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Aula 6 - Análise de Riscos Ambientais

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Prof.: Adriano A. Ferraro
Aula 5
NOTA GERAL
O PRESENTE MATERIAL CONSISTE EM PROJEÇÃO DE AUXÍLIO DE
AULA MINISTRADA AO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS
NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013.
GRANDE PARTE DOS CONHECIMENTOS AQUI EXPOSTOS FORAM
ADQUIRIDOS A PARTIR DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES E TAMBÉM
A PARTIR DE OUTROS DOCUMENTOS, NA QUAL ENCONTRAVAM-SE
ABERTAMENTE DISPONIBILIZADOS À ESTUDO E CONSULTA.
SE ALGUÉM ENTENDE QUE FORAM INFRINGIDOS OS DIREITOS DE
AUTORIA QUE POSSAM PERTENCER-LHE E/OU AFETA-O DE ALGUMA
FORMA, FAVOR FAÇA CONTATO (adrianoferraro.lopys@gmail.com).
DESTA FORMA, ESSES CONTEÚDOS SERÃO RETIRADOS OU INSERIDOS OS
CORRESPONDENTES CRÉDITOS.
ESTA APRESENTAÇÃO DE MATÉRIA DE AULA NÃO TÊM QUALQUER
FINALIDADE COMERCIAL, APENAS PRETENDENDO CONTRIBUIR PARA A
DIVULGAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE GESTÃO AMBIENTAL COM
FINALIDADES EDUCACIONAIS E ACADÊMICAS.
GRATO
Prof.: ADRIANO ANTUNES FERRARO
2
Frase da Aula
3
“Não há nada mais equivocado do que a certeza.”
Millôr Fernandes
Índice
5
• Relembrando...
9
• Definições
11
• Análise de Riscos
15
• Etapas da Análise de Riscos
72
• Quais são os principais problemas em se tratando 
de: Pessoas X Riscos
4
Relembrando...
Gestão Ambiental
“Conjunto de ações envolvendo políticas
públicas, setor produtivo e comunidade, visando
o uso racional dos recursos ambientais.”
5
Gerenciamento
“Gerenciar é essencialmente atingir metas. Não 
existe gerenciamento sem metas” V. F. Campos
Gestão
“Conjunto de atividades que englobam o gerenciamento 
da concepção, elaboração, projeto, execução, avaliação, 
implementação, aperfeiçoamento e manutenção de bens e 
serviços e de seus processos de obtenção.” – Glossário de 
atividades, CREA.
Definições
Perigo
“Uma ou mais condições, físicas ou químicas, 
com potencial para causar danos às pessoas, à 
propriedade, ao meio ambiente ou à 
combinação desses.”
Risco
“Potencial para realização do indesejado, de 
consequências adversas a vida humana, saúde, 
propriedade ou ao meio ambiente”.
RISCO = PROBABILIDADE X MAGNITUDE
6
Risco
 Impossível de ser eliminado totalmente (não 
existe probabilidade zero)
 Após “deflagrado”, o risco gera o acidente 
ou o Cenário de Riscos.
 Podem ser de vários tipos: ambiental, 
financeiro, à população...
7
ANÁLISES DE RISCOS
8
Grandes Acidentes Industriais 
DNV
Huge Gas Explosion Multiple
Angles[1]
AR: Apresentação
 Análise de Riscos
 Exame detalhado incluindo estimativa de riscos, 
avaliação de riscos e alternativas de 
gerenciamento de riscos, realizadas para entender 
a natureza das consequências negativas 
indesejadas à vida humana, saúde, propriedade 
ou ao meio ambiente; 
 Processo analítico para prover informação a 
respeito de eventos indesejáveis; o processo de 
quantificação das probabilidades e 
consequências esperadas para riscos identificados 
 Estudo de Análise de Riscos (EAR) detém caráter 
necessariamente proativo.
