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Direito das Pessoas com Deficiência

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Direito das Pessoas com Deficiência
Curso Regular 2017
Aula 05 - Prof. Ricardo Torques
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Sumário
1 - Considerações Iniciais................................................................................................. 2
2 - Art. 7º, XXXI ............................................................................................................. 3
3 - Art. 23, II.................................................................................................................. 4
4 - Art. 24, XIV ............................................................................................................... 5
5 - Art. 37, VIII .............................................................................................................. 5
6 - Art. 40, §4º, combinado com o art. 201, §1º ................................................................. 6
7 - Art. 100, §2º ............................................................................................................. 7
8 - Art. 203, IV ............................................................................................................... 9
9 - Art. 208, III............................................................................................................... 9
10 - Art. 227, §1º, II ..................................................................................................... 10
11 - Art. 227, §2, combinados com o art. 244................................................................... 10
12 - Questões............................................................................................................... 11
12.1 - Questões sem Comentários ............................................................................... 11
12.2 - Gabarito.......................................................................................................... 15
12.3 - Questões com Comentários ............................................................................... 15
13 - Resumo................................................................................................................. 24
14 - Considerações Finais............................................................................................... 25
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menos ou de que é menos capaz se comparada a um empregado sem qualquer
mazela.
Trata-se de uma exigência constitucional para o desenvolvimento de regras e de
políticas públicas voltadas à proteção do mercado de trabalho das pessoas
deficientes.
As pessoas com deficiência são definidas como aquelas que apresentam, em
caráter permanente, perdas ou anormalidades de sua estrutura ou
função psicológica, fisiológica, ou anatômica, que gerem incapacidade
para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal
para o seu humano.
O exemplo mais claro dessa regra protetiva é o previsto na Lei nº 8.213/1991,
que tornou obrigatória a contratação de pessoas deficientes quando a empresa
constar com mais de 100 empregados, conforme prevê art. 93, da CLT:
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2%
(dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou
pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados - 2%;
II - de 201 a 500 - 3%;
III - de 501 a 1.000 - 4%;
IV - de 1.001 em diante. - 5%.
§ 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato
por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo
indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante.
§ 2º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total
de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados,
fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos
empregados.
Portanto, o dispositivo constitucional traz uma regra que veda a discriminação
contra pessoas com deficiência. Nas relações de trabalho é muito comum existir
discriminação contra pessoas que possam apresentar algum tipo de limitação,
antes o receio de que não produzirão de forma satisfatória.
Com vistas a evitar tais situações, a CF cria um parâmetro protetivo de antemão,
vedando qualquer forma discriminatória em relação à política de salário ou de
admissão na empresa em relação às pessoas com deficiência.
3 - Art. 23, II
Em relação à repartição de competência temos dois dispositivos que envolvem os
deficientes. O primeiro deles é o art. 23, II, da CF:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras
de deficiência;
Trata-se de competência administrativa atribuída a todos os entes federativos.
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por meio de mandado de injunção quando carentes de norma regulamentadora. É o caso,
por exemplo, da norma que impõe a reserva, por lei, de um percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas com deficiência (CF, art. 37, VIII).
Portanto, a reserva de vagas a pessoas com deficiência deve ser:
ª objeto de políticas públicas específicas por intermédio de ações afirmativas; e
ª caso o deficiente sinta-se lesado, poderá ingressar diretamente em juízo contra para
exigir respeito à norma.
Sigamos!
6 - Art. 40, §4º, combinado com o art. 201, §1º
Esses dois dispositivos envolvem a questão da aposentadoria.
Vamos começar pelo §4º do art. 40:
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)
I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
O dispositivo acima está pautado na ideia de igualdade jurídica em sentido
material, por intermédio do qual busca-se conferir um tratamento diferenciado a
grupo hipossuficiente juridicamente.
Por razões de igualdade formal, a CF estabelece que não podem ser adotados
requisitos e critérios diferentes para a concessão de aposentadoria para aqueles
que estiverem abrangidos pelo regime próprio de previdência do serviço público
(RPPS).
Assim, a ideia é que todos os servidores estejam sujeitos ao mesmo regime, sem
diferenciações em razão da carreira ou da natureza do cargo.
Contudo, como tudo em Direito, temos exceções. Essas exceções são fixadas por
diversas razões, entre elas, por questões de igualdade material. Dada a situação
desprivilegiada na qual se encontra a pessoa com deficiência, a Constituição
admite a criação de critérios diferenciados para aposentadoria pelo RPPS.
É importante registrar que apenas nas exceções previstas nos incisos do §4º,
admite-se tratamento jurídico diferenciado.
Apenas para que possam encerrar a análise desse tópico, cumpre citar
o §1º do
art. 201, da CF:
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos
de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em
lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
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Trata-se da extensão da regra do art. 40, §1º, da CF, que trata do RPPS, para o
regime geral de previdência (RGPS). Destaque-se, que apenas, há o dispositivo
faz uma reserva de lei complementar, no sentido de que a regulamentação desse
dispositivo constitucional deve se dar por intermédio de lei complementar.
De todo modo, para fins de prova é importante que tenhamos em mente
que tanto no RPPS como no RGPS não é possível criar critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria, com exceção, entre
outros casos, das pessoas com deficiência, por questões de igualdade
jurídica.
7 - Art. 100, §2º
O extenso art. 100 da CF trata do pagamento de precatórios e de requisição de
pequenos valores em face de créditos contra a Fazenda Pública. O Estado detém
inúmeras relações jurídicas com pessoas e empresas e, devido ao tamanho e
complexidade das relações sócias, é comum surgirem conflitos, que resultam em
processos.
Nesse mar de ações que envolvem o Estado, quando há condenações, ou seja,
decisões negativas à Fazenda Pública, o pagamento ocorre por intermédio de um
conjunto de regras que estão fixadas no art. 100.
