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MICROECONOMIA E MACROECONOMIA AULA 06 – MACROECONOMIA Macroeconomia é o campo de estudos da Economia que observa os agregados econômicos, o equilíbrio geral, o todo composto por partes. Políticas Macroeconômicas Professora: Heloísa de Puppi e Silva CONTEÚDO 1. PIB REAL X PIB NOMINAL (INFLAÇÃO) 2. PIB X PIL (DEPRECIAÇÃO) 3. PIB X PNB (RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR) 4. EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO E POLÍTICAS MACROECONÔMICAS 5. POLÍTICA EXPANSIONISTA E POLÍTICA CONTRACIONISTA 6. POLÍTICA FISCAL (ARRECADAÇÃO E TRANSFERÊNCIAS); POLÍTICA MONETÁRIA (REDESCONTO, OPEN MARKET, DEPÓSITO COMPULSÓRIO) 7. SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO CONTEXTUALIZAÇÃO Planejamento de Longo Prazo e Bem Estar Social Flutuações Econômicas De modo resumido, a História Econômica conta-nos que no início da formação do Sistema Econômico de Mercado, os Pensadores Econômicos se preocupavam com o crescimento da Economia e com um equilíbrio de bem estar gerado apenas pelas forças de oferta e demanda ao se encontrarem no mercado. Esta descrição pode ser encontrada nas obras de Adam Smith. No entanto, a competição entre as empresas e a concorrência da mão de obra no mercado de trabalho, bem como o uso de recursos escassos sem preocupações com o esgotamento, colocaram o Sistema de Economia de Mercado, ou o Capitalismo liberal em Crises, ao final do século XIX e início do século XX, culminando com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929. A partir daí, com Keynes, os economistas passaram a se preocupar com o bem estar pensando o Estado, na figura representativa do governo, como propulsor do desenvolvimento econômico, considerando questões de renda, saúde e escolaridade. Neste entendimento, o bem estar e o equilíbrio de mercado passaram a receber intervenção de mais um agente da economia. Reveja o Fluxo Circular da Renda sem a participação e com a participação do Governo para equilibrar o fluxo real e o fluxo nominal. Recentemente, o acirramento dos problemas sociais e ambientais colocaram-nos diante de Crises, Caos e Colapsos. Falta renda, falta produção, falta educação, falta água, falta energia, petróleo, entre outros fatores. A partir daí, diversas áreas do conhecimento e não apenas a Ciência Econômica, têm atentado para soluções e alternativas à sustentabilidade para retomar o equilíbrio global. Hoje o equilíbrio da produção e da sociedade depende do conhecimento e da participação de todos. A Ciência Econômica sozinha não dá conta de solucioná-los. Sistemas Econômicos Ambiente sistêmico da competitividade Equilíbrio Macroeconômico (planejamento) Desenvolvimento social e econômico (bem-estar) Crescimento Econômico, Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade dizem respeito ao ambiente sistêmico da competitividade e em meio às interações entre os diversos agentes e a busca de melhores condições de vida, também está um sistema econômico produtivo de economia mista. No entanto, a produção, fluxo real e fluxo nominal, não resumem a sustentabilidade mundial. Contudo, estamos em uma disciplina de Economia e precisamos compreender o que é o equilíbrio macroeconômico, bem como as ferramentas utilizadas para o planejamento de um sistema econômico que vise o equilíbrio dos meios de produção e dos agentes que o integram. Nesta Aula 06, trataremos das políticas macroeconômicas e alguns indicadores de contas nacionais. Por exemplo, para a compreensão de quanto realmente produzimos em nosso país, precisamos atentar para as variações do Produto Interno Bruto (PIB). São elas: PIB real e PIB Nominal, O Produto Nacional Bruto (PNB), o Produto Interno Líquido (PIL) e o Produto Nacional Líquido (PNL). Observar apenas o valor do PIB é uma medida que não necessariamente indica a saúde e a capacidade de crescimento de uma economia em um período de tempo. Por isso, consideramos elementos como a inflação, a depreciação de máquinas e equipamentos e as remessas de rendas enviadas ao exterior. 1 PIB REAL X PIB NOMINAL (INFLAÇÃO) Para compreender os valores reais de crescimento e produção de uma Economia, temos os valores do PIB Real e PIB Nominal. Este raciocínio considera os efeitos da Inflação sobre a Economia. Os valores do PIB Nominal são superiores aos valores Reais, em períodos inflacionários. A diferença entre PIB Real e PIB nominal é obtida pela retirada dos efeitos da inflação sobre os preços. PIB Real = PIB Nominal/Nível de preços. PIB a preços correntes (PIB Nominal) e PIB a preços constantes (PIB Real). No ano de referência, denominamos a “base 100” para o cálculo da variação do nível de preços. Então, sempre há um ano de referência para o PIB Real. Por exemplo, que o PIB foi de 3 trilhões nos valores de 2014. Assim, 2014 é a base 100, para o cálculo das variações dos níveis de preços. Fazemos este cálculo para verificar o quanto uma economia realmente cresceu. Lembre-se do exemplo do ventilador na Aula 05. “Você gostaria de ter comprado dois ventiladores no verão passado. Foi até a loja e viu que o preço de cada um era R$ 50,00. Não tinha o dinheiro, não quis realizar uma operação de crédito com um financiamento e resolveu poupar durante o ano para juntar R$ 100,00. Neste verão, você pegou os R$ 100,00 em um cofre na sua casa, foi até a loja e viu que o preço do ventilador é de R$ 55,00. Você guardou esse dinheiro durante o ano para comprar 2 ventiladores e pôde apenas comprar um. Isto ocorreu porque no decorrer do ano a Atividade Econômica passou por um período inflacionário, mesmo que moderado, mas a reserva de valor não foi possível e a poupança não teve fundamento. Você perdeu poder aquisitivo porque houve um aumento no preço