9
AR: Importância e Aplicações
 Aplicada para o levantamento, conhecimento 
e gerenciamento dos riscos acarretados por 
instalações.
 O Estudo de Análise de Riscos (EAR) é pedido 
por órgãos ambientais em licenciamentos 
ambientais específicos.
 Importância da Aula: O tema não é abrangido, 
mas o EAR é bem comum.
 A AR por si só não dispensa boas normas de 
projeto, adequados procedimentos de 
operação e manutenção.
10
AR: Notas
 AR ≠ de Análise de Impactos Ambientais
A AR é atividade correlata à AIA, mas ambas as 
duas se desenvolveram “em contextos separados, 
por comunidades profissionais e disciplinares 
diferentes”.
Na medida que acidentes tecnológicos resultam 
em potenciais impactos ambientais significativos, 
estes poderão ser analisados no processo de AIA
 Não é Segurança do Trabalho!!
 Sempre observar o foco da análise de Riscos 
(quais tipos de riscos serão observados?)
11
12
ETAPAS DA 
ANÁLISES DE 
RISCOS
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
13
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
14
AR: Histórico de Acidentes
 Trata-se do levantamento histórico de acidentes
em instalações similares ao do empreendimento 
em questão;
 Deve ser desenvolvido, mesmo que de forma 
breve.
 Norteia os pensamentos e pontos de 
observação dos elaboradores do trabalho e 
deve ser desenvolvido.
 Pode ser realizado em meios de comunicação e 
internet (fontes confiáveis e respaldadas, por 
favor!)
15
AR: Histórico de Acidentes
 Quadro Sánchez
 Quadro Paula
16
Exemplo de Levantamento Histórico para 
Curtume
17
18
Ocorrência Localidade Mortes/ Feridos Descrição
Incêndio1 Caruaru/PE 0 feridos
Iniciado na vegetação ao redor da planta industrial, o fogo alastrou-se pela indústria, consumindo cerca
de 20 toneladas de resíduos de couro.
Incêndio2 Jajmau (Jajesmow), Índia 0 mortos
Iniciado através de um curto circuito em uma unidades de lojas do curtume foram consumidos materiais
combustíveis utilizados para limpeza das mercadorias.
Acidente de trabalho2 Jajmau (Jajesmow), Índia
1 morto e 1 
ferido
26 de dezembro de 2007: Em resgate ao irmão e funcionário Mohammed Aqeel que escorregou, caiu e se
afogou ao limpar tanque de substância química tóxica, o funcionário Nafees Aqeel tentou pular,
escorregou e também caiu no tanque. Mohammed faleceu e Nafees foi internado em estado crítico. Em
entrevista, outros funcionários do curtume relatam que arriscam suas vidas diariamente e que, devido à
falta de provisões de emergência, Nafees teve que pular no tanque para salvar o irmão.’
Explosão de caldeira3 Guzelburc, Turquia.
3 mortos, 5 
feridos
04 de outubro 2010: Três pessoas morrem e pelo menos cinco ficam feridas em decorrência da explosão na
sala da caldeira de um curtume. Um caminhão que estava em frente à indústria na hora da explosão foi
atingido e seu motorista, morto.
Derramamento4 Bataguassu, MS, Brasil
4 mortos, 23 
intoxicados
31 de janeiro de 2012: No curtume Marfrig, em Bataguassú, a mistura acidental entre dois reagentes distintos
no interior de um tanque de armazenamento ocasionou a liberação de gás sulfídrico. Quatro funcionários
que estavam acima do tanque, em uma plataforma, foram intoxicados e morreram no local. Outras 23
pessoas foram intoxicadas. O trânsito ao local foi interrompido e diversas unidades do corpo de bombeiros
de diferentes munícipios deslocaram-se à localidade.