Esse dispositivo institui o pagamento de débitos do Estado por intermédio de
precatórios ou de requisições a depender do valor.
O pagamento por precatório nada mais constitui do que uma lista com regras e
critérios para inserção em uma fila de recebimento, de acordo com o volume de
dinheiro destinado ao Estado para pagar as ações em que foi condenado. Como,
em regra, o Estado não tem condições de fazer frente a esses valores de forma
automática e direta, faz necessário organizar uma lista para recebimento dos
denominados precatórios.
Primeiramente, cumpre compreender o questionamento abaixo:
O que se entende por Fazenda Pública?
Vamos considerar dentro do conceito de Fazenda Pública:
ª União;
ª Estados;
ª Município;
ª Autarquias; e
ª Fundações Públicas.
No conceito de Fazenda Pública NÃO entram as sociedades de economia mista
e as empresas públicas.
Assim...
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E qual o interesse disso tudo para o estudo das pessoas com deficiência?
Está simplesmente no fato de que o montante para recebimento por RPV
quando o beneficiário for pessoa com deficiência é três vezes maior, ou
seja, 180 salários mínimos.
8 - Art. 203, IV
Vimos um pouco acima que a União, junto com os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, possuem o dever de cuidar das pessoas com deficiência, tanto em
aspectos relativos à saúde, como assistência pública e proteção e garantia.
No contexto de programas assistenciais devemos ficar atentos ao art. 203, IV,
da CF:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
O direito à assistência social constitui a faculdade de exigir do Estado o
dispêndio de recurso para assegurar condições materiais mínimas de
sobrevivência, independentemente de qualquer contraprestação por parte da
pessoa tutelada. Notem, portanto, que o SUAS é instrumento fundamental para
resguardar, ainda que minimamente, a dignidade da pessoa humana.
Dessa forma, a ausência de contraprestação do beneficiário é
característica fundamental da assistência social. O financiamento da
assistência social é de toda a comunidade, de forma solidária.
O Estado deve agir, de acordo com o dispositivo, para promover a habilitação e
a reabilitação das pessoas com deficiência, bem como deve atuar na promoção
da integração à vida comunitária.
A habilitação e reabilitação constitui um conjunto de atividades, desenvolvimento
de bens, serviços e utilidades que facilitem o exercício dos direitos pelas pessoas
com alguma limitação.
Paralelamente, o estado deve promover políticas públicas voltadas para a
integração dos deficientes à comunidade.
O dispositivo acima está pautado na ideia de igualdade jurídica em sentido
material, por intermédio do qual busca-se conferir um tratamento diferenciado a
grupo hipossuficiente juridicamente.
9 - Art. 208, III
Vejamos, inicialmente, o dispositivo constitucional:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
A educação constitui direito de todos e dever do Estado e da família e deverá
ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Trata-se de um
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Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos
veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.
O que o dispositivo prevê nada mais é do que a datação dos locais já existentes.
Assim, no caso do art. 227, §2º, da CF, temos a obrigatoriedade de construção
de novos logradouros, edifícios e veículos de transporte públicos conforme as
regras de acessibilidade. Ao passo que o art. 244 da CF prevê a adaptação dos
já existentes.
12 - Questões
12.1 - Questões sem Comentários
Questão 01 ± FCC/TRT20ªR ± AJAJ/AJOAF - 2016
De acordo com a Constituição Federal,
(A) é assegurada a garantia de um salário mínimo de benefício mensal a
toda pessoa com deficiência.
(B) é permitido critério discriminatório no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador com deficiência.
(C) é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência
social quanto aos segurados com deficiência.
(D) é permitida, por lei complementar, a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria de servidores públicos com
deficiência.
(E) o Estado tem o dever de prestar a educação às pessoas com deficiência,
preferencialmente em unidade especializada e distinta da rede regular de
ensino.
Questão 02 ± FCC/TRT20ªR ± AJAA - 2016
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê
expressamente
(A) a competência exclusiva do Município de cuidar da proteção e garantia
das pessoas com deficiência.
(B) a reserva de, no mínimo, 5% das vagas de concursos públicos para
pessoas com deficiência.
(C) a garantia de um salário mínimo de benefício a todas as pessoas com
deficiência.
(D) a possibilidade de discriminação no tocante a salários e critérios de
admissão de trabalhador com deficiência.
(E) que a lei deverá reservar percentual de cargos e empregos públicos para
as pessoas com deficiência.
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Questão
03 ± CESPE/TRE-PE ± AJAA ± 2017
De acordo com a CF, na fixação do vencimento e da remuneração dos
servidores públicos, deve-se observar
a) se o ocupante do cargo é afrodescendente.
b) a complexidade dos cargos componentes de cada carreira.
c) se o ocupante do cargo é portador de deficiência.
d) se o cargo é destinado a hipossuficiente.
e) se o cargo é destinado a indígena.
Questão 04 ± FGV/Prefeitura de Niterói-RJ ± Agente
Fazendário ± 2015
Em matéria de regime previdenciário, a Constituição da República dispõe
que é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos servidores titulares de cargos efetivos dos
Municípios, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares,
alguns casos, como os de servidores:
a) indígenas;
b) portadores de deficiência;
c) da área da educação;
d) da área da saúde;
e) da área da segurança pública.
Questão 05 ± FCC/CNMP ± Analista do CNMP ± Direito ± 2015
A atual Constituição Federal prevê diversos direitos aos portadores de
necessidades especiais, EXCETO:
a) adaptação dos logradouros, edifícios de uso público e veículos de
transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado
às pessoas portadoras de deficiência.
b) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede especial de ensino.
c) necessidade da lei reservar percentual dos cargos e empregos públicos
para as pessoas portadoras de deficiência.
d) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência.
e) garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família.
