência. Empresas também atuam da mesma forma. 
Ofertam bens e serviços esperando uma remuneração para continuarem sobrevivendo no 
mercado por meio da produção. Desta forma, se estabelece a competição entre ofertantes 
de fatores de produção ou empresas que competem no mercado de bens e serviços. 
A capacidade de a empresa sobreviver no mercado é chamada de Competitividade 
Empresarial. Isto passa por um processo de autoconhecimento, conhecimento do meio e 
decisão estratégica de posicionamento. Para autoconhecimento a empresa observa 
variáveis internas e para conhecimento do meio, neste caso o mercado em que atua, 
observa informações sobre a oferta e a demanda dos bens ou serviços que oferta. Para se 
posicionar estrategicamente uma empresa precisa conhecer as características do seu 
mercado consumidor, dos seus competidores e da estrutura de mercado em que participa. 
Estas informações também estão de acordo com o entendimento sobre a característica de 
um bem, que pode ser homogêneo ou diferenciado. Para o estudo de Oferta, Demanda e 
Mercado consideraremos a suposição teórica de concorrência perfeita, em que os bens são 
homogêneos e não há barreiras à entrada ou a saída mercados. 
 
 
Fluxo Real 
Fluxo Monetário $ 
Fluxo Circular da Renda 
Empresas 
Mercado de Bens e 
Serviços 
Mercado de 
Fatores 
Famílias 
Oferta 
Oferta 
Demanda 
Oferta $ 
 
Demanda 
Oferta $ Demanda $ 
Demanda $ 
Governo 
Empresas Mercado de Fatores Famílias 
Oferta Demanda 
Empresas Mercado de Bens e 
Serviços 
Famílias 
Demanda Oferta 
Competitividade Empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
1 MERCADO (OFERTA E DEMANDA) 
 
A proposta deste Aula 03 é primeiramente explorar o comportamento do produtor 
e posteriormente o do consumidor porque nós, desde os primeiros anos de idade, nos 
comportamos como demanda, apesar de sermos analogamente uma estrutura produtiva. 
Assim, o raciocínio do comportamento da demanda já faz parte de nosso cotidiano. Por 
exemplo, desde criança vamos a banquinhas de revista, supermercados e panificadoras 
desejando adquirir figurinhas, sorvetes e outros bens para nos satisfazermos. Levamos 
dinheiro e decidimos o que compraremos com aquilo que está em nosso bolso, de modo a 
maximizar nossa satisfação. Nós nos comportamos como consumidores diariamente e, por 
isso, a lógica de entendimento da demanda é “fácil” a nossa compreensão. O desafio está 
em absorvermos a lógica do produtor e começaremos nossos estudos a partir dela. Como 
nos comportar com o raciocínio de produtores? 
 
 
 
 
2 LÓGICA DA OFERTA (LIMITES DA PRODUÇÃO): O COMPORTAMENTO DO 
PRODUTOR 
 
 
 
Comportamento do produtor 
Produção e estrutura produtiva 
Lei dos rendimentos decrescentes 
 
O Agente que representa a Oferta é o Produtor, ou as empresas, que orienta suas 
decisões pela maximização dos ganhos de produtividade. Esse Agente possui uma 
estrutura produtiva com determinada capacidade de produção. Tal estrutura tem limites e 
Sobrevivência no Mercado 
Sobrevivência Empresarial 
Competitividade Empresarial 
Conhecimento; Redução de Incertezas; Tomada de Decisão 
Autoconhecimento ► Conhecimento do Ambiente ► Posicionamento Estratégico Empresarial 
Redução do risco, elaboração do: 
planejamento, orçamento, cenários, ... 
Variáveis internas e variáveis externas. 
Análise da Competitividade. 
Sou e, ou, tenho uma estrutura produtiva. Quanto 
eu quero produzir? Qual é o preço que irei cobrar 
pela oferta do bem ou serviço? 
Depois que eu pensar sobre a 
minha capacidade de 
produzir e o valor que espero 
receber, vou ao mercado 
para conhecer a demanda. 
Se eu quero sobreviver no mercado, eu 
preciso ser produtivo para otimizar a 
produção! 
Mas, há um limite da estrutura produtiva. O uso da capacidade 
instalada esgota, de acordo com um volume produzido em um 
determinado período de tempo. Por isso, os rendimentos de uma 
estrutura produtiva são decrescentes. 
os níveis de produção são determinados a partir do preço de mercado. Há elementos que 
fazem a capacidade produtiva ampliar ou reduzir. 
O limite da produção está expresso pela observação da Lei dos Rendimentos 
Decrescentes. Dada uma estrutura produtiva, física, fixa, a medida em que adicionamos 
fatores variáveis a produção cresce a taxas cada vez menores. Este entendimento ficará 
mais claro na Aula 04. Por enquanto, pense no funcionamento de uma batedeira para fazer 
um bolo. A batedeira representa uma estrutura física, fixa, ou seja, uma capacidade de 
produção. Os ingredientes representam os fatores variáveis utilizados na produção do bolo. 
Quando começamos a colocar os ingredientes na batedeira, no início, o volume é baixo e 
a batedeira não mistura os ingredientes da melhor forma. Mas, ao adicionarmos mais 
ingredientes, atingiremos o nível ótimo de utilização da máquina e ela misturará a massa 
da melhor forma. No entanto, se continuarmos colocando ingredientes, irá transbordar e 
não teremos o melhor rendimento da mistura. Um volume muito alto de fatores variáveis 
causa perda de produtividade e pode levar ao prejuízo. Isto quer dizer que os rendimentos 
da capacidadeinstalada foram reduzindo, se tornaram decrescentes, no decorrer do 
incremento de fatores variáveis, chegando ao ponto que passou a ocorrer prejuízo. Outro 
exemplo da Lei dos Rendimentos Decrescentes está na troca de marchas de um carro. A 
cada marcha é dada uma nova capacidade. Um carro tem a melhor velocidade, combinado 
ao melhor “giro”, para reduzir o desgaste de peças e o consumo de combustível. Toda 
estrutura física, fixa, máquinas, equipamentos, obedece à Lei dos Rendimentos 
Decrescentes e, portanto, possui um nível ótimo de funcionamento. 
O comportamento da Oferta também tem em mente a Lei dos Custos Crescentes. 
Se temos apenas um mundo que nos fornece fatores de produção, quanto mais os recursos 
se tornam escassos, maior será o valor monetário dos insumos, ao menos que ocorram 
avanços tecnológicos significativos. 
Além disso, ao menos que estejamos falando de um monopólio, o Produtor nunca 
está sozinho, ele participa de uma Oferta de Mercado. A somatória das Ofertas Individuais 
determina a Oferta de Mercado. Há diversos produtores de um mesmo bem em um 
mercado. O conjunto destes determina a Oferta de Mercado. 
 
