Buscar

00 Resumo de Contabilidade Pública e AFO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
1 
 
 
 
Resumo de 
Contabilidade Pública e 
AFO 
MPU 2010  
 
 
 
Professor Igor Oliveira 
Agosto de 2010 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  2 
 
 
Sumário 
 
1.  PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS ....................................................................................................... 4 
2.  ORÇAMENTO PÚBLICO ...................................................................................................................... 5 
2.1.  Conceito/Tipos ............................................................................................................................ 5 
2.2.  LOA, LDO e PPA ......................................................................................................................... 6 
2.3.  Ciclo Orçamentário ................................................................................................................... 11 
2.4.  Créditos Adicionais ................................................................................................................... 15 
3.  RECEITA ............................................................................................................................................ 17 
3.1.  Conceitos/Classificação ........................................................................................................... 17 
3.2.  Etapas da Receita Orçamentária ............................................................................................ 20 
3.3.  Reconhecimento da Receita Orçamentária .......................................................................... 22 
3.4.  Destinação de Recursos .......................................................................................................... 22 
3.5.  Transferência de Recursos Intergovernamentais ................................................................ 25 
3.6.  Deduções da Receita Orçamentária ...................................................................................... 25 
3.7.  Dívida Ativa ............................................................................................................................... 26 
4.  DESPESA ............................................................................................................................................ 29 
4.1.  Conceitos/Classificação ........................................................................................................... 29 
4.2.  Natureza da Despesa Orçamentária ...................................................................................... 33 
4.3.  Classificação Econômica da lei 4.320/64 .............................................................................. 35 
4.4.  Etapas da Despesa Orçamentária .......................................................................................... 36 
4.5.  Momento do Reconhecimento da Despesa .......................................................................... 38 
4.6.  Restos a Pagar/ Despesas de Exercícios Anteriores ........................................................... 40 
4.7.  Suprimento de Fundos ............................................................................................................ 43 
5.  SISTEMA CONTÁBIL E VARIAÇÕES PATRIMONIAIS .................................................................. 45 
5.1.  Sistema Contábil ....................................................................................................................... 45 
5.2.  Transações no Setor Público .................................................................................................. 46 
6.  INVENTÁRIO MATERIAL DE CONSUMO E MATERIAL PERMANENTE ...................................... 49 
7.  SIDOR/SIAFI/CONTA ÚNICA DO TESOURO ................................................................................. 52 
8.  BALANÇOS ......................................................................................................................................... 58 
8.1.  Balanço Patrimonial ................................................................................................................. 58 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  3 
8.2.  Balanço Orçamentário ............................................................................................................. 63 
8.3.  Balanço Financeiro ................................................................................................................... 69 
8.4.  Demonstração das Variações Patrimoniais ........................................................................... 73 
9.  RESUMO DA SISTEMÁTICA DOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ........................... 78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  4 
 
1. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
 
a) Unidade – cada ente da federação deve possuir um único orçamento. 
 
b) Universalidade - A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas e 
despesas. Isto facilita o controle das mesmas pelos parlamentares. 
 
c) Orçamento Bruto – é o complemento do princípio da Universalidade. Por este 
princípio, as receitas e despesas serão demonstradas pelos seus valores totais, 
vedadas quaisquer deduções. 
 
d) Anualidade – o orçamento é elaborado e executado em um período de um ano. 
 
e) Exclusividade – de acordo com a CF/88 a Lei Orçamentária Anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a 
contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita 
orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis de créditos adicionais também 
devem observar esse princípio. 
 
f) Equilíbrio – a receita prevista deve ser igual à despesa fixada. 
 
g) Legalidade – princípio que norteia toda atividade da administração pública. A 
lei orçamentária é uma lei de efeitos concretos que passa por um processo 
legislativo para ser aprovada. 
 
h) Publicidade – as leis orçamentárias devem ser divulgadas pelos meios legais, 
visto que veiculam as origens e aplicações de recursos para a população. 
 
i) Especificação ou Especialização – por este princípio, a Lei de Orçamento não 
consignará dotações globais. As receitas e despesas devem ser aprovadas em 
parcelas discriminadas. Confere maior transparência ao processo orçamentário e 
facilita a padronização e consolidação das contas. 
 
j) Não-afetação – Artigo 167, IV e § 4º, CF/88: “É vedada a vinculação de receita 
de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação 
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimentodo ensino e para realização de atividades da administração 
tributária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;” 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  5 
“É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se 
referem os artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 
e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e 
para pagamento de débitos para com esta.” 
2. ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
2.1. Conceito/Tipos 
 
Orçamento público é a lei de iniciativa do Poder Executivo que estima a receita e fixa 
a despesa da administração pública. É elaborada em um exercício para depois de 
aprovada pelo Poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte. 
 
Registro da previsão da receita na LOA 
 
D – Receita a Realizar 
C – Previsão Inicial da Receita 
 
Registro da fixação da despesa na LOA/Créditos Adicionais 
 
D – Despesa Fixada (Crédito Inicial/Adicional) 
C – Crédito Disponível 
 
 
Previsão Receita 
Passivo Compensado 
Execução Despesa 
Execução Receita 
Ativo Compensado 
Fixação Despesa 
 
No Brasil, o Orçamento Público tem a natureza jurídica de lei formal (aprovado pelo 
Congresso Nacional). Não é lei material, pois não trata de conteúdos genéricos e 
abstratos, mas da fixação de despesas e previsão de receitas. Pelo mesmo motivo é 
considerado uma lei de efeitos concretos. Lei de meios = inventário de meios que o 
Estado utiliza para cumprir suas tarefas. A natureza jurídica do orçamento público não é 
assunto pacificado na doutrina. 
 
A competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento é concorrente entre a 
União, Estado e DF. Os municípios podem suplementar a legislação federal e a estadual 
no que couber. 
 
Orçamento Tradicional: Processo orçamentário em que apenas uma dimensão do 
orçamento é explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Também é conhecido como 
Orçamento Clássico. 
 
Sistema Orçamentário 
Sistema Orçamentário 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  6 
Orçamento Base-Zero: análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e 
não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os 
programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. 
 
Orçamento de Desempenho: processo orçamentário que se caracteriza por 
apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e um programa de 
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a ênfase reside no desempenho 
organizacional, sendo também conhecido como orçamento funcional. 
 
Orçamento Incremental: orçamento feito através de ajustes marginais nos seus 
itens de receita e despesa. 
 
