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06 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

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MICROECONOMIA E MACROECONOMIA 
AULA 06 – MACROECONOMIA 
Macroeconomia é o campo de estudos da Economia que observa os agregados econômicos, o 
equilíbrio geral, o todo composto por partes. 
Políticas Macroeconômicas 
Professora: Heloísa de Puppi e Silva 
 
CONTEÚDO 
1. PIB REAL X PIB NOMINAL (INFLAÇÃO) 
2. PIB X PIL (DEPRECIAÇÃO) 
3. PIB X PNB (RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR) 
4. EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO E POLÍTICAS MACROECONÔMICAS 
5. POLÍTICA EXPANSIONISTA E POLÍTICA CONTRACIONISTA 
6. POLÍTICA FISCAL (ARRECADAÇÃO E TRANSFERÊNCIAS); POLÍTICA 
MONETÁRIA (REDESCONTO, OPEN MARKET, DEPÓSITO COMPULSÓRIO) 
7. SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
Planejamento de Longo Prazo e Bem Estar Social 
Flutuações Econômicas 
 
De modo resumido, a História Econômica conta-nos que no início da formação do 
Sistema Econômico de Mercado, os Pensadores Econômicos se preocupavam com o 
crescimento da Economia e com um equilíbrio de bem estar gerado apenas pelas forças de 
oferta e demanda ao se encontrarem no mercado. Esta descrição pode ser encontrada nas 
obras de Adam Smith. No entanto, a competição entre as empresas e a concorrência da 
mão de obra no mercado de trabalho, bem como o uso de recursos escassos sem 
preocupações com o esgotamento, colocaram o Sistema de Economia de Mercado, ou o 
Capitalismo liberal em Crises, ao final do século XIX e início do século XX, culminando com 
a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929. 
A partir daí, com Keynes, os economistas passaram a se preocupar com o bem 
estar pensando o Estado, na figura representativa do governo, como propulsor do 
desenvolvimento econômico, considerando questões de renda, saúde e escolaridade. 
Neste entendimento, o bem estar e o equilíbrio de mercado passaram a receber intervenção 
de mais um agente da economia. Reveja o Fluxo Circular da Renda sem a participação e 
com a participação do Governo para equilibrar o fluxo real e o fluxo nominal. 
Recentemente, o acirramento dos problemas sociais e ambientais colocaram-nos 
diante de Crises, Caos e Colapsos. Falta renda, falta produção, falta educação, falta água, 
falta energia, petróleo, entre outros fatores. A partir daí, diversas áreas do conhecimento e 
não apenas a Ciência Econômica, têm atentado para soluções e alternativas à 
sustentabilidade para retomar o equilíbrio global. Hoje o equilíbrio da produção e da 
sociedade depende do conhecimento e da participação de todos. A Ciência Econômica 
sozinha não dá conta de solucioná-los. 
Sistemas Econômicos 
Ambiente sistêmico da competitividade 
Equilíbrio Macroeconômico (planejamento) 
Desenvolvimento social e econômico (bem-estar) 
 
Crescimento Econômico, Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade dizem 
respeito ao ambiente sistêmico da competitividade e em meio às interações entre os 
diversos agentes e a busca de melhores condições de vida, também está um sistema 
econômico produtivo de economia mista. No entanto, a produção, fluxo real e fluxo nominal, 
não resumem a sustentabilidade mundial. 
Contudo, estamos em uma disciplina de Economia e precisamos compreender o 
que é o equilíbrio macroeconômico, bem como as ferramentas utilizadas para o 
planejamento de um sistema econômico que vise o equilíbrio dos meios de produção e dos 
agentes que o integram. 
Nesta Aula 06, trataremos das políticas macroeconômicas e alguns indicadores de 
contas nacionais. Por exemplo, para a compreensão de quanto realmente produzimos em 
nosso país, precisamos atentar para as variações do Produto Interno Bruto (PIB). São elas: 
PIB real e PIB Nominal, O Produto Nacional Bruto (PNB), o Produto Interno Líquido (PIL) e 
o Produto Nacional Líquido (PNL). 
Observar apenas o valor do PIB é uma medida que não necessariamente indica a 
saúde e a capacidade de crescimento de uma economia em um período de tempo. Por isso, 
consideramos elementos como a inflação, a depreciação de máquinas e equipamentos e 
as remessas de rendas enviadas ao exterior. 
 
1 PIB REAL X PIB NOMINAL (INFLAÇÃO) 
 
Para compreender os valores reais de crescimento e produção de uma Economia, 
temos os valores do PIB Real e PIB Nominal. Este raciocínio considera os efeitos da 
Inflação sobre a Economia. Os valores do PIB Nominal são superiores aos valores Reais, 
em períodos inflacionários. 
A diferença entre PIB Real e PIB nominal é obtida pela retirada dos efeitos da 
inflação sobre os preços. 
 PIB Real = PIB Nominal/Nível de preços. 
 PIB a preços correntes (PIB Nominal) e PIB a preços constantes (PIB Real). 
 No ano de referência, denominamos a “base 100” para o cálculo da variação do nível de preços. 
Então, sempre há um ano de referência para o PIB Real. Por exemplo, que o PIB foi de 3 trilhões nos 
valores de 2014. Assim, 2014 é a base 100, para o cálculo das variações dos níveis de preços. 
Fazemos este cálculo para verificar o quanto uma economia realmente cresceu. 
Lembre-se do exemplo do ventilador na Aula 05. “Você gostaria de ter comprado dois 
ventiladores no verão passado. Foi até a loja e viu que o preço de cada um era R$ 50,00. 
Não tinha o dinheiro, não quis realizar uma operação de crédito com um financiamento e 
resolveu poupar durante o ano para juntar R$ 100,00. Neste verão, você pegou os R$ 
100,00 em um cofre na sua casa, foi até a loja e viu que o preço do ventilador é de R$ 
55,00. Você guardou esse dinheiro durante o ano para comprar 2 ventiladores e pôde 
apenas comprar um. Isto ocorreu porque no decorrer do ano a Atividade Econômica passou 
por um período inflacionário, mesmo que moderado, mas a reserva de valor não foi possível 
e a poupança não teve fundamento. Você perdeu poder aquisitivo porque houve um 
aumento no preço do ventilador.” 
No decorrer do ano, perdemos poder aquisitivo por causa do processo inflacionário, 
então, se retirarmos a variação dos preços, saberemos quanto aumentou “realmente” nosso 
poder aquisitivo. Considerando que Produto = Renda = Despesa, a perda do poder 
aquisitivo pode ser equiparada ao crescimento real da produção e da renda gerada em uma 
economia. 
O mesmo vale para as empresas. Para saber o quanto sua empresa realmente 
cresceu, retire os efeitos da inflação sobre a receita. Há uma diferença entre a receita real 
e a receita nominal de acordo com a variação dos preços da economia. Pode ocorrer, de a 
sua empresa trabalhar com insumos que tenham sofrido oscilações maiores ou menores 
que a variação do nível geral de preços. Fazer este cálculo é importante porque nem 
sempre é possível repassar todos os ajustes dos custos de produção para os preços, visto 
que a demanda pode não estar apta e disposta a absorver a variação. 
Enquanto a demanda sofre perda do poder aquisitivo em períodos inflacionários, a 
oferta sofre o aumento do custo de produção que a impossibilita de produzir mais. Esteja 
atento aos cálculos reais dos ganhos obtidos. 
 
