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Cap 13 - 1 Capítulo 13 – SOLUÇÕES CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de Físico-Química. Editora LTC 1986. 1ª ed. 12ª reimpressão. 527p. 13.1 – Soluções – Tipos Solução: 1 só fase = Mistura Homogênea de espécies químicas, dispersas numa escala molecular. • Gasosas: Ar, gases... • Líquidas: S/L/G dissolvidos em líquidos! • Sólidas: Gases dissolvidos em sólidos: H2/Pd; N2/Ti Líquidos dissolvidos em sólidos: Hg/Au Sólidos dissolvidos em sólidos: Cu/Au, ligas. • Outras classificações: binária, ternária, quaternária: 2, 3, 4 componentes. 13.2 – Definição de SOLUÇÃO IDEAL P/ Gases: Lei Limite; Real → Ideal ... p → 0 P/ Soluções: Modo SEMELHANTE!!! maior quantidade: Solvente menor quantidade: Soluto Distinção Arbitrária Cap 13 - 2 Solução = 1 solvente volátil + soluto não-volátil Análise do equilíbrio Solução – Vapor 𝑝 = 𝑝 + 𝑚𝑥2 x2 = soluto não-volátil Se x2 = 0 ⇨ b = pº Se x2 = 1 ⇨ p = 0 0 = 𝑏 + 𝑚 𝑚 = −𝑏 ∴ 𝑚 = −𝑝𝑜 Cap 13 - 3 Da eq. 13.1: Obtem-se o ABAIXAMENTO da pressão de vapor pº - p Cálculo do Abaixamento da Pressão de Vapor: pº - p 𝑝° − 𝑝 = 𝑝° − 𝑥𝑝° = (1 − 𝑥)𝑝° 𝑝° − 𝑝 = 𝑥2𝑝° 𝑝 = 𝑝° + (−𝑝°. 𝑥2) 𝑝 = 𝑝°(1 − 𝑥2) 𝑝 = 𝑥. 𝑝° x1 + x2 = 1 1 – x2 = x1 (13.1) – Lei de Raoult 𝑝 = 𝑥. 𝑝° Lei de Raoult para SOLVENTE Lei Limite para solução IDEAL! • Soluções Reais → Solução Ideal x2 → 0 (13.1) (13.2) Abaixamento da pVapor é proporcional a fração molar do SOLUTO* Não depende do tipo de soluto Não deve ser VOLÁTIL Depende do nº relativo de moléculas do soluto * Cap 13 - 4 Umidade Relativa: 𝑈.𝑅. = 𝑝 𝑝° 𝑈.𝑅. % = 𝑝𝑝° 𝑥100 U R = Razão entre pressão parcial de água na mistura (ar) e a pressão de vapor da água PURA, na mesma temperatura. Sobre uma solução aquosa que obedece a Lei de Raoult; U.R = xH2O na solução = 𝑝 𝑝° 𝑝 = 𝑥. 𝑝° para H2O na solução aquosa!! 