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Prof.: Adriano A. Ferraro Aula 5 NOTA GERAL O PRESENTE MATERIAL CONSISTE EM PROJEÇÃO DE AUXÍLIO DE AULA MINISTRADA AO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013. GRANDE PARTE DOS CONHECIMENTOS AQUI EXPOSTOS FORAM ADQUIRIDOS A PARTIR DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES E TAMBÉM A PARTIR DE OUTROS DOCUMENTOS, NA QUAL ENCONTRAVAM-SE ABERTAMENTE DISPONIBILIZADOS À ESTUDO E CONSULTA. SE ALGUÉM ENTENDE QUE FORAM INFRINGIDOS OS DIREITOS DE AUTORIA QUE POSSAM PERTENCER-LHE E/OU AFETA-O DE ALGUMA FORMA, FAVOR FAÇA CONTATO (adrianoferraro.lopys@gmail.com). DESTA FORMA, ESSES CONTEÚDOS SERÃO RETIRADOS OU INSERIDOS OS CORRESPONDENTES CRÉDITOS. ESTA APRESENTAÇÃO DE MATÉRIA DE AULA NÃO TÊM QUALQUER FINALIDADE COMERCIAL, APENAS PRETENDENDO CONTRIBUIR PARA A DIVULGAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE GESTÃO AMBIENTAL COM FINALIDADES EDUCACIONAIS E ACADÊMICAS. GRATO Prof.: ADRIANO ANTUNES FERRARO 2 Frase da Aula 3 “Não há nada mais equivocado do que a certeza.” Millôr Fernandes Índice 5 • Relembrando... 9 • Definições 11 • Análise de Riscos 15 • Etapas da Análise de Riscos 72 • Quais são os principais problemas em se tratando de: Pessoas X Riscos 4 Relembrando... Gestão Ambiental “Conjunto de ações envolvendo políticas públicas, setor produtivo e comunidade, visando o uso racional dos recursos ambientais.” 5 Gerenciamento “Gerenciar é essencialmente atingir metas. Não existe gerenciamento sem metas” V. F. Campos Gestão “Conjunto de atividades que englobam o gerenciamento da concepção, elaboração, projeto, execução, avaliação, implementação, aperfeiçoamento e manutenção de bens e serviços e de seus processos de obtenção.” – Glossário de atividades, CREA. Definições Perigo “Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses.” Risco “Potencial para realização do indesejado, de consequências adversas a vida humana, saúde, propriedade ou ao meio ambiente”. RISCO = PROBABILIDADE X MAGNITUDE 6 Risco Impossível de ser eliminado totalmente (não existe probabilidade zero) Após “deflagrado”, o risco gera o acidente ou o Cenário de Riscos. Podem ser de vários tipos: ambiental, financeiro, à população... 7 ANÁLISES DE RISCOS 8 Grandes Acidentes Industriais DNV Huge Gas Explosion Multiple Angles[1] AR: Apresentação Análise de Riscos Exame detalhado incluindo estimativa de riscos, avaliação de riscos e alternativas de gerenciamento de riscos, realizadas para entender a natureza das consequências negativas indesejadas à vida humana, saúde, propriedade ou ao meio ambiente; Processo analítico para prover informação a respeito de eventos indesejáveis; o processo de quantificação das probabilidades e consequências esperadas para riscos identificados Estudo de Análise de Riscos (EAR) detém caráter necessariamente proativo. 9 AR: Importância e Aplicações Aplicada para o levantamento, conhecimento e gerenciamento dos riscos acarretados por instalações. O Estudo de Análise de Riscos (EAR) é pedido por órgãos ambientais em licenciamentos ambientais específicos. Importância da Aula: O tema não é abrangido, mas o EAR é bem comum. A AR por si só não dispensa boas normas de projeto, adequados procedimentos de operação e manutenção. 10 AR: Notas AR ≠ de Análise de Impactos Ambientais A AR é atividade correlata à AIA, mas ambas as duas se desenvolveram “em contextos separados, por comunidades profissionais e disciplinares diferentes”. Na medida que acidentes tecnológicos resultam em potenciais impactos ambientais significativos, estes poderão ser analisados no processo de AIA Não é Segurança do Trabalho!! Sempre observar o foco da análise de Riscos (quais tipos de riscos serão observados?) 