Orçamento Programa: originalmente, sistema de planejamento, programação e 
orçamentação, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da década de 50, 
sob a denominação de PPBS (Planning Programning Budgeting System). Principais 
características: integração, planejamento, orçamento; quantificação de objetivos e 
fixação de metas; relações insumo-produto; alternativas programáticas; 
acompanhamento físico-financeiro; avaliação de resultados; e gerência por objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Brasil utiliza o Orçamento Programa, entretanto há uma polêmica doutrinária a 
respeito de quando o mesmo começou a vigorar: lei 4.320/64 ou DL 200/67. 
 
Orçamento Participativo: mecanismo governamental de democracia participativa 
que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos públicos. No Brasil 
é utilizado principalmente em prefeituras (BH, Aracaju, Porto Alegre). O governo federal 
não utiliza este tipo de técnica. 
 
2.2. LOA, LDO e PPA 
 
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, 
sob pena de crime de responsabilidade. 
Problema
Programa 
Ação 2 Ação 1 
Indicadores 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  7 
 
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso 
Nacional. Apesar de serem deliberados pelo Congresso, estes planos passam pelo 
Presidente da República para sanção ou veto (lei). 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre 
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
 
 
Diferenças entre PPA e LDO 
PPA DOM = Diretrizes, Objetivos e Metas 
LDO MP = Metas e Prioridades 
 
A LDO, assim como o PPA, foi introduzida no direito financeiro brasileiro pela 
Constituição Federal de 1988. 
 
De acordo com a LRF, a LDO disporá sobre: 
 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
 
b) critérios e forma de limitação de empenho; 
 
c) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos dos orçamentos; e 
 
d) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e 
privadas. 
 
Integrará também o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas 
Fiscais (AMF), em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da 
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
 
O AMF conterá, ainda: 
 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo 
que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três 
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os 
objetivos da política econômica nacional; 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  8 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a 
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
 
IV – avaliação da situaçãofinanceira e atuarial: 
 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo 
de Amparo ao Trabalhador (FAT); 
 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; e 
 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de 
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
Outro anexo que faz parte da LDO é o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados 
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, 
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
Anexo só da União => trata dos objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, 
bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e 
ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente. 
 
A lei orçamentária anual compreenderá: 
 
I - o orçamento fiscal (OF) referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público. 
 
II - o orçamento de investimento (OI) das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
 
III - o orçamento da seguridade social (OSS), abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
O Orçamento Fiscal e o Orçamento de Investimentos, compatibilizados com o 
PPA terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
 
É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual. 
 
O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do 
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
 
De acordo com a LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma 
compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as 
normas da LRF: 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  9 
 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do AMF da LDO; 
 
II – será acompanhado das medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; e 
 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido 
com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e 
eventos fiscais imprevistos. 
 
A LRF também estabelece que todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária 
ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. O 
refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de 
crédito adicional. Além disso, a atualização monetária do principal da dívida mobiliária 
refinanciada não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de 
diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica. 
 
De acordo com a CF/88, cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a 
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de 
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
 
Esta lei complementar ainda não foi editada e até sua publicação serão utilizados os 
prazos estabelecidos nos ADCT da CF/88. De acordo com o § 2º do artigo 35 dos 
ADCT: 
 
Documento Encaminhamento pelo Poder 
Executivo 
Devolução para Sanção 
LOA 4 meses antes término exercício financeiro (31 de agosto). 
Encerramento sessão legislativa 
(22 de dezembro). 
LDO 8 meses e meio antes término exercício financeiro (15 de abril). 
Encerramento do primeiro período 
da sessão legislativa (17 julho). 
PPA 4 meses antes término exercício financeiro (31 de agosto). 
Encerramento sessão legislativa 
(22 de dezembro). 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  10 
 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do governo federal e 
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) para um 
período de quatro anos. A LDO extrai do PPA as metas e prioridades (MP) para um ano 
e orienta a LOA na estimativa das receitas e na fixação despesas, autorizando a 
realização de gastos públicos. 
 
 
 
Críticas sobre a LDO => ser aprovada concomitante com a LOA encavalando o processo 
orçamentário. 
 
Críticas sobre a LOA => não trazer dotação para programas prioritários da LDO. 
Contingenciamento das dotações até o fim do ano = pouco tempo para os órgãos 
executarem a despesa = RP não processados. 
 
Críticas sobre o PPA => dificuldade na avaliação de resultados dos programas e 
inconsistências quanto à execução das metas físicas (produtos) das ações que integram 
os programas = deficiente planejamento e irregularidades no processo licitatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  11 
2.3. Ciclo Orçamentário 
 
O orçamento passa por um processo de Elaboração, Aprovação, Execução e Controle e 
Avaliação. 
 
 
Elaboração => proposta parcial unidade gestora => proposta setorial dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário consolidada no nível de ministério => elaboração do 
PLOA pela SOF (Secretaria de Orçamento Federal) do MPOG (órgão central do sistema 
de orçamento do governo federal) => Presidente da República (mensagem) => 
Congresso Nacional. 
 
Caso algum dos poderes ou o Ministério Público: 
 
9 Não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido => o 
Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária 
anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo 
com os limites estipulados na LDO. 
 
9 Encaminhe em desacordo com a LDO => o Poder Executivo faz os ajustes de 
acordo com a LDO. 
 
Caso o Executivo não envie no prazo a proposta da LOA => Congresso considerará 
como proposta a Lei Orçamentária atual = Crime de responsabilidade do Presidente da 
República. 
 
Aprovação => O PLOA é apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma 
do regimento comum. O projeto será examinado pela Comissão Mista de Planos, 
Orçamento Público e Fiscalização (CMO) a qual emitirá parecer sobre o mesmo. 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  12 
O PLOA pode sofrer emendas parlamentares. Estas emendas serão apresentadas na 
CMO, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental,pelo Plenário 
das duas Casas do Congresso Nacional. 
 
Entretanto, estas emendas sofrem restrições e somente podem ser aprovadas caso: 
 
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; 
ou 
III – sejam relacionadas: 
 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
O Presidente da República também pode alterar o projeto, mas deverá enviar 
mensagem ao Congresso Nacional para propor a modificação enquanto não iniciada a 
votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
Após a aprovação pelo Congresso, a LOA é enviada ao Presidente para sanção ou veto. 
Caso seja sancionada, a LOA é publicada. 
 
Se a LOA não for publicada no devido tempo => duodécimos e autorização prévia de 
despesas constitucionais ou legais na LDO. 
 