 
 
 
 
 
Qual é a diferença 
entre Oferta 
individual e Oferta 
de Mercado (M)? 
Px 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 
Oferta do Bem x 
Qox1 Qox2 0 
Ox1 + Ox2 = OxM 
QoxM 
3 PRODUÇÃO: ESTRUTURA PRODUTIVA (PREÇO E QUANTIDADE) 
 
Função da Oferta 
Fatores que alteram a Oferta 
Equação da Oferta 
 
É importante lembrar que a Oferta é uma estrutura produtiva, relacionada à 
capacidade, disposição e aptidão dos produtores em ofertarem um determinado bem ou 
serviço em um determinado período de tempo. Essa estrutura é composta de combinações 
de preço e quantidade produzida de um bem ou serviço. 
A oferta é uma Estrutura Produtiva. 
Oferta é o desejo, a capacidade, a vontade de produzir bens e serviços em um 
determinado período de tempo. 
 
A maioria dos livros de Economia abordam o conceito de “lucro”, que, diante do 
contexto atual de comportamento para a sustentabilidade, pode ser entendido como 
competitividade empresarial, que considera o meio em que a firma está inserida para a sua 
sobrevivência. Há, portanto um interesse das firmas, em garantir melhores condições de 
vida ao entorno, para que seja possível sobreviver no mercado. Isto não descarta a lógica 
de que quanto maior for o preço de um bem, mais o produtor estará capaz e disposto a 
produzir. 
 
 
 
 
 
 
4 FUNÇÃO DA OFERTA E CURVA DE OFERTA (PREÇO E QUANTIDADE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto maior for o preço que eu conseguir vender 
o bem ou o serviço que eu oferto, mais insumos eu 
consigo comprar e mais eu consigo produzir. 
Oferta é... 
Eu quero maximizar produtividade para 
sobreviver no mercado. Então, quanto eu quero 
produzir? Qual é o preço que eu posso cobrar em 
cada nível de produção? Qual é o preço que eu 
posso cobrar para cada quantidade que a 
demanda estiver disposta a absorver? 
P1 
Q1 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
Q2 
P2 
0 
Oferta do Bem x 
Ox 
Quanto maior for o preço, 
mais eu consigo produzir. 
A Capacidade Produtiva ou Oferta está 
expressa por esta reta. Nela há 
diversas combinações de preço e 
quantidade. Essa estrutura produtiva 
depende de: (πx); (S); (Pi); (T). 
 
 
 
 
 
Observe no gráfico que quanto maior for o preço do bem x, maior é a quantidade 
ofertada do bem x. Assim, para P1 há a quantidade Q1 e para o P2 há a quantidade Q2. 
Isto também pode ser escrito da seguinte forma: para Px1 temos Qox1; e para Px2 temos 
Qox2. Isto quer dizer que a quantidade ofertada do bem x (Qox) está em função do preço 
do bem x (Px). Portanto: Qox = f(Px). 
Vamos pensar como isto ocorre. Você tem uma estrutura produtiva de meias ou 
uma capacidade de produzir meias. O custo de produção de cada meia é de $1,50. 
(Supondo uma reta) Se você vender uma meia por $1,50, você conseguirá comprar 
insumos para produzir uma meia. No entanto, se você vender uma meia por $3,00, 
conseguirá comprar insumos para produzir duas meias. Neste caso: 
 Se Px = $1,50 >>> Qox = 1 unidade; e 
 Se Px = $3,00 >>> Qox = 2 unidades. 
 
Portanto, dada uma estrutura produtiva (Ox), quanto maior o preço, maior a 
quantidade ofertada do bem. Em outros termos isto reflete em maior Receita para a 
empresa, visto que 
 Receita Total = Preço x Quantidade; e 
 Resultado = Receita Total – Custo Total. 
 
Caso o custo dos fatores permaneça constante, um aumento no preço trará maior 
Resultado para a Empresa. O Resultado pode ser positivo (Lucro) ou negativo (Prejuízo). 
Veja que nós fizemos a suposição de uma reta, mas sabemos que se produzirmos 
uma meia por $1,50, teremos que pagar mais coisas além de insumos que não permitirão 
produzir uma nova meia por apenas $1,50. Este é o comportamento da prática, porque a 
Oferta, na prática, se comporta como uma Curva. 
 