2 PIB X PIL (DEPRECIAÇÃO) 
 
O PIB traz o registro bruto dos Investimentos em Capital Físico (IBKF), enquanto 
que o PIL desconta os efeitos da depreciação. A análise dessas contas nos leva a perceber 
que os valores brutos são superiores aos valores líquidos. Os valores do PIB são sempre 
superiores aos do PIL. Já o PNL observa o quanto uma nação produz descontados os 
efeitos da depreciação sobre o Capital. O PNL é a produção líquida de uma nação. 
 
 PIL = PIB – Depreciação 
PIB = C + Ib + G + EL 
PIL = C + IL + G + EL 
• IB >>> Investimento Bruto 
• Capital físico... (Ib = IBKF + ∆E) ... 
Deprecia... Então... Retirando o efeito da depreciação 
• IL >>> Investimento Líquido 
• Capital físico... (IL = ILKF + ∆E) ... 
 
A informação sobre o IBKF é retirada dos balanços patrimoniais, quando se realizaa declaração do imposto de renda. Na disciplina de contabilidade, observe a conta 
“investimento” no Ativo. Ela sempre está acompanhada de uma “depreciação”. 
Atente na sua empresa que a depreciação que se registra, não é um desembolso 
e não necessariamente corresponde à depreciação de uma máquina ou equipamento. 
Então, se você desejar comprar uma máquina ou equipamento novo, precisa incluir o valor 
deste investimento futuro no preço do produto. Melhor que seja uma “taxa de investimento 
futuro” no Mark-up. No dia a dia, retiramos o valor da depreciação para a apresentação de 
resultados “positivos” ou “favoráveis” e para o cálculo do preço de equilíbrio financeiro, o 
que mascara a necessidade de investimento, ou de capital futuro. 
 
3 PIB X PNB (RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR) 
 
Enquanto o PIB está relacionado a um território, o PNB está relacionado a uma 
Nação. O que os diferencia é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE). 
A comparação do PIB com o PNB mostra a capacidade de produção de um território 
contraposta à capacidade de produção de uma nação em todo o mundo. Quanto mais 
investimentos estrangeiros (IED) um país tiver, maior a tendência de o PNB ser inferior ao 
PIB. No Brasil o PIB é maior que o PNB enquanto que nos EUA o PIB é menor que o PNB. 
No decorrer de um ano há rendas estrangeiras geradas em território nacional, bem 
como rendas nacionais geradas em territórios estrangeiros. Quando se envia as remessas 
de lucros e rendas para o país de origem é possível saber quanto uma nação produziu no 
ano. 
PIB = C + I + G + EL 
 - RLEE = (REE – RRE) 
PNL = C + I + G + EL 
• PIB >>> Interno – Região 
• Produção do território 
• PNB >>> Nacional – Nacionalidade 
• Produção da nacionalidade 
 
 
PIB 
RRE 
REE 
PNB 
 
 
Você já ouviu a expressão “O Brasil precisa agregar mais valor aos seus produtos?” 
Ela tem origem no número de elos de cadeias produtivas que temos em território nacional. 
Ainda importamos muitas máquinas e equipamentos, bem como insumos e tecnologia. Na 
década de 1980 e no início da década de 1990 a situação era mais acentuada. O que é 
isto? Isto quer dizer que produzimos bens primários no país, enviamos para fora e depois 
importamos bens finais. Isto quer dizer que a renda de diversas etapas de cadeias 
produtivas ficavam e ainda ficam fora do território nacional. 
Vamos fazer uma suposição sobre o exemplo do carvão. Seria como se as etapas 
da indústria da transformação de máquinas, equipamentos e serviços como tecnologias 
fossem importadas. Como se diversas cadeias produtivas e firmas intermediárias não 
gerassem renda, ou agregassem valor à economia do país (PIB) ou à nacional (PNB), por 
estarem em outros países ou sob outras nacionalidades. No exemplo abaixo, retiraríamos 
$19,00 ($7,00 + $12,00), ou mais, pelos entrelaçamentos das cadeias produtivas, do 
produto total. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valor Agregado e Valor 
Adicionado 
Plantio 
Florestal 
Queima da 
Madeira 
Embalagem Supermercado (comércio 
do Carvão) 
Compra 
R$ 0,00 
Venda 
R$ 28,00 
Compra 
R$ 28,00 
Venda 
R$ 
35,00 
Compra 
R$ 
35,00 
Venda 
R$ 
47,00 
Compra 
R$ 
47,00 
PRODUTO 
R$ 53,00 
VA 
R$ 
28,00 
VA 
R$ 7,00 
VA 
R$ 
12,00 
VA 
R$ 6,00 
RENDA 
ou VA 
R$53,00 
DESPESA 
R$ 53,00 
Dispêndio da Demanda 
Preço do 
Produto 
Remunerações dos Fatores de 
Produção no Processo Produtivo 
Fatores de Produção: 
TERRA 
CAPITAL 
TRABALHO 
CAPACIDADE EMPRESARIAL 
TECNOLOGIA 
Remuneração dos Fatores de Produção: 
ALUGUEL 
JUROS 
SALÁRIOS 
LUCRO 
ROYALTIES 
 
Nossa abertura comercial se acentuou a partir de 1989, com o Consenso de 
Washington, e 1994 com o Plano Real. Contudo, vieram diversa multinacionais, firmas e 
cadeias produtivas para o país. Sofremos uma onda de fusões e aquisições pela falta de 
competitividade da indústria nacional e hoje enviamos diversas remessas de lucros para o 
exterior (PNB). Mas, precisamos ponderar que há milhares de brasileiros que trabalham e 
recebem salários destas empresas e, territorialmente, fazem a “economia girar” (PIB). 
Quando uma empresa estrangeira constrói uma planta produtiva dizemos que há 
um investimento direto estrangeiro (IED). Ou seja, há ingresso de moeda estrangeira no 
país, mesmo que depois uma parte seja enviada à matriz no exterior. Se ocorrerem diversos 
investimentos direto estrangeiros no país, o investimento aumenta, aumenta o emprego, 
aumenta a renda, aumenta a demanda, aumenta o consumo e as empresas entendem que 
podem investir mais. Isto é um círculo virtuoso. Quando há aumento do IED, há ingresso 
de moeda estrangeira no país, a oferta de “dólares” aumenta provocando queda na taxa de 
câmbio. Como os investidores estrangeiros precisam comprar reais para operar dentro do 
país, a demanda por reais aumenta, valorizando a moeda nacional. 
 