Após a aprovação são consignados créditos a todos os órgãos contemplados na LOA 
para que os mesmos executem seu orçamento através de diversos atos e fatos ligados 
à execução orçamentária da despesa e da receita. O controle e a avaliação se 
processam em rito próprio e compreendem a fiscalização pelos órgãos de controle e 
pela sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Propostas Setoriais dos 
Poderes 
De acordo com a 
LDO 
Caso não 
envie no 
prazo => 
projeto = 
LOA 
vigente 
Problemas na Aprovação => 
LDO duodécimos.
Apreciado pelas duas 
Casas do Congresso 
Nacional, na forma do 
regimento comum. 
CMO => exame e 
parecer.
Emendas Parlamentares => 
apresentadas na CMO (parecer). 
Apreciadas, na forma regimental, 
pelo Plenário das duas Casas do 
Congresso Nacional.
Presidente da República 
 
Publicação 
Distribuição das 
Dotações 
Orçamentárias 
Execução da 
despesa e receita. 
Fiscalização 
Órgãos de 
Controle e 
Sociedade
Controle e Avaliação 
SOF 
Consolidação, ajustes e 
elaboração do PLOA 
Presidente da República 
 
Competência Privativa 
Elaboração  Aprovação  Execução 
SIDOR – Sistema Integrado de Dotações Orçamentárias SIAFI – Sistema Integrado de 
Administração Financeira 
Mensagem com 
emendas, enquanto 
não iniciada votação na 
CMO, da parte 
proposta. 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  14 
 
 
A descentralização dos créditos orçamentários pode ocorrer da seguinte maneira: 
Dotação – montante de autorização previsto na LOA. Distribuído pelo Órgão Central do 
sistema de orçamento às unidades setoriais de orçamento. 
Provisão – descentralização interna de créditos. Unidades Gestoras de um mesmo 
órgão ou ministério. 
Destaque – descentralização externa de créditos. Unidades Gestoras de órgãos ou 
ministérios diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Descentralização de créditos orçamentários 
 
Unidade Concedente: 
 
D – Crédito Disponível 
C – Destaque ou Provisão Concedida 
 
Unidade de Destino 
 
D – Destaque ou Provisão Recebida 
C – Crédito Disponível 
 
A liberação dos créditos orçamentários ocorre de uma só vez, ao passo que os recursos 
financeiros são liberados à medida que a receita vai sendo arrecadada. 
LRF => até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser 
a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação 
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. 
 
Ministério X 
Unidade Orçamentária 
Ministério X 
Unidade Administrativa 
Ministério Y 
Unidade Orçamentária 
Ministério Y 
Unidade Administrativa 
Destaque (NC) 
Provisão (NC)  Provisão (NC) 
Dotação (ND)  Dotação (ND) MPOG/SOF
Destaque (NC) 
Sistema Orçamentário 
Sistema Orçamentário 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  15 
Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, 
do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de 
cada mês, em duodécimos. Este duodécimo não é o mesmo daquele previsto na LDO 
como forma de corrigir problemas na tramitação da LOA. 
A descentralização financeira pode ocorrer da seguinte maneira: 
 
Cota – corresponde à descentralização financeira do Órgão Central de Programação 
Financeira (STN) para os Órgãos Setoriais de Programação Financeira (OSPF). 
Corresponde à dotação. 
 
Repasse – é a movimentação externa das disponibilidades financeiras. Corresponde ao 
destaque. 
 
Sub-repasse – é a movimentação interna das disponibilidades financeiras. 
Corresponde à provisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4. Créditos Adicionais 
 
É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
Crédito adicional => autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente 
dotadas na lei orçamentária. Mecanismo retificador do orçamento. 
 
São classificados em suplementares, especiais e extraordinários. 
 
Ministério Y 
Unidade Administrativa 
Ministério X 
OSPF 
Ministério X 
Unidade Administrativa 
Ministério Y 
OSPF 
Repasse (PF) 
Sub‐repasse (PF) 
Cota (NS)  Cota (NS) STN
Repasse (PF) 
Adm Indireta 
Sub‐repasse (PF) 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 16
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação 
orçamentária que deva reforçar, enquanto que os créditos especiais e extraordinários 
conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas realizadas à conta dos 
mesmos, separadamente. 
 
Tipo Destinação Autorização Abertura 
Indicação 
de 
Recursos 
Vigência 
Suplementar Reforço de dotação orçamentária. Lei ou LOA. 
Decreto 
 Sim. 
Exercício Financeiro.
Especial 
Despesas para as quais 
não haja crédito 
orçamentário específico. 
Lei. 
Exercício Financeiro, 
salvo se o ato de 
autorização for 
promulgado nos 
últimos quatro 
meses daquele 
exercício, caso em 
que, reabertos nos 
limites de seus 
saldos, serão 
incorporados ao 
orçamento do 
exercício financeiro 
subseqüente. 
Extraordinário 
 
 
 
Despesas imprevisíveis e 
urgentes, como as 
decorrentes de guerra, 
comoção interna ou 
calamidade pública. 
Não necessita.Decreto (Medida 
Provisória na 
União ou Estados 
que possuam esta 
previsão). 
Não 
necessita. 
 
 
 
Fontes de Recurso para Abertura dos Créditos Especiais e Suplementares 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do ano anterior, resultante da 
diferença positiva entre o ativo e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos 
créditos adicionais reabertos e as operações de crédito a eles vinculadas. 
 
 
 
Os provenientes de excesso de arrecadação, ou seja, o saldo positivo das diferenças 
acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, 
a tendência do exercício, deduzindo os valores dos créditos extraordinários abertos. 
 
 
 
Os resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos 
adicionais autorizados em lei. 
O produto de operações de créditos autorizadas de forma que, juridicamente, possibilite 
o poder executivo realizá-las. 
Recursos objeto de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária que ficarem 
sem destinação podem ser utilizados como fonte hábil para abertura de créditos especiais 
e suplementares, mediante autorização legislativa. 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  17 
A reserva de contingência destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros 
riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, poderá ser utilizada para abertura de créditos 
adicionais, desde que autorizada na LDO. 
3. RECEITA 
 
3.1. Conceitos/Classificação 
 
De acordo com o enfoque, a receita é classificada em: 
 
Patrimonial – são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob 
a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que 
resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte 
dos proprietários da entidade. 
 
Orçamentária – são todos os ingressos disponíveis para cobertura das 
despesas orçamentárias e operações que, mesmo não havendo ingresso de 
recursos, financiam despesas orçamentárias. 
 