do ventilador.” No decorrer do ano, perdemos poder aquisitivo por causa do processo inflacionário, então, se retirarmos a variação dos preços, saberemos quanto aumentou “realmente” nosso poder aquisitivo. Considerando que Produto = Renda = Despesa, a perda do poder aquisitivo pode ser equiparada ao crescimento real da produção e da renda gerada em uma economia. O mesmo vale para as empresas. Para saber o quanto sua empresa realmente cresceu, retire os efeitos da inflação sobre a receita. Há uma diferença entre a receita real e a receita nominal de acordo com a variação dos preços da economia. Pode ocorrer, de a sua empresa trabalhar com insumos que tenham sofrido oscilações maiores ou menores que a variação do nível geral de preços. Fazer este cálculo é importante porque nem sempre é possível repassar todos os ajustes dos custos de produção para os preços, visto que a demanda pode não estar apta e disposta a absorver a variação. Enquanto a demanda sofre perda do poder aquisitivo em períodos inflacionários, a oferta sofre o aumento do custo de produção que a impossibilita de produzir mais. Esteja atento aos cálculos reais dos ganhos obtidos. 2 PIB X PIL (DEPRECIAÇÃO) O PIB traz o registro bruto dos Investimentos em Capital Físico (IBKF), enquanto que o PIL desconta os efeitos da depreciação. A análise dessas contas nos leva a perceber que os valores brutos são superiores aos valores líquidos. Os valores do PIB são sempre superiores aos do PIL. Já o PNL observa o quanto uma nação produz descontados os efeitos da depreciação sobre o Capital. O PNL é a produção líquida de uma nação. PIL = PIB – Depreciação PIB = C + Ib + G + EL PIL = C + IL + G + EL • IB >>> Investimento Bruto • Capital físico... (Ib = IBKF + ∆E) ... Deprecia... Então... Retirando o efeito da depreciação • IL >>> Investimento Líquido • Capital físico... (IL = ILKF + ∆E) ... A informação sobre o IBKF é retirada dos balanços patrimoniais, quando se realizaa declaração do imposto de renda. Na disciplina de contabilidade, observe a conta “investimento” no Ativo. Ela sempre está acompanhada de uma “depreciação”. Atente na sua empresa que a depreciação que se registra, não é um desembolso e não necessariamente corresponde à depreciação de uma máquina ou equipamento. Então, se você desejar comprar uma máquina ou equipamento novo, precisa incluir o valor deste investimento futuro no preço do produto. Melhor que seja uma “taxa de investimento futuro” no Mark-up. No dia a dia, retiramos o valor da depreciação para a apresentação de resultados “positivos” ou “favoráveis” e para o cálculo do preço de equilíbrio financeiro, o que mascara a necessidade de investimento, ou de capital futuro. 3 PIB X PNB (RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR) Enquanto o PIB está relacionado a um território, o PNB está relacionado a uma Nação. O que os diferencia é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE). A comparação do PIB com o PNB mostra a capacidade de produção de um território contraposta à capacidade de produção de uma nação em todo o mundo. Quanto mais investimentos estrangeiros (IED) um país tiver, maior a tendência de o PNB ser inferior ao PIB. No Brasil o PIB é maior que o PNB enquanto que nos EUA o PIB é menor que o PNB. No decorrer de um ano há rendas estrangeiras geradas em território nacional, bem como rendas nacionais geradas em territórios estrangeiros. Quando se envia as remessas de lucros e rendas para o país de origem é possível saber quanto uma nação produziu no ano. PIB = C + I + G + EL - RLEE = (REE – RRE) PNL = C + I + G + EL • PIB >>> Interno – Região • Produção do território • PNB >>> Nacional – Nacionalidade • Produção da nacionalidade PIB RRE REE PNB Você já ouviu a expressão “O Brasil precisa agregar mais valor aos seus produtos?” Ela tem origem no número de elos de cadeias produtivas que temos em território nacional. Ainda importamos muitas máquinas e equipamentos, bem como insumos e tecnologia. Na década de 1980 e no início da década de 1990 a situação era mais acentuada. O que é isto? Isto quer dizer que produzimos bens primários no país, enviamos para fora e depois importamos bens finais. Isto quer dizer que a renda de diversas etapas de cadeias produtivas ficavam e ainda ficam fora do território nacional. Vamos fazer uma suposição sobre o exemplo do carvão. Seria como se as etapas da indústria da transformação de máquinas, equipamentos e serviços como tecnologias fossem importadas. Como se diversas cadeias produtivas e firmas intermediárias não gerassem renda, ou agregassem valor à economia do país (PIB) ou à nacional (PNB), por estarem em outros países ou sob outras nacionalidades. No exemplo abaixo, retiraríamos $19,00 ($7,00 + $12,00), ou mais, pelos entrelaçamentos das cadeias produtivas, do produto total. Valor Agregado e Valor Adicionado Plantio Florestal Queima da Madeira Embalagem Supermercado (comércio do Carvão) Compra R$ 0,00 Venda R$ 28,00 Compra R$ 28,00 Venda R$ 35,00 Compra R$ 35,00 Venda R$ 47,00 Compra R$ 47,00 PRODUTO R$ 53,00 VA R$ 28,00 VA R$ 7,00 VA R$ 12,00 VA R$ 6,00 RENDA ou VA R$53,00 DESPESA R$ 53,00 Dispêndio da Demanda Preço do Produto Remunerações dos Fatores de Produção no Processo Produtivo Fatores de Produção: TERRA CAPITAL TRABALHO CAPACIDADE EMPRESARIAL TECNOLOGIA Remuneração dos Fatores de Produção: ALUGUEL JUROS SALÁRIOS LUCRO ROYALTIES Nossa abertura comercial se acentuou a partir de 1989, com o Consenso de Washington, e 1994 com o Plano Real. Contudo, vieram diversa multinacionais, firmas e cadeias produtivas para o país. Sofremos uma onda de fusões e aquisições pela falta de competitividade da indústria nacional e hoje enviamos diversas remessas de lucros para o exterior (PNB). Mas, precisamos