5 FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA OFERTA 
 
 
 
 
OFERTA 
Preço do Bem x (Px) <> Quantidade do Bem x (Qox) 
Qox = f(Px) 
Custo de Produção, dos Fatores de Produção ou preço dos insumos (πx); 
Preço dos outros bens (Pi); Sazonalidade (S); Tecnologia (T); e todos os 
demais fatores que alterarem a vontade, o desejo, a capacidade de 
produzir bens e serviços em um determinado período de tempo. 
Por que a inclinação da 
Curva de Oferta é positiva? 
Porque quanto maior o 
preço maior a quantidade 
ofertada. 
Preço (Px) e quantidade ofertada do próprio bem x (Qox) não alteram a estrutura 
produtiva, ou seja, não alteram a Oferta (Ox). As variáveis que alteram a vontade, o desejo 
e capacidade de ofertar um bem em um determinado período de tempo são o preço dos 
outros bens, o preço dos insumos, a sazonalidade e a tecnologia. Retome o exemplo da 
produção de meias. Quando você produziu uma meia e vendeu por $1,50 e depois produziu 
uma meia e vendeu por $3,00, nada aconteceu com sua capacidade produtiva de meias. A 
estrutura produtiva continuou a mesma, o que alterou foi o preço e a quantidade. Quando 
se altera o preço e a quantidade os deslocamentos ocorrem sobre a reta e não deslocam a 
reta. Isto quer dizer que quando altera o preço do bem x (Px), isto não altera sua capacidade 
de produzir (Ox), apenas a quantidade do bem x (Qox) que esta estrutura produtiva pode 
atingir ao receber mais ou menos insumos de produção. 
 
6 DESLOCAMENTOS DA CURVA (Reta – equação de primeiro grau) DE OFERTA 
 
O gráfico abaixo mostra um exemplo do que seria o aumento ou a redução de uma 
capacidade produtiva. Também quer dizer o aumento ou a redução da Oferta do Bem x, 
que podem ser expressos pelo deslocamento à esquerda ou à direita da Curva de Oferta 
do Bem x. Os demais fatores como sazonalidade (S), preço dos outros bens (Pi) e 
tecnologia (T), também interferem na vontade, no desejo ou na capacidade de produzir o 
bem x. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qox1 
Preço do Bem x 
Quantidade 
Ofertada do 
Bem x 
Px 
Oferta do Bem x 
QoxB 
Ox1 = f(πx1; T; S; Pi; ...) 
OxB = f(πxB ; T; S; Pi; ...) 
Tome como situação inicial a reta Ox1. 
Caso ocorra um aumento no custo de 
produção, a capacidade produtiva será 
menor OxA. Por outro lado, caso o custo 
de produção seja menor, a capacidade 
produtiva será maior OxB. Isto implica em 
deslocamentos da reta de oferta. 
Veja que o preço (Px) permaneceu o mesmo. O que 
alterou foi a capacidade produtiva, de acordo com o 
custo de produção, e consequentemente a 
quantidade que se pode ofertar a um determinado 
preço, variando a estrutura produtiva.Assim: 
Ox1 é maior que OxA 
(Ox1>OxA); e 
Ox1 é menor que OxB 
(Ox1<OxB). 
 
Ainda, OxA e QoxA são menores que OxB e QoxB 
“coeteris paribus”!!! 
Mantidas as variáveis T; S e Pi 
constantes. Incluindo Px. 
0 
QoxA 
OxA = f(πxA ; T; S; Pi; ...) 
Um exemplo de sazonalidade seria a produção de meias de lã no inverno. Se Ox 
for a oferta de meias de lã, OxB será maior no inverno. Desloca-se a curva de oferta (Ox) 
para a direita. 
Para as variações de preços dos outros bens podemos citar a escolha entre a 
produção de meias curtas (Ox) ou meias longas (Oi). Quando houver a suposição de dois 
bens, lembre-se de denominar o que seria cada um para não fazer confusão (x = meias 
curtas e i = meias longas). Neste caso, a oferta guia suas escolhas pelo maior ganho. Se o 
Bem x forem meias curtas (Ox) e preço de meias longas (Pi) estiver maior, o produtor 
preferirá aumentar a capacidade produtiva de meias longas (Oi) e reduzir a produção de 
meias curtas (Ox) para ter maiores retornos e produzir mais, isto deslocará a curva de oferta 
(Ox) para a esquerda. Lembre-se que quanto maior o preço, maior a quantidade e há uma 
tendência de haver maiores ganhos de competitividade. Note que não é possível visualizar 
o gráfico de meias longas. Ele seria expresso por Oi, com combinações de Pi e Qoi. 
Caso ocorra um avanço tecnológico, a capacidade produtiva de meias aumentará 
e isto pode ser expresso por um deslocamento à direita da curva de oferta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 A DIFERENÇA ENTRE OFERTA E QUANTIDADE OFERTADA 
 
