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TrabalhoSocialcomasFamilias 01

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
 
1 OS VALORES NA FAMÍLIA 
1.1 A FAMÍLIA E A REDE DE RELAÇÃO SOCIAL 
1.2 O TRABALHO COM A FAMÍLIA EM VULNERABILIDADE SOCIAL 
1.3 A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESTADO 
 
 
MÓDULO II 
 
2 AS CONFIGURAÇÕES DA FAMÍLIA E AS TRANSFORMAÇÕES DA 
CONTEMPORANEIDADE 
2.1 DIFERENTES OLHARES SOBRE A FAMÍLIA 
2.2 FAMÍLIA BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE 
2.3 FAMÍLIA E O SERVIÇO SOCIAL 
2.4 SERVIÇO SOCIAL E O PROCESSO DE TRABALHO COM AS FAMÍLIAS 
 
 
MÓDULO III 
 
3 OS PRINCÍPIOS DE DIREITO DA FAMÍLIA 
3.1 PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
3.2 PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR 
3.3 DO PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA 
3.4 PRINCÍPIO DA IGUALDADE NAS RELAÇÕES FAMILIARES 
3.5 PRINCÍPIO DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR 
3.6 PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
 
MÓDULO IV 
 
4 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E A FAMÍLIA 
4.1 A PNAS E SUA DIRETRIZ RELATIVA À FAMÍLIA 
4.2 DA CONCEITUAÇÃO AO CONHECIMENTO DA FAMÍLIA 
4.3 MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR: DA NOMEAÇÃO À OPERACIONALIDADE 
NA PRÁTICA PROFISSIONAL 
4.4 SUAS: DESAFIO DA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL COM AS FAMÍLIAS 
 
 
MÓDULO V 
 
5 O PAIF 
5.1 O CONCEITO DE TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO ÂMBITO DO PAIF 
5.2 AÇÕES QUE COMPÕE O PAIF 
5.2.1 Acolhida 
5.2.2 Oficinas com Famílias 
5.2.3 Ações Comunitárias 
5.2.4 Ações Particularizadas 
5.2.5 Encaminhamentos 
5.2.6 Recomendações Gerais para a Implementação das Ações do PAIF 
5.3 ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO ÁS FAMÍLIAS NO ÂMBITO DO PAIF 
5.3.1 Atendimento Familiar 
5.3.2 Acompanhamento Familiar 
5.4 DIRETRIZES PARA ORGANIZAÇÃO GERENCIAL DO TRABALHO SOCIAL 
COM FAMÍLIAS DO PAIF 
5.4.1 Direção 
5.4.2 Planejamento 
5.4.3 Organização 
5.4.4 Monitoramento 
5.4.5 Avaliação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
5.5 SUGESTÕES DE ABORDAGENS METODOLÓGICAS DE TRABALHO SOCIAL 
COM FAMÍLIAS NO ÂMBITO DO PAIF 
5.5.1 Pedagogia Problematizadora 
5.5.2 Pesquisa – Ação 
5.5.3 Considerações Finais sobre Diretrizes Teórico-metodológicas do Trabalho do 
PAIF 
5.6 DIRETRIZES TEÓRICO-METODOLÓGICAS DO TRABALHO SOCIAL COM 
FAMÍLIAS NO ÂMBITO DO PAIF 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 OS VALORES NA FAMÍLIA 
 