ponderar que há milhares de brasileiros que trabalham e recebem salários destas empresas e, territorialmente, fazem a “economia girar” (PIB). Quando uma empresa estrangeira constrói uma planta produtiva dizemos que há um investimento direto estrangeiro (IED). Ou seja, há ingresso de moeda estrangeira no país, mesmo que depois uma parte seja enviada à matriz no exterior. Se ocorrerem diversos investimentos direto estrangeiros no país, o investimento aumenta, aumenta o emprego, aumenta a renda, aumenta a demanda, aumenta o consumo e as empresas entendem que podem investir mais. Isto é um círculo virtuoso. Quando há aumento do IED, há ingresso de moeda estrangeira no país, a oferta de “dólares” aumenta provocando queda na taxa de câmbio. Como os investidores estrangeiros precisam comprar reais para operar dentro do país, a demanda por reais aumenta, valorizando a moeda nacional. 4 EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO E POLÍTICAS MACROECONÔMICAS Diz respeito ao papel do Governo na economia, ou do suposto Estado soberano na economia. Há uma estrutura governamental para a tomada de decisão sobre o equilíbrio macroeconômico que se relaciona à eficiência produtiva e à eficácia alocativa. Então, por pressuposto, o governo deve alocar da melhor forma seus recursos para que sejamos mais produtivos, em termos de sistema econômico. Para isto, ele tem as funções distributivas e igualitárias. Resumindo, o papel do Estado seria: “o melhor de tudo para todos os cidadãos” de um território. Será possível? Como um sistema de Economia Mista pode se organizar para isto? Pesquise sobre este tema de discussão política, “Papel do Estado e do Governo na Economia” livremente na internet. Estas funções fazem parte da constituição federal. Assim como as empresas, o Governo é uma Estrutura Produtiva, ou seja, uma Oferta de bens e serviços. Da mesma forma que uma empresa privada, precisa atentar para a sua competitividade, estudando as variáveis internas, estruturais e sistêmicas. Para estes estudos existem órgãos e institutos de pesquisa como o IPEA e o IBGE, além do levantamento e apresentação de indicadores por cada órgão de competência como o BACEN, o MDIC, Ministério da Saúde, Educação, entre outros ministérios. Um Governo competitivo é aquele que opera com eficiência produtiva e eficácia alocativa e, assim como qualquer outra organização, ocupa-se do bem estar, tem resultados positivos, reduz dívida pública e cria condições de pagamento futuro. Por ser um agente o Governo também age como demanda e quando não tem condições de pagar os fornecedores gera déficits, aumentando a dívida pública. Se o Governo não encontra formas ficais, recolhimento de impostos ou outras formas de financiamentos para aumentar sua receita, ele emite títulos públicos. A emissão de um título público para o Governo pode ser comparada com a tomada de crédito por uma pessoa física ou jurídica, que faz um financiamento no banco comercial para adquirir uma casa, carro, bem ou serviço, ou suprir outros tipos de necessidades. Isto quer dizer que um dia esta conta terá que ser paga. O que você faz quando realiza um financiamento para adquirir qualquer bem ou serviço? Trabalha para pagar a conta. Como o Governo é uma organização muito grande que representa aproximadamente 50% do PIB do País, quando ele faz dívidas, todos nós precisamos trabalhar muito para pagar a conta. Da mesma forma, quando nós pessoas físicas e jurídicas fazemos muitos financiamentos para adquirir casas e carros, precisamos trabalhar muito para nossa própria conta e a dos demais que adquiriram dívidas. Temos que nos esforçar muitopara que nós permaneçamos empregados, recebendo salários e gerando renda. Esta é a relação existente entre a “financeirização” da economia e o cotidiano de nossas vidas. No entanto, se todos nós realizamos empréstimos nos bancos comerciais para comprar carros, casas e outros bens, durante um tempo teremos que abrir mão, ou deixar de comprar roupas, gastar com entretenimento, entre outros. Teremos que reduzir o consumo de outros bens e serviços para pagar as “parcelinhas” dos financiamentos. Se fizermos isto todos ao mesmo tempo, reduziremos de modo geral o consumo de outros bens e serviços, como roupas. Aí as empresas, como as têxteis, por exemplo, entenderão que precisam reduzir a produção para não “quebrar”. Farão a demissão de trabalhadores, pagarão menos salários e estes trabalhadores consumirão menos ou deixarão de pagar as “parcelinhas” dos financiamentos. Se isto acontecer, os bancos comerciais não irão receber este dinheiro, empresas da construção civil e montadoras não terão como manter a produção, o emprego, o salário e a renda dos trabalhadores. Os bancos comerciais terão menos dinheiro para emprestar às pessoas e a taxa de juros aumentará. Trata-se de um círculo vicioso, desencadeado pela redução de investimentos, pela excessiva formação da dívida pública e privada. Como se chama isto? Crise. Como saímos da Crise? Trabalhando muito e pensando em alternativas de trabalhos para que todos possam permanecer produtivos. Por isto nos sentimos cansados em períodos de Crise. Nos desgastamos para pagar a própria conta, muitas vezes não conseguimos e convivemos com a tristeza daqueles que se sentem mal por não conseguirem pagar as suas. Ser solidário e compreensivo é fundamental para manter a estima de todos em momentos difíceis de sobrevivência como o ocorrido na década de 1980, quando passamos aproximadamente 15 anos tentando resolver o problema da inflação, da dívida pública, da dívida externa e da insuficiência produtiva. Pergunte para familiares e pesquise na internet como era a vida na década de 1980. Como era conviver com altos níveis inflacionários? Como era conviver