Para o produtor, de acordo com a vontade, o desejo e a aptidão de produzir um 
determinado bem (Ox), em um período de tempo, a quantidade ofertada está em função do 
preço (Qox = f(Px)). De acordo com o comportamento do produtor em se tornar mais 
Qox1 
Preço do Bem x 
Quantidade 
Ofertada do 
Bem x 
Px 
Oferta do Bem x 
QoxA 
Ox1 = f(πx; T; S; Pi; ...) 
OxA = f(πx; T ; S; Pi; ...) 
Veja que o preço (Px) permaneceu o mesmo. O que 
alterou foi a capacidade produtiva, de acordo com o 
avanço tecnológico, e consequentemente a 
quantidade que se pode ofertar a um determinado 
preço, variando a estrutura produtiva. 
Assim: 
OxA é maior que Ox1 
(OxA>Ox1); 
Ainda, OxA e Qox1. 
“coeteris paribus”!!! 
Mantidas as variáveis πx; S e Pi 
constantes, incluindo Px. 
competitivo, ou de a maximizar seu resultado, a relação entre Quantidade Ofertada e Preço 
é direta, determinando também a inclinação positiva da Curva de Oferta. 
Oferta não é a venda de um bem, mas a vontade, o desejo e a capacidade de 
produzir um determinado produto em um período de tempo, de acordo com o preço 
dos outros bens, custo de produção, sazonalidade e tecnologia Ox = f (Pi; πx; S; 
T;...). A quantidade ofertada está em função do preço (Qox = f(Px)). Qox e Px 
compõem Ox. 
 
 
 
 
 
8 A EQUAÇÃO DA OFERTA 
 
Caso a Curva de Oferta seja considerada uma reta, sua equação seria: 
Qox = a + b.Px 
Onde: 
 QOx –> Quantidade Ofertada do bem x 
 a –> Intercepto 
 + –> Relação direta entre as variáveis preço (Px) e quantidade ofertada (Qox) 
 b –> Inclinação da Curva (determinante da ELASTICIDADE) 
 Px –> Preço do bem x 
 
Sabendo que a quantidade ofertada do bem x depende do preço do bem x, Qox = f(Px), 
 Suponha que uma capacidade produtiva (Ox) seja expressa por: Qox = 20 + 15(Px); 
 Se o preço do bem x for $1,50, temos que Qox = 20 + 15(1,50); 
 Então, Qox = 20 + 22,50; e 
 Assim, para o preço de $1,50 >>> Qox = 42,5 unidades. 
 
9 ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 
Elasticidade-preço da Oferta 
A Oferta pode ser mais sensível ou menos sensível às variações de preços. 
Denominamos isto de elasticidade-preço da Oferta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma estrutura produtiva tem diversas 
combinações de preço e quantidade. 
Uma oferta tem combinações de 
preço e quantidade ofertada. 
Qox = a + b(Px) 
Supondo uma reta... 
P1 
P
Quantidade 
do Bem x 
Q2 
P2 
0 
Oferta do Bem x Oxa 
Oxb 
Q1 Q2 
mais inelástica 
mais elástica 
Q1 
Preço do 
Bem x 
Comparando duas Curvas de Oferta (Oxa) e (Oxb) é 
possível observar aquela que é mais sensível ou menos 
sensível à variação de preços. 
 Para cada unidade de variação do preço, 
comparativamente, a quantidade ofertada de Oxa é 
menor que a variação da quantidade de Oxb. Isto quer 
dizer que Oxa é mais inelástica que que Oxb, ou que Oxb 
é mais elástica que Oxa. 
Caso ocorra uma variação nos preços para cima, Oxb 
terá maiores ganhos que Oxa. O entendimento de 
elasticidade-preço da oferta ficará mais claro na Aula 04. 
A elasticidade está de acordo com o coeficiente de 
inclinação das curvas, dado pelo fator “b” na equação da 
oferta. Qox = a + “b”.(Px). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 MERCADO (OFERTA E DEMANDA) 
 
Cada um de nós é uma capacidade de consumo. Temos uma estrutura de consumo 
para cada bem que desejamos adquirir para ficarmos satisfeitos e felizes. Uma cesta bens 
e serviços que, em determinadas combinações, nos trazem satisfação. Nascemos em um 
Sistema Econômico que nos envia mensagens de todos os lados dizendo “compre”, 
“compre”, “compre”. Aí decidimos aquilo que cabe a nossa sobrevivência, à realização dos 
nossos sonhos e à felicidade. 
Quando estamos em casa pensando o que queremos adquirir, refletimos sobre a 
quantidade e preço que estaríamos aptos e dispostos a pagar para ficarmos satisfeitos. 
Quando acessamos a internet, vamos ao supermercado ou a feiras nos deparamos com a 
oferta de bens e serviços e ocorre a formação dos diversos mercados. 
No entanto, dificilmente somos os únicos a demandar. Assim, a somatória das 
Demandas Individuais determina a Demanda de Mercado. Há diversos consumidores de 
um mesmo bem em um mercado. O conjunto destes determina a Demanda de Mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 0 
Oferta do Bem x 
P1 
P2 
Q1 Q2 
P2 
P1 
P2 
P2 
Q1 Q2 
mais inelástica mais elástica 
Ox = f(πx; Pi; S; T; ...) 
Em uma mesma Curva de Oferta (Ox) é possível 
observar que, de acordo com a Lei dos 
Rendimentos Decrescentes, no início da 
produção (mais próximo de zero unidades), uma 
variação de preços provoca um aumento 
significativo na quantidade ofertada do bem x (a 
oferta é mais elástica). No entanto, quando se 
está esgotando a capacidade produtiva, uma 
mesma variação de preços não reflete em 
aumento na quantidade ofertada do bem x (a 
oferta é mais inelástica). Isto quer dizer que 
uma estrutura produtiva esgota e que chegará 
um determinado momento em que o aumento 
do preço do bem não aumentará a produção, ao 
menos que realize novos investimentos. Este 
entendimento ficará mais claro na Aula 04. 
Px 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 
Demanda do Bem x 
Qdx1 Qdx2 0 
Dx1 + Dx2 = DxM 
QdxM 
Qual é a diferença 
entre Demanda 
individual e 
Demanda de 
Mercado (M)? 
 
