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Asilos alienistas

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R~ferênciasBibliográficas
A PsiquiatriaSocialenglobariatrêscamposle<\ricosbemdelimitados.deacordoeomseus
ohjetose seusmélodosrespectivos:I" - PsiquiarriaSocialpropriamentedita(MétodoClínico);2"
- SociologiadasDoençasMentais(MétodoEstatístico)e 3"- Etnopsiquiatria(Métododo "Cross
Cultural").A esterespeitoconsultarBASTIDE. SociologiadasDoençasMentais.CompanhiaEditoraNacional.S. Paulo,1967.
BONNAFÉ, L. "Le milieuhospilaJierdupointdevuePsychothérapique",La Raison,1957,n" IS.p,íg.28.
FOUCAUL T, M. Curso realizadono Institulode MedicinaSocial da UERJ, 1974,Ji!Conferência,púg./, mimeografado,Rio deJaneiro.
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CLARK,E.G.;LEAVELL,R.H.LeavelsofApplicationofPreventiveMedicine.Prevelltive
Medicillefor tlzeDoetorill Hi.\'CUIIIIIIlIIlity,MC Gmw HiI/, Inc.,N. York, /965.
CAPLAN, G. PrillCÍpioJ'dePsiquiatriaPrevelltivll,púg.35,op.cit.-.Op.cit.
-. Op.cil.
-.Op.eit.
-. Op.cit.
-. Op.cit.
-. Op.cit.
-.Op.cit.
-.Op.cit.
HERSCH. CH.. TlzeDiscOIlICl/11:.:\]1/o.l'iollinMel/lll/Healtlz,AmericanPsychology.1968.23.-.Op.cit.
72
e{)YyV A y~w'V4L,
3-
Asilos, alienad~sealienistas
Pequenahistóriadapsiquiatrianobrasil1
PauloAmarante
Introdução
A leiturade "O Alienista", deMachadodeAssis, merecede nossa
nartebem mais que um,ajusta admiração.É uma obra que requer um. ~ -- -- -. =-
estudoprofundo,pois setratadeumretratovivo eperspicazdoprocesso
de psiquiatrizaçãoe patologizaçãodo louco no Brasil, em meadosdo
século XIX. No conto, Simão Bacamarte,ao voltar da Europa, com o
entusiasmoe a euforia que são característicasde todos os alienistas,
procuralevar a cabo a missãoque temparacom a humanidade.
Após conquistaroapoiodaCâmaraMunicipal,edificasuaCasaVerde,
o quelhepossibilitareunirnummesmoespaçotodosossupostosloucosde
Itaguaípara,emseguida,'pesquisaro quevemaseraenfermidademental.
Parte,enfim,paraaambiçãomaiorqueéadeconhecera loucuraparasobre
ela intervir com certezae convicção.A loucura,entretanto,nãose deixa
desvendar.Seria o alienistao alienado?interroga,perplexo,o povo de
Itaguaí.
Este artigo foi retomado de uma antiga id~ia. publicada em A Salide 1/0Bm.ril. Ministério da Saúde. vol. I.
n!.!3.jul/set.. DF. 1983, p. 149.152.
73
História daI~iqlliatria=históriadoasilmnento
Estt.:artigonãopretendereconstruira históriadapsiquiatriabrasileira,mas
apenaslevantaralgumasquestões.algumasindicaçõesqueforneçamsubsídiospara
sepensarestamesmahistória.Taisquestõestêmcomotraçodeuniãoo fatode
resgataremascondiçõesdepossibilidadessociaisepolíticasqueabremespaçopara
o nascimentodeumapsiquiatriaedesuassubseqüentesetapasdedesenvolvimento.
Oe~tudod~spráticasedosdiscursosdapsiquiatriadecorredeumapreocupação
coma análisee o questionamentodasarticulaçõeshistoricamenteexistentesentre
instituiçõessociaisespecíficaseouniversodasrelaçõessociais.
A históriadanossapsiquiatriaéahistóriadeumprocessodeasilamento'~
ahistóriadeumprocessodemedicalizaçãosocial.A ordempsiquiátrica.como
veremos,éoferecidacomoparadigmadeorganizaçãomodelaràsinstituiçõesde
umasociedadequeseorganiz~.Mesmotratando.ouprocurandotratar,pelavia
. médica.o quelheé alheioou quenãolheé exclusivo,comodesejamalguns.