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Questão 06 ± VUNESP/PC-CE ± Escrivão de Polícia Civil de 1ª
Classe ± 2015
A Carta Magna veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos servidores públicos titulares de cargo
efetivo dos entes políticos, exceto para os
a) integrantes de minoria étnica.
b) portadores de deficiência.
c) que exerçam o magistério como professor no ensino superior
d) nomeados para cargos de livre nomeação e exoneração.
e) que exerçam atividades de atendimento ao público.
Questão 07 ± FGV/TJ-GO ± AJAJ ± 2014
A Constituição da República de 1988 assegura aos servidores ocupantes de
cargo efetivo regime de previdência de caráter contributivo, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. O texto
constitucional veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos abrangidos por tal regime, mas, pelo
princípio da igualdade material, se autoexcepcionando, ressalva, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
a) da área da educação;
b) da área da segurança pública;
c) da área da saúde;
d) portadores de deficiência;
e) cujos vencimentos não ultrapassem um salário mínimo nacional.
Questão 08 ± FCC/TRT-15ªR ± AJAA ± 2014
Lei estadual que versasse sobre proteção e integração social das pessoas
portadoras de deficiência:
a) deveria limitar-se ao estabelecimento de normas gerais, cabendo aos
Municípios legislar para atender a suas peculiaridades.
b) teria sua eficácia suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, naquilo que lhe fosse contrária, caso houvesse o Estado
exercido competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades
c) seria inconstitucional, por se tratar de competência legislativa privativa
da União.
d) seria compatível com a Constituição, desde que houvesse lei
complementar que autorizasse os Estados a legislar sobre a matéria.
e) deveria restringir-se a aspectos de interesse local, em suplementação à
legislação federal eventualmente já existente sobre a matéria.
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Questão 09 ± VUNESP/MPE-ES ± Agente Especializado ±
Analista de Banco de Dados ± 2013
A Constituição Federal veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime próprio de
previdência dos servidores públicos, ressalvados, nos termos definidos em
leis complementares, os casos, entre outros, de servidores
a) que exerçam o magistério na educação básica e no ensino superior.
b) da administração fazendária e seus servidores fiscais.
c) de carreira do Estado.
d) pertencentes aos quadros do Ministério Público e da Magistratura.
e) portadores de deficiência.
Questão 10 ± UFBA/UFBA ± Assistente de Administração ±
2012
A reserva de percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência foi garantida a partir da promulgação da
Constituição Federal de 1988.
Questão 11 ± FCC/INSS ± Perito Médico Previdenciário ± 2012
A previsão constitucional que determina a reserva de percentual dos cargos
e empregos para as pessoas portadoras de deficiência tem como objetivo,
precipuamente, promover o direito à
a) vida.
b) liberdade individual.
c) igualdade material.
d) segurança.
e) saúde coletiva.
Questão 12 ± FCC/TRT-23ªR (MT) ± AJAA ± 2011
Segundo a Constituição Federal, legislar sobre a proteção e a integração
social das pessoas portadoras de deficiência é de competência
a) privativa dos Estados.
b) privativa da União.
c) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.
d) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.
Questão 13 ± CESPE/ABIN ± Oficial Técnico de Inteligência ±
Área de Direito ± 2010
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Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A HVWi�LQFRUUHWD��(PERUD�R�DUW�������GD�&)��DVVHJXUH�³a garantia
de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência´ o
recebimento desse benefício fica condicionado a ausência de meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
A alternativa B está incorreta, pois no trato dos direitos dos trabalhadores, o
aUW���ž��;;;,��GD�&)��SUHYr�D�³proibição de qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência´�
A alternativa C está incorreta, pois temos justamente o oposto do §1º do art.
201 da CF:
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos
de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em
lei complementar.
Conforme o inc. I do §4º do art. 40, da CF, está correta a alternativa D, gabarito
da nossa questão.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I portadores de deficiência;
II que exerçam atividades de risco;
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física.
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois embora
o art. 2018, III, assegure
atendimento especial à pessoa com deficiência, ela deve ocorrer na rede regular
de ensino para evitar segregação discriminatória.
Questão 02 ± FCC/TRT20ªR ± AJAA - 2016
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê
expressamente
(A) a competência exclusiva do Município de cuidar da proteção e garantia
das pessoas com deficiência.
(B) a reserva de, no mínimo, 5% das vagas de concursos públicos para
pessoas com deficiência.
(C) a garantia de um salário mínimo de benefício a todas as pessoas com
deficiência.
(D) a possibilidade de discriminação no tocante a salários e critérios de
admissão de trabalhador com deficiência.
(E) que a lei deverá reservar percentual de cargos e empregos públicos para
as pessoas com deficiência.
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Comentários
Questão interessantíssima! Veja a análise de cada alternativa.
A alternativa A está incorreta. No caso, a competência para legislar sobre
proteção à pessoa com deficiência é concorrente da União, estados-membros e
Distrito Federal (art. 24, XIV, da CF). Ao Município compete, todavia,
competência para legislar sobre assuntos locais e, também, para suplementar a
legislação federal.
A alternativa B também está incorreta, pois o art. 37, VIII, da CF prevê que que
³a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios dH�VXD�DGPLVVmR´��1RWH�TXH�QmR�
há referência expressa ao percentual. No caso dos servidores públicos federais,
a Lei 8.112/1990, assegura no art. 5º, §2º, até 20% das vagas oferecidas.
A alternativa C, por sua vez, está incorreta. Embora o art. 203, da CF, assegure
³a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência´ o recebimento desse benefício fica condicionado a ausência de meios
de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
A alternativa D está incorreta, pois no trato dos direitos dos trabalhadores, o
DUW���ž��;;;,��GD�&)��SUHYr�D�³proibição de qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência´�
Por fim, a alternativa E é a correta e gabarito da questão pois retrata justamente
o que prevê o inc. VIII do art. 37, da CF, acima referido.