Impacto no Orçamento 
Receita Orçamentária Arrecadada pelo ente, independente de previsão (lei 4.320/64). Exemplo: multas. 
Ingresso Extra-Orçamentário 
Valores de terceiros que estão sob a 
guarda do ente. É um conceito diferente 
de receita extra-orçamentária. Exemplos: 
caução e depósitos. 
Receita Extra-orçamentária 
Provoca aumento no patrimônio líquido, 
independente da execução orçamentária. 
Exemplo: inscrição da dívida ativa. 
 
 
a) Quanto à entidade que apropria a receita: Receita Pública e Receita Privada. 
 
b) Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial: 
22 
Receita Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento do seu reconhecimento, 
aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Fato contábil modificativo 
aumentativo. 
 
Arrecadação da Receita Efetiva (Tributos) 
 
D – Ativo (Bancos) 
C – Receita Efetiva (Tributos) 
 
 
Sistema Financeiro 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  18 
 
D – Receita Realizada 
C – Receita a Realizar 
 
D – DDR – A Utilizar 
C – Disponibilidade de Recursos 
 
DDR = Disponibilidade por Destinação de Recurso. 
 
Geralmente associamos as receitas efetivas com as receitas correntes, mas há receitas 
de capital efetivas, como as transferências de capital recebidas. 
 
Receita Orçamentária Não-Efetiva – aquela que não altera a situação líquida 
patrimonial no momento do seu reconhecimento. Fato permutativo. 
 
Arrecadação da Receita não-Efetiva (alienação de bens) 
 
D – Ativo (Bancos) 
C – Receita de Capital (Alienação de Bens) 
 
D – Mutação Passiva 
C – Ativo Permanente (Bem) 
 
D – Receita Realizada 
C – Receita a Realizar 
 
D – DDR – A Utilizar 
C – Disponibilidade de Recursos 
 
Geralmente associamos as receitas não-efetivas com as receitas de capital, mas há 
receitas correntes não-efetivas, como as decorrentes do recebimento da dívida ativa. 
 
c) Quanto à coercitividade: 
 
Derivadas – derivam do poder extroverso ou de império do Estado. Exemplo: 
impostos. 
 
Originárias – o Estado não utiliza seu poder de império e se encontra no mesmo nível 
que o particular. Exemplo: venda e alienação de bens. 
 
d) Quanto à regularidade: 
 
Ordinárias – obtidas regularmente. Exemplo: tributárias. 
 
Extraordinárias – obtidas excepcionalmente. Exemplo: alienação de bens. 
 
 
Sistema Orçamentário 
Sistema Compensado 
Sistema Patrimonial 
Sistema Financeiro 
Sistema Orçamentário 
Sistema Compensado 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  19 
 
Codificação Orçamentária da Receita segundo sua natureza 
 
 
 
Codificação da Natureza da Receita 
CATástrofe!! A ORIGEM das ESPÉCIEs é um RUBRo negro ALegre e SUBmisso 
 
Esse código busca classificar a receita identificando a origem do recurso segundo 
seu fato gerador. 
 
A categoria econômica tem a função de mensurar o impacto das decisões do governo 
na economia nacional. São categorias econômicas da Receita: 
1 – Receitas Correntes 
2 – Receitas de Capital 
7 – Receitas Correntes Intra-Orçamentárias 
8 – Receitas de Capital Intra-Orçamentárias 
 
As Receitas Correntes Intra-orçamentárias e as Receitas de Capital Intra-orçamentárias 
não constituem novas categorias econômicas de receita, mas especificações das 
categorias econômicas corrente e capital. Elas visam a evitar a dupla contagem dos 
gastos por ocasião das operações intra-orçamentárias. 
 
Receitas Correntes => receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, 
agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando 
destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes. 
 
Receitas de Capital => provenientes da realização de recursos financeiros oriundos 
de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender 
despesas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento 
corrente. 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  20 
 
O Superávit do Orçamento Corrente => receita de capital extra-orçamentária. 
 
No segundo nível encontramos a Origem, que tem por objetivo identificar a origem das 
receitas no momento em que elas ingressam no patrimônio público: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receitas Correntes 
TRICOPAIS transferências outras 
 
Receitas de Capital 
OPALIAMOR transferências outras 
 
3.2. Etapas da Receita Orçamentária 
 
As etapas da receitaorçamentária seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos 
econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no país e a 
tecnologia utilizada. 
1 – Tributárias 
2 – Contribuições 
3 – Patrimoniais 
4 – Agropecuárias 
5 – Industriais 
6 – Serviços 
7 – Transferências 
9 – Outras 
1 – Receitas Correntes 
1 – Operações de Crédito 
2 – Alienação de bens 
3 – Amortização de Empréstimos 
4 – Transferência 
5 – Outras 
2 – Receitas de Capital 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  21 
 
São etapas da receita orçamentária, de acordo com o Manual de Receita Nacional: 
 
 
 
Planejamento 
 
Projeção da Receita = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de 
quantidade) x (efeito legislação). 
 
Execução (LAR) 
 
Lançamento – é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o 
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a 
aplicação da penalidade cabível. Existem algumas receitas que não percorrem esta fase. 
 
Arrecadação – é a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores, aos agentes 
arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. 
 
Recolhimento – é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do 
Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação 
financeira, observando-se o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle 
centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  22 
 
Controle e Avaliação 
 
Esta fase compreende a fiscalização realizada pela própria administração, pelos órgãos 
de controle e pela sociedade. 
 
O controle e a avaliação possuem cronologia própria, pois podem ocorrer de modo 
prévio, concomitante ou posterior às etapas de planejamento e execução. 
 
3.3. Reconhecimento da Receita Orçamentária 
 
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim como qualquer outro ramo da ciência 
contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se 
o princípio da competência em sua integralidade, ou seja, tanto na receita 
quanto na despesa. 
 
A receita, ou receita patrimonial, é reconhecida no momento da ocorrência do fato 
gerador. A receita orçamentária é reconhecida na arrecadação. 
 
Fato gerador = Receita Patrimonial (Exemplo: inscrição Dívida Ativa) 
 
D – Ativo (caderninho) 
C – Variação Ativa Extra-Orçamentária 
 
Arrecadação = Receita Orçamentária (Exemplo: recebimento Dívida Ativa) 
 
D – Ativo (Caixa) 
C – Receita Orçamentária Não-Efetiva 
 
D – Mutação Passiva 
C – Ativo (caderninho) 
 
 
 
Não são receitas 
Superávit Financeiro 
Cancelamento de Restos a Pagar 
 
3.4. Destinação de Recursos 
 
Destinação de Recursos é o processo pelo qual os recursos públicos são correlacionados 
a uma aplicação, desde a previsão da receita até a efetiva utilização dos recursos 
(execução da despesa). 
 