Acidente5 Feldbach, Áustria 3 mortos
Homem escalado para a limpeza de um reservatório de efluente morre ao entrar em contato com os gases
de fundo do ambiente confinado. Ao ser noticiado do funcionário desfalecido no interior do tanque, o
diretor da empresa entra, desmaia e falece da mesma maneira. Um terceiro homem, ao tentar resgatar
ambos os homens no interior do tanque também desfalece e morre por asfixia.
Acidente6 Sedon, Líbano
1 morto, 1 
intoxicado
21 de fevereiro de 2012: O trabalhador Hussein Ali Khodairat morreu sufocado após passar horas limpando
um canal de águas servidas que possuía compostos tóxicos provenientes do atividade de curtimento de
couros. O trabalhador desmaiou após cavar um buraco de 4m de profundidade e inalar gases que vinham
do material tóxico presente nos resíduos depositados. Seu colega, Jasem Mohammad Shehade, que o
auxiliavasofreu mal-estar.
Derramamento7 Hull, Inglaterra 0 feridos
Após colapso de parte do tanque de armazenamento de ácido sulfúrico concentrado, iniciou-se o
derramamento da substância. O produto vazado fora diluído e direcionado às drenagens pluviais.
Tentativas de neutralização foram realizadas porém acreditava-se que o produto atingira o corpo hídrico
próximo, o rio Hull. Autoridades permaneceram alertas em relação à direção dos ventos, já que existiam
residências a cerca de 400 m de distância do local. Ninguém se feriu.
Incêndio8 Sheboygan Falls, USA 0 feridos
Um incêndio de altas proporções sem causas conhecidas tomou conta do histórico complexo de
curtimento da cidade necessitando o deslocamento de cerca de uma dúzia de departamentos de
bombeiros de condados e cidades próximas, traduzindo-se em mais de 100 homens. Os insumos químicos
no interior do prédio dificultaram o trabalho dos bombeiros. Casas próximas as incêndio foram evacuadas
e condenadas durante a tentativa de extinção do fogo devido às cinzas incandescentes que caiam sobre
elas, ruas próximas foram interditadas. Não houve feridos.
Poluição acentuada e 
crônica9
Hazaribagh, Jharkhand, 
Índia
Diversos mortos, 
inválidos, feridos 
e intoxicados 
durante anos de 
operação
Com mais de 150 curtumes localizados em pequeno espaço geográfico, a paupérrima população de
Hazaribagh sofre com a emissão de efluentes não tratados de curtimentos. Segundo a fonte, cerca de
21.000 m³ de águas residuárias in natura de banhos de curtimento aportam no principal rio da região,
reduzindo à zero a qualidade da água. A população ainda reclama do mau-cheiro cáustico e podre, que
é exalado pelas indústrias, e sofre com vômitos, náuseas, febres, diarreias, doenças estomacais, cutâneas e
pulmonares.
Pessoas, muitas delas crianças, trabalham nos curtume sem nenhum treinamento, equipamento de
proteção, medida de segurança ou resguardo de legislação trabalhista, em troca de salários miseráveis.
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
19
AR: Identificação dos Perigos
 Esta etapa da Análise de Riscos consiste na 
verificação e listagem de todos os perigos e riscos 
existentes no empreendimento;
 É o ponto de partida dos EAR;
 Deve ser muito bem realizada para nenhum risco 
passar despercebido e não ser analisado nas etapas 
posteriores;
Se isso ocorrer, tem-se uma falha no Estudo. Mais tarde 
um acidente pode ocorrer por causa dela.
 A Identificação de Riscos pode ser realizada por 
diferentes ferramentas:
20
Identificação dos Perigos -
Ferramentas
1) Análise Histórica de Acidentes;
2) Inspeção de segurança
3) Lista de verificação (checklists);
4) Método “e se...” (“what if...”)
5) Análise Preliminar de Perigos (APP/HPA)
6) Análise de Perigos e Operacionalidade (HAZOP);
7) Tipos de falhas e Análises de Consequências 
(FMEA)
8) Análise de Árvore de Falhas (AAF/FTA);
9) Análise de Árvore de Eventos (AAE/ETA)
10) Análise de Causas e Consequências;
21
1) Análise Histórica de Acidentes
 Levantamento histórico detalhado de acidentes 
ocorridos em instalações similares;
 Recomenda-se o uso de fontes diversas e com 
respaldo.