Questão 03 ± CESPE/TRE-PE ± AJAA ± 2017
De acordo com a CF, na fixação do vencimento e da remuneração dos
servidores públicos, deve-se observar
a) se o ocupante do cargo é afrodescendente.
b) a complexidade dos cargos componentes de cada carreira.
c) se o ocupante do cargo é portador de deficiência.
d) se o cargo é destinado a hipossuficiente.
e) se o cargo é destinado a indígena.
Comentários
De acordo com o art. 39, §1º, I, da CF/88, na fixação do vencimento e da
remuneração dos servidores públicos, observará, também, a natureza, o grau de
responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema
remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de
cada carreira;
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
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Questão 04 ± FGV/Prefeitura de Niterói-RJ ± Agente
Fazendário ± 2015
Em matéria de regime previdenciário, a Constituição da República dispõe
que é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos servidores titulares de cargos efetivos dos
Municípios, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares,
alguns casos, como os de servidores:
a) indígenas;
b) portadores de deficiência;
c) da área da educação;
d) da área da saúde;
e) da área da segurança pública.
Comentários
O art. 40, §4º, da Constituição Federal, prevê que é vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores com deficiência, que
exerçam atividades de risco ou cujas atividades sejam exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Questão 05 ± FCC/CNMP ± Analista do CNMP ± Direito ± 2015
A atual Constituição Federal prevê diversos direitos aos portadores de
necessidades especiais, EXCETO:
a) adaptação dos logradouros, edifícios de uso público e veículos de
transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado
às pessoas portadoras de deficiência.
b) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede especial de ensino.
c) necessidade da lei reservar percentual dos cargos e empregos públicos
para as pessoas portadoras de deficiência.
d) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência.
e) garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família.
Comentários
A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o art. 244, da CF/88:
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Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos
veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
208, III, da referida Lei, o dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos deficientes,
preferencialmente na rede regular de ensino, e não especial.
A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 37, VIII, da Constituição
Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
A alternativa D está correta, com base no art. 7º, XXXI, da referida Lei:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
A alternativa E está correta, pois se refere ao art. 203, V, da CF/88:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Questão 06 ± VUNESP/PC-CE ± Escrivão de Polícia Civil de 1ª
Classe ± 2015
A Carta Magna veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos servidores públicos titulares de cargo
efetivo dos entes políticos, exceto para os
a) integrantes de minoria étnica.
b) portadores de deficiência.
c) que exerçam o magistério como professor no ensino superior
d) nomeados para cargos de livre nomeação e exoneração.
e) que exerçam atividades de atendimento ao público.
Comentários
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos servidores públicos titulares de cargo efetivo dos entes
políticos, exceto para os deficientes. Vejamos o art. 40, §4º, da Constituição
Federal:
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§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores: 
I portadores de deficiência; 
II que exerçam atividades de risco; 
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. 
Dessa forma, a alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão.
Questão 07 ± FGV/TJ-GO ± AJAJ ± 2014
A Constituição da República de 1988 assegura aos servidores ocupantes de
cargo efetivo regime de previdência de caráter contributivo, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. O texto
constitucional veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos abrangidos por tal regime, mas, pelo
princípio da igualdade material, se autoexcepcionando, ressalva, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
a) da área da educação;
b) da área da segurança pública;
c) da área da saúde;
d) portadores de deficiência;
e) cujos vencimentos não ultrapassem um salário mínimo nacional.
Comentários
De acordo com o art. 40, §4º, da Constituição Federal, é vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores com deficiência, que
exerçam atividades de risco ou cujas atividades sejam exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 08 ± FCC/TRT-15ªR ± AJAA ± 2014
Lei estadual que versasse sobre proteção e integração social das pessoas
portadoras de deficiência:
a) deveria limitar-se ao estabelecimento de normas gerais, cabendo aos
Municípios legislar para atender a suas peculiaridades.
b) teria sua eficácia suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, naquilo que lhe fosse contrária, caso houvesse o Estado
exercido competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades
c) seria inconstitucional, por se tratar de competência legislativa privativa
da União.
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d) seria compatível com a Constituição, desde que houvesse lei
complementar que autorizasse os Estados a legislar sobre a matéria.
e) deveria restringir-se a aspectos de interesse local, em suplementação à
legislação federal eventualmente já existente sobre a matéria.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 24, da CF/88, compete à
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar para atender a suas
peculiaridades, o município não tem essa competência. Além disso, para que a
União, os Estados e o DF possam legislar, não dependem de normas gerais.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o
§4º, do art. 24, da referida Lei:
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.
A alternativa C está incorreta. Se trata de uma competência concorrente entre
a União, os Estados e o DF, e não de uma competência legislativa privativa.
A alternativa D está incorreta. Não é necessário que haja lei complementar para
que o Estado possa legislar, por se tratar de uma legislação concorrente.
A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 30, I, da Constituição
Federal, compete aos Município, legislar sobre assuntos de interesse local.
Questão 09 ± VUNESP/MPE-ES ± Agente Especializado ±
Analista de Banco de Dados ± 2013
A Constituição Federal veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime próprio de
previdência dos servidores públicos, ressalvados, nos termos definidos em
leis complementares, os casos, entre outros, de servidores
a) que exerçam o magistério na educação básica e no ensino superior.
b) da administração fazendária e seus servidores fiscais.
c) de carreira do Estado.
d) pertencentes aos quadros do Ministério Público e da Magistratura.
e) portadores de deficiência.
Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 40, §4º, da CF/88. Vejamos:
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores: 
I portadores de deficiência; 
II que exerçam atividades de risco; 
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III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. 
Desse modo, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Questão 10 ± UFBA/UFBA ± Assistente de Administração ±
2012
A reserva de percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência foi garantida a partir da promulgação da
Constituição Federal de 1988.