4 EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO E POLÍTICAS MACROECONÔMICAS 
 
Diz respeito ao papel do Governo na economia, ou do suposto Estado soberano na 
economia. Há uma estrutura governamental para a tomada de decisão sobre o equilíbrio 
macroeconômico que se relaciona à eficiência produtiva e à eficácia alocativa. Então, por 
pressuposto, o governo deve alocar da melhor forma seus recursos para que sejamos mais 
produtivos, em termos de sistema econômico. Para isto, ele tem as funções distributivas e 
igualitárias. Resumindo, o papel do Estado seria: “o melhor de tudo para todos os cidadãos” 
de um território. Será possível? Como um sistema de Economia Mista pode se organizar 
para isto? Pesquise sobre este tema de discussão política, “Papel do Estado e do Governo 
na Economia” livremente na internet. Estas funções fazem parte da constituição federal. 
Assim como as empresas, o Governo é uma Estrutura Produtiva, ou seja, uma 
Oferta de bens e serviços. Da mesma forma que uma empresa privada, precisa atentar 
para a sua competitividade, estudando as variáveis internas, estruturais e sistêmicas. Para 
estes estudos existem órgãos e institutos de pesquisa como o IPEA e o IBGE, além do 
levantamento e apresentação de indicadores por cada órgão de competência como o 
BACEN, o MDIC, Ministério da Saúde, Educação, entre outros ministérios. Um Governo 
competitivo é aquele que opera com eficiência produtiva e eficácia alocativa e, assim como 
qualquer outra organização, ocupa-se do bem estar, tem resultados positivos, reduz dívida 
pública e cria condições de pagamento futuro. Por ser um agente o Governo também age 
como demanda e quando não tem condições de pagar os fornecedores gera déficits, 
aumentando a dívida pública. Se o Governo não encontra formas ficais, recolhimento de 
impostos ou outras formas de financiamentos para aumentar sua receita, ele emite títulos 
públicos. A emissão de um título público para o Governo pode ser comparada com a tomada 
de crédito por uma pessoa física ou jurídica, que faz um financiamento no banco comercial 
para adquirir uma casa, carro, bem ou serviço, ou suprir outros tipos de necessidades. Isto 
quer dizer que um dia esta conta terá que ser paga. O que você faz quando realiza um 
financiamento para adquirir qualquer bem ou serviço? Trabalha para pagar a conta. Como 
o Governo é uma organização muito grande que representa aproximadamente 50% do PIB 
do País, quando ele faz dívidas, todos nós precisamos trabalhar muito para pagar a conta. 
Da mesma forma, quando nós pessoas físicas e jurídicas fazemos muitos 
financiamentos para adquirir casas e carros, precisamos trabalhar muito para nossa própria 
conta e a dos demais que adquiriram dívidas. Temos que nos esforçar muitopara que nós 
permaneçamos empregados, recebendo salários e gerando renda. Esta é a relação 
existente entre a “financeirização” da economia e o cotidiano de nossas vidas. No entanto, 
se todos nós realizamos empréstimos nos bancos comerciais para comprar carros, casas 
e outros bens, durante um tempo teremos que abrir mão, ou deixar de comprar roupas, 
gastar com entretenimento, entre outros. Teremos que reduzir o consumo de outros bens 
e serviços para pagar as “parcelinhas” dos financiamentos. Se fizermos isto todos ao 
mesmo tempo, reduziremos de modo geral o consumo de outros bens e serviços, como 
roupas. Aí as empresas, como as têxteis, por exemplo, entenderão que precisam reduzir a 
produção para não “quebrar”. Farão a demissão de trabalhadores, pagarão menos salários 
e estes trabalhadores consumirão menos ou deixarão de pagar as “parcelinhas” dos 
financiamentos. Se isto acontecer, os bancos comerciais não irão receber este dinheiro, 
empresas da construção civil e montadoras não terão como manter a produção, o emprego, 
o salário e a renda dos trabalhadores. Os bancos comerciais terão menos dinheiro para 
emprestar às pessoas e a taxa de juros aumentará. 
Trata-se de um círculo vicioso, desencadeado pela redução de investimentos, pela 
excessiva formação da dívida pública e privada. Como se chama isto? Crise. Como saímos 
da Crise? Trabalhando muito e pensando em alternativas de trabalhos para que todos 
possam permanecer produtivos. Por isto nos sentimos cansados em períodos de Crise. Nos 
desgastamos para pagar a própria conta, muitas vezes não conseguimos e convivemos 
com a tristeza daqueles que se sentem mal por não conseguirem pagar as suas. Ser 
solidário e compreensivo é fundamental para manter a estima de todos em momentos 
difíceis de sobrevivência como o ocorrido na década de 1980, quando passamos 
aproximadamente 15 anos tentando resolver o problema da inflação, da dívida pública, da 
dívida externa e da insuficiência produtiva. Pergunte para familiares e pesquise na internet 
como era a vida na década de 1980. Como era conviver com altos níveis inflacionários? 
Como era conviver sem a diversidade de bens e serviços nas prateleiras de 
supermercados? Como era conviver com uma moeda que perdia valor todos os dias? Como 
foi a Crise de Estado da década de 1980? Qual o efeito dela sobre as pessoas. Pesquisar 
sobre estes assuntos é um exercício político, democrático e cidadão. 
Política é um termo que se origina nas pólis na Grécia Antiga. As pessoas se 
reuniam nas praças para discutir necessidade ao bem comum da sociedade. Então, era 
pública. Isto tem relação com a formulação de políticas públicas, que em um Estado 
Democrático, deve ser feita das pessoas, pelas pessoas e para as pessoas para respeitar 
a liberdade do ser humano. Não podemos ser pretenciosos e querer “lutar” pela felicidade 
ou pela liberdade dos outros. Cada um sabe o qual é o seu papel, a sua liberdade e a sua 
felicidade. Se nós decidirmos “lutar”, o termo remete à “guerra”. Se decidirmos fazer isto 
pelos outros, estamos interferindo na liberdade do próximo, ou seja, estaremos 
aprisionando. Precisamos refletir o uso dos termos nas discussões políticas. Qual seria o 
equilíbrio social para sermos livres, felizes e sustentáveis? 
O Governo é um ente político, pensa o equilíbrio macroeconômico e tem sua 
competitividade baseada em um Orçamento Público (LOA), que reflete seus gastos 
(Custos) e sua arrecadação (Receita). Lembre-se da Aula 04, sobre produtividade, e da 
Aula 05, que apresentou os componentes do PIB (Y = C + I + G + EL) >>> (G = A – T). 
Orçamento público quer dizer que é das pessoas, para as pessoas e pelas pessoas. 
O conjunto de políticas públicas está expresso nas transferências que o Governo 
realiza para a economia. Ele faz política de educação, saúde, transporte, entre outras. Por 
isto precisa estudar seus custos da mesma forma que uma empresa. No entanto, o sistema 
orçamentário é baseado apenas na contabilidade e em um agrupamento repentino, a cada 
mandato eleitoral, dos projetos que estão, em sua maioria, disponíveis nas gavetas dos 
trabalhadores e funcionários públicos. Como a dívida pública é alta, não sobram recursos 
para criarmos investimentos. Por causa da estrutura política que possuímos, muitas vezes 
não é possível reunir todos os entes de interesse para discutir as políticas públicas e 
dizemos que ela é uma política de Governo, o que a difere de uma política de Estado. 
Políticas públicas deveriam se preocupar o a sustentabilidade e com o longo prazo, mas 
perdemos tempo “apagando o fogo” imediato da sobrevivência da população. Isto quer dizer 
que precisamos ser muito mais produtivos para “apagar os incêndios” e começar a pensar 
no futuro. Alguém já ouviu dizer sobre como o Pais, o Estado ou o Município quer estar em 
2020, 2030, 2040,...? Isto ocorre porque não temos um planejamento de longo prazo. Já as 
Políticas Macroeconômicas deveriam refletir o interesse de todos os entes interessados nas 
decisões do equilíbrio geral da economia, no curto e no longo prazo. 
Como ocorre na empresa que você trabalha? Ela tem planejamento de longo 
prazo? Alguém sabe onde queremos chegar daqui 20 anos? Como queremos a nossa 
sociedade daqui a 10 anos? Para onde estamos indo? Esta é uma superação da cultura 
política nacional. Se preocupar com o futuro e com a sustentabilidade, sem deixar que as 
pessoas passem fome nos dias atuais. 
As Políticas Macroeconômicas são as formas utilizadas para o Estado promover o 
equilíbrio geral da economia. O equilíbrio geral da Economia pode ser obtido por meio de 
Políticas Macroeconômicas Expansionistas, ou políticas de Crescimento, e Políticas 
Macroeconômicas Contracionistas, ou políticas Restritivas. Para cumprir com as suas 
funções o Governo realiza Políticas Macroeconômicas Ficais, Monetárias e Cambiais. 
 