22
2) Inspeção de Segurança
 Aplicável apenas em instalações em operação.
3) Listas de Verificação (checklists)
 Aplicação de sequência lógica de questões para 
avaliação de condições de segurança da instalação ou 
processo;
 Aplicada nas fases: de elaboração, do projetos, da 
construção, da operação, durante paradas da operação.
4) Método “What if...” (E se...)
 Deve ser realizada por equipe de especialistas 
experientes;
 Melhores resultados são obtidos em instalações 
já existentes;
23
5) Análise Preliminar de Perigos (APP)
 = Preliminary Hazard Analysis (HPA);
 Para aplicação na fase de planejamento de projeto;
 São montadas planilhas onde, para cada perigo 
identificado, são levantadas possíveis causas, efeitos 
potenciais e medidas básicas de controle;
 Os riscos podem ser avaliados em rel. a frequência e a 
severidade.
 Como pode ser aplicada em fase inicial, deve ser 
precedida da aplicação de outras técnicas;
 Exemplo...
24
Setor 
de 
Estudo
N°
Hip.
Risco Causas Consequências
Categoria
Observações/
Recomendações
Freq. 
do 
Risco
Sever.
das
Conse
q.
Classif
.
do
Risco
2
 –
Se
to
r 
A
d
m
in
is
tr
at
iv
o
1 Incêndio
- Proximidade 
entre material 
combustível e 
fontes de calor;
- Curtos circuitos 
e sobrecargas 
elétricas.
- Possibilidade de 
alastramento à outros 
setores da indústria e 
às propriedades 
vizinhas;
- Danos à população 
circundante e 
possibilidade de 
remoção;
- Consequências 
adversas ao meio 
ambiente.
B II
D
e
sp
r.
LISTA-SE AQUI AS 
RECOMENDAÇÕES PARA 
PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO 
DE POTENCIAL CENÁRIO 
DE RISCOS
25
6) HAZOP
 Sigla de “Hazards and Operability Study”, ou Estudo de 
Riscos e Operabilidade;
 “Exame crítico sistemático, realizado por grupo de 
especialistas, para avaliação de riscos decorrentes da má 
operação ou mau funcionamento de itens do sistema”.
 Para tal análise, são usadas “palavras-guia”;
 Indicado para quando o projeto estiver razoavelmente 
consolidado.
26
7) FMEA
 Sigla de “Failure Modes and Effect Analysis”, ou Tipos 
de Falhas e Análises de Consequências (FMEA)
 Identificam-se falhas hipotéticas, as quais são 
relacionadas com seus efeitos em planilhas;
 Trata-se de técnica indutiva onde identificam-se 
efeitos de determinado cenário de falhas.
8) Análise de Árvore de Falhas 
(AAF/FTA)
 = “Fault Tree Analysis”
 Técnica dedutiva, onde são montados diagramas 
de falhas com bifurcações sucessivas;
 No topo da árvore há o risco em questão. As raízes 
são suas causas básicas;
 Possibilita a determinação do “caminho crítico” ou 
“corte básico”: caminho mais curto para a 
deflagração do risco
 Exemplo...
27
28
9) Análise de Árvore de Eventos 
(AAE/ETA)
 = “Event Tree Analysis”
 Diagrama que descreve a sequência de 
eventos necessária para que ocorra 
determinado acidente;
 Cada ramificação admite duas possibilidades: 
sucesso ou fracasso (sim ou não);
 O sucesso ou fracasso dos eventos é 
diretamente relacionado com a evolução ou 
não do cenário de riscos
 Exemplo...