Competitividade Individual 
 
 
 
 
 
 
 
11 LÓGICA DA DEMANDA (LIMITES DO CONSUMO): O COMPORTAMENTO DO 
CONSUMIDOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comportamento do consumidor 
Consumo e estrutura de consumo 
Lei da utilidade marginal decrescente 
 
 
 
 
 
O Agente que representa a Demanda é o Consumidor ou as famílias, que orientam 
suas decisões pela maximização da satisfação, que, por sua vez, está relacionada à Lei 
das Utilidades Marginais Decrescentes. Esse Agente possui uma estrutura de consumo 
com determinada capacidade de aquisição de bens e serviços. Tal estrutura tem limitese 
os níveis de consumo são determinados a partir do preço de mercado. Ainda sobre esta 
estrutura consumidora, a Demanda, vale ressaltar que há forças que podem fazê-la variar, 
ampliando-a ou reduzindo-a. Além disso, o Consumidor nunca está sozinho, ele participa 
de uma Demanda de Mercado. 
Depois de conhecer as Teorias do Consumidor ou da Demanda é possível supor o 
comportamento dos consumidores em busca da felicidade. Ou seja, todo o comportamento 
do consumidor baseia-se na maximização da satisfação! 
Sobrevivência no Mercado 
Sobrevivência Individual 
Competitividade Individual 
Conhecimento; Redução de Incertezas; Tomada de Decisão 
Autoconhecimento ► Conhecimento do Ambiente ► Posicionamento Estratégico Individual 
Sonhos, Redução do risco de sobrevivência, Elaboração 
do: planejamento, orçamento, cenários, ... 
Autoconhecimento e conhecimento do mundo 
em que vive. Busca da Felicidade. 
Sou uma estrutura de consumo. Quanto eu quero 
adquirir? Qual é o preço que irei pagar pelo bem 
ou serviço? 
Depois que eu pensar sobre a 
minha capacidade de adquirir 
e o valor que espero 
desembolsar, vou ao 
mercado para conhecer a 
oferta. 
Se eu quero sobreviver e ser feliz eu 
preciso pensar em como maximizar a 
minha satisfação! 
Mas, há um limite da estrutura de consumo. A capacidade de 
adquirir bens e serviços esgota, de acordo com um volume 
adquirido em um determinado período de tempo. Por isso, a 
percepção sobre a utilidade dos bens é decrescente. 
O comportamento do Consumidor ou da Demanda baseia-se na busca pela 
maximização da satisfação, orientada pela Lei das Utilidades Marginais 
Decrescentes 
 
A Lei da Utilidade Marginal Decrescente diz que dada uma capacidade de 
consumo, a medida em que se adquire unidades de um bem ou serviço a satisfação esgota, 
para um determinado período de tempo. Os exemplos mais corriqueiros nos livros é o do 
chocolate ou o do copo de água. A primeira unidade é aquela que lhe trará mais satisfação. 
As próximas trarão percepções diferentes e a cada unidade a mais adquirida você se 
tornará mais satisfeito ao ponto que não será mais possível ingerir um chocolate ou copo 
de água naquele momento. Quando isto ocorrer, você se sentirá saciado em relação ao 
bem ou serviço por um determinado período de tempo. 
Por outro lado, suas escolhas e consumo também estão atrelados a ideia de quanto 
maior preço de um bem, menor sua capacidade ou disposição a consumi-lo. Há, também, 
uma relação entre a característica dos bens com relação ao consumo: bens normais, bens 
inferiores e bens de luxo. Você pode pesquisar livremente na internet sobre estas 
características, mas para estudarmos o comportamento da demanda faremos a suposição 
teórica de bens homogêneos e a inexistência de custo de mudança ou efeitos da curva de 
aprendizagem sobre nossas escolhas. 
 
12 CONSUMO: ESTRUTURA DE CONSUMO (PREÇO E QUANTIDADE) 
 
Função da Demanda 
Fatores que alteram a Demanda 
Equação da Demanda 
 
É importante lembrar que a Demanda é uma estrutura de consumo, relacionada à 
vontade, capacidade, disposição e aptidão dos consumidores em demandarem um 
determinado bem ou serviço em um período de tempo. Essa estrutura é composta de 
combinações de preço e quantidade procurada de um bem ou serviço. 
A demanda é uma Estrutura de Consumo 
Demanda não é a compra de um bem, mas a vontade o desejo e a capacidade de 
adquirir um determinado produto em um período de tempo. Ou seja, é a procura! 
 