Sistema Patrimonial 
Sistema Patrimonial 
Sistema Financeiro 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  23 
Destinação Vinculada – é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de 
recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. 
 
Destinação Ordinária – é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação 
de recursos, para atender a quaisquer finalidades. 
 
Derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos – 
recursos obtidos com finalidade específica. 
 
Por ocasião do recolhimento a receita é classificada por sua Natureza para 
identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador. E também é identificada a 
destinação dos recursos arrecadados. Na fixação da despesa é a mesma coisa, 
deve-se incluir, na estrutura orçamentária, a Fonte de Recursos que irá financiá-la. 
Dessa maneira, a Destinação de Recursos interliga todo o processo orçamentário-
financeiro. 
 
O controle das disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser 
feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução. É possível determinar a 
disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para 
finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas. 
 
 
Codificação para controle das DR 
Dígito Nome Objetivos Tabela 
1º IDUSO (Identificador de Uso) 
Identifica se os recursos se destinam 
à contrapartida nacional e, nesse 
caso, indicar a que tipo de 
operações – empréstimos, doações 
ou outras aplicações. 
0 – Recursos não destinados à contrapartida. 
1 – Contrapartida – BIRD. 
2 – Contrapartida – BID; 
3 – Contrapartida de empréstimos com enfoque 
setorial amplo. 
4 – Contrapartida de outros empréstimos. 
5 – Contrapartida de doações. 
2º Grupo de Destinação de Recursos 
Divide os recursos em originários do 
Tesouro ou de Outras Fontes e 
fornece a indicação sobre o exercício 
em que foram arrecadadas, se 
corrente ou anterior. 
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício 
Corrente 
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios 
Anteriores 
9 – Recursos Condicionados 
3º e 4º Especificação das DR 
É o código que individualiza cada 
destinação. Possui a parte mais 
significativa da classificação, sendo 
complementado pela informação do 
IDUSO e Grupo Fonte. Deve ser 
criada em função das 
particularidades de cada ente da 
federação e adaptada de acordo com 
as necessidades informativas ou de 
inovações na legislação. 
I – PRIMÁRIAS 
ESPECIFICAÇÃO 
00 – Recursos Ordinários 
XX – A ser especificado pelo Ente 
 
II – NÃO-PRIMÁRIAS 
ESPECIFICAÇÃO 
XX – A ser especificado pelo Ente 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  24 
5º em 
diante Detalhamento 
É o maior nível de particularização 
da Destinação de Recursos, não 
utilizado na elaboração do 
orçamento e de uso facultativo na 
execução orçamentária. 
A ser especificado pelo Ente. 
 
 
Lançamentos sobre Destinação de Recursos 
 
Na liquidação da despesa deverá ser registrada a transferência da disponibilidade a 
utilizar para a comprometida, e na saída desse recurso deve ser adotado procedimento 
semelhante, com o registro de baixa do saldo da conta de destinação comprometida e 
lançamento na de destinação utilizada. 
 
9 O registro da DR se inicia na arrecadação no sistema compensado. 
9 A classificação da DR é no recolhimento. 
9 A DR integra todo o processo, desde a previsão da receita atéa execução da 
despesa. 
 
Ao término do exercício, a conta Disponibilidade por Destinação de Recursos Utilizada 
deverá iniciar cada exercício com seu saldo zero. 
 
D – Disponibilidade de Recursos 
C – DDR – Utilizada 
 
 
 
 
 
Para ajudar => a DDR aparece na arrecadação, é comprometida na liquidação e usada 
no pagamento. 
 
Sistema Compensado 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 25
 
3.5. Transferência de Recursos Intergovernamentais 
 
Não se confundem com as transferências intra-orçamentárias, que se realizam dentro 
do mesmo ente. 
 
Transferências Intergovernamentais 
Tipo Ente 
Transferidor 
Ente Recebedor 
Voluntárias Despesa 
O reconhecimento da receita no ente 
recebedor é somente no ingresso dos 
recursos financeiros. Não há o ativo 
patrimonial. 
Constitucionais e 
legais – previsão no 
orçamento de arrecadar 
somente os recursos 
destinados ao próprio 
ente transferidor. 
Dedução de 
Receita 
Há o reconhecimento de um ativo 
patrimonial por ocasião da arrecadação 
no ente transferidor. Receita tributária 
ou de transferência, de acordo com a 
legislação em vigor. 
 
Constitucionais e 
legais – previsão no 
orçamento de arrecadar 
todos os recursos. 
Despesa 
Consórcios Públicos 
Despesa 
(Modalidade 
Aplicação 71) 
Receita Orçamentária. 
 
3.6. Deduções da Receita Orçamentária 
 
Restituição de Receitas 
Receitas recebidas em qualquer exercício Dedução da Receita. 
Rendas Extintas Dedução até onde a receita agüenta, depois = despesa. 
Convênios e Contratos (restituição no 
mesmo exercício) 
Dedução de receita até o limite das 
transferências recebidas. Caso ultrapasse 
= despesa. 
Convênios e Contratos (restituição em 
outro exercício) Despesa orçamentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  26 
 
3.7. Dívida Ativa 
 
A Dívida Ativa são os créditos a favor da Fazenda Pública, exigíveis pelo transcurso do 
prazo para pagamento, inscritos em registro próprio, após apurada a sua liquidez e 
certeza. É classificada em Tributária e Não Tributária. 
 
Feita a inscrição e esgotadas as oportunidades, mediante cobrança amigável, para a 
quitação administrativa do débito, será proposta ação de cobrança judicial, instruída 
com a Certidão de Dívida Ativa – CDA extraída do Termo de Inscrição. 
 
A presunção de certeza e liquidez é relativa, pois admite prova ao contrário. A inscrição 
é ato de controle administrativo de legalidade e faculta ao Ente Público, representado 
pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. 
 
Em respeito ao princípio da prudência, o ente deve constituir uma provisão para ajuste 
da dívida, de caráter redutora do ativo. Este procedimento é para garantir que os 
créditos a receber seja uma expressão correta dos recebimentos futuros. 
 
Os valores inscritos compreendem o principal, a atualização monetária, os juros, a 
multa e outros encargos legais. 
 
O crédito é reconhecido no órgão de origem e constitui fato contábil modificativo 
aumentativo extra-orçamentário. Ao se confirmar a inadimplência ocorre a transferência 
de um ativo a receber para um ativo inadimplente. Isto acontece dentro do órgão de 
origem e constitui um fato permutativo dentro do ativo. 
 