Comentários
A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 37, VIII, da Constituição
Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Questão 11 ± FCC/INSS ± Perito Médico Previdenciário ± 2012
A previsão constitucional que determina a reserva de percentual dos cargos
e empregos para as pessoas portadoras de deficiência tem como objetivo,
precipuamente, promover o direito à
a) vida.
b) liberdade individual.
c) igualdade material.
d) segurança.
e) saúde coletiva.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
A finalidade dessa norma é conferir um padrão normativo diferenciado para as
pessoas com deficiência a fim de que possam exercer sus direitos em condições
de igualdade.
Questão 12 ± FCC/TRT-23ªR (MT) ± AJAA ± 2011
Segundo a Constituição Federal, legislar sobre a proteção e a integração
social das pessoas portadoras de deficiência é de competência
a) privativa dos Estados.
b) privativa da União.
c) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.
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d) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.
Comentários
De acordo com o art. 24,
XIV, da Constituição Federal, legislar sobre a proteção
e a integração social das pessoas com deficiência é de competência concorrente
da União, dos Estados e do Distrito Federal. Vejamos:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
Questão 13 ± CESPE/ABIN ± Oficial Técnico de Inteligência ±
Área de Direito ± 2010
De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), podem ser
estabelecidos, por meio de lei complementar, requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria dos servidores públicos
portadores de deficiência.
Comentários
A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 40, §4º, I, da CF/88:
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores: 
I portadores de deficiência; 
II que exerçam atividades de risco; 
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. 
Questão 14 ± CESPE/MMA ± Agente Administrativo ± 2009
Quanto às disposições acerca de servidores públicos previstas na CF, julgue
o seguinte item.
Servidor público federal portador de deficiência pode ter critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria.
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 40, §4º, I, da CF/88, é vedada a
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores portadores de
deficiência.
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13 - Resumo
 ROL DE DIREITOS CONSTITUCIONAIS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
ª Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
portador de deficiência.
ª É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cuidar da
saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas com deficiência.
ª Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre proteção
e integração social das pessoas com deficiência.
ª A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
ª É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo RPPS e RGPS, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares,
os casos de servidores com deficiência.
ª O montante para recebimento por RPV quando o beneficiário for pessoa com deficiência é três
vezes maior, ou seja, 180 salários mínimos na esfera federal.
ª A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição
à seguridade social, e tem por objetivo a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
ª O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino.
ª O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e
do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas
específicas, entre elas a criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as
pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do
adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de
obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.
ª Obrigatoriedade de construção de novos logradouros, edifícios e veículos de transporte públicos
conforme as regras de acessibilidade ou adaptação dos já existentes.
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14 - Considerações Finais
Com isso chegamos ao final da aula e do nosso curso!
)RL�XP�SUD]HU�HQRUPH�GHEDWHU�DVVXQWRV�LPSRUWDQWHV�GHVVD�³QRYLGDGH´�QR�PXQGR�
dos concursos na área de tribunais e que toca uma temática sensível.
Excelentes estudos a todos e até uma próxima!
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Sumário 
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................. 3 
2 - Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/2000) ........................................................................ 3 
2.1 - Disposições Gerais ............................................................................................... 3 
2.2 - Elementos de Urbanização .................................................................................... 6 
2.3 - Desenho e da localização do mobiliário urbano ........................................................ 8 
2.4 - Acessibilidade nos edifícios públicos ou de uso coletivo ............................................. 9 
2.5 - Acessibilidade nos edifícios de uso privado ............................................................ 10 
2.6 - Acessibilidade nos veículos de transporte coletivo .................................................. 11 
2.7 - Acessibilidade nos sistemas de comunicação e sinalização ....................................... 11 
2.8 - Disposições sobre ajudas técnicas ........................................................................ 12 
2.9 - Medidas de fomento à eliminação de barreiras ....................................................... 13 
2.10 - Disposições Finais ............................................................................................ 13 
3 - Prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência (Lei 10.048/2000) .......... 14 
4 - Decreto 5.296/2004 ................................................................................................. 16 
4.1 - Disposições Preliminares ................. ................................................................... 16 
4.2 - Atendimento Prioritário ....................................................................................... 17 
4.3 - Condições gerais da acessibilidade ....................................................................... 18 
4.4 - Implementação da acessibilidade arquitetônica e urbanística ................................... 20 
4.5 - Acessibilidade aos serviços de transportes coletivos ............................................... 26 
4.6 - Acesso à informação e à comunicação .................................................................. 29 
4.7 - Ajudas técnicas .................................................................................................. 31 
4.8 - Programa nacional de acessibilidade ..................................................................... 32 
4.9 - Disposições finais ...............................................................................................
33 
5 - Questões ................................................................................................................. 35 
5.1 - Questões sem Comentários ................................................................................. 35 
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5.1 - Gabarito ........................................................................................................... 49 
5.3 - Questões com Comentários ................................................................................. 50 
6 - Resumo .................................................................................................................. 76 
7 - Considerações Finais ................................................................................................ 80 
 
 
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1 - Considerações Iniciais 
Na aula de hoje vamos analisar os seguintes pontos finais da ementa: 
2 Normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida (Lei nº 10.098/2000 e Decreto 
5.296/2004). 3 Prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência (Lei nº 
10.048/2000 e Decreto 5.296/2004). 4 Direitos no sistema de transporte coletivo (Lei nº 
8.899/1994 e Decreto 3.691/2000). 5 Símbolo de identificação de pessoas portadoras de 
deficiência auditiva (Lei nº 8.160/1991). 6 Normas de apoio às pessoas portadoras de 
deficiência e sua integração social (Lei nº 7.853/1989 e Decreto 3.298/1999). 