Mesmoprocurandodisciplinaroquefoidemonstrado.historicamente.noseruma
questãodedisbplina. \i00
_A_Loucurasóvemaserobjetode..iJ1tervençãoespecífiçaporpartedoEstado
apartirdachegadadaFamíli_aReal.no iníciodoséculopassad.?1As mudanças
sociaise economicas,noperíodoquesesegue.exigemmedida~eficientesdê
coniiol~social.semasquaistorna-seimpossívelordenarocrescimentodascid;des
e~aspopulaç_ões.ConvocadaaparficiQardessa~mpresade rebrdeDt!meE-
to do espaçourbano,amedicinaterminaporde'senharoprojetodoqualemergea...- - - - -- -- - - '
psiquiatriabrasileira. - - - - -
Em 1830,umacomissãoda Sociedadede Medicinado Rio de Janeiro
realizaum diagnósticoda situaçãodos loucosna cidade.E a partirdesse
_m_of!lentoqu~osloucospassamaserconsideradosdoentesmentais,merecedo-
res,portanto.de um espaçosocialpróprio,parasua reclusãoe tratamento-=.,
Antes.eramencontradosemtodasaspartes:oranasruas,entreO'uesàsorte,ora
~s p~"õesec~~a~~c_orreção,oraemasilosdemendigos,oraaindanosporões
dasSantasCasasde Misericórdia.Em enfermariase hospitaiseramuitoraro-
encontrarumloucosubmetidoatratamento.
Sohreo naseilllel110da psiquiatriano Brasil. 'er Ma~hado.Roh~rlo:Loureiro.Angda: Luz. Rogério:
.\Juriey. K;Ília. DOl/ore;1Ido Nllrll/o - .\/ed;rÍlIII,\'(1(';1//e CIII/.H;III;rÜIId" I"';lflliolrio1/11Brasil. Graal.RJ.
1'I7S.
o relatordaComissão,Dr. Cruz Jobim,proferea palavrade ordemque
reivindicaparaamedicinaodelegatóriosobrealoucura,escrevendodestaformao
destinodapsiquiatriabrasileira:umhospícioparaosloucos,-
Quemsãoestesloucos?A~esparsasreferências~e sepodeencontrardemons-
tramquepodemserencontradospreferentementedentreosmiseráveis,osmargi-
~aG~_~spobrese todaa~rte depárias.sãoaindatrabalhadores,camponeses,
desempregadõS,fiidios,negros,"degenerados",perigososemgeralparaaordem
~úbiicã:retirant~ue,de1!lgyma..fo.ITDa.QlLPoralgummotivo,padecemdealgoque
seconvencionaenglobarsobreo títulodedoençamental.
}~'o_HospíciodePedro:lI,inauguradonoRio deJaneiro,naPraiaVermelha,
em 1852,,-ospoucospensiopistasparticularestêmboasinstalaçi')es,jnclllSiv~_u!!1
guartomobiliado,cQmçonfOl:to,alémde..umct:iado..à.sua.inteÍ1:aqi.spo~içã<;h-MHs-e- - - - - 1
quadrogeralébemdif~~n~!- ,
.A críticaaohospícioeacriaçãodascolônias
I
Da cria ão do Hos íc'o dePedroI atéa Proclamaão da Re ública,os
médicosnãopoupamcrítica~aohospício,~xcluídos~~tll~m desuadireçãoe
-+ íriCOn1õ'rmãdoscoma ~sên~~deU!!1.P!o.kto'l~s.i~teDci~l.ciel!!ífico.Reivi;dicm~1
o poderinstitucionalquese'encontranasmãosdaProvedoriadaSantaCasade
MisericórdiadoRiodeJaneiro,assimcomodafgreja~coma'ltiv'lpa[tic.1Da.ÇãQ.Q~~
ÍrmandadedeSãoVicente,p'ertencente~ao.s.setores.maisconser.vadme':LdoÇl,~ro:.._
Em suagrandemaiori~,osalienistascompartilhamdosideaispositivistase
I
republicanoseaspiramaore~onhecimentolegal,porpartedoEstado,quelegitime
e autorizeumaintervençãofnaisativanocampodadoençamentale assistência
psiquiátrica.S> hospíciodevhsermedicalizado,isto é, deveterem suadireçãoo \
\podermédico,parapodercqntarcomumaor anizaãoembasadaor rincí ios I
técnicos.Issosetomaneces~anoparaquesepermitaalcançara respeitabilidade
pública,daqualamedicinamentalcarece,devidoaoestadoemquesedesenvolve)
apsiquiatrianoHospíciode:PedrolI. Mastambémparaqueo hospíciosetorne
umlugardeproduçãoeconhecimento.