O órgão de origem encaminha a dívida para inscrição no órgão responsável por apurar 
a certeza e liquidez do crédito. Na União esse órgão é a PGFN ou PGF (autarquias). É 
obrigatório dissociar a inscrição da origem. 
 
A inscrição representa um fato contábil modificativo aumentativo extra-orçamentário no 
órgão responsável pela inscrição e um fato contábil modificativo diminutivo extra-
orçamentário no órgão de origem. Isto não afeta o balanço do Ente, pois se trata de 
transferência de créditos dentro do mesmo Ente. 
 
A dívida ativa é receita orçamentária não-efetiva do exercício em que foi recebida e é 
classificada como Outras Receitas Correntes. 
 
O cancelamento é fato contábil modificativo diminutivo extra-orçamentário, pois há a 
baixa do ativo. 
 
Registro Global – não há o acompanhamento da fase de encaminhamento dos créditos. 
O reconhecimento é feito na inscrição. 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 27
Contabilização da Dívida Ativa (Registro Individualizado) 
Fase Órgão Origem Órgão Inscrição 
Reconhecimento 
do Ativo 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Ativo (Créditos a Receber) 
C – Variação Ativa (Créditos a Receber) 
Não há lançamentos. 
Confirmação 
Inadimplemento 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Ativo (Créditos a Encaminhar para 
Inscrição em DA) 
C – Ativo (Créditos a Receber) 
Não há lançamentos. 
Encaminhamento 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Ativo (Créditos Encaminhados para 
Inscrição em DA) 
C – Ativo (Créditos a Encaminhar para 
Inscrição em DA) 
Sistema de Compensação: 
 
D – Ativo Compensado (Créditos a 
Inscrever em DA) 
C – Passivo Compensado (Créditos 
da DA) 
 
 
Inscrição 
 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Variação Passiva (Créditos Inscritos 
em DA) 
C – Ativo (Créditos Encaminhados para 
Inscrição em DA) 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Ativo (Créditos Inscritos em DA) 
C – Variação Ativa (Créditos Inscritos 
em DA) 
 
Sistema de Compensação: 
 
D – Ativo Compensado (Créditos 
Inscritos em DA) 
C – Ativo Compensado (Créditos a 
Inscrever em DA) 
 
Recebimento Não há lançamentos. 
 
Sistema Financeiro: 
 
D – Bancos 
C – Receita Corrente 
 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Mutação Passiva 
C – Ativo (Créditos Inscritos em DA) 
 
Sistema Orçamentário: 
 
D – Receita Realizada 
C – Receita a Realizar 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cancelamento Não há lançamentos. 
Sistema Patrimonial: 
 
D – Variação Passiva (Créditos 
Inscritos em DA) 
C – Ativo (Créditos Inscritos em DA) 
Órgão Responsável pela Inscrição
Créditos 
Encaminhados
Inscrição 
↑ VA extra‐orçamentária 
Fato Modificativo Aumentativo 
Órgão de Origem 
Reconhecimento do Crédito 
↑ Ativo e VA extra‐orçamentária 
Fato Modificativo Aumentativo 
Confirmação da Inadimplência 
Fato Permutativo 
Mudança de um crédito a receber para 
um crédito inadimplente 
Créditos a encaminhar para inscrição 
em Dívida Ativa 
Inscrição 
↑ VP extra‐orçamentária 
Fato Modificativo Diminutivo 
Não afeta 
balanço do 
Ente 
Recebimento 
Fato Permutativo 
Receita orçamentária não‐efetiva 
Outras Receitas Correntes 
Cancelamento 
Fato Modificativo Diminutivo 
Baixa do direito 
Procedimento de Registro IndividualizadoA l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  29 
 
4. DESPESA 
 
4.1. Conceitos/Classificação 
 
Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a 
forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incremento em passivos, que 
resultem em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de 
distribuição aos proprietários da entidade. 
 
a) Quanto à entidade: Despesa Pública e Despesa Privada. 
 
b) Quanto à dependência da execução orçamentária 
 
Resultante da execução orçamentária – aquela que depende de autorização 
orçamentária para acontecer. Exemplo: despesa com salário, despesa com serviço, etc. 
 
Independente da execução orçamentária – aquela que independe de autorização 
orçamentária para acontecer. Exemplo: constituição de provisão, despesa com 
depreciação, etc. 
 
Os dispêndios extra-orçamentários não são despesas, mas apenas desembolsos dos 
ingressos extra-orçamentários. Os dispêndios extra-orçamentários são registrados na 
devolução desse numerário aos terceiros, tendo em vista que esse recurso não 
pertence ao ente. 
 
 
Ingressos extra-orçamentários 
Fato Permutativo 
 Dispêndios extra-orçamentários 
Fato Permutativo 
 Ativo – 100 
 Passivo – 100 
 Ativo – 100 
 Passivo – 100 
 
 
c) Quanto ao impacto da situação líquida 
 
Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz 
a situação líquida patrimonial da entidade. Fato contábil modificativo diminutivo. 
 
 
 
 
Devolução 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  30 
 
Liquidação da Despesa Efetiva (Salários) 
 
D – Despesa Orçamentária Efetiva 
C – Salários a pagar 
 
D – Crédito Empenhado a Liquidar 
C – Crédito Empenhado Liquidado 
 
D – DDR – Comprometida 
C – DDR – A Utilizar 
 
Geralmente associamos as Despesas Orçamentárias Efetivas com as Despesas 
Correntes, mas há Despesas de Capital Efetivas como as Transferências de Capital. 
 
Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, 
não reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Fato permutativo. 
 
Liquidação da Despesa não-Efetiva (compra de bens) 
 
D – Despesa Orçamentária Não-Efetiva 
C – Fornecedores 
 
D – Ativo Permanente (bem) 
C – Mutação Ativa 
 
D – Crédito Empenhado a Liquidar 
C – Crédito Empenhado Liquidado 
 
D – DDR – Comprometida 
C – DDR – A Utilizar 
 
Geralmente associamos as Despesas Orçamentárias não-Efetivas com as Despesas de 
Capital, mas há Despesas Correntes não-Efetivas como as decorrentes da aquisição de 
materiais para estoque e a despesa com adiantamento. 
 
Classificação por Esfera/Institucional/ Funcional/ Programática 
 
 
Esfera Orçamentária Código 
Fiscal 10 
Seguridade Social 20 
Investimentos 30 
 
 
A classificação institucional visa a identificar em qual órgão e unidade orçamentária 
foi aplicado determinado recurso. 
Sistema Financeiro 
Sistema Orçamentário 
Sistema Compensado 
Sistema Patrimonial 
Sistema Financeiro 
Sistema Orçamentário 
Sistema Compensado 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  31 
 
 
 
Órgão Unidade 
Orçamentária 
 
Não necessariamente uma Unidade Orçamentária é uma unidade administrativa, como, 
por exemplo, a Unidade Orçamentária “Transferências a Estados, Distrito Federal e 
Municípios”. Um órgão é o agrupamento de diversas unidades. 
 