29
30
10) Análise de Causas e 
Consequências
 Identificação dos fatores que podem deflagrar 
acidentes;
 Preparação da Árvore de Eventos: “o que deve 
funcionar para não deflagrar o acidente”;
 Preparação da Árvore de Falhas: 
“determinação das causas básicas do risco”;
 Determinação das medidas de redução dos 
eventos de risco.
31
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
32
AR: Estimativa da Magnitude
 Lembrando que:
Risco = Magnitude X Probabilidades
 Trata-se da estimativa do grau de severidade dos 
efeitos da concretização do cenário de risco em 
questão
 “Se deflagrar o risco, o que que vai acontecer?”
 Diferentes metodologias podem ser usadas;
 Existem softwares específicos para Estimativa de 
Magnitude de cenários de risco;
33
34
Trollando o amigo! OLHA O TIRO 
OLHA O TIRO[1]
X
Destroyed in Seconds Chemical 
Plant Explosion[1]
AR: Estimativa da Magnitude
Exemplo de Estimativa de Magnitude/Severidade 
por Tabela:
3536Grau de 
Severidade
Descrição
I
Desprezível
• Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à
propriedade, ao meio ambiente.
• Não ocorrem lesões/mortes de funcionários, de terceiros (não
funcionários) e/ou pessoas (indústrias ou comunidade); o máximo
que pode ocorrer são casos de primeiros socorros ou tratamento
médico menor;
II
Marginal
• Danos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente
(os danos materiais são controláveis e/ ou de baixo custo de
reparo).
• Lesões leves em empregados, prestadores de serviço e/ou membros
da comunidade;
III
Crítica
• Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio
ambiente;
• Lesões de gravidade moderada em empregados, prestadores de
serviço e/ou membros da comunidade (probabilidade remota de
morte).
• Exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em
catástrofe;
IV
Catastrófica
Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao meio
ambiente (reparação lenta ou impossível).
Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas (empregados,
prestadores de serviço e/ou em membros da comunidade).
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
37
AR: Estimativa de Probabilidade 
de Ocorrência
 Lembrando que:
Risco = Magnitude X Probabilidades
 Consiste na etapa da Análise de Riscos na qual 
são levantadas as probabilidades de 
ocorrência de cada risco;
 “Qual a probabilidade desse risco ser 
deflagrado?”
38
AR: Estimativa de Probabilidade 
de Ocorrência
 Pode também ser determinada de diferentes 
maneiras:
 Existem bancos de dados para serem 
comprados. A partir daí, pode-se determinar as 
probabilidades;
 Softwares podem calcular Probabilidades de 
formas mais específicas;
 Tabelas de probabilidades podem ser seguidas.
39
40
Exemplo de Estimativa de Probabilidade por 
Tabela:
AR: Estimativa de Probabilidade 
de Ocorrência
Categoria
Faixa de Frequência 
(anual)
Descrição
A
Extremamente 
Remota
f <10-4
Conceitualmente possível, mas
extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil do processo/
instalação.
B
Remota
10-4< f <10-3
Não esperado ocorrer durante a vida útil
do processo/ instalação.
C
Improvável
10-3< f <10-2
Pouco provável de ocorrer durante a vida
útil do processo/ instalação.
D
Provável
10-2< f <10-1
Esperado ocorrer até uma vez durante a
vida útil do processo/ instalação.
E
Frequente
f> 10-1
Esperado de ocorrer várias vezes durante
a vida útil do processo/ instalação.
41
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
42
AR: Avaliação de Riscos
 Lembrando que:
Risco = Magnitude X Probabilidades
 Após a Estimativa das Magnitudes e das 
Probabilidades, chega o momento de Avaliar os 
Riscos;
 Esta Avaliação é feita através do cruzamento 
da Probabilidade e Magnitude do Risco;
 Pode ser feita de diferentes maneiras. A 
principal é o cruzamento das informações em 
Tabelas;
43
AR: Avaliação de Riscos
44
AR: Avaliação 
de Riscos
45
AR: Avaliação de Riscos
 A partir da Avaliação de Riscos, sabe-se quais 
riscos são elevados (de relevância imediata) e 
quais são desprezíveis (irrelevantes);
 A partir daí, pode-se gerenciar os riscos com 
maior precisão, segurança e economia. 