11 12 ETAPAS DA ANÁLISES DE RISCOS AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 13 AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 14 AR: Histórico de Acidentes Trata-se do levantamento histórico de acidentes em instalações similares ao do empreendimento em questão; Deve ser desenvolvido, mesmo que de forma breve. Norteia os pensamentos e pontos de observação dos elaboradores do trabalho e deve ser desenvolvido. Pode ser realizado em meios de comunicação e internet (fontes confiáveis e respaldadas, por favor!) 15 AR: Histórico de Acidentes Quadro Sánchez Quadro Paula 16 Exemplo de Levantamento Histórico para Curtume 17 18 Ocorrência Localidade Mortes/ Feridos Descrição Incêndio1 Caruaru/PE 0 feridos Iniciado na vegetação ao redor da planta industrial, o fogo alastrou-se pela indústria, consumindo cerca de 20 toneladas de resíduos de couro. Incêndio2 Jajmau (Jajesmow), Índia 0 mortos Iniciado através de um curto circuito em uma unidades de lojas do curtume foram consumidos materiais combustíveis utilizados para limpeza das mercadorias. Acidente de trabalho2 Jajmau (Jajesmow), Índia 1 morto e 1 ferido 26 de dezembro de 2007: Em resgate ao irmão e funcionário Mohammed Aqeel que escorregou, caiu e se afogou ao limpar tanque de substância química tóxica, o funcionário Nafees Aqeel tentou pular, escorregou e também caiu no tanque. Mohammed faleceu e Nafees foi internado em estado crítico. Em entrevista, outros funcionários do curtume relatam que arriscam suas vidas diariamente e que, devido à falta de provisões de emergência, Nafees teve que pular no tanque para salvar o irmão.’ Explosão de caldeira3 Guzelburc, Turquia. 3 mortos, 5 feridos 04 de outubro 2010: Três pessoas morrem e pelo menos cinco ficam feridas em decorrência da explosão na sala da caldeira de um curtume. Um caminhão que estava em frente à indústria na hora da explosão foi atingido e seu motorista, morto. Derramamento4 Bataguassu, MS, Brasil 4 mortos, 23 intoxicados 31 de janeiro de 2012: No curtume Marfrig, em Bataguassú, a mistura acidental entre dois reagentes distintos no interior de um tanque de armazenamento ocasionou a liberação de gás sulfídrico. Quatro funcionários que estavam acima do tanque, em uma plataforma, foram intoxicados e morreram no local. Outras 23 pessoas foram intoxicadas. O trânsito ao local foi interrompido e diversas unidades do corpo de bombeiros de diferentes munícipios deslocaram-se à localidade. Acidente5 Feldbach, Áustria 3 mortos Homem escalado para a limpeza de um reservatório de efluente morre ao entrar em contato com os gases de fundo do ambiente confinado. Ao ser noticiado do funcionário desfalecido no interior do tanque, o diretor da empresa entra, desmaia e falece da mesma maneira. Um terceiro homem, ao tentar resgatar ambos os homens no interior do tanque também desfalece e morre por asfixia. Acidente6 Sedon, Líbano 1 morto, 1 intoxicado 21 de fevereiro de 2012: O trabalhador Hussein Ali Khodairat morreu sufocado após passar horas limpando um canal de águas servidas que possuía compostos tóxicos provenientes do atividade de curtimento de couros. O trabalhador desmaiou após cavar um buraco de 4m de profundidade e inalar gases que vinham do material tóxico presente nos resíduos depositados. Seu colega, Jasem Mohammad Shehade, que o auxiliavasofreu mal-estar. Derramamento7 Hull, Inglaterra 0 feridos Após colapso de parte do tanque de armazenamento de ácido sulfúrico concentrado, iniciou-se o derramamento da substância. O produto vazado fora diluído e direcionado às drenagens pluviais. Tentativas de neutralização foram realizadas porém acreditava-se que o produto atingira o corpo hídrico próximo, o rio Hull. Autoridades permaneceram alertas em relação à direção dos ventos, já que existiam residências a cerca de 400 m de distância do local. Ninguém se feriu. Incêndio8 Sheboygan Falls, USA 0 feridos Um incêndio de altas proporções sem causas conhecidas tomou conta do histórico complexo de curtimento da cidade necessitando o deslocamento de cerca de uma dúzia de departamentos de