São, basicamente, dois assuntos: 
ª acessibilidade; e 
ª prioridade de atendimento. 
O estudo das normas de acessibilidade voltadas para pessoas com deficiência ou 
para aquelas que possuem alguma limitação de mobilidade. Já vimos regras 
importantes de acessibilidade, na Lei 13.146/2015 (art. 53 e seguintes). 
Aqui vamos aprofundar um pouco mais, ao abordar a íntegra da Lei 10.098/2000 
e os principais pontos do Decreto 5.296/2004. Antes de começar, é importante 
afirmar que, embora date de 2000, a Lei 10.098/2000 sofreu diversas alterações 
na redação por conta do Estatuto da Pessoa com Deficiência. 
Na sequência, vamos estudar as regras referentes à prioridade de atendimento 
às pessoas com deficiência, legislação breve e objetiva. 
A fim de organizar nossos estudos, a aula será estrutura da seguinte forma: 
1. Lei 10.098/2000 
2. Lei 10.048/2000 
3. Decreto 5.296/2004 
Estudaremos o decreto, por último, pois além de trazer regras regulamentares 
de menor importância para a prova, se aplica tanto à acessibilidade como à 
questão da prioridade de atendimento. 
Boa aula! 
2 - Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098/2000) 
2.1- Disposições Gerais 
Nas disposições gerais da Lei de Acessibilidade é importante se preocupar com o 
art. 1º da Lei. 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da 
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, 
mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no 
mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte 
e de comunicação. 
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V - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não 
desempenhar as funções de atendente pessoal; 
VI - elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como 
os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de 
energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, abastecimento e 
distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento 
urbanístico; 
VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, 
superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que 
sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses elementos, 
tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso 
coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques 
e quaisquer outros de natureza análoga; 
VIII - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, 
relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade 
reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social; 
IX - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as 
línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, 
o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos 
multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os 
meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de 
comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações; 
X - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem 
usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, 
incluindo os recursos de tecnologia assistiva. 
Apenas para retomar os conceitos estudados, confira: 
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Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados 
ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou reforma 
de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser observados, pelo 
menos, os seguintes REQUISITOS de acessibilidade: 
I ± nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a 
estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de 
circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas 
portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente; 
II ± pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de 
barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de 
pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; 
III ± pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas 
as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os 
requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e 
IV ± os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo-se 
seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora 
de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar 
deverão dispor
de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de 
lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive 
acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, 
circulação e comunicação. 
Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabelecimentos congêneres devem fornecer 
carros e cadeiras de rodas, motorizados ou não, para o atendimento da pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida. 
2.5 - Acessibilidade nos edifícios de uso privado 
As regras estudadas nos arts. 11 a 12-A referem-se aos edifícios de uso coletivos, 
públicos ou privados. No art. 13 a 15 temos a disciplina de regras específicas 
a serem aplicadas em edifícios privados de uso coletivo. 
De acordo com o art. 13, o acesso e os elevadores devem ser acessíveis. Confira: 
Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores 
deverão ser construídos atendendo aos seguintes requisitos mínimos de acessibilidade: 
I ± percurso acessível que una as unidades habitacionais com o exterior e com as 
dependências de uso comum; 
II ± percurso acessível que una a edificação à via pública, às edificações e aos serviços 
anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos; 
III ± cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveis para pessoas portadoras 
de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
O art. 14, na sequência, disciplina a acessibilidade em edifícios. Embora se trate 
de construções voltadas para uso privativo, o edifício envolve moradias 
condominiais que comportam várias pessoas e famílias entre as quais podem 
existir pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. 
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Art. 21. O Poder Público, por meio dos organismos de apoio à pesquisa e das agências de 
financiamento, fomentará programas destinados: 
I ± à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamento e prevenção de deficiências; 
II ± ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de ajudas técnicas para as 
pessoas portadoras de deficiência; 
III ± à especialização de recursos humanos em acessibilidade. 
2.9 - Medidas de fomento à eliminação de barreiras 
O art. 22, na sequência, institui uma Secretaria do Poder Executivo para atuar 
especificamente na questão da acessibilidade. 
Art. 22. É instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Ministério 
da Justiça, o Programa Nacional de Acessibilidade, com dotação orçamentária específica, 
cuja execução será disciplinada em regulamento. 
Cumpre registrar que, atualmente, questões de acessibilidade estão vinculadas à 
Secretaria de Direitos Humanos do Poder Executivo Federal, órgão atrelado ao 
Ministério da Justiça e Cidadania. 
2.10 - Disposições Finais 
Para concluir a análise da Lei de Acessibilidade, vamos efetuar rápida leitura das 
disposições finais. 
Art. 23. A Administração Pública federal direta e indireta destinará, anualmente, dotação 
orçamentária para as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas 
existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam sob sua 
administração ou uso. 
Parágrafo único. A implementação das adaptações, eliminações e supressões de barreiras 
arquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano 
de vigência desta Lei. 
Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas à 
população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à 
acessibilidade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade 
reduzida. 
Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou imóveis declarados bens de 
interesse cultural ou de valor histórico-artístico, desde que as modificações necessárias 
observem as normas específicas reguladoras destes bens. 
Art. 26. As organizações representativas de pessoas portadoras de deficiência terão 
legitimidade para acompanhar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade estabelecidos 
nesta Lei. 
Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Das regras acimas, são duas informações relevantes que podem ser objeto de 
questões de prova: 
ª Há previsão de destinação orçamentária específica para tratar de temas 
relacionados à acessibilidade pelo Poder Executivo Federal; 
ª O Poder Público deve desenvolver campanhas informativas e educativas 
atinentes ao tema. 
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III ± no caso das instituições financeiras, às penalidades previstas no art. 44, incisos I, II e 
III, da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964. 
Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo serão elevadas ao dobro, 
em caso de reincidência. 