13.3 – A forma ANALÍTICA do POTENCIAL QUÍMICO na Solução Ideal Se solvente puro x = 1, p = pº 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 ⇌ 𝑉𝑎𝑝𝑜𝑟 Equilíbrio 𝜇𝐿𝑖𝑞 = 𝜇𝑉𝑎𝑝 (13.4) 𝜇𝑉𝑎𝑝 = 𝜇𝑉𝑎𝑝𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑝 Como G.I. = eq. 10.47 𝜇𝑙𝑖𝑞 = 𝜇𝑣𝑎𝑝𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑝 Lei de Raoult p = x.pº 𝜇𝑙𝑖𝑞 = 𝜇𝑣𝑎𝑝𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑝𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑥 (a) 𝜇𝑙𝑖𝑞 𝑜 = 𝜇𝑣𝑎𝑝𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑝𝑜 (b) Líquido Puro Cap 13 - 5 Subtraindo (a-b): Diferença entre potencial químico do líquido na solução e do líquido puro. 13.4 – Potencial Químico de um Soluto em SOLUÇÃO BINÁRIA IDEAL – Aplicação da Equação de GIBBS-DUHEM 𝜇𝑙𝑖𝑞 𝑜 − 𝜇𝑣𝑎𝑝 𝑜 = 𝑅𝑇 ln 𝑥 (c) Tudo é relativo ao líquido, nada de vapor. (13.5) 𝜇 = 𝜇° + 𝑅𝑇 ln 𝑥 Semelhante ao G.I. = 11.14 µ = potencial químico do solvente na solução µ = potencial químico do líquido puro Função de T, p, x �𝑛𝑖 𝑖 𝑑𝜇𝑖 = 0 (T, p constante) (11.16) 𝑛 𝑑𝜇 + 𝑛2 𝑑𝜇2 = 0 (13.6) Símbolos sem índice Símbolos com índice 2 Solvente Soluto Solução Binária! Cap 13 - 6 ⇨ Diferenciando a eq. 13.5 (𝜇 = 𝜇° + 𝑅𝑇 ln 𝑥) Se x + x2 = 1 e dx + dx2 = 0 dx = − dx2 Onde C = constante de integração, T e p constantes. x2 → aumenta até 1 ⇨ Soluto Puro Se x2 = 1 µ2 = µ2° 𝑑𝜇2 = −𝑛𝑛2 .𝑑𝜇 𝑑𝜇2 = −𝑥𝑥2 .𝑑𝜇 −𝑛 𝑛2 = −𝑥 𝑥2 𝑑𝜇 = (𝑅𝑇)𝑑𝑥 𝑥 Para µ2 : 𝑑𝜇2 = −𝑅𝑇 𝑑𝑥𝑥2 𝑑𝜇2 = 𝑅𝑇 𝑑𝑥2𝑥2 Integrando: 𝜇2 = 𝑅𝑇 ln 𝑥2 + 𝐶 µ = µº 𝜇2 = 𝜇2𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑥2 (13.8) Semelhante a 13.5 𝑝2 = 𝑝2𝑜. 𝑥2 (13.9) Lei de Raoult para Soluto Se soluto NÃO volátil ⇨ p2º Muito Pequena → Eq. que não se pode comprovar! (Interesse puramente acadêmico) Cap 13 - 7 13.5 – PROPRIEDADES COLIGATIVAS µ (em solução) sempre < µº A diferencial é dada por RT ln x Potencial quíico mais baixo = Gera Propriedades Coligativas Não dependem da natureza da substância (soluto), mas da quantidade. PROPRIEDADES COLIGATIVAS: ⇨ Dependem da relação numérica entre nº de moléculas do soluto e o nº total de moléculas na solução. 