J" J"
ç Proclamadaa RepúbliGa,a psiquiatriabuscamodernizar-se.Em primeiro
'\ ) lugarporqueo asilo,nosmoldesarcaicosdo Pedro11.assemelha-sedemaisÚs
instituiçõesdespóticas,filhas:autênticasdoabsolutismopolítico,oqueafazdestoar
do ideárioliberalveiculadonosmeiosrepublicanos.Em segundolugar.porqUé.
:,11.
~-,~
x
sobaégidedeumanovaordemsocialqueentãoseconstitui.apsiquiatriadeve
partirparaatuarnoespaçosocial,no~spaçoondevivemas pessoas,ondese
/;estruturamasdoençasmentais,e nãoselimitarapenasaoespaçocercadopelosmurosdoasilo. J
_Efetivamente,comachegadadosrepublicanosaopoder,emjaneirode1890,~o Hospíciode Pedro11é desvinculadoda SantaCasa,ficandosubordinadoà
administraçãopública,passandoadenominar-se ' '0NacionaldeAlienados.
Locronomêsse uinteé édico-LegalaosAlienados rimeira
..JnstituiçãopúblicadesaúdeestabelecidaDelaReDública.No âmbitodaassistência
sãocriadasasduasprimeirascolôniasdealienados,quesãotambémasprimeiras
da AméricaLatina.Denominadasde Colôniasde São Bentoe de Condede
Mesquita.ambassituam-senaIlhadoGaleão,atualIlhadoGovernador,noRio
deJaneiro,edestinam-seaotratamentodealienadosindigentesdosexomasculino.
Logo apósserãocriadasasColôniasdeJuqueri,emSãoPaulo,e adeVargem
Alegre,nointeriordoEstadodoRio.
Esteconjuntodemedidascaracterizama primeirareformapsiqu~a no
Brasirquetemcõ"fnoescopoaÍlTIplantaçãodomo~eTo9~c~i'oma~~aa~slstenCta
~o-sd_oen_tesm.:..õt~ls.Hl?ssemodeloãs'lfarde-cõTôniasinspira-seemexperi'êiicias-
européiasque,porsuavez,saobaseadasnumapr:ítlC'nn:ltnralcieJ]ma~quena
aldeiabelga,Gee!,p;:ãõndcosdoenteseramlevadosparareceberumacuru
;;;ilagrosa,patrocinadapelaSantaDymfna,a Padroeirados Insanos.'A idéia
fundamentaldessemodelodecolôniasé a de fazera comunidadee os loucos
-- - .-- ...- --- -- ~
conviveremfraternalment~~l ~~~alho:...OJIabalhoé,-2ois,'ü'iTIvalor _
decisivonaformaçãosocialburguesae,comoconseqüência,passaamereceruma~ - -- - - - - -
funçãonuclearnaterapêuticaasilar.-- - - -- -
JoãoCarlosTeixeiraBrandão,queéoprimeirodiretortantodaAssistência
Médico-LegalaosAlienadosquantodoHospícioNacionaldeAlienados,caracte-
riza suagestãocoma ampliaçãodosasilos.Cria, ainda,a primeiracadeirade
psiquiatriaparaestudantesdemedicina(queétambémaprimeiracadeiradeclínica
especializada),assimcomoa primeiraescolade enfermagem,sistematizando
assima formaçãodeprofissionaisparaaespecialidade.
Enfim,operíodoqueconclui-seem1920constituiumaetapadodesenvolvi-
mentodapsiquiatriaemquesedestacaaampliaçãodoespaçoasilar.Nesteperíodo,
noRio deJaneiroécriadaaColôniadeAlienadasdoEngenhodeDentro(1911),
A cste rcspeito \cr A~I,\Rt\NTE.P.\liLU. PsiiJlIilllria Social e COlrll1ills de Aliellado,l'IIO Brasil (1830.ICJ20),
paramulheresindigentes,e em 19204são iniciadasas obrasda Colônia de
AlienadosdeJacarepaguá(paraondeserãotransferidososinternosdeSãoBento
eCondedeMesquita,quedevemserextintas)easobrasdoManicômioJudiciário.
Iodo esteprocessoiniciadoporTeixeiraBrandoencontraráemseusucessor,
JulianoMoreira,umcontinuadorcompetenteeobstinado,mascomumavertente.
teóricamuitomaispeculiareinovadora.