5 POLÍTICA EXPANSIONISTA E POLÍTICA CONTRACIONISTA 
 
CÍRCULO VIRTUOSO (CICLO DE EXPANSÃO) 
CÍRCULO VICIOSO (CICLO DE CONTRAÇÃO) 
 
Você já ouviu dizer que a economia oscila em ciclos de expansão e contração? 
Busque esta informação livremente na internet. Ela reflete a teoria dos ciclos de 
Schumpeter. 
Caso ocorra um aumento nos investimentos, haverá um aumento da produção, do 
emprego, da renda, da demanda e do consumo. Este é um ciclo de expansão da economia. 
Políticas expansionistas tendem a desencadear ciclos de expansão, ou de aquecimento da 
atividade econômica. Um círculo virtuoso. 
Por outro lado, caso ocorra uma redução dos investimentos, haverá uma redução 
da produção, do emprego, da renda, da demanda e do consumo. Este é um ciclo de 
contração da economia. Políticas contracionistas tendem a desencadear ciclos de 
recessão, ou de desaquecimento da atividade econômica. Um círculo vicioso. 
Não existe política boa ou ruim, existe a política mais adequada para determinado 
momento, lembrando que queremos estar felizes e sustentáveis no futuro. Então, temos 
que lembrar que quando o Governo gasta e transfere muitos recursos para a economia, as 
pessoas tenderão a gastar mais e isto gera inflação, aumenta a dívida e o Governo 
precisará pagar suas contas. Então, para reequilibrar, precisa reduzir os gastos e transferir 
menos recursos para a economia. Desta forma, reduz a inflação e os déficits. 
 
 
As Políticas Macroeconômicas Contracionistas reduzem o volume de moeda 
em circulação. Desta forma, haverá menor Demanda, menor Consumo e, por 
consequência, menores serão os Investimentos, o emprego, o consumo e as empresas 
entenderão que devem investir menos, empregarão menos e... 
 
As Políticas Macroeconômicas Expansionistas aumentam o volume de moeda 
em circulação. Desta forma, haverá maior Demanda, maiorConsumo e, por consequência, 
maiores serão os Investimentos, o emprego, o consumo e as empresas entenderão que 
podem investir mais, empregarão mais e... 
 
A elaboração de políticas públicas e macroeconômicas deve atentar para 
problemas estruturais e problemas conjunturais. Conjunturais são do momento e estruturais 
garantem a sobrevivência futura. Pesquise livremente na internet sobre problemas 
estruturais e conjunturais da economia. O que falta para nós agirmos de acordo com aquilo 
que sonhamos e esperamos de uma sociedade sustentável e feliz? 
 