sem a diversidade de bens e serviços nas prateleiras de supermercados? Como era conviver com uma moeda que perdia valor todos os dias? Como foi a Crise de Estado da década de 1980? Qual o efeito dela sobre as pessoas. Pesquisar sobre estes assuntos é um exercício político, democrático e cidadão. Política é um termo que se origina nas pólis na Grécia Antiga. As pessoas se reuniam nas praças para discutir necessidade ao bem comum da sociedade. Então, era pública. Isto tem relação com a formulação de políticas públicas, que em um Estado Democrático, deve ser feita das pessoas, pelas pessoas e para as pessoas para respeitar a liberdade do ser humano. Não podemos ser pretenciosos e querer “lutar” pela felicidade ou pela liberdade dos outros. Cada um sabe o qual é o seu papel, a sua liberdade e a sua felicidade. Se nós decidirmos “lutar”, o termo remete à “guerra”. Se decidirmos fazer isto pelos outros, estamos interferindo na liberdade do próximo, ou seja, estaremos aprisionando. Precisamos refletir o uso dos termos nas discussões políticas. Qual seria o equilíbrio social para sermos livres, felizes e sustentáveis? O Governo é um ente político, pensa o equilíbrio macroeconômico e tem sua competitividade baseada em um Orçamento Público (LOA), que reflete seus gastos (Custos) e sua arrecadação (Receita). Lembre-se da Aula 04, sobre produtividade, e da Aula 05, que apresentou os componentes do PIB (Y = C + I + G + EL) >>> (G = A – T). Orçamento público quer dizer que é das pessoas, para as pessoas e pelas pessoas. O conjunto de políticas públicas está expresso nas transferências que o Governo realiza para a economia. Ele faz política de educação, saúde, transporte, entre outras. Por isto precisa estudar seus custos da mesma forma que uma empresa. No entanto, o sistema orçamentário é baseado apenas na contabilidade e em um agrupamento repentino, a cada mandato eleitoral, dos projetos que estão, em sua maioria, disponíveis nas gavetas dos trabalhadores e funcionários públicos. Como a dívida pública é alta, não sobram recursos para criarmos investimentos. Por causa da estrutura política que possuímos, muitas vezes não é possível reunir todos os entes de interesse para discutir as políticas públicas e dizemos que ela é uma política de Governo, o que a difere de uma política de Estado. Políticas públicas deveriam se preocupar o a sustentabilidade e com o longo prazo, mas perdemos tempo “apagando o fogo” imediato da sobrevivência da população. Isto quer dizer que precisamos ser muito mais produtivos para “apagar os incêndios” e começar a pensar no futuro. Alguém já ouviu dizer sobre como o Pais, o Estado ou o Município quer estar em 2020, 2030, 2040,...? Isto ocorre porque não temos um planejamento de longo prazo. Já as Políticas Macroeconômicas deveriam refletir o interesse de todos os entes interessados nas decisões do equilíbrio geral da economia, no curto e no longo prazo. Como ocorre na empresa que você trabalha? Ela tem planejamento de longo prazo? Alguém sabe onde queremos chegar daqui 20 anos? Como queremos a nossa sociedade daqui a 10 anos? Para onde estamos indo? Esta é uma superação da cultura política nacional. Se preocupar com o futuro e com a sustentabilidade, sem deixar que as pessoas passem fome nos dias atuais. As Políticas Macroeconômicas são as formas utilizadas para o Estado promover o equilíbrio geral da economia. O equilíbrio geral da Economia pode ser obtido por meio de Políticas Macroeconômicas Expansionistas, ou políticas de Crescimento, e Políticas Macroeconômicas Contracionistas, ou políticas Restritivas. Para cumprir com as suas funções o Governo realiza Políticas Macroeconômicas Ficais, Monetárias e Cambiais. 5 POLÍTICA EXPANSIONISTA E POLÍTICA CONTRACIONISTA CÍRCULO VIRTUOSO (CICLO DE EXPANSÃO) CÍRCULO VICIOSO (CICLO DE CONTRAÇÃO) Você já ouviu dizer que a economia oscila em ciclos de expansão e contração? Busque esta informação livremente na internet. Ela reflete a teoria dos ciclos de Schumpeter. Caso ocorra um aumento nos investimentos, haverá um aumento da produção, do emprego, da renda, da demanda e do consumo. Este é um ciclo de expansão da economia. Políticas expansionistas tendem a desencadear ciclos de expansão, ou de aquecimento da atividade econômica. Um círculo virtuoso. Por outro lado, caso ocorra uma redução dos investimentos, haverá uma redução da produção, do emprego, da renda, da demanda e do consumo. Este é um ciclo de contração da economia. Políticas contracionistas tendem a desencadear ciclos de recessão, ou de desaquecimento da atividade econômica. Um círculo vicioso. Não existe política boa ou ruim, existe a política mais adequada para determinado momento, lembrando que queremos estar felizes e sustentáveis no futuro. Então, temos que lembrar que quando o Governo gasta e transfere muitos recursos para a economia, as pessoas tenderão a gastar mais e isto gera inflação, aumenta a dívida e o Governo precisará pagar suas contas. Então, para reequilibrar, precisa reduzir os gastos e transferir menos recursos para a economia. Desta forma, reduz a inflação e os déficits. As Políticas Macroeconômicas Contracionistas reduzem o volume de moeda em circulação. Desta forma, haverá menor Demanda, menor Consumo e, por consequência, menores serão os Investimentos, o emprego, o consumo e as empresas entenderão que devem investir menos, empregarão menos e... As Políticas Macroeconômicas Expansionistas aumentam o volume de moeda em circulação. Desta forma, haverá maior Demanda, maiorConsumo e, por consequência, maiores serão os Investimentos, o emprego, o consumo e as empresas entenderão que podem investir mais, empregarão mais e... A elaboração de políticas públicas e macroeconômicas deve atentar para problemas