bombeiros de condados e cidades próximas, traduzindo-se em mais de 100 homens. Os insumos químicos no interior do prédio dificultaram o trabalho dos bombeiros. Casas próximas as incêndio foram evacuadas e condenadas durante a tentativa de extinção do fogo devido às cinzas incandescentes que caiam sobre elas, ruas próximas foram interditadas. Não houve feridos. Poluição acentuada e crônica9 Hazaribagh, Jharkhand, Índia Diversos mortos, inválidos, feridos e intoxicados durante anos de operação Com mais de 150 curtumes localizados em pequeno espaço geográfico, a paupérrima população de Hazaribagh sofre com a emissão de efluentes não tratados de curtimentos. Segundo a fonte, cerca de 21.000 m³ de águas residuárias in natura de banhos de curtimento aportam no principal rio da região, reduzindo à zero a qualidade da água. A população ainda reclama do mau-cheiro cáustico e podre, que é exalado pelas indústrias, e sofre com vômitos, náuseas, febres, diarreias, doenças estomacais, cutâneas e pulmonares. Pessoas, muitas delas crianças, trabalham nos curtume sem nenhum treinamento, equipamento de proteção, medida de segurança ou resguardo de legislação trabalhista, em troca de salários miseráveis. AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 19 AR: Identificação dos Perigos Esta etapa da Análise de Riscos consiste na verificação e listagem de todos os perigos e riscos existentes no empreendimento; É o ponto de partida dos EAR; Deve ser muito bem realizada para nenhum risco passar despercebido e não ser analisado nas etapas posteriores; Se isso ocorrer, tem-se uma falha no Estudo. Mais tarde um acidente pode ocorrer por causa dela. A Identificação de Riscos pode ser realizada por diferentes ferramentas: 20 Identificação dos Perigos - Ferramentas 1) Análise Histórica de Acidentes; 2) Inspeção de segurança 3) Lista de verificação (checklists); 4) Método “e se...” (“what if...”) 5) Análise Preliminar de Perigos (APP/HPA) 6) Análise de Perigos e Operacionalidade (HAZOP); 7) Tipos de falhas e Análises de Consequências (FMEA) 8) Análise de Árvore de Falhas (AAF/FTA); 9) Análise de Árvore de Eventos (AAE/ETA) 10) Análise de Causas e Consequências; 21 1) Análise Histórica de Acidentes Levantamento histórico detalhado de acidentes ocorridos em instalações similares; Recomenda-se o uso de fontes diversas e com respaldo. 22 2) Inspeção de Segurança Aplicável apenas em instalações em operação. 3) Listas de Verificação (checklists) Aplicação de sequência lógica de questões para avaliação de condições de segurança da instalação ou processo; Aplicada nas fases: de elaboração, do projetos, da construção, da operação, durante paradas da operação. 4) Método “What if...” (E se...) Deve ser realizada por equipe de especialistas experientes; Melhores resultados são obtidos em instalações já existentes; 23 5) Análise Preliminar de Perigos (APP) = Preliminary Hazard Analysis (HPA); Para aplicação na fase de planejamento de projeto; São montadas planilhas onde, para cada perigo identificado, são levantadas possíveis causas, efeitos potenciais e medidas básicas de controle; Os riscos podem ser avaliados em rel. a frequência e a severidade. Como pode ser aplicada em fase inicial, deve ser precedida da aplicação de outras técnicas; Exemplo... 24 Setor de Estudo N° Hip. Risco Causas Consequências Categoria Observações/ Recomendações Freq. do Risco Sever. das Conse q. Classif . do Risco 2 – Se to r A d m in is tr at iv o 1 Incêndio - Proximidade entre material combustível e fontes de calor; - Curtos circuitos e sobrecargas elétricas. - Possibilidade de alastramento à outros setores da indústria e às propriedades vizinhas; - Danos à população circundante e possibilidade de remoção; - Consequências adversas ao meio ambiente. B II D e sp r. LISTA-SE AQUI AS RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE POTENCIAL CENÁRIO DE RISCOS 25 6) HAZOP Sigla de “Hazards and Operability Study”, ou Estudo de Riscos e Operabilidade; “Exame crítico sistemático, realizado por grupo de especialistas, para avaliação de riscos decorrentes da má operação ou mau funcionamento de itens do sistema”. Para tal análise, são usadas “palavras-guia”; Indicado para quando o projeto estiver razoavelmente consolidado. 