DeJulianoMoreiraà LigaBrasileiradeHigieneMentaL
Ao retor ~eestudo,àEuro a,JulianoMoreiraédesignadoem
!90~'paraa dirigira AssistênciaMédico-LegalaosAlienados.Com ele tem
continuidadeacriaçãodenovosasilos,areorganizaçãodosjá existenteseabusca
de legitimaçãojurídico-pol~ticadapsiquiatrianacional.Essalegitimaçãodáum
passoimportantecompromulgaçãodaLei nQ1.132,de22dedezembrode 1903,
quereorganizaaassistênciaaosalienados.
JulianoMoreiraocupaestadireçãopor27anos,até1930,quandoédestituído
peloGovernoProvisóriodeGetúlioVargas.Porsuaobrapráticae teórica.passa
a serconhecidocomoo MestredaPsiquiatriabrasileira.~Moreiratrazpara
o Brasil a escolapsiquiátricaalemã,quetomao lugardominanteatéentão
ocupadopelaescolafranc~sa,vindanabagagemdeTeixeiraBrandão.
A vinculaçãodapsiq1)iatriabrasileiraàcorrentealemãtemum impor-
tante§ignificadQqJ.la~ discuss.ão..e.tioJógiClLdas.dJ)eQçasmental__'s.O- .
biolo!!:icismo,tencif\nr.i:lrirf>nOlT1WilptedlLtr..ildLçã.Qal.llli1ii-,-passaa~licar
:. I
nã02.ó_éLorige.nLda~ças-m6flt-a-i.s,mas-t-a-m-I;H~m-lUUitos_dOLfal~
a~p.ectosétnicos, éticos, p:olíticos e ideológicos 'de mlÍltiplos f>Vf>ntosso-
CiaiS.
,
l
;~i
~ É bastanteinteressanteo discurs~pronunciadopeloDr,RodrigucsCaldas.entãodirelOrdasColôniasda
Ilhae primeirodiretordaColôni::ideJacarepaguá.Eis umtrechododiscurso.quandosolicitaaoMinistro
daJustiçae NegóciosInteriores':aremodelaçãodasnormasassistenciais.coma "promulgaçãolIe urna
novalegislaçãonaqualserãores~lvidosdelicadosproblemasalUaislIe higieneedefesasocialpertincntcs
aosdeveres110Estadoparacomostaradosedesvalidosdefortlma.docspíritooudocaráter.paracomos
mendicantesociosose errabundo~.paracomos ébrios.loucose menoresrctardados.oudelinqÜcntcsou
abandonallos.assimcornoparaosindesejáveisinimigosdaordeme110bemplíblico.alucinadospelodelírio
vermelhoe fanático das sang~ináriase perigosíssimasdoutrinasanarquistasou comunistas,do
maximalismoou bolchevismo,<faldas.Rodrigues."Discurso Pronunciadono Lançamenloda Pcdra
FundamentaldasNovasConstru~'PesdaColôniadeAlienadosdcJacarcpaguá.em29lIe maiode 1')20"
In ArquivosBI'lI,\'ileiro.\'deNellriairille I',\'iqllialrill.ano11.n~2, 1920.RJ.
77
Em 1923.GustavoRieuel fundair Liga BrasileiraueHigieneMental,
com a qual se cristaliza o movimentoua higiene mental.f\. carta dos
princípiosdaLiga constituiumprogramade intervençãonoespa~ocial,
~ caractell.'itícasmâfc.auÜillê'iíteeugenistas,en )"-'.. s antilibÚ.ais~-
racistas.)
AtravésdaLiga Brasileirade HigieneMental.a psiquiatriacoloca-se
defi;;-itivamente;~detesa~oEstado, levandg-o'.!.-lll1-;aa<iãori~orosade
_controle~oci~1e reiY.i.lliJicnDC!Q,P-llJacdaJn~:iJ:u.'l...lJ.mJJli!.iQIRQders!eInter-
~.