A maioria dos livros de Economia abordam o conceito de satisfação, que, diante do 
contexto atual de comportamento para a sustentabilidade, pode ser entendido como a 
sobrevivência ou a felicidade dos indivíduos, de acordo com a condição de vida que se 
encontra. Há, portanto um interesse das pessoas, em se comportarem pensando em 
Quanto maior for o preço do bem ou do 
serviço que eu oferto, menor a quantidade 
que eu estou apto a disposto a adquirir. 
Oferta é... 
melhores condições de vida ao seu entorno, para que seja possível a coexistência de todos 
no mundo. Os pensamentos sobre reciclagem e redução do consumo fazem parte do 
comportamento de milhares de pessoas, mas ainda está atrelado a ideia de quanto maior 
o preço menor a quantidade. Nossa renda ainda limita nossas escolhas, embora haja 
evidências de mudanças no comportamento do consumo diante da crise ambiental e 
financeira. 
Isto mostra que diante do contexto da sustentabilidade, pode ser que ocorram 
alterações nas teorias da demanda, da oferta ou sobre o equilíbrio dos mercados. Diante 
da ideia de consumo sustentável, logística reversa e ações de responsabilidade social, há 
evidências sobre a alteração dos comportamentos de firmas e indivíduos em relação às 
escolhas que se realizam para a produção ou consumo, de bens e serviços e também diante 
das variações de preços. Também há evidências de escambo em comunidades locais e na 
internet, que mostram alterações na percepção no valor “das coisas”. Aí surge a questão 
de qual é o valor essencial à vida? 
Em termos teóricos, vale lembrar que, no início da produção industrial, a oferta 
determinava a demanda, pela limitação da produção e pela falta de opções ao consumidor. 
Com a produção em massa e com a variedade e diversidade de bens e serviços, hoje, para 
grande parte da população mundial, a demanda determina a oferta. Ou seja, de acordo com 
seu gosto e consciência, o consumidor escolhe aquilo que deseja adquirir. Precisamos 
atentar para a possibilidade de um cenário com condições precárias de sobrevivência. 
Muitas localidades globais já se deparam com esta realidade e talvez cheguemos em um 
momento que nosso consumo seja limitado pela incapacidade de regeneração do solo, 
água, ar. Aí, a oferta voltaria a determinar a demanda e será que teríamos renda suficiente 
para adquirir bens e serviços com altos custos de produção, oriundos da escassez de 
recursos? Por isso, precisamos pensar em alternativas para aumentar a produtividade, 
considerando as questões do entorno e da sobrevivência da espécie humana no planeta. 
Estas suposições que acabei de apresentar a você são evidências que estão presentes em 
jornais, revistas e relatórios de institutos de pesquisa. Veja os relatórios da ONU. No 
entanto, a teoria econômica ainda não sofreu alterações significativas. 
Alterações teóricas são possíveis de ocorrer, mas as Leis do Comportamento 
Humano seguem pela Utilidade Marginal Decrescente e pelos Rendimentos Marginais 
Decrescentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 FUNÇÃO DA DEMANDA E CURVA DE DEMANDA (PREÇO E QUANTIDADE) 
 
Observe no gráfico que quanto maior for o preço do bem x, menor é a quantidade 
demandada do bem x. Assim, para P1 há a quantidade Q1 e para o P2 há a quantidade 
Q2. Isto também pode ser escrito da seguinte forma: para Px1 temos Qdx1; e para Px2 
temos Qdx2. Isto quer dizer que a quantidade ofertada do bem x (Qdx) está em função do 
preço do bem x (Px). Portanto: Qox = f(Px). 
Vamos pensar como isto ocorre. Você tem uma capacidade de consumo de meias 
ou uma vontade de adquirir meias. Você tem uma reserva de $3,00 para a compra de meias. 
(Supondo uma reta) Se o preço da meia for $1,50, você não poderá adquirir duas meias. 
No entanto, se o preço da meia for $3,00, conseguirá comprar apenas uma meia. Neste 
caso: 
 Se Px = $1,50 >>> Qox = 2 unidade; e 
 Se Px = $3,00 >>> Qox = 1 unidades. 
 
Portanto, dada uma estrutura de consumo (Dx), quanto maior o preço, menor a 
quantidade demandada do bem. 
Veja que nós fizemos a suposição de uma reta. Mas, na prática, estamos de acordo 
com a Lei da utilidade Marginal Decrescente e a Demanda (Dx) se comporta como uma 
Curva.Eu quero maximizar a satisfação para sobreviver 
e ser feliz. Então, quanto eu quero adquirir? Qual 
é o preço que eu posso pagar por determinadas 
quantidades de bens e serviços? Qual é o preço 
que eu posso pagar para cada quantidade que a 
oferta esteja disposta a ofertar? 
P1 
Q2 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
Q1 
P2 
0 
Demanda do Bem x 
Dx 
Quanto maior for o preço, 
menor o número de unidades 
que eu consigo adquirir. 
A Capacidade de Consumo ou 
Demanda está expressa por esta reta. 
Nela há diversas combinações de preço 
e quantidade. Essa Estrutura de 
Consumo depende de: (G); (R); (Pi); (T). 
 
 
 
 
 
 
14 FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTO DA DEMANDA 
 
 
 
A Demanda de um bem (Dx), ou seja, a vontade, o desejo, a capacidade de 
aquisição de um determinado bem em um período de tempo, pode ser alterada, coeteris 
paribus, pela variação do preço dos outros bens, substitutos ou complementares, pelo gosto 
do consumidor, pela sazonalidade, pela renda, entre outras variáveis. Assim, a Demanda 
de um bem (Dx) está em função do preço de outros bens (Pi), do gosto do consumidor (G), 
da sazonalidade (S) e da renda do consumidor (R). Dx = f (Pi; G; S; R;...). Lembre-se de 
que preço (Px) e quantidade (Qdx) estão de acordo com a estrutura consumo, ou melhor, 
Demanda (Dx) e não alteram ou deslocam a Demanda. 
Retome o exemplo da compra de meias. Você pensou em casa que gostaria de 
adquirir meias e foi ao shopping. Você tem uma estrutura de consumo ou uma capacidade 
de adquirir meias, chamada demanda por meias (Dx) e foi ao encontro da oferta. Passou 
na primeira loja e perguntou o preço, $1,50, passou na segunda loja e perguntou o preço 
$3,00. Entre uma loja e outra esta vontade, desejo e capacidade de adquirir meias não 
alterou, você não trocou de emprego ou recebeu mais dinheiro para isto. Então sua 
demanda por meias permaneceu a mesma Dx = f(G; R; S; Pi;...). O que alterou foi o preço 
(Px) e com isso a quantidade demandada (Qdx) de meias que você deseja adquirir em 
função dele. Assim, Qdx = f (Px). 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEMANDA 
Preço do Bem x (Px) <> Quantidade do Bem x (Qdx) 
Qdx = f(Px) 
Por que a inclinação da 
Curva de Demanda é 
negativa? Porque quanto 
maior o preço menor a 
quantidade demandada. 
Gosto (G); Preço dos outros bens (Pi); Sazonalidade (S); Renda (R); e 
todos os demais fatores que alterarem a vontade, o desejo, a capacidade 
de adquirir bens e serviços em um determinado período de tempo. 
15 DESLOCAMENTOS DA CURVA (Reta – equação de primeiro grau) DE DEMANDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 A DIFERENÇA ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA 
 