Para encerrar, veja os arts. 7º e 8º: 
Art. 7o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias, contado de sua 
publicação. 
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
4 - Decreto nº 5.296/2004 
Conforme explicado no início do conteúdo teórico referente à aula de hoje, esse 
decreto aborda tanto aspectos relacionados à acessibilidade como à prioridade 
de atendimento, de modo que constitui diploma regulamentador de ambas as leis 
acima estudadas. 
Trata-se de diploma extenso, que tem 70 artigos. Em nosso sentir, é 
desnecessário estudar a norma de forma detalhada. Entenderemos, entretanto, 
necessário estudar os aspectos gerais. 
Como você verá, por se tratar de um decreto, há regulamentação específica, com 
referência a normas técnicas, de pouca valia para fins de uma prova objetiva. 
Contudo, como mencionado em edital, pode ser cobrado. 
Assim, a fim de otimizar a preparação de vocês, vamos desenvolver a análise 
dessa lei de forma diferenciada. 
Citaremos a íntegra da lei para uma leitura atenta. Após, vamos explicitar as 
principais regras que você deverá estudar e memorizar. 
4.1 - Disposições Preliminares 
Art. 1o Este Decreto regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, 
de 19 de dezembro de 2000. 
Art. 2o Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições deste Decreto, sempre que houver 
interação com a matéria nele regulamentada: 
I - a aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação e 
informação, de transporte coletivo, bem como a execução de qualquer tipo de obra, quando 
tenham destinação pública ou coletiva; 
II - a outorga de concessão, permissão, autorização ou habilitação de qualquer natureza; 
III - a aprovação de financiamento de projetos com a utilização de recursos públicos, dentre 
eles os projetos de natureza arquitetônica e urbanística, os tocantes à comunicação e 
informação e os referentes ao transporte coletivo, por meio de qualquer instrumento, tais 
como convênio, acordo, ajuste, contrato ou similar; e 
IV - a concessão de aval da União na obtenção de empréstimos e financiamentos 
internacionais por entes públicos ou privados. 
Art. 3o Serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, previstas em lei, 
quando não forem observadas as normas deste Decreto. 
Art. 4o O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, os Conselhos 
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, e as organizações representativas de pessoas 
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portadoras de deficiência terão legitimidade para acompanhar e sugerir medidas para o 
cumprimento dos requisitos estabelecidos neste Decreto. 
4.2 - Atendimento Prioritário 
Art. 5o Os órgãos da administração pública direta, indireta e fundacional, as empresas 
prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras deverão dispensar 
atendimento prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
§ 1o Considera-se, para os efeitos deste Decreto: 
I - pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei no 10.690, de 16 de 
junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e 
se enquadra nas seguintes categorias: 
a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo 
humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma 
de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, 
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia 
cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as 
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; 
b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou 
mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz; 
c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no 
melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual 
entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a 
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a 
ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores; 
d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com 
manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de 
habilidades adaptativas, tais como: 
1. comunicação; 
2. cuidado pessoal; 
3. habilidades sociais; 
4. utilização dos recursos da comunidade; 
5. saúde e segurança; 
6. habilidades acadêmicas; 
7. lazer; e 
8. trabalho; 
e) deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências; e 
II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, não se enquadrando no conceito de 
pessoa portadora de deficiência, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-
se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, 
coordenação motora e percepção. 
§ 2o O disposto no caput aplica-se, ainda, às pessoas com idade igual ou superior a 
sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criança de colo. 
§ 3o O acesso prioritário às edificações e serviços das instituições financeiras deve seguir 
os preceitos estabelecidos neste Decreto e nas normas técnicas de acessibilidade da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, no que não conflitarem com a Lei 
no 7.102, de 20 de junho de 1983, observando, ainda, a Resolução do Conselho Monetário 
Nacional no 2.878, de 26 de julho de 2001. 
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Art. 6o O atendimento prioritário compreende tratamento diferenciado e atendimento 
imediato às pessoas de que trata o art. 5o. 
§ 1o O tratamento diferenciado inclui, dentre outros: 
I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaços e instalações acessíveis; 
II - mobiliário de recepção e atendimento obrigatoriamente adaptado à altura e à condição 
física de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas normas técnicas de 
acessibilidade da ABNT; 
III - serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, prestado por 
intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com 
aquelas que não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado por 
guias-intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento; 
IV - pessoal capacitado para prestar atendimento às pessoas com deficiência visual, mental 
e múltipla, bem como às pessoas idosas; 
V - disponibilidade de área especial para embarque e desembarque de pessoa portadora de 
deficiência ou com mobilidade reduzida; 
VI - sinalização ambiental para orientação das pessoas referidas no art. 5o; 
VII - divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida; 
VIII - admissão de entrada e permanência de cão-guia ou cão-guia de acompanhamento 
junto de pessoa portadora de deficiência ou de treinador nos locais dispostos no caput do 
art. 5o, bem como nas demais edificações de uso público e naquelas de uso coletivo, 
mediante apresentação da carteira de vacina atualizada do animal; e 
IX - a existência de local de atendimento específico para as pessoas referidas no art. 5o. 
§ 2o Entende-se por imediato o atendimento prestado às pessoas referidas no art. 5o, antes 
de qualquer outra, depois de concluído o atendimento que estiver em andamento, 
observado o disposto no inciso I do parágrafo único do art. 3o da Lei no10.741, de 1o de 
outubro de 2003 (Estatuto do Idoso). 
§ 3o Nos serviços de emergência dos estabelecimentos públicos e privados de atendimento 
à saúde, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada à avaliação médica em 
face da gravidade dos casos a atender. 
§ 4o Os órgãos, empresas e instituições referidos no caput do art. 5o devem possuir, pelo 
menos, um telefone de atendimento adaptado para comunicação com e por pessoas 
portadoras de deficiência auditiva. 