26 7) FMEA Sigla de “Failure Modes and Effect Analysis”, ou Tipos de Falhas e Análises de Consequências (FMEA) Identificam-se falhas hipotéticas, as quais são relacionadas com seus efeitos em planilhas; Trata-se de técnica indutiva onde identificam-se efeitos de determinado cenário de falhas. 8) Análise de Árvore de Falhas (AAF/FTA) = “Fault Tree Analysis” Técnica dedutiva, onde são montados diagramas de falhas com bifurcações sucessivas; No topo da árvore há o risco em questão. As raízes são suas causas básicas; Possibilita a determinação do “caminho crítico” ou “corte básico”: caminho mais curto para a deflagração do risco Exemplo... 27 28 9) Análise de Árvore de Eventos (AAE/ETA) = “Event Tree Analysis” Diagrama que descreve a sequência de eventos necessária para que ocorra determinado acidente; Cada ramificação admite duas possibilidades: sucesso ou fracasso (sim ou não); O sucesso ou fracasso dos eventos é diretamente relacionado com a evolução ou não do cenário de riscos Exemplo... 29 30 10) Análise de Causas e Consequências Identificação dos fatores que podem deflagrar acidentes; Preparação da Árvore de Eventos: “o que deve funcionar para não deflagrar o acidente”; Preparação da Árvore de Falhas: “determinação das causas básicas do risco”; Determinação das medidas de redução dos eventos de risco. 31 AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 32 AR: Estimativa da Magnitude Lembrando que: Risco = Magnitude X Probabilidades Trata-se da estimativa do grau de severidade dos efeitos da concretização do cenário de risco em questão “Se deflagrar o risco, o que que vai acontecer?” Diferentes metodologias podem ser usadas; Existem softwares específicos para Estimativa de Magnitude de cenários de risco; 33 34 Trollando o amigo! OLHA O TIRO OLHA O TIRO[1] X Destroyed in Seconds Chemical Plant Explosion[1] AR: Estimativa da Magnitude Exemplo de Estimativa de Magnitude/Severidade por Tabela: 3536Grau de Severidade Descrição I Desprezível • Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade, ao meio ambiente. • Não ocorrem lesões/mortes de funcionários, de terceiros (não funcionários) e/ou pessoas (indústrias ou comunidade); o máximo que pode ocorrer são casos de primeiros socorros ou tratamento médico menor; II Marginal • Danos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente (os danos materiais são controláveis e/ ou de baixo custo de reparo). • Lesões leves em empregados, prestadores de serviço e/ou membros da comunidade; III Crítica • Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente; • Lesões de gravidade moderada em empregados, prestadores de serviço e/ou membros da comunidade (probabilidade remota de morte). • Exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em catástrofe; IV Catastrófica Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao meio ambiente (reparação lenta ou impossível). Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas (empregados, prestadores de serviço e/ou em membros da comunidade). AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 37 AR: Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Lembrando que: Risco = Magnitude X Probabilidades Consiste na etapa da Análise de Riscos na qual são levantadas as probabilidades de ocorrência de cada risco; “Qual a probabilidade desse risco ser deflagrado?” 38 AR: Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Pode também ser determinada de diferentes maneiras: Existem bancos de dados para serem comprados. A partir daí, pode-se determinar as probabilidades; Softwares podem calcular Probabilidades de formas mais específicas; Tabelas de probabilidades podem ser seguidas. 