estruturais e problemas conjunturais. Conjunturais são do momento e estruturais garantem a sobrevivência futura. Pesquise livremente na internet sobre problemas estruturais e conjunturais da economia. O que falta para nós agirmos de acordo com aquilo que sonhamos e esperamos de uma sociedade sustentável e feliz? Círculo Virtuoso Círculo Vicioso Círculo Virtuoso Círculo Virtuoso Círculo Vicioso Políticas Macroeconômicas podem desencadear Ciclos de Expansão ou de Contração 6 POLÍTICA FISCAL (ARRECADAÇÃO E TRANSFERÊNCIAS); POLÍTICA MONETÁRIA (REDESCONTO, OPEN MARKET, DEPÓSITO COMPULSÓRIO) Para realizar Políticas Macroeconômicas é preciso levantar indicadores para realizar diagnósticos. Veja um exemplo de percepção sobre indicadores e a política adotada. Indicadores podem ser retirados do site do BACEN, IPEA, IBGE, entre outros. Quando as contas públicas ou externas do país estão desequilibradas (apresentando sucessivos déficits ou registrando altos níveis de endividamento), bem como quando há altos níveis inflacionários, o Governo contrai a Economia. Ou seja, ajusta a Economia. Para isso, precisa aumentar os impostos ou reduzir suas transferências (Política Fiscal) ou, ainda, precisa aumentar a Taxa Básica de Juros ou aumentar o Depósito Compulsório (Política Monetária). Com esta opção, o Governo pode ajustar as contas públicas buscando o registro de superávits e também reduzir o volume de moeda em circulação, reduzindo as pressões inflacionárias. É importante perceber que o Governo precisa estar constantemente regulando suas contas e para isso precisa se financiar. Ele pode realizar isto de duas formas: por meio da cobrança de impostos (Política Fiscal) ou pela venda de Títulos Públicos (Política Monetária). O Governo pode utilizar as Políticas Macroeconômicas Fiscal e Monetária para financiar suas atividades. POLÍTICAS FISCAIS Políticas Fiscais têm origem nas contas do Governo (G = A – T). O Governo mexe nas arrecadações (A) ou nas transferências (T) que realiza. CONTRACIONISTAS Se o Governo aumentar a arrecadação (A) ou reduzir as transferências (T), está realizando política contracionistas. Quando o Governo aumenta a arrecadação as pessoas têm menos dinheiro para consumir ou para investir porque precisam pagar mais impostos. Se as pessoas reduzirem consumo ou investimento, as empresas entendem que devem produzir menos, contratarão menos funcionários, eles terão menor renda, menor será a demanda, eles farão menor consumo e assim por diante. Os preços caem porque a demanda diminui. Há menor volume de moeda em circulação. Quando o Governo reduz as transferências, “corta gastos”, com infraestrutura, meio ambiente, pesquisa, educação, entre outros. Vale lembrar que há limites, previstos por lei, com os cortes de saúde e educação. Se o Governo reduz gastos, contrata menos serviços, consome menos bens para o funcionamento da estrutura pública e as empresas privadas que atendem à demanda de bens e serviços do Governo, deixam de receber, investem menos, contratam menos, remuneram menos e o consumo cai. Se o Governo gasta menos, e arrecada mais, há uma redução da dívida pública G = A – T (LUCRO ou SUPERÁVIT) EXPANSIONISTAS Se o Governo reduzir a arrecadação (A) ou aumentar as transferências (T), está realizando políticas expansionistas. Quando o Governo reduz a arrecadação as pessoas têm mais dinheiro para consumir ou para investir porque terão que pagar menos impostos. Se as pessoas aumentarem consumo ou investimento, as empresas entendem que devem produzir mais, contratarão mais funcionários, eles terão maior renda, maior será a demanda, eles farão maior consumo e assim por diante. Os preços sobem (Inflação) porque a demanda aumenta. Há maior volume de moeda em circulação. Quando o Governo aumenta as transferências, faz obras de infraestrutura, meio ambiente, pesquisa, educação, entre outros. Vale lembrar que o Governo precisa ter projetos de longo prazo para realizar investimentos de acordo com o interesse público. Se o Governo aumenta gastos, contrata mais serviços, consome mais bens para o funcionamento da estrutura pública e as empresas privadas que atendem à demanda de bens e serviços do Governo, recebem mais, investem mais, contratam mais, remuneram mais e o consumo aumenta. Se o Governo gasta mais, e arrecada menos, há um aumento na dívida pública. G = A – T (PREJUÍZO - DÉFICIT) A dívida pública aumenta com o resultado de déficit da conta do Governo e a dívida pública diminui com o resultado de superávit na conta do Governo. POLÍTICAS MONETÁRIAS Políticas Monetárias têm origem nos instrumentos que regulam a oferta de moeda que circula na economia. Há três instrumentos de política monetária: Taxa de Redesconto, Depósito Compulsório e Open Market. A taxa de redesconto é uma taxa “punitiva” do Banco Central para os Bancos Comerciais. Os bancos comerciais “ganham dinheiro” realizando empréstimos para pessoas físicas, para pessoas jurídicas e para o Governo. Quando os bancos comerciais emprestam dinheiro e não recebem eles fecham “no vermelho”. Ficam devendo. Como eles não podem ficar devendo, pedem dinheiro para o Banco Central para “cobrir” suas contas. O BACEN empresta o dinheiro, mas cobra uma taxa de juros por isto. Esta taxa é chamada de “Taxa de Redesconto”. Se o Bacen aumentar a taxa de redesconto, os bancos comerciais emprestarão menos dinheiro para nós, com receio de pagarem juros altos, caso “fechem no vermelho”. Então os bancos comerciais aumentam a taxa de juros que nos cobram para financiamentos de carros e casas. A taxa de redesconto está entrando em desuso porque os bancos comerciais preferem emprestar dinheiro dos outros bancos comerciais antes de pedir dinheiro emprestado ao BACEN. Isto caracteriza a taxa de depósito