A classificação funcional serve como agregador dos gastos públicos e indica em que 
área a despesa será empregada. Padronizada para todos os entes, diferentemente dos 
programas, em que cada ente pode criar os seus. 
 
 
 
Função Subfunção 
 
Função => maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao 
setor público executar. Relacionada à missão institucional do órgão e geralmente é 
ligada a um ministério, por exemplo: Saúde e Defesa. 
 
Subfunção => nível de agregação imediatamente inferior à função. Pode ser ligada a 
qualquer função, com exceção da função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções 
típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. 
 
A programação de um órgão então corresponde, em geral, a uma função somente e 
diversas subfunções, aglutinando ações em torno da primeira. 
 
A função “Encargos Especiais” está ligada a programas do tipo “Operações Especiais” e 
constarão apenas da LOA e não do PPA. 
 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos 
objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – PPA. Programa é 
o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de 
ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, 
mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou 
ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. 
 
A classificação programática obedece à seguinte estrutura: 
 
 
Programa Ação Subtítulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 32
 
São tipos de programas: 
 
Programas Finalísticos: resultam em bens ou serviços ofertados diretamente à 
sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração. 
 
Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais (PAPPAE): são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de 
políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, 
resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto 
inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. 
 
A ação é o instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa. 
 
Tipos de Ação 
Primeiro Dígito Tipo Definição 
1,3,5 ou 7 Projeto 
É um instrumento de programação utilizado para 
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações, limitadas no tempo, das 
quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de 
Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de 
bancos de leite humano”. 
2, 4, 6 ou 8 Atividade 
É um instrumento de programação utilizado para 
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações que se realizam de modo 
contínuo e permanente, das quais resulta um 
produto ou serviço necessário à manutenção da ação 
de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento 
das Operadoras de Planos e Seguros Privados de 
Assistência à Saúde”. 
0 Operação Especial 
Despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, 
das quais não resulta um produto, e não gera 
contraprestação direta sob a forma de bens ou 
serviços.O subtítulo ou localizador do gasto identifica onde o recurso está sendo empregado, se 
em âmbito nacional, regional ou no exterior. Por exemplo, se a programação tem um 
subtítulo 0001, quer dizer que esta ação é executada em âmbito nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  33 
 
4.2. Natureza da Despesa Orçamentária 
 
Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no 
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de 
aplicação. 
 
A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de: 
 
I – categoria econômica; 
II – grupo de natureza da despesa; e 
III – elemento de despesa. 
 
Natureza de despesa => complementada com a Modalidade de Aplicação. 
 
 
 
 
 
Natureza de Despesa 
C.G.MM.EE.DD 
 
 
São categorias econômicas da despesa: 
 
Despesas Correntes => não contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital. 
 
Despesas de Capital => contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de 
um bem de capital. 
 
Grupo de Natureza da Despesa => agregador de elementos de despesa com as 
mesmas características quanto ao objeto de gasto. 
 
Logo, dentro das Categorias Correntes e de Capital, temos o Grupo, que pode ser assim 
detalhado: 
 
 
 
 
 
 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
 
3 – Outras Despesas Correntes 
3 – Despesas Correntes 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Despesas Correntes 
O PESSOAL JURa que são OUTRAS
 
 
Despesas de Capital 
INVESTE para INVERTER a AMORTIZAÇÃO 
 
Há ainda o Grupo 9 – Reserva de Contingências que compreende o volume de recursos 
destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos 
fiscais imprevistos. A reserva de contingência não é despesa corrente nem de capital, 
mas obedece a uma classificação própria: “9.9.99.99.99” 
 
Modalidade de Aplicação => indica se os recursos são aplicados diretamente por 
órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da 
Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a 
eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. 
 
Elemento de Despesa => identifica o objeto do gasto. Exemplo: material de 
consumo. 
 
Há ainda um desdobramento facultativo que vem logo após o elemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – Investimentos 
 
5 – Inversões Financeiras 
 
6 – Amortização da Dívida 
4 – Despesas de Capital 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  35 
 
4.3. Classificação Econômica da lei 4.320/64 
 
 
Investimentos => dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as 
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, 
bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, 
equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de 
empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. 
 
Inversões Financeiras => dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens 
de capital já em utilização; de títulos representativos do capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não 
importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades 
Classificação da Despesa pela lei 4.320/64 
DESPESAS 
CORRENTES 
Despesas de Custeio 
 
Pessoal Civil 
Pessoal Militar 
Material de Consumo 
Serviços de Terceiros 
Encargos Diversos 
Transferências Correntes 
 
Subvenções Sociais 
Subvenções Econômicas 
Inativos 
Pensionistas 
Salário Família e Abono Familiar 
Juros da Dívida Pública 
Contribuições de Previdência Social 
Diversas Transferências Correntes 
DESPESAS DE 
CAPITAL 
 
 
Investimentos 
 
Obras Públicas 
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações 
Material Permanente 
Participação em Constituição ou Aumento de 
Capital de Empresas ou Entidades Industriais 
ou Agrícolas 
Inversões Financeiras 
 
Aquisição de Imóveis 
Participação em Constituição ou Aumento de 
Capital de Empresas ou Entidades Comerciais 
ou Financeiras 
Aquisição de Títulos Representativos de 
Capital de Empresa em Funcionamento 
Constituição de Fundos Rotativos 
Concessão de Empréstimos 
Diversas Inversões Financeiras 
Transferências de Capital 
 
Amortização da Dívida Pública 
Auxílios para Obras Públicas 
Auxílios para Equipamentos e Instalações 
Auxílios para Inversões Financeiras 
Outras Contribuições. 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  36 
ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive 
operações bancárias ou de seguros. 
 
Despesas de Custeio => dotações para manutenção de serviços anteriormente 
criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens 
imóveis. 
 
Subvenções => as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das 
entidades beneficiadas, distinguindo-se como: 
 
I – subvenções sociais – as que se destinem a instituições públicas ou privadas de 
caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; e 
 
II – subvenções econômicas – as que se destinem a empresas públicas ou privadas 
de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
 
4.4. Etapas da Despesa Orçamentária 
 
São etapas da despesa orçamentária, de acordo com o Manual de Despesa Nacional: 
 
 
 
Planejamento 
 
Fixação da despesa orçamentária, descentralização/movimentação de créditos, 
programação orçamentária e financeira e processo de licitação. 
 