39 40 Exemplo de Estimativa de Probabilidade por Tabela: AR: Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Categoria Faixa de Frequência (anual) Descrição A Extremamente Remota f <10-4 Conceitualmente possível, mas extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação. B Remota 10-4< f <10-3 Não esperado ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação. C Improvável 10-3< f <10-2 Pouco provável de ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação. D Provável 10-2< f <10-1 Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil do processo/ instalação. E Frequente f> 10-1 Esperado de ocorrer várias vezes durante a vida útil do processo/ instalação. 41 AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 42 AR: Avaliação de Riscos Lembrando que: Risco = Magnitude X Probabilidades Após a Estimativa das Magnitudes e das Probabilidades, chega o momento de Avaliar os Riscos; Esta Avaliação é feita através do cruzamento da Probabilidade e Magnitude do Risco; Pode ser feita de diferentes maneiras. A principal é o cruzamento das informações em Tabelas; 43 AR: Avaliação de Riscos 44 AR: Avaliação de Riscos 45 AR: Avaliação de Riscos A partir da Avaliação de Riscos, sabe-se quais riscos são elevados (de relevância imediata) e quais são desprezíveis (irrelevantes); A partir daí, pode-se gerenciar os riscos com maior precisão, segurança e economia. Após realizada, podem ser elaborados mapas de IsoRisco para os principais riscos acarretados pelo empreendimento. (elaborados em softwares específicos) 46 Exemplo de Mapa de IsoRisco 47 Exemplo de Mapa de IsoRisco 48 Exemplo de Mapa de IsoRisco 49 Então o IsoRisco mostra as Áreas de Influência???? Né..?? 50 51 Então o IsoRisco mostra as Áreas de Influência???? NÃÃÃO... ...Olha só ÁREA DE INFLUÊNCIA É PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL! Ela pode ser traçada para meios físico, biótico e antrópico. ISTO É ANÁLISE DE RISCO! 52 AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 53 AR: Gerenciamento de Riscos Após a Identificação e Avaliação de Riscos, vem o Gerenciamento de Riscos; As recomendações e medidas resultantes do estudo de análise e avaliação de riscos para a redução das frequências e consequências de eventuais acidentes, devem ser consideradas como partes integrantes do processo de Gerenciamento de Riscos; Objetiva prevenir e controlar os riscos, fazendo com que a instalação opere dentro de critérios considerados toleráveis; 54 AR: Gerenciamento de Riscos O Gerenciamento de Riscos deve estar sintetizado no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), dentro do EAR; Em suma, o Gerenciamento de Riscos é composto por: Medida para redução das frequências Medidas para redução das consequências Ações Emergenciais 55 Gerenciamento de Riscos – Medidas para Redução das Frequências Tratam-se de medidas e sistemas para diminuir as frequências de riscos de determinado setor do empreendimento; É o foco Proativo. Visa Prevenir (Prevenção) que riscos sejam deflagrados; 56 Gerenciamento de Riscos – Medidas para Redução das Frequências Exemplos: Sinalização: placas, cores, bandeiras, etc; Treinamentos e capacitação; Listas de “Telefones Úteis”; Sistemas de organização de informações; Repressão à invasores e vândalos; Identificações em tanques, reservatórios, embalagens; Manutenção preventiva sempre em dia; Sistemas de desligamento automático; Cercamentos; Disponibilização de informação rápida em locais conhecidos (Fichas FISPQ); E muitas outras medidas... 57 Gerenciamento de Riscos – Medidas para Redução das Consequências Sistemas e medidas para mitigação das consequências provenientes da deflagração de Riscos O foco é a Proteção. Ou seja, essas medidas possuem caráter Reativo. 