interbancário. O “DI” que você pode optar como poupança. Resultados das Contas do Governo: • Se A > T, então G é positivo ► superávit ► redução da dívida pública • Se A < T, então G é negativo ► déficit ► aumento da dívida pública Para entender melhor, você também pode pensar na sua conta corrente no banco comercial. Quando você gasta mais do que recebe, entra “no vermelho” ou entra no “limite do cheque especial”. Automaticamente o banco “lhe empresta” dinheiro e você paga juros no próximo mês. E se você não cuidar, no próximo mês terá menos dinheiro, porque terá que pagar os juros e talvez precise entrar no “vermelho” novamente e vai ficando cada vez mais sufocante para pagar a conta. Isto também acontece com o Balanço de Pagamentos, Com as Contas Públicas. Estas operações caracterizam um sistema financeiro que “gira” sobre um consumo presente e compromete o trabalho futuro. Isto quer dizer que quando antecipamos consumos com financiamentos ao invés de “juntar dinheiro” para pagar os bens e os serviços, comprometemos e sobrecarregamos nosso trabalho futuro. Você já dorme pensando que tem que trabalhar para pagar a conta ao invés de sonhar o futuro, pensar na sustentabilidade e na felicidade. O depósito compulsório é o depósito obrigatório dos bancos comerciais no Banco Central. Como os bancos comerciais “ganham dinheiro” emprestando o seu dinheiro para as outras pessoas, o BACEN precisa estabelecer limites para isto. O Acordo da Basiléia também estabelece alguns limites. Pesquise livremente na internet para entender o que ele propõe aos sistemas financeiros e àsinstituições financeiras. O BACEN estabelece estes limites aos bancos comerciais porque se eles emprestarem todo o nosso dinheiro, e não receberem eles “quebram”. Também fazem isto porque se eles emprestarem demais o nosso dinheiro, poderia faltar para nós realizarmos saques de nossas contas correntes. O depósito compulsório diz que parte do nosso dinheiro, ou do nosso salário, que está em nossas contas correntes, não pode ser emprestado para as outras pessoas. Isto ocorre para garantir a saúde do sistema financeiro. Por exemplo, se o depósito compulsório for de 40%, os bancos comerciais podem emprestar 60% do nosso salário para as outras pessoas. Assim, 40% do nosso salário fica obrigatoriamente, ou compulsoriamente, retida no Banco Central. Se o governo aumenta a taxa do depósito compulsório, os bancos comerciais irão emprestar menos dinheiro para nós consumirmos e investirmos. Reduzirá a produção o emprego e a renda da economia. As operações de Open Market, também são chamadas de Operações de compra e venda de títulos públicos em mercado aberto. O Governo, por intermédio do Banco Central, vende títulos para as pessoas, para as empresas privadas e para os bancos comerciais, em troca de dinheiro para pagas os gastos públicos. Quando o Governo vende títulos ele está se endividando. As pessoas, empresas e bancos que emprestam dinheiro para o Governo esperam receber juros pelo empréstimo deste dinheiro. Esta taxa de juros é a taxa básica de juros, também chamada de Selic. Pesquise livremente o termo “Selic” na internet. Esta taxa de juros das negociações dos títulos públicos é uma taxa de referência para a economia. Vamos ver um exemplo. Um banco comercial pode decidir se ele quer ganhar dinheiro emprestando para você ou para o Governo. Se o Governo aumenta a taxa de juros dos títulos públicos, o banco comercial vai preferir emprestar dinheiro para o Governo ao invés de emprestar dinheiro para você. Isto quer dizer que se você quiser fazer financiamentos de carros e casas a taxa de juros ficará mais alta para você. Então, quando o Governo aumenta a taxa de juros, os juros aumentam de modo geral na economia, nós fazermos menos investimentos, menos financiamentos, consumimos menos, produzimos menos, menor é o emprego e assim por diante. CONTRACIONISTAS Aumento da Taxa de Redesconto Aumento do Depósito Compulsório Aumento da Taxa Básica de Juros dos títulos públicos Reduzem o volume de moeda em circulação, investimento, emprego, consumo e inflação EXPANSIONISTAS Redução da Taxa de Redesconto. Redução do Depósito Compulsório. Redução da Taxa Básica de Juros dos títulos públicos. Aumentam o volume de moeda em circulação, investimento, emprego, consumo e inflação. 7 SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO Por, supostamente, conhecer os instrumentos de políticas macroeconômicas, precisamos pensar como os utilizar para construirmos uma sociedade sustentável, garantindo a condição de vida no momento presente. Quem faz isto? Todos nós. Quando deixamos a taxa básica de juros em patamares acessíveis para os empréstimos e financiamentos de casa e veículos, reduzimos impostos como o IPI e oferecemos moradias a baixos preços, estamos incentivando o endividamento das pessoas e das contas públicas. Quando antecipamos consumos sem termos poupado anteriormente para isto, estamos nos endividando e comprometendo nosso trabalho futuro. Estas medidas nos impedem de planejar o longo prazo porque passamos a trabalhar em uma correria para pagar conta. Então, como equilibrar nossos desejos e satisfações sem nos colocar em períodos de Crise? Qual é a responsabilidade de cada um na sociedade, nos cargos e nas funções que desempenha? Como está nossa educação e nossa ação diária e cidadã de transmitir os valores que queremos colher no futuro? Pensar a sustentabilidade e a felicidade é um exercício diário e depende do comportamento de cada um de nós, diante de uma consciência social, criarmos o ambiente que desejamos viver hoje e no futuro. Por isso, não é apenas tarefa dos economistas, pensar em alternativas para o bem estar comum. Precisamos pensar e agir em casa, no trabalho e com os amigos. Então, existem métodos e métodos de ação! Cada um tem a sua forma de ser feliz. Se a sustentabilidade é o coletivo de felicidade e todos fazem parte, então, como ser sustentável? Fazendo convites à felicidade? Seremos sustentáveis quando cada um se sentir partícipe e satisfeito em si, em uma sociedade que se valha do termo liberdade, sem interferir na naturalidade dos "outros 7 bilhões" de seres humanos. Como ser feliz? Sendo quem você é ou quem sempre quis ser. Só precisa lembrar. Este é um método de construção conjunta para a sustentabilidade: um convite para fazer parte, para lembrar de seus sonhos, refletir e mudar se desejar. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Leia os Capítulos 5, 6, 7, 8 e 9 – “Teoria e política Macroeconômica”, “Determinação da Renda e do Emprego”, “ Mercado Financeiro e Política Monetária”, “Comércio Internacional e Câmbio” e “Desenvolvimento Econômico e Economia Brasileira”. do livro “Princípios de Economia: micro e macro”, de Flávio Ribas Tebchirani, da Editora IBPEX. 2. Leia a Segunda, Terceira, Quarta e Quinta Parte – “Política e Investimento Social”, “Política Monetária”, “Política Cambial” e “Política Econômica Brasileira Contemporânea” do livro “Economia, Dinheiro e Poder Político” Princípios de Economia: micro e macro, de Gerson Lima, da Editora IBPEX. 3. O ingresso de capital estrangeiro por meio dos IED atrelados aos investimentos públicos e privados nacionais podem desencadear um período de expansão da economia. Descreva um círculo vicioso a partir dos componentes do PIB. Por algum motivo há uma redução dos investimentos, da produção e do emprego consequentemente. Em função disto, há uma queda na renda, na demanda e no consumo da população. Desta forma, as empresas entendem que podem investir menos, reduzindo produção e emprego sucessivamente. (O virtuoso é o contrário). 4. De acordo com o Produto Interno Bruto (PIB), suas formas e abordagens, ligue os pontos para relacionar a coluna A com a coluna B. A B PIB REAL X PIB NOMINAL * * diferenciam-se pela depreciação PIB X PIL * * diferenciam-se pela RLEE PIB X PNB * * diferenciam-se pela correção do nível geral de preços Produto = Renda = Despesa * * têm origem no Fluxo Circular da Renda Componentes do PIB * * Consumo, Investimento, Governo e Exportações Líquidas 5. O Brasil vem passando por preocupações em seu processo inflacionário. Isto tem levado o Governo a aumentar a taxa de juros (Selic). Esta elevação é uma política macroeconômica: ( ) Fiscal Expansionista ( ) Fiscal Contracionista ( ) Monetária Expansionista ( X ) Monetária Contracionista ( ) Cambial 6. Cite 2 políticas macroeconômicas expansionistas. 1 – Redução de impostos ou aumento das transferências do governo 2 – Redução da taxa de juros, redução do depósito compulsório e redução da taxa de redesconto 7. Cite 2 políticas macroeconômicas fiscais contracionistas. 1 – Aumento de impostos ou 2 – Redução das transferências do governo 8. Assinale “V” para Verdadeiro ou “F” para falso. a. ( V ) O PIB é maior que o PIL porque o último desconta o efeito da depreciação. b. ( V ) Em países desenvolvidos, o PIB tende a ser maior que o PNB. c. ( V ) A diferença entre PIB e PNB é a RLEE (Renda Líquida Enviada ao Exterior – que permite distinguir as rendas geradas por um território daquelas rendas geradas por uma nação). 9. Classifique os termos abaixo em: (A) PIB Real de (B) PIB Nominal. ( B ) preços correntes ( A ) preços constantes ( A ) ano base (base 100) ou (ano de referência) ( A ) sem os efeitos da variação do nível geral de preços 10. Uma das alternativas para conter a inflação é a elevação da taxa básica de juros, o Selic. Tal aumento pode reduzir os investimentos nacionais. Classifique o aumento da taxa de juros como uma política macroeconômica fiscal ou monetária, expansionista ou contracionista. Depois, descreva um círculo vicioso a partir dos componentes do PIB. O aumento da taxa de juros é uma política macroeconômica contracionista porque as pessoas preferirão comprar títulos públicos ao invés de investir ou consumir. Desta forma a produção será menor, o emprego, a renda, a demanda, o consumo e a produção reduzirão. Y = C + I + G + EL Y = C + I + G + EL 11. Assinale as políticas monetárias contracionistas: a. Aumento da arrecadação do governo. b. Redução da arrecadação do governo. c. Aumento das transferências do governo. d. Redução das transferências do governo. e. Aumento da taxa básica de juros. f. Redução da taxa básica de juros. g. Aumento do depósito compulsório. h. Redução do depósito compulsório. i. 12. Descreva um Círculo Vicioso e um Círculo Virtuoso. Por algum motivo há um aumento dos investimentos, da produção e do emprego consequentemente. Em função disto, há um aumento na renda, na demanda e no consumo da população. Desta forma, as empresas entendem que podem investir mais, aumentando produção e emprego sucessivamente. (O vicioso é o contrário: reduz investimento, reduz emprego, renda, demanda, consumo,... e as empresas entrendem que podem investir menos). 13. Diferencie: a. PIB de PIL. _____________________ - depreciação b. PIB de PNB. _____________________ - RLEE c. PIB Real de PIB Nominal. _____________________ - variação do nível de preços 14. Circule o componente do PIB referente à Política Fiscal. Y = C + I + G + EL. 15. O Brasil registrou déficit em Transações Correntes porque o volume de importações foi maior que o volume de exportações de bens e serviços. Quando há um déficit, a saída de moeda estrangeira, decorrente das importações, é maior que a entrada de moeda estrangeira, ocasionada pelas exportações de bens e serviços. A alta do câmbio representa a valorização ou a desvalorização do Real em relação ao Dólar? Desvalorização porque mostra que há uma preferência das pessoas pela moeda estrangeira ao invés da moeda nacional (Real). 