𝜇 = 𝜇° + 𝑅𝑇 ln 𝑥 Sempre – ou nulo (x = 1) PROPRIEDADES COLIGATIVAS 1. ΔpVap = Abaixamento de pVap 2. Abaixamento do ponto de congelamento (CRIOSCOPIA) 3. Elevação do ponto de ebulição (EBULIOSCOPIA) 4. Pressão Osmótica Cap 13 - 8 13.6 – ABAIXAMENTO CRIOSCÓPICO Solução em Equilíbrio com Solvente SÓLIDO Puro • Abaixamento da Tfus; Crioscopia ΔTf • Elevação da Teb; Ebulioscopia ΔTeb ΔTf >> ΔTeb • Dependem do equilíbrio dos potenciais entre SOLVENTE NA SOLUÇÃO e SOLVENTE PURO. 𝜇(𝑇,𝑝,𝑥) = 𝜇𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜(𝑇,𝑝) (13.10) µ(T,p,x) = potencial químico do SOLVENTE NA SOLUÇÃO µSólido(T,p) = potencial químico do SOLVENTE SÓLIDO PURO Cap 13 - 9 T = Temperatura de EQUILÍBRIO ma solução: Tsólido Da eq. 13.10 ⇨ T é função de p e x Se p = constante ⇨ T é função somente de x → Se Solução Ideal Rearranjando: 𝜇𝑜 = potencial químico do líquido PURO 𝜇(𝑇,𝑝)𝑜 − 𝜇𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 (𝑇,𝑝) = ΔGFus ΔGFus = Energia de Gibbs molar de FUSÃO do solvente PURO na temperatura T. A eq. 13.11 se torna: Derivar �𝜕𝑇 𝜕𝑥 � 𝑝 ⇨ Para verificar como T depende de x. µ(T,p,x) = Solvente na solução µSólido(T,p) = Solvente Sólido Puro Não depende da composição pois é PURO. 𝜇(𝑇,𝑝)𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑥 = 𝜇𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 (𝑇,𝑝) ln 𝑥 = 𝜇𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 (𝑇,𝑝) − 𝜇(𝑇,𝑝)𝑜 𝑅𝑇 (13.11) ln 𝑥 = − ∆𝐺𝐹𝑢𝑠 𝑅𝑇 (13.12) Cap 13 - 10 Derivar a eq. 13.12 em relação a x, p = constante Pela equação de Gibbs-Helmholtz, eq 10.54 Substituindo na equação anterior, resulta a equação 13.13 Escrevendo na forma diferencial para posterior integração: Admitindo ΔHFus constante entre T e To 1 𝑥 = − 1 𝑅 � 𝜕 �∆𝐺𝐹𝑢𝑠 𝑇� � 𝜕𝑇 � 𝑝 . �𝜕𝑇 𝜕𝑥 � 𝑝 � 𝜕 �∆𝐺 𝑇� � 𝜕𝑇 � 𝑝 = −∆H 𝑇2 1 𝑥 = ∆HFus 𝑅𝑇2 . �𝜕𝑇 𝜕𝑥 � 𝑝 (13.13) Onde ΔHFus = Calor de fusão do solvente puro a T � 𝑑𝑥 𝑥 𝑥 1 = � ∆HFus 𝑅𝑇2 𝑇 𝑇𝑜 𝑑𝑇 (13.14) x = 1 → Solvente puro = To x → Ponto de Solidificação = T ln 𝑥 = −∆HFus 𝑅 � 1 𝑇 − 1 𝑇𝑜 � (13.15) 1 𝑇 − 1 𝑇𝑜 = − 𝑅 ln 𝑥 ∆HFus (13.16) Cap 13 - 11 Se solução diluída – Relação pode ser simplificada entre T e x. Conveniente colocar dT (abaixamento crioscópico) em termos de molalidade (independe de T e p) Molalidade de solutos presentes na solução = m Massa do solvente = n.M Logaritmo: ln x = - ln (1+Mm) Derivando: 𝑚 = 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ n = nº de mols do SOLVENTE M = massa molar do solvente 𝑚2 = 𝑛2𝑛.