A psiquiatrianãose limitaa estabelecermoue/osideaisdecomporta-
mento individual, mas retendera recupera'ão de "raças", a
pretendera constituiçãode coletividadessadias.,Çom o movimentoda
eugenJa. o aSIlopassaa contarcomumanova ideologiaqueo fortaTece:-ã
p"iqÚJalria.deveoperarareproduçãoidealdoCOl1]lliiiÕsocIalqu~:;e'11110-
ximadeumaconcepçãomodelardanaturezahumana.Umespaçoeugênko,
~épticõ.""dero-r~allda~.-
A emdoschoquese t7psiqllit7trit7c0111unitárit7
~os 30,apsi~iatri',!.J?arecetel:..fin<11rnente_encontradoa tãoprocurada
curaparaasdoenças-I~entais.É grandeoentusiasmocomadescobertadochoque-
insulínico,do choquecardiazólico,daeletroconvulsoterapiae daslobotómias;
TécnicasnovasquevêmsubstituirouamaJarioterapia.ouodescabidoempirisrl1o,
A psiquiatriatorna-semaispoderosa.e o asilamentomaisfreqüente.Em
meadosdadécadade40,o HospícioNacionaldeAlienadosétransferidodaPraia
VermelhaparaoEngenhodeDentro.ondecontacomnovasinstalações,dasquais
destacam-sea ampliaçãode vagase os modernoscentroscirúrgicosparaas
promissoraslobotomias.
.J'ladécadade50,fortalece-seesteprocessodepsiquiatrização,comoapare-
cimentodosprimeirosneuroléPticos.Emboratenhamsuaimportanteparcelaue
-Contribuição.cumprelembrarqueasmaisimportantesinovaçõesnocampodas
reformaspsiquiátricas,aexemplodascomunidadesterapêuticas,dasexperiências
..\ rc,pc"" ua Liga. \cr (',,,ta. JuralldirFrclrc,Ifislorlll tltI1'.\';'/IIIÚlrÜI110IIm.fi/: VIII COI"/<''d<,o/tÍgiro,
('.11111"'"RJ. Y cd., IlJS I.
Je 1l00l-restraillt.OUaindadeopelldoor,foramrealizadasantesmesmosdoadvento
Jos psicotrópicos.Poroutrolado,cumpreobservarqueo furorfarmacológicouos
psiquiatr~á ori~ma...!:!m'!..E0stur~()usodos~dicarnentosQuenemsempreé
..tecnicamenteorientada",muitasdasvezes_utiliwd()])a(lCnasel]]decorrênciaua- -- . .-- - ~
I~ssãodaprollli&.a!!<lliindustrial,muitasdasvezesporignorânciaquantoaosseus
efeito~ouàssu.as.limi1açõe~quando..não-comQmec.illlismodereJ?!:..essãoeviolên-
Lia.ou,ainda,comonocasodosmanicômios,como fitodetornara internação
maistoleráveleosenfermosmaisdóceis.
E, a bemdaverdade,aassistênciapsiquiátricacontinuaaserprestada.nos
anosqueseseguem,quasequeexclusivamenteporestruturasmanicomiais.Seas
novastécnicasserviramparaaumentara demandae produzirnovosclienres.
principalmentenoquetangeàassistênciaprivada,emnadacontribuíramsejana
Jesospitalização,sejanadesinstitucionalização.t
A partirdo fim da SegundaGuerraMundial.surgemtambé~variadas
experiênciasdereformasps'quiátricas,dentreasquaisdestacam-seasdecomuni-
a esterapêuticas,depsico rapiains_titucional,depsiquiatriadesetor,depsiquia-
trrapreventivaecomunitár!p,dean!ipsiguiat!"ia:.gepsiql~iatri~dem,?c!ática,par~
-ficar apenã.'inasmaTs-importantes..:Uma característicacomuma todasestas
~xpenenclasnotiraslleasuamarginalidade.Sãoexperiênciaslocais.referidasaumou outroserviço,a um.ououtrogrupo.Tão Ümargemdaspropostase dos
investimentospúblicosefet~vos,quesuasmemóriassãodedifícil,senãoimpossí-
vel,resgate.
Muitodesteinsucesso:deve-seà forteoposiçãoexercidapelosetorprivadoI
que,e,mfrancaexpansão,parsaacontrolaroaparelhodeEstadotambémnocampodasaude. ! .,,
I
ti
~
J.
f!
f I
A privt7tizt7ção11t7psiqllintrit7
I
I."
Nadécadade 'iae Jensões.
~cria o o InstitutoNaciol)aldePrevidênciaSocial(lNPS). O Estadopassaa
comprarse~os p~iquiátricosdCUie.tQIf2liyadoe.aoserprivatizaJagrandeparte:
t[iêConomia,oEsta<:!.9concA~1nosetorsaúdepressõessociãíscomo interesse~k
lucroporpartedQ!i~mpresários.A doençamentaltorna-se.definitivameme.um
objetodelucro,u~amercaüoria.Ocorre.assim.umenormeaumentociomílllL'I:;-;I
devagaseJe internaçõesemhospitaispsiquiátricosprivados.princlpal1nenLL11()~
~
grandescentrosurbanos.Chega-seaopontodeaPrevidênciaSocialdestinar97%
dotã[. " . ..;... . .,.- snaredehos italar.