 
Círculo Virtuoso 
Círculo Vicioso 
Círculo Virtuoso 
Círculo Virtuoso 
Círculo Vicioso 
Políticas Macroeconômicas podem desencadear Ciclos de Expansão ou de Contração 
6 POLÍTICA FISCAL (ARRECADAÇÃO E TRANSFERÊNCIAS); POLÍTICA 
MONETÁRIA (REDESCONTO, OPEN MARKET, DEPÓSITO COMPULSÓRIO) 
 
Para realizar Políticas Macroeconômicas é preciso levantar indicadores para 
realizar diagnósticos. Veja um exemplo de percepção sobre indicadores e a política 
adotada. Indicadores podem ser retirados do site do BACEN, IPEA, IBGE, entre outros. 
Quando as contas públicas ou externas do país estão desequilibradas 
(apresentando sucessivos déficits ou registrando altos níveis de endividamento), bem como 
quando há altos níveis inflacionários, o Governo contrai a Economia. Ou seja, ajusta a 
Economia. Para isso, precisa aumentar os impostos ou reduzir suas transferências (Política 
Fiscal) ou, ainda, precisa aumentar a Taxa Básica de Juros ou aumentar o Depósito 
Compulsório (Política Monetária). Com esta opção, o Governo pode ajustar as contas 
públicas buscando o registro de superávits e também reduzir o volume de moeda em 
circulação, reduzindo as pressões inflacionárias. É importante perceber que o Governo 
precisa estar constantemente regulando suas contas e para isso precisa se financiar. Ele 
pode realizar isto de duas formas: por meio da cobrança de impostos (Política Fiscal) ou 
pela venda de Títulos Públicos (Política Monetária). O Governo pode utilizar as Políticas 
Macroeconômicas Fiscal e Monetária para financiar suas atividades. 
 
POLÍTICAS FISCAIS 
Políticas Fiscais têm origem nas contas do Governo (G = A – T). O Governo mexe 
nas arrecadações (A) ou nas transferências (T) que realiza. 
 
CONTRACIONISTAS 
 Se o Governo aumentar a arrecadação (A) ou reduzir as transferências (T), está realizando política 
contracionistas. 
 Quando o Governo aumenta a arrecadação as pessoas têm menos dinheiro para consumir ou para 
investir porque precisam pagar mais impostos. 
 Se as pessoas reduzirem consumo ou investimento, as empresas entendem que devem produzir 
menos, contratarão menos funcionários, eles terão menor renda, menor será a demanda, eles farão 
menor consumo e assim por diante. Os preços caem porque a demanda diminui. Há menor volume 
de moeda em circulação. 
 Quando o Governo reduz as transferências, “corta gastos”, com infraestrutura, meio ambiente, 
pesquisa, educação, entre outros. Vale lembrar que há limites, previstos por lei, com os cortes de 
saúde e educação. Se o Governo reduz gastos, contrata menos serviços, consome menos bens para 
o funcionamento da estrutura pública e as empresas privadas que atendem à demanda de bens e 
serviços do Governo, deixam de receber, investem menos, contratam menos, remuneram menos e o 
consumo cai. 
 Se o Governo gasta menos, e arrecada mais, há uma redução da dívida pública 
 G = A – T (LUCRO ou SUPERÁVIT) 
 
 
 
EXPANSIONISTAS 
 Se o Governo reduzir a arrecadação (A) ou aumentar as transferências (T), está realizando políticas 
expansionistas. 
 Quando o Governo reduz a arrecadação as pessoas têm mais dinheiro para consumir ou para investir 
porque terão que pagar menos impostos. 
 Se as pessoas aumentarem consumo ou investimento, as empresas entendem que devem produzir 
mais, contratarão mais funcionários, eles terão maior renda, maior será a demanda, eles farão maior 
consumo e assim por diante. Os preços sobem (Inflação) porque a demanda aumenta. Há maior 
volume de moeda em circulação. 
 Quando o Governo aumenta as transferências, faz obras de infraestrutura, meio ambiente, pesquisa, 
educação, entre outros. Vale lembrar que o Governo precisa ter projetos de longo prazo para realizar 
investimentos de acordo com o interesse público. Se o Governo aumenta gastos, contrata mais 
serviços, consome mais bens para o funcionamento da estrutura pública e as empresas privadas que 
atendem à demanda de bens e serviços do Governo, recebem mais, investem mais, contratam mais, 
remuneram mais e o consumo aumenta. 
 Se o Governo gasta mais, e arrecada menos, há um aumento na dívida pública. 
 G = A – T (PREJUÍZO - DÉFICIT) 
 
A dívida pública aumenta com o resultado de déficit da conta do Governo e a 
dívida pública diminui com o resultado de superávit na conta do Governo. 
 
 
 