𝑀 → 𝑛2 = 𝑛.𝑀.𝑚2 𝑚3 = 𝑛3𝑛.𝑀 → 𝑛3 = 𝑛.𝑀.𝑚3 x = Fração Molar (solvente) 𝑥 = 𝑛 𝑛 + 𝑛2 + 𝑛3 + ⋯ = 𝑛𝑛 + (𝑛.𝑀.𝑚2) + (𝑛.𝑀.𝑚3) + ⋯ 𝑥 = 𝑛 𝑛 + 𝑛.𝑀(𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ ) = 11 + 𝑀.𝑚 (13.17) 𝑑 ln 𝑥 = −𝑀𝑑𝑚1 + 𝑀𝑚 (13.18) Para substituir na eq. 13.13 Cap 13 - 12 A eq. 13.13: Reescrita: Substituindo“d ln x” da eq. 13.18 Se solução MUITO DILUÍDA: A eq. 13.19 se torna: Integrando para m pequeno: 𝜃𝑓 = 𝐾𝑓 .𝑚 Kf → Depende só do Solvente Puro! 1 𝑥 = ∆HFus 𝑅𝑇2 . �𝜕𝑇 𝜕𝑥 � 𝑝 𝑑𝑇 = 𝑅𝑇2 ∆HFus 𝑑 ln 𝑥 𝑑𝑇 = −𝑅𝑇2 ∆HFus 𝑀𝑑𝑚1 + 𝑀𝑚 (13.19) m → 0 T → To −� 𝜕𝑇 𝜕𝑚 � 𝑝,𝑚=0 = 𝑀.𝑅.𝑇𝑜∆𝐻𝐹𝑢𝑠 = 𝐾𝑓 (13.20) Todos os Valores São Constantes m = 0 ⇨ Valor limite da derivada Kf ⇨ Constante Crioscópica θf = T – To ⇨ Abaixamento Crioscópico d θf = − dT � 𝜕𝜃𝑓 𝜕𝑚 � 𝑝,𝑚=0 = 𝐾𝑓 (13.21) (13.22) Cap 13 - 13 P/ H2O: A eq. 13.22: 𝜃𝑓 = 𝐾𝑓 .𝑚 ⇨ Usa-se para determinar a Massa Molar do soluto dissolvido. Molalidade = 𝑊2 𝑊.𝑀2 = 𝑚 ⇨ Substituir na eq. 13.22 Para diminuir erro experimentais, recomenda-se o uso de solventes com Kf grande. Substituindo ΔHFus por To.ΔSFus na eq. 13.20, resulta: W2 = massa de soluto (kg) M2 = massa molar desconhecida (soluto) W = massa de solvente (kg) M = 0,018 kg.mol-1 To = 273,15 K ΔHfus = 6009,5 J.mol-1 Kf = 1,8597 K.kg.mol-1 𝜃𝑓 = 𝐾𝑓 . 𝑊2𝑊.𝑀2 ⇨ 𝑀2 = 𝐾𝑓 .𝑊2𝜃𝑓 .𝑊 𝐾𝑓 = 𝑅.𝑚.𝑇𝑜∆𝑆𝐹𝑢𝑠 (13.23) Kf α m.To To α m Kf α m Crescimento de Kf não é muito uniforme. ∆SFus varia muito! Tab. 13.2: (Kf x tm/°C Cap 13 - 14 13.7 – SOLUBILIDADE Solvente Sólido ⇌ Solução (Crioscopia; Eq. 13.15) Soluto Sólido Puro ⇌ Solvente em Solução (Solução Saturada em relação ao Soluto) Argumento semelhante para crioscopia. Índices se referem ao SOLUTO! * “Lei da Solubilidade Ideal” → Solução Ideal: Só depende das propriedades dessa substância. ⇨ Quando T>>To : Lei INVÁLIDA! ; ΔHFus não é constante. ⇨ Soluções Iônicas: T << Ponto de Fusão! ln 𝑥2 = −∆𝐻𝐹𝑢𝑠𝑅 �1𝑇 − 1𝑇𝑜� ln 𝑥2 = −∆𝐻𝐹𝑢𝑠𝑅 �1 − 𝑇𝑜𝑇 � (13.25) (13.26) ou * Cap 13 - 15 13.8 – ELEVAÇÃO EBULIOSCÓPICA Solução ⇌ Vapor (solvente puro) SOLUÇÃO IDEAL: Mesma forma que 13.12 Diferença – significa: p/ Fusão: diminuição ΔT p/ Ebulição: aumento ΔT ou 𝜇(𝑇,𝑝,𝑥) = 𝜇𝑉𝑎𝑝(𝑇,𝑝) (13.27) Solução Vapor 𝜇(𝑇,𝑝)𝑜 + 𝑅𝑇 ln 𝑥 = 𝜇𝑉𝑎𝑝 (𝑇,𝑝) ln 𝑥 = 𝜇𝑉𝑎𝑝 (𝑇,𝑝) − 𝜇𝑉𝑎𝑝𝑜 𝑅𝑇 ∆𝐺𝑉𝑎𝑝 = 𝜇𝑉𝑎𝑝 (𝑇,𝑝) − 𝜇𝑉𝑎𝑝𝑜 ln 𝑥 = ∆𝐺𝑉𝑎𝑝 𝑅𝑇 (13.28) ln 𝑥 = −∆𝐺𝐹𝑢𝑠 𝑅𝑇 ln 𝑥 = ∆𝐻𝑉𝑎𝑝 𝑅 � 1 𝑇 − 1 𝑇𝑜 � 1 𝑇 = 1 𝑇𝑜 + 𝑅 ln x ∆𝐻𝑉𝑎𝑝 (13.29) Cap 13 - 16 Solução Diluída : m tende a zero. T → To Semelhante a eq. 13.23 Para H2O : Elevação Ebulioscópica = θeb θeb = T – To ⇨ 𝑑𝜃𝑒𝑏 = 𝑑𝑇 Para Solução Diluída Ideal: m pequeno A eq. 13.30 se torna: 𝜃𝑒𝑏 = 𝐾𝑒𝑏.𝑚 Para qualquer líquido: Keb < Kf θeb e θ1 : usadas para determinar peso molecular de soluto: Aconselhável utilizar solvente com Keb elevado. ∆𝑆𝑉𝑎𝑝 = ∆𝐻𝑉𝑎𝑝𝑇𝑜 ⟹ ∆𝐻𝑉𝑎𝑝 = ∆𝑆𝑉𝑎𝑝.𝑇𝑜 � 𝜕𝑇 𝜕𝑚 � 𝑝,𝑚=𝑜 = 𝑅.𝑀.𝑇𝑜2∆𝐻𝑉𝑎𝑝 ≡ 𝐾𝑒𝑏 (13.30) M = 0,01880152 kg.mol-1 To = 373,15 K ΔHVap = 40.656 J.mol-1 Keb = 0,51299 K.kg.mol-1 (13.31) Elevação Ebulioscópica para Solução Diluída Ideal. A eq. 13.30 se torna: 𝐾𝑒𝑏 = 𝑅.𝑀.𝑇𝑜∆𝑆 Cap 13 - 17 Para líquidos que seguem a regra de Trouton: ΔSVap ≈ 80J.K-1.mol-1 Para líquidos sem pontes de H. To = f (p) Keb também será f (p) O efeito de pressão sobre Keb é pequeno. Para calcular, equação de Clausius-Clapeyron 13.9 – PRESSÃO OSMÓTICA Keb ≈ 10-1.M.To Keb α M = Tab. 13.4 𝑑 ln𝑝 𝑑𝑇 = ∆𝐻𝑉𝑎𝑝𝑜 𝑅𝑇2 Figura 13.6 – Ilustração da Pressão Osmótica * Bolsa de Colódio: Nitrocelulose, membrana semi-permeável passa H2O, não passa açúcar. * Solução: H2O + Açúcar * Béquer: H2O PURA Cap 13 - 18 Elevação do Nível: Pressão Osmótica causada pela entrada do solvente na solução através da membrana. Correto: Manômetro para impedir a diluição! Equilíbrio: Excesso de Pressão ≠ de nível. 