As propostasmaisinovadoras,ou pelomenosaquelasquebuscamuma
alternativanãomanicomial,mesmopartindodeorganismosoficiais,comoéocaso
dosplanosdepsiquiatriapreventivaecomunitária,edecomunidadesterapêuticas,
aexemplodoPlanoIntegradodeSaúdeMental(PISAM),alémdeoutraspropostas
de atençãoprimária,encontramdificuldadessérias,sejapor nãoenfrentarem
adequadamentea idéiadasuperaçãodosasilos,sejapelabarreiraderesistências
levantadapejosempresáriosesuasrepresentaçõesnoaparelhodeEstado.
Estemodeloprivatizante(emtodoosetorsaúde.enãoapenasnosubsetor
saúdemental)é detalformatãoviolento.concentrador,fraudulentoe ganan-
cioso.quecontribuicomparcelasignificativaderesponsabilidadeparaacrise
institucionale financeiradaPrevidênciaSocialquesedeflagrano iníciodos
anos80.
EstacriselevaoEstadoaadotarmedidasracionalizadorasedisciplinado-
rasdosetorprivado,aoladodemedidasquevisamreorganizarosetorpúblico
paraocuparumaparceladaassistênciapúblicaatéentãodelegadaaosserviços,
comprados.Assim,é implantadooprocessodeCo-GestãoentreosMinistérios
daSaúdeedaPrevidênciaSocialeé tambémcriadooConselhoConsultivoda
Administraçãode SaúdePrevidenciária(CONASP), esteúltimoresponsável
pelaelaboraçãodeumplanode reorientaçãodaassistênciapsiquiátrica,que
fica conhecidocomoo "plano do CONASP". No decorrerdesteprocesso,
surgemasAçõesIntegradasdeSaúde(AIS), osSistemasUnificadoseDescen-
tralizadosde Saúde(SUDS) e o SistemaUnificadode Saúde(SUS), cujos
princípios mais importantessão inscritosnaConstituiçãode 1988,ainda
emvIgor.
Desteúltimomomento,destacam-seastendênciasà descenrralização,a
fTIunicipalizaçãodasaçõesdesaúde,a participaçãodesetoresrepresentativos
da sociedadenaformulaçãoe gestãodo sistemadesaúde,processoesteque
estáemcurso.comasidasevindasprópriasdaconstruçãodademocracia.Um
outroaspectomereceatençãoespecial:a definiçãodefinanciamentodo setor
públicode saúde.Dentreas conseqüênciasmaisimportantesdestadefinição
estáo surgimentode novasgeraçõesde técnicose usuáriosquetêmespaço,
possibilidadese condiçõesde criaçãoe invençãoda assistênciano serviço
público,o queatéentãonãovinhaocorrendo.
80
, -
r
Osnovostemposdadesinstitucionalização
Em 1987,o MovimentodosTrabalhador.ese.m-.S.aúdeMentalassume-se
enquantoummovimentosQrial~penas detécnicoseadministradores.elança
o lema''PorumaSociedadesemManicômios".O lemaestratégicoremeteparaa
socIedadea dIscussãosobrea loucura,a doençamental,a psiquiatriae seus
manicômios.No campoprático,passa-seaprivilegiaradiscussãoea adoçãode
experiênciasdedesinstituclOnahzaçao.Esta,implicaIIÚUupcllasnumprocessode
desospitalização,masdeinv~n'iãod~er:.á~ic~s_assístencTa~r~ltona~s;umproces-
sopráticodedesconstruçãodosconceitosedaspráticaspsiquiátricas.
Nestecontexto,surgeo projetode lei 3657/89que,ao propora extinção
progressivadoshospitaispsiquiátricosesuasubstituiçãoporoutrasmodalidades
epráticasassistenciais,desencadeiaumamplodebatenacional,realmenteinédito,
quandojamaisapsiquiatriaestevetãopermanenteeconseqüentementediscutida
poramplossetoressociais.Em muitascidadeseestados,aconteceumprocesso
muitoricodeexperiênciasinovadorasempsiquiatria,decriaçãodeassociaçõesde
psiquiatrizadose de familiares,e de aprovaçãode projetosde lei de reforma
psiquiátrica.
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