Para o consumidor, de acordo com a vontade, o desejo e a aptidão de adquirir um 
determinado bem (Dx), em um período de tempo, a quantidade demandada está em função 
do preço (Qdx = f(Px)). De acordo com o comportamento do consumidor em maximizar a 
satisfação, a relação entre Quantidade Demandada e Preço é inversa, determinando 
também a inclinação negativa da Curva de Demanda. 
Demanda não é a compra de um bem, mas a vontade, o desejo e a 
capacidade de adquirir um determinado produto em um período de tempo, de 
acordo com o preço dos outros bens, renda, sazonalidade e gosto Dx = f (Pi; R; S; 
G;...). A quantidade demandada está em função do preço (Qdx = f(Px)). Qdx e Px 
compõem Dx. 
 
 
 
 
 
17 A EQUAÇÃO DA DEMANDA 
 
Caso a Curva de Demanda seja considerada uma reta, sua equação seria: 
Qdx = a - b.Px 
DxA = f(RA ; G; S; Pi; ...) 
Qdx1 
Preço do 
Bem x 
Quantidade 
Demandada do 
Bem x 
Px 
Demanda do Bem x 
QdxA 
Dx1 = f(R1; T; S; Pi; ...) 
DxB = f(RB ; T; S; Pi; ...) 
Tome como situação inicial a reta Dx1. Caso ocorra um 
aumento na renda do consumidor, a capacidade de 
consumo será maior OxA. Por outro lado, caso a renda 
do consumidor seja menor, a capacidade de consumo 
será menor DxB. Isto implica em deslocamentos da reta 
de Demanda. 
Veja que o preço (Px) permaneceu o mesmo. O que alterou foi a 
capacidade de consumo, de acordo com a Renda, e 
consequentemente a quantidade que se pode adquirir a um 
determinado preço, variando a estrutura de consumo. 
Assim: 
Dx1 é maior que OxB 
(Dx1>OxB); e 
Dx1 é menor que OxA 
(Dx1<OxA). 
 
Ainda, DxA e QdxA são maiores que DxB e QdoxB 
“coeteris paribus”!!! 
Mantidas as variáveis G; S e Pi 
constantes. Incluindo Px. 
0 
QdxB 
Uma estrutura de consumo tem 
diversas combinações de preço e 
quantidade. 
Uma demanda tem combinações de 
preço e quantidade demandada. 
Supondo uma reta... 
Onde: 
 Qdx –> Quantidade Demandada do bem x 
 a –> Intercepto 
 - –> Relação inversa entre as variáveis preço (Px) e quantidade demandada (Qdx) 
 b –> Inclinação da Curva (determinante da ELASTICIDADE) 
 Px –> Preço do bem x 
 
Sabendo que a quantidade demandada do bem x depende do preço do bem x, Qdx = f(Px), 
 Suponha que uma capacidade de consumo (Dx) seja expressa por: Qdx = 40 - 5(Px); 
 Se o preço do bem x for $1,50, temos que Qdx = 40 + 5(1,50); 
 Então, Qdx = 40 + 7,50; e 
 Assim, para o preço de $1,50 >>> Qdx = 32,5 unidades. 
 