 
POLÍTICAS MONETÁRIAS 
Políticas Monetárias têm origem nos instrumentos que regulam a oferta de moeda 
que circula na economia. Há três instrumentos de política monetária: Taxa de Redesconto, 
Depósito Compulsório e Open Market. 
A taxa de redesconto é uma taxa “punitiva” do Banco Central para os Bancos 
Comerciais. Os bancos comerciais “ganham dinheiro” realizando empréstimos para 
pessoas físicas, para pessoas jurídicas e para o Governo. Quando os bancos comerciais 
emprestam dinheiro e não recebem eles fecham “no vermelho”. Ficam devendo. Como eles 
não podem ficar devendo, pedem dinheiro para o Banco Central para “cobrir” suas contas. 
O BACEN empresta o dinheiro, mas cobra uma taxa de juros por isto. Esta taxa é chamada 
de “Taxa de Redesconto”. Se o Bacen aumentar a taxa de redesconto, os bancos 
comerciais emprestarão menos dinheiro para nós, com receio de pagarem juros altos, caso 
“fechem no vermelho”. Então os bancos comerciais aumentam a taxa de juros que nos 
cobram para financiamentos de carros e casas. A taxa de redesconto está entrando em 
desuso porque os bancos comerciais preferem emprestar dinheiro dos outros bancos 
comerciais antes de pedir dinheiro emprestado ao BACEN. Isto caracteriza a taxa de 
depósito interbancário. O “DI” que você pode optar como poupança. 
Resultados das Contas do Governo: 
• Se A > T, então G é positivo ► superávit ► redução da dívida pública 
• Se A < T, então G é negativo ► déficit ► aumento da dívida pública 
Para entender melhor, você também pode pensar na sua conta corrente no banco 
comercial. Quando você gasta mais do que recebe, entra “no vermelho” ou entra no “limite 
do cheque especial”. Automaticamente o banco “lhe empresta” dinheiro e você paga juros 
no próximo mês. E se você não cuidar, no próximo mês terá menos dinheiro, porque terá 
que pagar os juros e talvez precise entrar no “vermelho” novamente e vai ficando cada vez 
mais sufocante para pagar a conta. Isto também acontece com o Balanço de Pagamentos, 
Com as Contas Públicas. Estas operações caracterizam um sistema financeiro que “gira” 
sobre um consumo presente e compromete o trabalho futuro. Isto quer dizer que quando 
antecipamos consumos com financiamentos ao invés de “juntar dinheiro” para pagar os 
bens e os serviços, comprometemos e sobrecarregamos nosso trabalho futuro. Você já 
dorme pensando que tem que trabalhar para pagar a conta ao invés de sonhar o futuro, 
pensar na sustentabilidade e na felicidade. 
O depósito compulsório é o depósito obrigatório dos bancos comerciais no Banco 
Central. Como os bancos comerciais “ganham dinheiro” emprestando o seu dinheiro para 
as outras pessoas, o BACEN precisa estabelecer limites para isto. O Acordo da Basiléia 
também estabelece alguns limites. Pesquise livremente na internet para entender o que ele 
propõe aos sistemas financeiros e àsinstituições financeiras. 
O BACEN estabelece estes limites aos bancos comerciais porque se eles 
emprestarem todo o nosso dinheiro, e não receberem eles “quebram”. Também fazem isto 
porque se eles emprestarem demais o nosso dinheiro, poderia faltar para nós realizarmos 
saques de nossas contas correntes. 
O depósito compulsório diz que parte do nosso dinheiro, ou do nosso salário, que 
está em nossas contas correntes, não pode ser emprestado para as outras pessoas. Isto 
ocorre para garantir a saúde do sistema financeiro. Por exemplo, se o depósito compulsório 
for de 40%, os bancos comerciais podem emprestar 60% do nosso salário para as outras 
pessoas. Assim, 40% do nosso salário fica obrigatoriamente, ou compulsoriamente, retida 
no Banco Central. Se o governo aumenta a taxa do depósito compulsório, os bancos 
comerciais irão emprestar menos dinheiro para nós consumirmos e investirmos. Reduzirá 
a produção o emprego e a renda da economia. 
As operações de Open Market, também são chamadas de Operações de compra 
e venda de títulos públicos em mercado aberto. O Governo, por intermédio do Banco 
Central, vende títulos para as pessoas, para as empresas privadas e para os bancos 
comerciais, em troca de dinheiro para pagas os gastos públicos. Quando o Governo vende 
títulos ele está se endividando. As pessoas, empresas e bancos que emprestam dinheiro 
para o Governo esperam receber juros pelo empréstimo deste dinheiro. Esta taxa de juros 
é a taxa básica de juros, também chamada de Selic. Pesquise livremente o termo “Selic” 
na internet. 
Esta taxa de juros das negociações dos títulos públicos é uma taxa de referência 
para a economia. Vamos ver um exemplo. Um banco comercial pode decidir se ele quer 
ganhar dinheiro emprestando para você ou para o Governo. Se o Governo aumenta a taxa 
de juros dos títulos públicos, o banco comercial vai preferir emprestar dinheiro para o 
Governo ao invés de emprestar dinheiro para você. Isto quer dizer que se você quiser fazer 
financiamentos de carros e casas a taxa de juros ficará mais alta para você. 
Então, quando o Governo aumenta a taxa de juros, os juros aumentam de modo 
geral na economia, nós fazermos menos investimentos, menos financiamentos, 
consumimos menos, produzimos menos, menor é o emprego e assim por diante. 
 
CONTRACIONISTAS 
 Aumento da Taxa de Redesconto 
 Aumento do Depósito Compulsório 
 Aumento da Taxa Básica de Juros dos títulos públicos 
 Reduzem o volume de moeda em circulação, investimento, emprego, consumo e inflação 
 
EXPANSIONISTAS 
 Redução da Taxa de Redesconto. 
 Redução do Depósito Compulsório. 
 Redução da Taxa Básica de Juros dos títulos públicos. 
 Aumentam o volume de moeda em circulação, investimento, emprego, consumo e inflação. 
 
7 SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO 
 
Por, supostamente, conhecer os instrumentos de políticas macroeconômicas, 
precisamos pensar como os utilizar para construirmos uma sociedade sustentável, 
garantindo a condição de vida no momento presente. Quem faz isto? Todos nós. 
Quando deixamos a taxa básica de juros em patamares acessíveis para os 
empréstimos e financiamentos de casa e veículos, reduzimos impostos como o IPI e 
oferecemos moradias a baixos preços, estamos incentivando o endividamento das pessoas 
e das contas públicas. Quando antecipamos consumos sem termos poupado anteriormente 
para isto, estamos nos endividando e comprometendo nosso trabalho futuro. Estas medidas 
nos impedem de planejar o longo prazo porque passamos a trabalhar em uma correria para 
pagar conta. Então, como equilibrar nossos desejos e satisfações sem nos colocar em 
períodos de Crise? Qual é a responsabilidade de cada um na sociedade, nos cargos e nas 
funções que desempenha? Como está nossa educação e nossa ação diária e cidadã de 
transmitir os valores que queremos colher no futuro? 
Pensar a sustentabilidade e a felicidade é um exercício diário e depende do 
comportamento de cada um de nós, diante de uma consciência social, criarmos o ambiente 
que desejamos viver hoje e no futuro. Por isso, não é apenas tarefa dos economistas, 
pensar em alternativas para o bem estar comum. Precisamos pensar e agir em casa, no 
trabalho e com os amigos. 
Então, existem métodos e métodos de ação! Cada um tem a sua forma de ser feliz. 
Se a sustentabilidade é o coletivo de felicidade e todos fazem parte, então, como ser 
sustentável? Fazendo convites à felicidade? Seremos sustentáveis quando cada um se 
sentir partícipe e satisfeito em si, em uma sociedade que se valha do termo liberdade, sem 
interferir na naturalidade dos "outros 7 bilhões" de seres humanos. Como ser feliz? Sendo 
quem você é ou quem sempre quis ser. Só precisa lembrar. Este é um método de 
construção conjunta para a sustentabilidade: um convite para fazer parte, para lembrar de 
seus sonhos, refletir e mudar se desejar. 
 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
1. Leia os Capítulos 5, 6, 7, 8 e 9 – “Teoria e política Macroeconômica”, “Determinação da Renda e do Emprego”, 
“ Mercado Financeiro e Política Monetária”, “Comércio Internacional e Câmbio” e “Desenvolvimento Econômico 
e Economia Brasileira”. do livro “Princípios de Economia: micro e macro”, de Flávio Ribas Tebchirani, da Editora 
IBPEX. 
 