58 Gerenciamento de Riscos – Medidas para Redução das Consequências Exemplos: Afastamento Afastamento da planta toda Bacia de contenção de vazamentos Reforço estrutural; Piso impermeável; Sistema de ventilação e de resfriamento de emergência Enclausuramento; Barreiras (acústica, chumbo, isolante); Alarmes, detectores e outros sistemas automáticos remotos; Sistemas de extinção de incêndios; E muitas outras... 59 60 Redução das Frequências (Prevenção) Redução das Consequênc ias (Proteção) REDUÇÃO DOS RISCOS AR: Gerenciamento de Riscos Como visto em aulas anteriores, medidas preventivas (Proatividade) são sempre mais econômicas e eficientes do que medidas corretivas (Reação). Ou seja, “prevenir é melhor do que remediar” 61 Gerenciamento de Riscos – Ações Emergenciais Envolve conceitos de Segurança do Trabalho (Matéria Futura); CIPA e Brigada de Incêndio Devem ser divididas de forma geral (Gerais) e de forma específica para cada risco (Específicas para tal risco); Uso de palavras fortes e de entendimento imediato, agilizando a reação 62 Gerenciamento de Riscos – Ações Emergenciais Exemplo de “Ações Gerais de RespostaEmergencial” 63 64 1° • Acionamento da CIPA 2° • Contato Corpo de Bombeiros (193) e órgão ambiental (IMASUL: 3521-1004) 3° • Sinalização e isolamento da área 4° • Atendimento/ Remoção de Feridos e Intoxicados 5° • Procedimentos de Contenção de Agrave 6° • Manutenção de Contenção de Agrave 65 Exemplo de “Ações Específicas de Resposta Emergencial” Risco: Rompimento e vazamento de recipientes de insumos 66 1° •Acionamento da CIPA e do sistema de alarme 2° •Acionamento do corpo de bombeiros (193) e do órgão ambiental (IMASUL: 3521- 1004) 3° •Ágil avaliação de risco iminente no local 4° •Remoção de feridos e intoxicados (com o uso de EPIs adequados) 5° •Promover aeração forçada da área 6° •Sinalização da área com cones e fita zebrada 7° •Aplicação de contenção e absorsores (terra, areia, serragem, etc.) de acordo com o recomendado nas fichas FISPQ 8° •Manutenção dos procedimentos para contenção de agrave 9° •Parada de atividades e evacuação da planta industrial através das rotas de fuga, caso necessário AR: Etapas – Quadro Geral Histórico de Acidentes Identificação dos Perigos Estimativa de Magnitude Estimativa de Probabilidade de Ocorrência Avaliação de Riscos Gerenciamento de Riscos Comunicação dos Riscos 67 AR: Comunicação Qual é o princípio básico da comunicação? A comunicação é importante para a redução complementar das frequências dos riscos; Utiliza ferramentas de comunicação: Placas; Símbolos comuns; Símbolos Técnicos Cores; Treinamentos e Palestras; Gráficos e diagramas; Audiências Públicas; Dentre muitas outras... 68 Transmitir uma mensagem. Propiciar a troca de informações. Quais são os principais problemas em se tratando de: Pessoas X Riscos 69 Percepção do Risco Uma das questões mais relevantes da Análise de Riscos é como as pessoas encaram e se comportam diante de situações de risco; As ciências do comportamento têm influído no campo da percepção de riscos; Existem pessoas mais e menos propensas a aceitar riscos, em qualquer área. 70 Percepção do Risco O que é levado em conta na hora de aceitar ou rejeitar o risco? Valores sociais O grupo aceita? Distribuição social de riscos e benefícios (normalmente quem se beneficia do empreendimento não é quem suporta os riscos); Valores pessoais Experiências vividas; Medos Tendências/Dissonância Cognitiva (informações que contrariam percepção pessoal tendem a ser ignorados – “ver para crer”) Maior importância atrelada às magnitudes do que à probabilidade Credibilidade das instituições de gerenciamento de riscos; Precaução; Capacidade de Antecipação. 71 Referências para Estudos Futuros Society for Risk Analysis – SRA (http://www.sra.org/) Livro “Avaliação de Impactos Ambientais: conceitos e métodos”. Luís Enrique Sánchez, 2008 Norma CETESB P4.261/2003 (atualmente em revisão) 72
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