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Sintese do colesterol Colesterol é um álcool policíclico de cadeia longa, usualmente considerado um esteroide, encontrado nas membranas celulares e transportado no plasma sanguíneo de todos os animais. É um componente essencial das membranas celulares dos mamíferos. O colesterol é o principal esterol sintetizado pelos animais, mas pequenas quantidades são também sintetizadas por outros eucariotas, como plantas e fungos. Não existe colesterol em nenhum produto de origem vegetal. Plantas apresentam um tipo de composto similar chamado de fitosterol. A maior parte do colesterol presente no corpo é sintetizada pelo próprio organismo, sendo apenas uma pequena parte adquirida pela dieta. Portanto, ao contrário de como se pensava antigamente, o nível de colesterol no sangue não aumenta se não ingerido quantidades adicionais de colesterol através da dieta (a menos, claro, que haja um distúrbio genético). O colesterol é mais abundante nos tecidos que mais sintetizam ou têm membranas densamente agrupadas em maior número, como o fígado, medula espinhal, cérebro e placas ateromatosas (nas artérias). O colesterol tem um papel central em muitos processos bioquímicos, mas é mais conhecido pela associação existente entre doenças cardiovasculares e as diversas lipoproteínas que o transportam, e os altos níveis de colesterol no sangue (hipercolesterolemia). Síntese e ingestão O colesterol é necessário para o funcionamento normal da membrana plasmática de células de mamíferos, sendo sintetizado no retículo endoplasmático das células ou derivado da dieta, sendo que na segunda fonte é transportado pela via sangüínea pelas lipoproteínas de baixa densidade e é incorporado pelas células através de endocitose mediada por receptores em fossas cobertas de clatrina na membrana plasmática, e então hidrolizados em lisossomas. O colesterol é sintetizado primariamente da acetil CoA através da cascata da HMG-CoA redutase em diversas células e tecidos. Cerca de 20 a 25% da produção total diária (~1 g/dia) ocorre no fígado; outros locais de maior taxa de síntese incluem os intestinos, glândulas adrenais e órgãos reprodutivos. Em uma pessoa de cerca de 68 kg, a quantidade total de colesterol é de 35 g, a produção interna típica diária é de cerca de 1 g e a ingesta é de 200 a 300 mg. Do colesterol liberado ao intestino com a produção de bile, 92-97% é reabsorvido e reciclado via circulação entero-hepática. Etapas principais da síntese do colesterol: A acetil-CoA se converte em mevalonato: a ingestão de ácidos graxos saturados da cadeia longa produz hipercolesterolemia. O mevalonato após reações sucessivas se transforma em lanosterol. O lanosterol se converte em colesterol após 21 etapas adicionais. Esse esteróide é sintetizado pelo fígado. Através de um processo homeostático quanto maior for a ingestão de colesterol, menor será a quantidade sintetizada pelo fígado. Além disto, o colesterol ingerido em quantidades excessivas não consegue ser eliminado em forma de ácidos biliares e o mecanismo de excreção se torna insuficiente. Regulação Entre os genes transcritos estão o receptor LDL e o HMG-CoA redutase. O primeiro procura por LDL circulante na corrente sanguínea, ao passo que o HMG-CoA redutase leva a uma produção endógena aumentada de colesterol. A quantidade média de colesterol no sangue varia com a idade, tipicamente aumentando gradualmente até a pessoa chegar aos sessenta anos de idade. Parece haver variações sazonais nos níveis de colesterol em humanos, aumentando, em média, no inverno.5 Excreção O colesterol é excretado do fígado na bile e é reabsorvido nos intestinos. Dentro de certas circunstâncias, quando está mais concentrado, como na vesícula biliar, ele se cristaliza e é um dos principais constituintes da maioria das pedras na vesícula biliar, embora possam ser formadas, menos freqüentemente, pedras de lecitina e bilirrubina na vesícula biliar As gorduras do sangue - os lipídios - são compostos principalmente pelo Colesterol, o HDL Colesterol (chamado de o bom colesterol), o LDL Colesterol (chamado de o mau colesterol) e os Triglicerídios. A Associação Médica Americana insiste em que os níveis de colesterol normais se situem abaixo de 200 mg % e que o HDL Colesterol esteja acima de 35 mg %. A Tabela do Massachusetts General Hospital de Boston adota como níveis normais, para as diferentes idades, a tabela abaixo: Colesterol total Menos de 29 anos abaixo de 200 mg % de 30 até 39 anos abaixo de 225 mg % de 40 até 49 anos abaixo de 245 mg % acima de 50 anos abaixo de 265 mg % Para o HDL Colesterol dão como valores normais Homens de 30 a 70 mg % Mulheres de 30 a 90 mg % Para o LDL Colesterol homens e mulheres 50 a 190 mg % Os riscos de doença cardiovascular relacionados aos índices dos níveis de Lipídios no sangue, formulados pela AAM Americana são: Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 34 mg %. Se não houver outros fatores de risco, a chance de doença cardiovascular é relativamente pequena. Essa pessoa deve repetir os exames a cada 5 anos e deverá seguir as recomendações para prevenir as doenças cardiovasculares. Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol menor do que 35 mg %. Primeiro, deve verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico sobre qual a conduta a seguir. Segundo, controlar os outros fatores de risco e terceiro, aumentar a sua atividade física. Colesterol entre 200 e 239 mg % e HDL Colesterol acima de 34 mg % e menos do que dois fatores de risco. Essa situação pode duplicar as chances de ter doença cardiovascular. Os incluídos nesse grupo devem primeiro corrigir os outros fatores de risco; segundo, controlar o colesterol a cada dois anos e terceiro, basicamente, procurar modificar a sua dieta e aumentar sua atividade física. Nem todas as pessoas que têm esses níveis estão realmente ameaçadas de doença cardiovascular. Fale com o seu médico a respeito disso. Colesterol total de 200 a 239 mg %, HDL Colesterol menor do que 35 mg % e mais do que dois fatores de risco. Nesse caso a pessoa pode ter uma chance dobrada de doença cardiovascular assim como as pessoas com menos de 200 mg %. Deverá verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico, que o orientará sobre os controles e as medidas a seguir. Também deverá controlar os outros fatores de risco, corrigir a dieta e aumentar a atividade física. Colesterol acima de 240 mg %. O risco de doença cardiovascular é grande e maior ainda, se tiver outros fatores de risco. Deverá verificar o LDL Colesterol e mostrar ao seu médico que vai interpretar os exames. O seu médico irá orientá-lo para reduzir esse e os outros fatores de risco. O termo médico para colesterol e triglicerídeos altos no sangue é distúrbio lipídico. Esse distúrbio acontece quando você tem excesso de substâncias gordurosas no sangue. Essas substâncias incluem o colesterol e os triglicerídeos. Foto: ADAM Produtores de colesterol O colesteral é um material ceroso como gordura encontrado em todas as partes do corpo. Ele vem de duas fontes: nosso fígado o produz e o consumimos na carne e em produtos lácteos que ingerimos. Nomes alternativos Distúrbio lipídico; hiperlipoproteinemia; hiperlipidemia; dislipidemia; hipercolesterolemia Causas, incidência e fatores de risco O distúrbio lipídico aumenta o risco deaterosclerose e, portanto, de doença cardíaca, AVC, hipertensão e outros problemas. Existem muitos tipos de colesterol. Os mais discutidos são: Colesteroltotal — todos os colesteróis combinados Colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) — frequentemente chamado de colesterol "bom" Colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) — frequentemente chamado de colesterol "ruim" Existem vários distúrbios genéticos (transmitidos pela família) que levam a níveis anormais de colesterol e triglicerídeos. Eles incluem: Hiperlipidemia combinada familiar Disbetalipoproteinemia familiar Hipercolesterolemia familiar Hipertrigliceridemia familiar Os níveis anormais de colesterol e triglicerídeos podem ser causados por: Estar acima