 
2. Leia a Segunda, Terceira, Quarta e Quinta Parte – “Política e Investimento Social”, “Política Monetária”, 
“Política Cambial” e “Política Econômica Brasileira Contemporânea” do livro “Economia, Dinheiro e Poder 
Político” Princípios de Economia: micro e macro, de Gerson Lima, da Editora IBPEX. 
 
 
3. O ingresso de capital estrangeiro por meio dos IED atrelados aos investimentos públicos e privados nacionais 
podem desencadear um período de expansão da economia. Descreva um círculo vicioso a partir dos 
componentes do PIB. 
Por algum motivo há uma redução dos investimentos, da produção e do emprego consequentemente. Em função disto, 
há uma queda na renda, na demanda e no consumo da população. Desta forma, as empresas entendem que podem 
investir menos, reduzindo produção e emprego sucessivamente. (O virtuoso é o contrário). 
 
4. De acordo com o Produto Interno Bruto (PIB), suas formas e abordagens, ligue os pontos para relacionar a 
coluna A com a coluna B. 
A B 
 
PIB REAL X PIB NOMINAL * * diferenciam-se pela depreciação 
PIB X PIL * * diferenciam-se pela RLEE 
PIB X PNB * * diferenciam-se pela correção do nível geral de preços 
Produto = Renda = Despesa * * têm origem no Fluxo Circular da Renda 
Componentes do PIB * * Consumo, Investimento, Governo e Exportações Líquidas 
 
 
 
5. O Brasil vem passando por preocupações em seu processo inflacionário. Isto tem levado o Governo a 
aumentar a taxa de juros (Selic). Esta elevação é uma política macroeconômica: 
 
( ) Fiscal Expansionista 
( ) Fiscal Contracionista 
( ) Monetária Expansionista 
( X ) Monetária Contracionista 
( ) Cambial 
 
6. Cite 2 políticas macroeconômicas expansionistas. 
1 – Redução de impostos ou aumento das transferências do governo 
2 – Redução da taxa de juros, redução do depósito compulsório e redução da taxa de redesconto 
 
7. Cite 2 políticas macroeconômicas fiscais contracionistas. 
1 – Aumento de impostos ou 
2 – Redução das transferências do governo 
 
8. Assinale “V” para Verdadeiro ou “F” para falso. 
a. ( V ) O PIB é maior que o PIL porque o último desconta o efeito da depreciação. 
b. ( V ) Em países desenvolvidos, o PIB tende a ser maior que o PNB. 
c. ( V ) A diferença entre PIB e PNB é a RLEE (Renda Líquida Enviada ao Exterior – que permite 
distinguir as rendas geradas por um território daquelas rendas geradas por uma nação). 
 
9. Classifique os termos abaixo em: (A) PIB Real de (B) PIB Nominal. ( B ) preços correntes 
 ( A ) preços constantes 
 ( A ) ano base (base 100) ou (ano de referência) 
 ( A ) sem os efeitos da variação do nível geral de preços 
 
10. Uma das alternativas para conter a inflação é a elevação da taxa básica de juros, o Selic. Tal aumento pode 
reduzir os investimentos nacionais. Classifique o aumento da taxa de juros como uma política macroeconômica 
fiscal ou monetária, expansionista ou contracionista. Depois, descreva um círculo vicioso a partir dos 
componentes do PIB. 
O aumento da taxa de juros é uma política macroeconômica contracionista porque as pessoas preferirão comprar 
títulos públicos ao invés de investir ou consumir. Desta forma a produção será menor, o emprego, a renda, a 
demanda, o consumo e a produção reduzirão. 
 Y = C + I + G + EL 
 
Y = C + I + G + EL 
 
 
 
11. Assinale as políticas monetárias contracionistas: 
a. Aumento da arrecadação do governo. 
b. Redução da arrecadação do governo. 
c. Aumento das transferências do governo. 
d. Redução das transferências do governo. 
e. Aumento da taxa básica de juros. 
f. Redução da taxa básica de juros. 
g. Aumento do depósito compulsório. 
h. Redução do depósito compulsório. 
i. 
12. Descreva um Círculo Vicioso e um Círculo Virtuoso. 
Por algum motivo há um aumento dos investimentos, da produção e do emprego consequentemente. Em função disto, 
há um aumento na renda, na demanda e no consumo da população. Desta forma, as empresas entendem que podem 
investir mais, aumentando produção e emprego sucessivamente. (O vicioso é o contrário: reduz investimento, reduz 
emprego, renda, demanda, consumo,... e as empresas entrendem que podem investir menos). 
 
13. Diferencie: 
a. PIB de PIL. _____________________ - depreciação 
b. PIB de PNB. _____________________ - RLEE 
c. PIB Real de PIB Nominal. _____________________ - variação do nível de preços 
 
14. Circule o componente do PIB referente à Política Fiscal. 
 
Y = C + I + G + EL. 
 
15. O Brasil registrou déficit em Transações Correntes porque o volume de importações foi maior que o volume 
de exportações de bens e serviços. Quando há um déficit, a saída de moeda estrangeira, decorrente das 
importações, é maior que a entrada de moeda estrangeira, ocasionada pelas exportações de bens e serviços. A 
alta do câmbio representa a valorização ou a desvalorização do Real em relação ao Dólar? 
Desvalorização porque mostra que há uma preferência das pessoas pela moeda estrangeira ao invés da moeda 
nacional (Real). 
 
16. Diferencie PIB Real de PIB Nominal. 
PIB nominal é o registro dos preços em valores correntes, do dia-a-dia. Quando se faz a correção monetária dos preços, 
retira-se o efeito da variação do nível geral de preços e encontra-se o valor real (a preços constantes porque é 
necessário ter um período de referência) de mercadorias e serviços. Isto funciona da mesma forma para o PIB. Para 
saber quanto realmente uma nação cresceu em um determinado período de tempo, faz-se a correção dos valores 
nominais para encontrar o valor real. Lembre-se que não necessariamente o incremento de uma unidade no preço 
corresponde a uma unidade a mais na produção. Pode ter havido reajuste de preço, mas não significa que houve a 
produção de uma unidade a mais. 
 