Art. 7o O atendimento prioritário no âmbito da administração pública federal direta e 
indireta, bem como das empresas prestadoras de serviços públicos, obedecerá às 
disposições deste Decreto, além do que estabelece o Decreto no 3.507, de 13 de junho de 
2000. 
Parágrafo único. Cabe aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal, no âmbito de suas 
competências, criar instrumentos para a efetiva implantação e o controle do atendimento 
prioritário referido neste Decreto. 
4.3 - Condições gerais da acessibilidade 
Art. 8o Para os fins de acessibilidade, considera-se: 
I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, 
dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de 
transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa 
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; 
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II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de 
movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem 
ou terem acesso à informação, classificadas em: 
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público; 
b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de uso 
público e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações de uso 
privado multifamiliar; 
c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes; e 
d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo
que dificulte 
ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos 
dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como 
aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação; 
III - elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como 
os referentes à pavimentação, saneamento, distribuição de energia elétrica, iluminação 
pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as 
indicações do planejamento urbanístico; 
IV - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, 
superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma que 
sua modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos, tais 
como semáforos, postes de sinalização e similares, telefones e cabines telefônicas, fontes 
públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; 
V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou 
especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência 
ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida; 
VI - edificações de uso público: aquelas administradas por entidades da administração 
pública, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e destinadas ao 
público em geral; 
 VII - edificações de uso coletivo: aquelas destinadas às atividades de natureza comercial, 
hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social, religiosa, educacional, 
industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de atividades da 
mesma natureza; 
VIII - edificações de uso privado: aquelas destinadas à habitação, que podem ser 
classificadas como unifamiliar ou multifamiliar; e 
IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender 
simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e 
sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou 
soluções que compõem a acessibilidade. 
Art. 9o A formulação, implementação e manutenção das ações de acessibilidade atenderão 
às seguintes premissas básicas: 
I - a priorização das necessidades, a programação em cronograma e a reserva de recursos 
para a implantação das ações; e 
II - o planejamento, de forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos. 
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4.4 - Implementação da acessibilidade arquitetônica e 
urbanística 
Condições Gerais 
Art. 10. A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem 
atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as normas 
técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas neste 
Decreto. 
§ 1o Caberá ao Poder Público promover a inclusão de conteúdos temáticos referentes ao 
desenho universal nas diretrizes curriculares da educação profissional e tecnológica e do 
ensino superior dos cursos de Engenharia, Arquitetura e correlatos. 
§ 2o Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de 
organismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências de fomento deverão incluir temas 
voltados para o desenho universal. 
Art. 11. A construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou 
a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo 
que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade 
reduzida. 
§ 1o As entidades de fiscalização profissional das atividades de Engenharia, Arquitetura e 
correlatas, ao anotarem a responsabilidade técnica dos projetos, exigirão a responsabilidade 
profissional declarada do atendimento às regras de acessibilidade previstas nas normas 
técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica e neste Decreto. 
§ 2o Para a aprovação ou licenciamento ou emissão de certificado de conclusão de projeto 
arquitetônico ou urbanístico deverá ser atestado o atendimento às regras de acessibilidade 
previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica e neste 
Decreto. 
§ 3o O Poder Público, após certificar a acessibilidade de edificação ou serviço, determinará 
a colocação, em espaços ou locais de ampla visibilidade, do "Símbolo Internacional de 
Acesso", na forma prevista nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT e na Lei no 7.405, 
de 12 de novembro de 1985. 
Art. 12. Em qualquer intervenção nas vias e logradouros públicos, o Poder Público e as 
empresas concessionárias responsáveis pela execução das obras e dos serviços garantirão 
o livre trânsito e a circulação de forma segura das pessoas em geral, especialmente das 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, durante e após a sua 
execução, de acordo com o previsto em normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na 
legislação específica e neste Decreto. 
Art. 13. Orientam-se, no que couber, pelas regras previstas nas normas técnicas brasileiras 
de acessibilidade, na legislação específica, observado o disposto na Lei no 10.257, de 10 de 
julho de 2001, e neste Decreto: 
I - os Planos Diretores Municipais e Planos Diretores de Transporte e Trânsito elaborados 
ou atualizados a partir da publicação deste Decreto; 
II - o Código de Obras, Código de Postura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei do 
Sistema Viário; 
III - os estudos prévios de impacto de vizinhança; 
IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções, incluindo a vigilância sanitária 
e ambiental; e 
V - a previsão orçamentária e os mecanismos tributários e financeiros utilizados em caráter 
compensatório ou de incentivo. 
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§ 1o Para concessão de alvará de funcionamento ou sua renovação para qualquer atividade, 
devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas neste Decreto e 
nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. 
§ 2o Para emissão de carta de "habite-se" ou habilitação equivalente e para sua renovação, 
quando esta tiver sido emitida anteriormente às exigências de acessibilidade contidas na 
legislação específica, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade 
previstas neste Decreto e nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. 
Condições Específicas 
Art. 14. Na promoção da acessibilidade, serão observadas as regras gerais previstas neste 
Decreto, complementadas pelas normas técnicas de acessibilidade da ABNT e pelas 
disposições contidas na legislação dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. 
Art. 15. No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logradouros, parques e 
demais espaços de uso público, deverão ser cumpridas as exigências dispostas nas normas 
técnicas de acessibilidade da ABNT. 
§ 1o Incluem-se na condição estabelecida no caput: 
 I - a construção de calçadas para circulação de pedestres ou a adaptação de situações 
consolidadas; 
II - o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para travessia de 
pedestre em nível; e 
III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta. 
§ 2o Nos casos de adaptação de bens culturais imóveis e de intervenção para regularização 
urbanística em áreas de assentamentos subnormais, será admitida,

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