do peso ou obeso. Consulte: Síndrome metabólica Alguns medicamentos, incluindo contraceptivos orais, estrógeno, corticoides, alguns diuréticos, bloqueadores beta e certos antidepressivos Doenças como diabetes, hipotireoidismo, síndrome de Cushing, síndrome de ovário policístico e doença renal Uso excessivo de álcool Dietas gordurosas ricas em gorduras saturadas (encontradas principalmente na carne vermelha, nas gemas de ovos e nos laticínios gordurosos) e ácidos graxos trans (encontrados em alimentos processados comerciais) Falta de exercício e estilo de vida sedentário Fumo (que reduz o colesterol "bom" HDL) Foto: ADAM Doença das artérias coronárias As artérias coronárias fornecem sangue ao músculo cardíaco. O suprimento de sangue através dessas artérias é crucial para o coração. A doença das artérias coronárias normalmente resulta do acúmulo de material adiposo e placas, uma condição chamada aterosclerose. Conforme as artérias coronárias estreitam, o fluxo de sangue ao coração pode ficar mais lento ou parar, causando dor no peito (angina estável), falta de ar, ataque cardíaco ou outros sintomas. Exames e testes Consulte Perfil de risco coronário para obter mais informações sobre quando fazer exames. Os exames para diagnosticar um distúrbio lipídico podem incluir: Exame de HDL e LDL Análise de lipoproteina-a Exame de colesterol total Exame de triglicerídeos Fatores de risco Como as heranças patrimoniais, a genética não prima pela imparcialidade. Tive um doente de 64 anos que ingeria uma dúzia de ovos cozidos todos os dias, desde os 18 anos, e tinha colesterol total sempre abaixo de 150. Outros não podem sequer olhar para um vidro de maionese. Os genes que herdamos de nossos antepassados trazem com eles fatores de risco variáveis para doença cardiovascular. De acordo com o National Cholesterol Education Program, os principais fatores de risco são: 1) IDADE – Homens: 45 anos – Mulheres: Depois da menopausa 2) FUMO 3) HIPERTENSÃO: Mesmo quando tratada 4) DIABETES 5) HISTÓRIA DE DOENÇA CARDIOVASCULAR EM PARENTES DE PRIMEIRO GRAU: Doenças instaladas em parentes masculinos antes dos 55 anos de idade ou em parentes femininos com menos de 65 anos. 6) NÍVEIS DE HDL ABAIXO DE 35 MG POR DL: Pela tabela, um homem aos 50 anos, cujo pai teve infarto do miocárdio aos 53 anos, tem dois fatores de risco: idade e parentesco. Se ele for fumante e tiver HDL = 30, passa para quatro fatores e dobra o risco, embora possa considerar-se gozando de saúde perfeita. Para manter adequados os níveis de colesterol e reduzir o risco de ataques cardíacos ou de outras enfermidades circulatórias, há duas medidas universais: controle do peso corpóreo e prática de atividade física. Quando estas falham, os médicos aconselham reduzir a quantidade de gordura na alimentação e, eventualmente, prescrevem medicamentos. A tabela abaixo estabelece a estratégia para indicar restrição de gordura na dieta e o momento em que o tratamento medicamentoso deve ser introduzido: A combinação dos fatores com a tabela mostra que não há valores fixos para orientar o controle do colesterol. Um homem de 50 anos (ou mulher na menopausa), com colesterol total = 220 e LDL = 140, não precisa restringir gordura na dieta nem tomar medicamentos, desde que não tenha outro fator de risco. Se for fumante, por exemplo, terá dois fatores de risco e cairá na faixa dos que necessitam de restrições dietéticas. Se for portador de doença cardiovascular, o mesmo homem de 50 anos (ou mulher na menopausa) irá para o grupo dos que devem tomar remédio. Tratamento O tratamento depende da idade, do histórico de saúde, de fumar ou não e de outros fatores de risco para doença cardíaca, como: Diabetes Hipertensão mal controlada Histórico familiar de doença cardíaca Os valores recomendados para adultos diferem de acordo com os fatores de risco acima, mas de modo geral: LDL: 70 a 130 mg/dL (números menores são ideais) HDL: mais de 40 a 60 mg/dL (números maiores são ideais) Colesterol total: menos de 200 mg/dL (números menores são ideias) Triglicerídeos: 