16. Diferencie PIB Real de PIB Nominal. PIB nominal é o registro dos preços em valores correntes, do dia-a-dia. Quando se faz a correção monetária dos preços, retira-se o efeito da variação do nível geral de preços e encontra-se o valor real (a preços constantes porque é necessário ter um período de referência) de mercadorias e serviços. Isto funciona da mesma forma para o PIB. Para saber quanto realmente uma nação cresceu em um determinado período de tempo, faz-se a correção dos valores nominais para encontrar o valor real. Lembre-se que não necessariamente o incremento de uma unidade no preço corresponde a uma unidade a mais na produção. Pode ter havido reajuste de preço, mas não significa que houve a produção de uma unidade a mais. FORMAS DE CONSULTA DA BASE DE DADOS DO IBGE, IPEA E BOVESPA. Tanto nas empresas como em trabalhos de conclusão de curso, há a necessidade de conhecer e consultar algumas bases de dados e informações. Vimos que estas informações são importantes para a Competitividade Empresarial e para o exercício de nossa cidadania. Seguem alguns Indicadores e as fontes e formas de consulta. GRUPO DE INDICADORES 01 INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO – SET/2014 GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO SELECIONADAS PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO FOLHA DE NÚMERO DE PAGAMENTO REAL HORAS PAGAS Mensal Acumulado Últimos Mensal Acumulado Últimos Mensal Acumulado Últimos 12 meses 12 meses 12 meses Brasil 96,12 97,17 97,44 96,46 99,92 99,49 95,83 96,60 96,92 Região Norte e Centro-Oeste 96,82 99,12 99,61 100,91 103,46 102,92 96,68 99,51 99,98 Região Nordeste 97,79 98,61 97,88 97,35 99,38 98,72 97,66 97,62 97,12 Ceará 96,96 98,08 98,11 97,59 98,36 98,77 96,36 97,55 98,01 Pernambuco 100,39 100,94 99,50 100,23 100,69 98,79 103,02 99,24 98,07 Bahia 98,84 98,32 97,36 95,46 99,41 99,17 97,27 96,87 96,27 Região Sudeste 95,66 96,63 96,98 95,83 99,54 99,16 95,30 96,09 96,44 Minas Gerais 96,08 97,80 98,05 97,85 100,21 99,70 95,86 97,02 97,06 Espírito Santo 98,03 97,89 97,56 102,64 101,88 100,86 97,21 96,16 96,32 Rio de Janeiro 96,56 97,67 97,98 98,52 99,39 99,37 96,94 98,77 99,22 São Paulo 95,28 96,05 96,48 94,64 99,31 98,92 94,78 95,38 95,82 Região Sul 96,02 96,94 97,42 96,38 100,04 99,58 95,73 96,11 96,72 Paraná 94,77 95,81 96,55 94,83 100,29 99,14 94,38 94,84 95,48 Santa Catarina 98,06 99,31 99,55 100,12 101,82 101,24 98,15 99,01 99,46 Rio Grande do Sul 95,30 95,82 96,27 94,88 98,39 98,68 94,74 94,64 95,36 FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br) NOTAS: Número índice base = 100 Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior; Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente anteriores. http://www.ibge.gov.br/home/default.php PIMES – PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL DE EMPREGO E SALÁRIO TABELAS http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/tabelas_indicadores/d efaultindices.shtm Por Regiões e Unidades da Federação Pessoal Ocupado Assalariado Folha de Pagamento Real Número de Horas Pagas GRUPO DE INDICADORES 02 http://www.ipeadata.gov.br/ MACROECONÔMICO TEMAS PREÇOS TODAS Commodities - alumínio - cotação internacional – MENSAL Commodities - soja em grão - cotação internacional – MENSAL Commodities - petróleo - cotação internacional – MENSAL EXPORTAR EXCEL PREÇO MÉDIO DO ALUMÍNIO, SOJA E PETRÓLEO, BRASIL – 2005 A FEV/2014 (Em US$) PERÍODO ALUMÍNIO (US$ centavos por tonelada) SOJA EM GRÃO (por tonelada) PÉTROLEO BRUTO (por brent, barril) 2005 1.900,5 223,2 54,6 2006 2.573,1 217,4 65,2 2007 2.382,8 423,0 90,9 2008 1.504,4 318,81 35,8 2009 1.669,18 378,50 61,78 2010 2.173,01 384,95 79,03 Jan/2011 2.439,70 511,00 92,66 Fev/2011 2.515,30 512,00 97,73 Mar/2011 2.555,50 499,00 108,65 Abr/2011 2.667,40 501,00 116,31 Mai/2011 2.587,20 499,00 108,18 Jun/2011 2.557,80 500,00 105,85 Jul/2011 2.525,40 502,00 107,88 Ago/2011 2.381,00 501,00 100,46 Set/2011 2.293,50 491,00 100,83 Out/2011 2.180,60 446,00 99,92 Nov/2011 2.080,00 429,00 105,36 Dez/2011 2.024,40 420,00 103,43 Jan/2012 2.151,50 442,00 106,97 Fev/2012 2.208,00 462,00 112,73 Mar/2012 2.184,20 496,00 117,80 Abr/2012 2.048,50 529,00 113,75 Mai/2012 2.002,50 521,00 104,16 Jun/2012 1.885,50 522,00 90,73Jul/2012 1.876,30 609,00 96,75 Ago/2012 1.843,30 623,00 105,28 Set/2012 2.064,10 615,00 106,32 Out/2012 1.974,30 566,00 103,39 Nov/2012 1.948,80 533,00 101,17 Dez/2012 2.086,80 535,00 101,17 Jan/2013 2.037,60 526,00 105,04 Fev/2013 2.053,60 536,00 107,66 Mar/2013 1.911,28 536,00 102,61 Abr/2013 1.861,02 518,00 98,85 Mai/2013 1.832,57 542,00 99,35 Jun/2013 1.814,54 560,16 99,74 Jul/2013 1.769,61 548,35 105,21 Ago/2013 1.816,24 498,05 108,06 Set/2013 1.761,30 503,21 108,78 Out/2013 1.814,58 472,83 105,46 Nov/2013 1.747,96 476,66 102,58 Dez/2013 1.739,81 488,67 105,49 Jan/2014 1.727,41 476,10 102,25 Fev/2014 1.695,17 496,80 104,82 Mar/2014 1.705,37 522,00 104,04 Abr/2014 1.810,68 547,19 104,94 Mai/2014 1.715,05 546,03 105,73 Jun/2014 1.838,95 528,00 108,37 Jul/2014 ... ... ... Ago/2014 ... ... ... Set/2014 ... ... ... Out/2014 ... ... ... Nov/2014 ... ... ... Dez/2014 ... ... ... FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Fundo Monetário Internacional (FMI) PESQUISAR REFERÊNCIAS PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLLOS, Marco Antonio Sandoval (Org.). Manual de economia. (Equipe dos Professores da USP). 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução a Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. VASCONCELLOS, Marco A S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
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