18 ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Elasticidade-preço da Demanda 
A Demanda pode ser mais sensível ou menos sensível às variações de preços. 
Denominamos isto de elasticidade-preço da Demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 0 
Demanda do Bem x 
P1 
P2 
Q1 Q2 
P2 
P1 
P2 
P2 
Q1 Q2 
mais inelástica mais elástica 
Dx = f(R; Pi; G; S; ...) 
Qdx = a - b(Px) 
P1 
P
Quantidade 
do Bem x 
Q2 
P2 
0 
Demanda do Bem x 
Dxa 
Dxb 
Q1 Q2 
mais inelástica 
mais elástica 
Q1 
Preço do 
Bem x 
Comparando duas Curvas de Demanda (Dxa) e 
(Dxb) é possível observar aquela que é mais 
sensível ou menos sensível à variação de preços. 
 Para cada unidade de variação do preço, 
comparativamente, a quantidade demandada de 
Dxa é menor que a variação da quantidade de Dxb. 
Isto quer dizer que Dxa é mais inelástica que que 
Dxb, ou que Dxb é mais elástica que Dxa. 
Caso ocorra uma variação nos preços para cima, 
Dxb deixará de adquirir mais unidade que Oxa. A 
elasticidade está de acordo com o coeficiente de 
inclinação das curvas dado pelo fator “b” na 
equação da demanda. Qdx = a - “b”.(Px). 
Em uma mesma Curva de Demanda (Dx) é possível observar que, de 
acordo com a Lei da Utilidade Marginal Decrescente, o consumidor 
não abre mão das primeiras unidades adquiridas. Diante da elevação 
dos preços ele continua comprando. Isto quer dizer que o 
consumidor é pouco sensível à variação de preços quando se trata da 
primeira unidade do bem ou serviço. A demanda é mais inelástica. 
No entanto, quando se está esgotando a capacidade de consumo, ou 
quando o consumidor já se percebe mais satisfeito em relação à 
utilidade do bem, uma mesma variação de preços reflete em 
redução significativa na quantidade demandada do bem x (a 
demanda é mais elástica). Este entendimento ficará mais claro na 
Aula 04. 
A elasticidade-preço da demanda está atrelada à nossa percepção sobre o valor 
do bem e a utilidade proporcionada por ele. Indica, portanto, o quanto um bem nos satisfaz 
a cada unidade adquirida. Quanto mais dependentes formos em relação à utilidade de um 
bem, menos sensíveis estaremos aos acréscimos de preços. Então, tendemos a ser mais 
inelásticos a bens e serviços que estejam diretamente atrelados à nossa sobrevivência. 
 
EXERCÍCIOSPROPOSTOS 
1. Leia o Capítulo 2 – “Formação de Preços e Equilíbrio de Mercado”, do livro “Princípios de Economia: micro e 
macro”, de Flávio Ribas Tebchirani, da Editora IBPEX. 
 
 
2. Leia a Primeira Parte – “Princípios de Economia Aplicada”, do livro “Economia, Dinheiro e Poder Político” 
Princípios de Economia: micro e macro, de Gerson Lima, da Editora IBPEX. 
 
 
3. Esboce o gráfico de Demanda por Eletrodomésticos. Em seguida, mostre graficamente o que ocorreria com a 
demanda por eletrodomésticos na América Latina (Brasil), diante da Crise Econômica. Lembre-se que em um 
cenário de Crise há uma redução da renda da população. 
O deslocamento à esquerda da curva de demanda ocorreu por causa de uma redução do nível de renda da 
população, ocasionado por um período de Crise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço 
Demanda 
D 
P 
Q 
D’ 
Q’ Quantidade 
4. Dadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta. 
a. A demanda por cremes de corpo é mais inelástica que a demanda por protetores solares. 
b. A demanda por chocolates é mais inelástica que a demanda por água. 
c. As demandas mais inelásticas refletem menor dependência do bem (ou baixa percepção da utilidade do 
bem). 
 
Estão corretas as alternativas: 
( ) a e b. 
( ) a e c. 
( ) b e c. 
( ) Apenas a alternativa a está correta. 
( X ) Nenhuma das alternativas está correta. 
 
De modo geral, precisamos de protetor solar para nos proteger dos raios solares e de água para nos hidratar. 
Então, percebemos maior utilidade destes bens quando nos preocupamos com a nossa sobrevivência. 
 
5. Dadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta. 
a. A demanda por geladeiras é mais inelástica que a demanda por freezers, para uma família. Porque no dia 
a dia as famílias precisam mais de geladeiras ao invés de freezers. 
b. A demanda por freezers é mais inelástica que a demanda por geladeiras, para uma empresa que 
comercializa sorvetes. Porque os sorvetes derreteriam em geladeiras. 
c. As demandas mais inelásticas refletem maior dependência do bem, ou baixa percepção da utilidade do 
bem). O certo seria: As demandas mais inelásticas refletem maior dependência do bem, ou alta percepção 
da utilidade do bem. 
Estão corretas as alternativas: 
( X ) a e b. 
( ) a e c. 
( ) b e c. 
( ) Apenas a alternativa a está correta. 
( ) Nenhuma das alternativas está correta. 
6. Diferencie: 
a. Demanda do bem x (Dx) de Quantidade Demandada do bem x (QDx). 
Dx ≠ Qdx – A Demanda é uma estrutura de consumo (Dx), uma capacidade de consumo. Dada esta estrutura de 
consumo, de acordo com o preço é possível estabelecer a quantidade (QDx) que se consegue ou deseja 
consumir. 
b. Oferta do bem x (Ox) de Quantidade Ofertada do bem x (QOx). 
Ox ≠ Qox – A Oferta é uma estrutura produtiva (Ox), uma capacidade de produção. Dada esta estrutura 
produtiva, de acordo com o preço é possível estabelecer a quantidade (QOx) que se consegue produzir. 
 
7. Esboce graficamente a oferta do bem X (cosméticos) e a oferta do bem i (alimentos – “bem estar”), enquanto 
capacidades produtivas de uma empresa que desempenha duas atividades econômicas distintas. Mostre o que 
ocorre com tais estruturas produtivas, diante de um posicionamento estratégico que opte por investir e destinar 
mais esforços ao “bem estar”. 
A curva da oferta de cosméticos se deslocaria para a esquerda e a curva de oferta de alimentos se deslocaria 
para a direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oi’ P 
Q 
Oi 
P 
Q Q’ 
Ox’ 
P 
Q 
Ox 
P 
Q Q’ 
Oferta de Cosméticos Oferta de Alimentos 
REFERÊNCIAS 
 
PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLLOS, Marco Antonio Sandoval (Org.). Manual de 
economia. (Equipe dos Professores da USP). 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução a Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
VASCONCELLOS, Marco A S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 3. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

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