10 a 150 mg/dL (números menores são ideias) Existem medidas que todos podem tomar para melhorar os níveis de colesterol e ajudar a evitar doenças cardíacas e ataque cardíaco. Estas são as mais importantes: Faça uma dieta saudável para o coração, com abundância em frutas e verduras ricas em fibra. Evite gorduras saturadas (encontradas principalmente em produtos animais) e ácidos graxos trans (encontrados em fast foods e produtos assados comercialmente). Em vez disso, escolha gorduras insaturadas Faça exercícios regularmente para ajudar a aumentar o seu HDL (colesterol "bom") Faça check-ups e exames de colesterol periodicamente Emagreça se estiver acima do peso Pare de fumar Se as mudanças no estilo de vida não alterarem suficientemente seus níveis de colesterol, seu médico poderá receitar medicamentos. Existem vários tipos de medicamentos disponíveis para ajudar a diminuir os níveis de colesterol no sangue, e eles atuam de maneiras distintas. Alguns são melhores para diminuir o colesterol LDL, alguns são bons para reduzir os triglicerídeos e outros ajudam a aumentar o colesterol HDL. Os medicamentos mais usados e mais eficazes no tratamento de colesterol LDL alto são chamados de estatinas. Seu médico poderá escolher um destes: lovastatina, pravastatina, sinvastatina, fluvastatina, atorvastatina e rosuvastatina. Outros medicamentos que podem ser utilizados incluem resinas sequestradoras de ácidos biliares, inibidores da absorção do colesterol, fibratos e ácido nicotínico (niacina). Evolução (prognóstico) Se for diagnosticado com colesterol alto, você provavelmente precisará manter as mudanças no estilo de vida e o tratamento farmacológico por toda a sua vida. Pode ser necessário o monitoramento periódico dos seus níveis de colesterol no sangue. Reduzir os níveis altos de colesterol diminuirá a progressão da aterosclerose. Complicações As possíveis complicações do colesterol alto abrangem: Aterosclerose Doença das artérias coronárias Derrame Ataque cardíaco ou morte As possíveis complicações dos triglicerídeos altos abrangem: Pancreatite Ligando para seu médico Se você tem colesterol alto e outros fatores de risco para doença cardíaca, marque consultas conforme recomendado por seu médico. Prevenção Os exames de colesterol e triglicerídeos são importantes para identificar e tratar níveis anormais. A U.S. Preventive Service Task Force (Força Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA) recomenda que os homens a partir de 35 anos e as mulheres a partir de 45 anos devem verificar seus níveis de colesterol. Para ajudar a prevenir o colesterol alto: Tenha uma dieta balanceada e pobre em gorduras Mantenha um peso saudável Faça exercícios regularmente Referências Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment ofHigh Blood Cholesterol in Adults. Executive summary of the third report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) expert panel on detection, evaluation, and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III).JAMA. 2001;285:2486-2497. Updated 2004. U.S. Preventive Services Task Force. Screening for lipid disorders in adults: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. Rockville (MD): Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ); 2008 Jun. U.S. Preventive Services Task Force. Screening for Lipid Disorders in Children. US Preventive Services;Task Force recommendation statement. Pediatrics. 2007;120(1):e215- 9. Daniels SR, Greer FR; Committee on Nutrition. Lipid screening and cardiovascular health in childhood.Pediatrics. 2008;122(1):198-208. Semenkovich CF. Disorders of lipid metabolism. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier; 2007:chap 217. Atualizado em 20/5/2011, por: David C. Dugdale, III, MD, Professor of Medicine, Division of General Medicine, Department of Medicine, University of Washington School of Medicine. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, A.D.A.M., Inc http:// http://pt.wikipedia.org/wiki/Colesterol fevereiro 2014
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