FORMAS DE CONSULTA DA BASE DE DADOS DO IBGE, IPEA E BOVESPA. 
Tanto nas empresas como em trabalhos de conclusão de curso, há a necessidade 
de conhecer e consultar algumas bases de dados e informações. Vimos que estas 
informações são importantes para a Competitividade Empresarial e para o exercício de 
nossa cidadania. Seguem alguns Indicadores e as fontes e formas de consulta. 
GRUPO DE INDICADORES 01 
INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO – SET/2014 
GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO 
SELECIONADAS 
PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO 
FOLHA DE NÚMERO DE 
PAGAMENTO REAL HORAS PAGAS 
Mensal Acumulado 
Últimos 
Mensal Acumulado 
Últimos 
Mensal Acumulado 
Últimos 
12 meses 12 meses 12 meses 
Brasil 96,12 97,17 97,44 96,46 99,92 99,49 95,83 96,60 96,92 
 Região Norte e Centro-Oeste 96,82 99,12 99,61 100,91 103,46 102,92 96,68 99,51 99,98 
 Região Nordeste 
 97,79 98,61 97,88 97,35 99,38 98,72 
 
97,66 
 97,62 97,12 
 Ceará 
 96,96 98,08 98,11 97,59 98,36 98,77 
 
96,36 
 97,55 98,01 
 Pernambuco 
 100,39 100,94 99,50 100,23 100,69 98,79 
 
103,02 
 99,24 98,07 
 Bahia 
 98,84 98,32 97,36 95,46 99,41 99,17 
 
97,27 
 96,87 96,27 
 Região Sudeste 
 95,66 96,63 96,98 95,83 99,54 99,16 
 
95,30 
 96,09 96,44 
 Minas Gerais 
 96,08 97,80 98,05 97,85 100,21 99,70 
 
95,86 
 97,02 97,06 
 Espírito Santo 
 98,03 97,89 97,56 102,64 101,88 100,86 
 
97,21 
 96,16 96,32 
 Rio de Janeiro 
 96,56 97,67 97,98 98,52 99,39 99,37 
 
96,94 
 98,77 99,22 
 São Paulo 
 95,28 96,05 96,48 94,64 99,31 98,92 
 
94,78 
 95,38 95,82 
 Região Sul 
 96,02 96,94 97,42 96,38 100,04 99,58 
 
95,73 
 96,11 96,72 
 Paraná 
 94,77 95,81 96,55 94,83 100,29 99,14 
 
94,38 
 94,84 95,48 
 Santa Catarina 
 98,06 99,31 99,55 100,12 101,82 101,24 
 
98,15 
 99,01 99,46 
 Rio Grande do Sul 
 95,30 95,82 96,27 94,88 98,39 98,68 
 
94,74 
 94,64 95,36 
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br) 
NOTAS: Número índice base = 100 
Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior; 
Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente anteriores. 
http://www.ibge.gov.br/home/default.php 
PIMES – PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL DE EMPREGO E SALÁRIO 
 
 
TABELAS 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/tabelas_indicadores/d
efaultindices.shtm 
 
Por Regiões e Unidades da Federação 
 Pessoal Ocupado Assalariado 
 Folha de Pagamento Real 
 Número de Horas Pagas 
 
GRUPO DE INDICADORES 02 
http://www.ipeadata.gov.br/ 
MACROECONÔMICO 
TEMAS 
PREÇOS 
TODAS 
Commodities - alumínio - cotação internacional – MENSAL 
Commodities - soja em grão - cotação internacional – MENSAL 
Commodities - petróleo - cotação internacional – MENSAL 
EXPORTAR EXCEL 
 
 
 
 
 
 
PREÇO MÉDIO DO ALUMÍNIO, SOJA E PETRÓLEO, BRASIL – 2005 A FEV/2014 (Em US$) 
PERÍODO 
ALUMÍNIO 
(US$ centavos por tonelada) 
SOJA EM GRÃO 
(por tonelada) 
PÉTROLEO BRUTO 
(por brent, barril) 
2005 1.900,5 223,2 54,6 
2006 2.573,1 217,4 65,2 
2007 2.382,8 423,0 90,9 
2008 1.504,4 318,81 35,8 
2009 1.669,18 378,50 61,78 
2010 2.173,01 384,95 79,03 
Jan/2011 2.439,70 511,00 92,66 
Fev/2011 2.515,30 512,00 97,73 
Mar/2011 2.555,50 499,00 108,65 
Abr/2011 2.667,40 501,00 116,31 
Mai/2011 2.587,20 499,00 108,18 
Jun/2011 2.557,80 500,00 105,85 
Jul/2011 2.525,40 502,00 107,88 
Ago/2011 2.381,00 501,00 100,46 
Set/2011 2.293,50 491,00 100,83 
Out/2011 2.180,60 446,00 99,92 
Nov/2011 2.080,00 429,00 105,36 
Dez/2011 2.024,40 420,00 103,43 
Jan/2012 2.151,50 442,00 106,97 
Fev/2012 2.208,00 462,00 112,73 
Mar/2012 2.184,20 496,00 117,80 
Abr/2012 2.048,50 529,00 113,75 
Mai/2012 2.002,50 521,00 104,16 
Jun/2012 1.885,50 522,00 90,73Jul/2012 1.876,30 609,00 96,75 
Ago/2012 1.843,30 623,00 105,28 
Set/2012 2.064,10 615,00 106,32 
Out/2012 1.974,30 566,00 103,39 
Nov/2012 1.948,80 533,00 101,17 
Dez/2012 2.086,80 535,00 101,17 
Jan/2013 2.037,60 526,00 105,04 
Fev/2013 2.053,60 536,00 107,66 
Mar/2013 1.911,28 536,00 102,61 
Abr/2013 1.861,02 518,00 98,85 
Mai/2013 1.832,57 542,00 99,35 
Jun/2013 1.814,54 560,16 99,74 
Jul/2013 1.769,61 548,35 105,21 
Ago/2013 1.816,24 498,05 108,06 
Set/2013 1.761,30 503,21 108,78 
Out/2013 1.814,58 472,83 105,46 
Nov/2013 1.747,96 476,66 102,58 
Dez/2013 1.739,81 488,67 105,49 
Jan/2014 1.727,41 476,10 102,25 
Fev/2014 1.695,17 496,80 104,82 
Mar/2014 1.705,37 522,00 104,04 
Abr/2014 1.810,68 547,19 104,94 
Mai/2014 1.715,05 546,03 105,73 
Jun/2014 1.838,95 528,00 108,37 
Jul/2014 ... ... ... 
Ago/2014 ... ... ... 
Set/2014 ... ... ... 
Out/2014 ... ... ... 
Nov/2014 ... ... ... 
Dez/2014 ... ... ... 
FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Fundo Monetário Internacional (FMI) 
 
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REFERÊNCIAS 
 
PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLLOS, Marco Antonio Sandoval (Org.). Manual de 
economia. (Equipe dos Professores da USP). 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução a Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
VASCONCELLOS, Marco A S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 3. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

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