13.9.1 – A EQUAÇÃO DE VAN’T HOFF Condição de EQUILÍBRIO: Eq. 13.32: 𝝁(𝑻,𝒑+𝝅,𝒙) = 𝝁(𝑻,𝒑)𝒐 Eq. 13.33: 𝝁(𝑻,𝒑+𝝅)𝒐 + 𝑹𝑻 𝐥𝐧 𝒙 = 𝝁(𝑻,𝒑)𝒐 Problema: Expressar µ so solvente sob pressão p+π em termos do µ do solvente sob pressão p. Da Equação Fundamental da Energia de Gibbs (11.1): 𝑑𝐺 = −𝑆𝑑𝑇 + 𝑉𝑑𝑝 𝜇𝐻2𝑂(𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜) = 𝜇𝐻2𝑂(𝑃𝑢𝑟𝑎) Solução ⇨ Pressão = π + p Solução ⇨ Pressão = p 𝜇(𝑇,𝑝+𝜋,𝑥) = 𝜇(𝑇,𝑝)𝑜 (13.32) Cap 13 - 19 A temperatura constante: Substituindo dµo, obtemos: 𝑽�𝒐 = Volume Molar do Solvente Puro Se solvente incompressível; 𝑉�𝑜 independe da pressão. Eq. 13.36: 𝑉�𝑜𝜋 + 𝑅𝑇 ln 𝑥 Para soluto: x2 ln x = ln (1 - x2 ) Para solução diluída: x2 << 1 ⇨ Série ln 𝑥 = ln(1 − 𝑥2) = −𝑥2 = 𝑛2𝑛 + 𝑀2 ≈ 𝑛2𝑛 Solução diluída: n2 << n A eq. 13.36 se torna: ⇨ Volume da Solução: Vsolução = n𝑉�𝑜+ n2𝑉�2𝑜 Solução diluída: n2 pequeno; Vsolução = n𝑉�𝑜 𝑑𝜇𝑜 = 𝑉�𝑜𝑑𝑝 𝜇(𝑇,𝑝+𝜋)𝑜 − 𝜇(𝑇,𝑝)𝑜 = 𝑉�𝑜𝑑𝑝 (13.34) Integrando: 𝑅𝑇 ln 𝑥 = � 𝑉�𝑜𝑑𝑝𝑝+𝜋 𝑝 � 𝑉�𝑜𝑑𝑝 𝑝+𝜋 𝑝 + 𝑅𝑇 ln 𝑥 = 0 ou (13.35) 𝑉�𝑜𝜋 + 𝑅𝑇 ln 𝑥 = 0 (13.36) Relação entre π e xsolvente na solução (Solução Ideal e Solvente Incompressível) Solvente 𝜋 = 𝑛2.𝑅.𝑇 𝑛.𝑉�𝑜 (13.37) Cap 13 - 20 ⇨ A eq. 13.37 se torna: Onde �̃� = 𝑛2 𝑉 = concentração do soluto em mol/m3 Eq. 13.38: Equação de Van’t Hoff para pressão osmótica. Similar a Lei de Gás Ideal 13.9.2 – MEDIDAS DA PRESSÃO OSMÓTICA * Utilidade: Determinação de massa molecular para substância pouco solúveis ou com massas molares elevadas: proteínas, polímeros, colóides... Medidas convenientes devido à grandes π resultantes. Exemplo: A 25 °C, RT ≈ 2480 J.mol-1 Solução 1 mol/L = 1000 mol/m³ Resolver em 𝜋 = �̃�.𝑅.𝑇 𝜋 = 𝑛2.𝑅.𝑇 𝑉 = �̃�.𝑅.𝑇 (13.38) 𝜋 = 1000 𝑚𝑜𝑙 𝑚3 𝑥 2480 𝐽 𝑚𝑜𝑙 ⇒ 𝜋 = 2,48 𝑥 106𝑃𝑎 = 24,5 𝑎𝑡𝑚 Corresponde a uma coluna de H2O de ≈ 24 cm. Figura 13.7: Análogo osmótico da experiência de Joule. Cap 13 - 21 * Recomenda-se soluções diluídas ( [ ] entre 0,01 e 0,001 M) Para determinação de massa molar do soluto: Organismos: Célula em H2O pura sofre plasmólise ⇨ H2O entra na célula podendo romper ou permitir que solutos da célula saiam/escoam! Célula em solução concentrada de sal H2O sai da célula, que murcha! Solução salina que não muda concentração do soluto na célula: ISOTÔNICA! Osmose = “Princípio da Ameixa Seca” w2 = massa do soluto dissolvida 𝜋 = 𝑤2.𝑅.𝑇 𝑀2.𝑉 ⟹ 𝑀2 = 𝑤2.𝑅𝜋.𝑉
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