 Após realizada, podem ser elaborados mapas 
de IsoRisco para os principais riscos acarretados 
pelo empreendimento. (elaborados em 
softwares específicos)
46
Exemplo de Mapa de IsoRisco
47
Exemplo de Mapa de IsoRisco
48
Exemplo de Mapa de IsoRisco
49
Então o IsoRisco mostra as Áreas 
de Influência????
Né..??
50
51
Então o IsoRisco mostra as 
Áreas de Influência????
NÃÃÃO...
...Olha só
ÁREA DE INFLUÊNCIA É PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL! 
Ela pode ser traçada para meios físico, biótico e 
antrópico.
ISTO É ANÁLISE DE RISCO!
52
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
53
AR: Gerenciamento de Riscos
 Após a Identificação e Avaliação de Riscos, vem 
o Gerenciamento de Riscos;
 As recomendações e medidas resultantes do 
estudo de análise e avaliação de riscos para a 
redução das frequências e consequências de 
eventuais acidentes, devem ser consideradas 
como partes integrantes do processo de 
Gerenciamento de Riscos;
 Objetiva prevenir e controlar os riscos, fazendo 
com que a instalação opere dentro de critérios 
considerados toleráveis;
54
AR: Gerenciamento de Riscos
 O Gerenciamento de Riscos deve estar 
sintetizado no Programa de Gerenciamento de 
Riscos (PGR), dentro do EAR;
 Em suma, o Gerenciamento de Riscos é 
composto por:
 Medida para redução das frequências
 Medidas para redução das consequências
 Ações Emergenciais
55
Gerenciamento de Riscos –
Medidas para Redução das 
Frequências
 Tratam-se de medidas e sistemas para diminuir as 
frequências de riscos de determinado setor do 
empreendimento;
 É o foco Proativo. Visa Prevenir (Prevenção) que 
riscos sejam deflagrados;
56
Gerenciamento de Riscos –
Medidas para Redução das 
Frequências
 Exemplos:
 Sinalização: placas, cores, bandeiras, etc;
 Treinamentos e capacitação;
 Listas de “Telefones Úteis”;
 Sistemas de organização de informações;
 Repressão à invasores e vândalos;
 Identificações em tanques, reservatórios, embalagens;
 Manutenção preventiva sempre em dia;
 Sistemas de desligamento automático;
 Cercamentos;
 Disponibilização de informação rápida em locais 
conhecidos (Fichas FISPQ);
 E muitas outras medidas...
57
Gerenciamento de Riscos –
Medidas para Redução das 
Consequências
 Sistemas e medidas para mitigação das 
consequências provenientes da deflagração de 
Riscos
 O foco é a Proteção. Ou seja, essas medidas 
possuem caráter Reativo.
58
Gerenciamento de Riscos –
Medidas para Redução das 
Consequências
 Exemplos:
 Afastamento
 Afastamento da planta toda
 Bacia de contenção de vazamentos
 Reforço estrutural;
 Piso impermeável;
 Sistema de ventilação e de resfriamento de emergência
 Enclausuramento;
 Barreiras (acústica, chumbo, isolante);
 Alarmes, detectores e outros sistemas automáticos 
remotos;
 Sistemas de extinção de incêndios;
 E muitas outras...
59
60
Redução 
das 
Frequências 
(Prevenção)
Redução 
das 
Consequênc
ias
(Proteção)
REDUÇÃO 
DOS 
RISCOS
AR: Gerenciamento de Riscos
 Como visto em aulas anteriores, medidas 
preventivas (Proatividade) são sempre mais 
econômicas e eficientes do que medidas 
corretivas (Reação).