Execução (ELP) 
 
Empenho – é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado 
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. A função do 
empenho é deduzir seu valor da dotação adequada, por força do compromisso 
assumido. O pagamento ocorre somente após o implemento de condição (liquidação). 
 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  37 
Empenho da Despesa 
 
D – Crédito Disponível 
C – Crédito Empenhado a Liquidar 
 
Não existe a realização da despesa sem prévio empenho e o empenho da despesa não 
poderá exceder o limite dos créditos concedidos. O que pode ser dispensada em casos 
excepcionaisé a emissão da nota de empenho (NE). 
 
Classificação dos Empenhos 
Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente 
determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. 
Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se 
pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e 
energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros. 
Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor 
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos 
decorrentes de aluguéis. 
 
Liquidação – consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade 
beneficiaria, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo 
crédito ou da habilitação ao benefício. Esta verificação tem por fim apurar: 
 
a) a origem e o objeto do que se deve pagar; 
b) a importância exata a pagar; e 
c) a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 
 
As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base: 
 
a) O contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
b) A nota de empenho; e 
c) Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos serviços. 
 
Lançamentos relativos à liquidação => vide despesa efetiva e não-efetiva. 
 
Pagamento – é a entrega do numerário ao credor. A ordem de pagamento é o 
despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada 
seja paga. O pagamento só pode ocorrer após regular liquidação. 
 
Pagamento da Despesa 
 
D – Fornecedores 
C – Bancos 
 
D – Valores Liquidados a Pagar 
C – Valores Liquidados Pagos 
 
Sistema Orçamentário 
Sistema Financeiro 
Sistema Orçamentário 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  38 
 
 
D – DDR – Utilizada 
C – DDR – Comprometida 
 
 
 
 
Controle e Avaliação 
 
Esta fase compreende a fiscalização realizada pelos órgãos de controle e pela 
sociedade. 
 
4.5. Momento do Reconhecimento da Despesa 
 
A despesa, ou despesa patrimonial, deve ser reconhecida no momento da ocorrência do 
fato gerador, independente de pagamento. A despesa orçamentária deve ser 
reconhecida no empenho (4.320/64) ou na liquidação (STN). 
 
 
 
 
 
 
 Enfoque Patrimonial Enfoque Orçamentário 
Despesa Fato gerador Liquidação (STN) Empenho (4.320) 
Receita Fato gerador Arrecadação 
Sistema Compensado 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  39 
 
Momento Exemplo Características 
Fato gerador = Liquidação Despesas com Serviços 
É a situação que normalmente 
ocorre. Vide despesa efetiva e 
não-efetiva. 
Fato gerador antes da Liquidação 
= reconhecimento da despesa 
sem dotação. 
Provisão 13º salário 
Registro mensal da obrigação 
em contrapartida com uma 
Variação Passiva. A liquidação 
ocorre ao término do exercício 
com a transferência do passivo 
patrimonial para o financeiro. 
 
Apropriação mensal 
 
D – Variação Passiva 
C – Passivo (caderninho) 
 
Término do Exercício (liquidação) 
 
D – Despesa Orçamentária não-efetiva 
C – Passivo a pagar 
 
D – Passivo (caderninho) 
C – Variação Ativa Orçamentária 
 
Fato gerador após a Liquidação Assinatura de Revistas 
Na liquidação é reconhecido um 
direito no Sistema Patrimonial. 
No reconhecimento da despesa 
há a baixa proporcional do meu 
direito em contrapartida com 
uma Variação Passiva. 
Liquidação e Reconhecimento do Direito 
 
D – Despesa Orçamentária 
C – Passivo 
 
D – Ativo (assinatura de revista a apropriar) 
C – Variação Ativa Orçamentária 
 
Reconhecimento da Despesa (proporcional) 
 
D – Variação Passiva Extra-Orçamentária 
C – Ativo (assinatura de revista a apropriar) 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Patrimonial 
Sistema Financeiro 
Sistema Patrimonial 
Sistema Financeiro 
Sistema Patrimonial 
Sistema Patrimonial 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  40 
 
Anulação de despesas 
No exercício Reverte à dotação 
Exercício posterior Receita orçamentária 
 
4.6. Restos a Pagar/ Despesas de Exercícios Anteriores 
 
Restos a Pagar são as despesas empenhadas e não pagas em 31/12. São classificados 
em processados e não-processados, caso a despesa tenha sido ou não liquidada, 
respectivamente. 
 
Os restos a pagar não processados são válidos até 31/12 do ano seguinte ao da 
emissão do empenho quando são cancelados. Após esta data, caso o credor venha a 
reclamar seu direito terá o prazo prescricional de cinco anos. A despesa neste caso 
corre à conta de despesas de exercícios anteriores. 
Os restos a pagar processados têm validade de cinco anos após a inscrição e não 
podem ser cancelados em 31/12 do ano seguinte ao da emissão do empenho, sob 
ofensa ao princípio da moralidade e acusação de enriquecimento ilícito da 
administração pública. O pagamento nesse caso é mero desembolso financeiro e não 
corre à conta de despesas de exercícios anteriores. 
A norma que regulamenta o assunto é o decreto 93.872/86, logo, outro decreto pode 
alterar seus comandos, inclusive postergando a validade dos restos a pagar não-
processados. Exemplo: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7057.htm. 
A inscrição da despesa em restos a pagar não processados não obedece ao princípio da 
competência, pois há o registro da despesa sem o respectivo fato gerador. 
De acordo com o Decreto 93.872/86, artigo 35, o empenho de despesa não liquidada 
será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 
 
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele 
estabelecida; 
 
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da 
despesa, ou seja, de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação 
assumida pelo credor; 
 
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; e 
 
IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
 
 
 
 
 
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2
CURSO ON-LINE – ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS E CONTABILIDADE PÚBLICA – TEORIA E 
EXERCÍCIOS ANALISTA DE CONTROLE INTERNO E ANALISTA DE ORÇAMENTO MPU 
PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 
Prof. Igor N Oliveira www.pontodosconcursos.com.br  41 
 
Pagamento de RP referente à despesa empenhada por estimativa 
Valor real > valor inscrito Despesa de exercícios anteriores 
Valor real < valor inscrito Saldo cancelado 
 
 
 
 
Despesas de Exercícios Anteriores => despesas de exercícios encerrados, para as quais 
o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-
las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com 
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do 
exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada 
no orçamento, discriminada