 Ou seja, “prevenir é melhor do que remediar”
61
Gerenciamento de Riscos –
Ações Emergenciais
 Envolve conceitos de Segurança do Trabalho 
(Matéria Futura);
 CIPA e Brigada de Incêndio
 Devem ser divididas de forma geral (Gerais) e 
de forma específica para cada risco 
(Específicas para tal risco);
 Uso de palavras fortes e de entendimento 
imediato, agilizando a reação
62
Gerenciamento de Riscos – Ações 
Emergenciais
Exemplo de “Ações Gerais de RespostaEmergencial”
63
64
1°
• Acionamento da CIPA
2°
• Contato Corpo de Bombeiros (193) e órgão 
ambiental (IMASUL: 3521-1004)
3°
• Sinalização e isolamento da área
4°
• Atendimento/ Remoção de Feridos e Intoxicados
5°
• Procedimentos de Contenção de Agrave
6°
• Manutenção de Contenção de Agrave
65
Exemplo de “Ações Específicas de Resposta 
Emergencial”
Risco: Rompimento e vazamento de recipientes de 
insumos
66
1°
•Acionamento da CIPA e do sistema de alarme
2°
•Acionamento do corpo de bombeiros (193) e do órgão ambiental (IMASUL: 3521-
1004)
3°
•Ágil avaliação de risco iminente no local
4°
•Remoção de feridos e intoxicados (com o uso de EPIs adequados)
5°
•Promover aeração forçada da área
6°
•Sinalização da área com cones e fita zebrada
7°
•Aplicação de contenção e absorsores (terra, areia, serragem, etc.) de acordo com
o recomendado nas fichas FISPQ
8°
•Manutenção dos procedimentos para contenção de agrave
9°
•Parada de atividades e evacuação da planta industrial através das rotas de fuga, 
caso necessário
AR: Etapas – Quadro Geral
 Histórico de Acidentes
 Identificação dos Perigos
 Estimativa de Magnitude
 Estimativa de Probabilidade de Ocorrência
 Avaliação de Riscos
 Gerenciamento de Riscos
 Comunicação dos Riscos
67
AR: Comunicação
 Qual é o princípio básico da comunicação?
 A comunicação é importante para a redução 
complementar das frequências dos riscos;
 Utiliza ferramentas de comunicação:
 Placas;
 Símbolos comuns;
 Símbolos Técnicos
 Cores;
 Treinamentos e Palestras;
 Gráficos e diagramas;
 Audiências Públicas;
 Dentre muitas outras...
68
Transmitir uma mensagem. Propiciar a troca de 
informações.
Quais são os principais 
problemas em se tratando de:
Pessoas X Riscos
69
Percepção do Risco
 Uma das questões mais relevantes da Análise 
de Riscos é como as pessoas encaram e se 
comportam diante de situações de risco;
 As ciências do comportamento têm influído no 
campo da percepção de riscos;
 Existem pessoas mais e menos propensas a 
aceitar riscos, em qualquer área.
70
Percepção do Risco
O que é levado em conta na hora de aceitar ou rejeitar o 
risco?
 Valores sociais
 O grupo aceita?
 Distribuição social de riscos e benefícios (normalmente quem 
se beneficia do empreendimento não é quem suporta os 
riscos);
 Valores pessoais
 Experiências vividas;
 Medos
 Tendências/Dissonância Cognitiva (informações que 
contrariam percepção pessoal tendem a ser ignorados –
“ver para crer”)
 Maior importância atrelada às magnitudes do que à 
probabilidade
 Credibilidade das instituições de gerenciamento de riscos;
 Precaução;
 Capacidade de Antecipação.
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Referências para Estudos Futuros
 Society for Risk Analysis – SRA 
(http://www.sra.org/)
 Livro “Avaliação de Impactos Ambientais: 
conceitos e métodos”. Luís Enrique Sánchez, 2008
 Norma CETESB P4.261/2003 (atualmente em 
revisão)
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