 
"A família é a primeira escola das virtudes sociais de que a sociedade tem 
necessidade" (CNBB, 2004, p. 116). Frente a essa realidade a família traz em si 
inúmeros valores essenciais que por nada podem ser ofuscados, tolhidos ou 
menosprezados, pois a família não é somente lugar de crescimento pessoal, afetos 
e transmissão de cultura entre as gerações, mas sim uma comunidade de amor, o 
lugar do direito e do princípio do cuidado, da solidariedade, da partilha, da amizade, 
do companheirismo e do respeito e unidade. 
A família é imagem de Deus do qual tem sua origem, seu modelo perfeito, 
motivação e fim último na comunhão de amor das três pessoas. E ao tornar-se pais, 
os esposos recebem de Deus o dom de uma nova responsabilidade. O seu amor 
paternal é chamado a tornar-se para os filhos o sinal visível do próprio amor de 
Deus, pois, "É de Deus qual deriva toda a paternidade no céu e na terra" (JOÃO 
PAULO II, 2007, p. 14). 
Tendo em vista que Deus constituiu o matrimônio princípio fundamental da 
sociedade, a família tornou-se a célula primeira e vital da mesma. É da família que 
saem os cidadãos e também é no seio da família que se encontra a primeira escola 
das virtudes sociais; conhecidas como a alma da sociedade. 
A família foi sempre considerada como a primeira e fundamental expressão 
da natureza social do homem. "A família delineia-se, no desígnio do Criador, como 
lugar primário da "humanização" da pessoa, da sociedade, do berço da vida e do 
amor" (JOÃO PAULO II, 1988, p. 40). 
A família é o lugar e ao mesmo tempo o instrumento mais eficaz de 
humanização e de personificação da sociedade. Não obstante, em nossos tempos é 
possível constatarmos uma sociedade cada vez mais despersonificada, desumana e 
desumanizante. Observamos, por exemplo, o crescimento da violência de forma 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
assustadora, a miséria, a fome, as drogas, a pornografia e tantas outras desordens 
que ferem a essência da família. 
Segundo o compêndio de doutrina social "A família, comunidade natural 
contribui de modo único e insubstituível para o bem da sociedade. Ela é a primeira 
sociedade humana, tendo em vista que ela é uma comunhão de pessoas" (CDSI, 
2004, p. 213). 
A família deve estar em conexão íntima com a sociedade, e esta em 
resposta a sua participação não deve deixar de lado o seu dever de respeitar e 
promover a família tendo em vista que ela constitui um valor indispensável e 
irrenunciável, possui direitos próprios, inalienáveis, que jamais podem ser 
rechaçados. Assim afirma a exortação apostólica: 
 
As autoridades públicas devem fazer o possível por assegurar todas 
aquelas ajudas econômicas, sociais, educativas, políticas, culturais de que 
têm necessidade para fazer frente, de modo humano, a todas as suas 
responsabilidades (JOÃO PAULO II, 2007, p. 45). 
 
A família é o lugar natural onde o amor, que é o valor essencial e a mais 
profunda exigência humana, se realiza e se expande; amor mútuo do homem e da 
mulher; amor de ambos pelos filhos, que são a síntese viva deles mesmos e a 
garantia de sua prolongação e sobrevivência no tempo; amor dos filhos aos pais e 
dos irmãos entre si. 
Quando a família falha nessa função, os reflexos dessa falência podem 
traumatizar profundamente os seus membros e dar origem a desajustes psíquicos 
que repercutem em toda a sua vida, mesmo profissional e pública. 
A família não é criação humana, nem do estado, nem da Igreja. É 
constituição ligada à natureza do homem e da mulher, para o bem e a felicidade 
pessoal, da sociedade e da Igreja. "Pois que o Criador de todas as coisas constituiu 
o matrimônio princípio e fundamento da sociedade humana" (PAULO VI, 1965, 
p.11). 
Em suma, as famílias cristãs devem assumir sua vocação, devem ser 
verdadeiras igrejas domésticas tratando das realidades temporais ordenando-as 
segundo Deus. Pois, são chamadas por graça a uma aliança com seu criador; 
devem, pois, oferecer-lhe uma resposta de fé e amor. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
Podemos considerar a família como um espaço sagrado, é o teto que nos dá 
abrigo, onde nascemos, saciamos a fome, damos o primeiro passo, a primeira 
palavra, onde crescemos, vivemos, criamos valores, aprendemos a nos relacionar, a 
compartilhar todas as coisas, a aceitar o outro como é, a amar, enfim até a hora de 
morrermos dignamente. Não há outro lugar mais nobre para o ser humano 
desenvolver-se integralmente. 
Mas paraque a família seja de fato o santuário da vida, é preciso escolher e 
experimentar os valores fundamentais que a sustentam, tais como o amor, a 
fidelidade, o respeito, a humildade, a espiritualidade, a fé e a oração. 
A família é o primeiro espaço onde cada indivíduo se insere e o qual ajuda 
na promoção de o ser pessoa. É nesse contexto que ele se consciencializa dos seus 
papéis primários e onde se inicia o processo de socialização primária, que o leva à 
articulação com a comunidade. 
É no seio familiar que se faz a transmissão de valores, costumes e tradições 
entre gerações. Na educação constitui maior relevância aquilo que o indivíduo é e 
não aquilo que ele é capaz de fazer. 
Desde sempre, a família acaba por surgir como um lugar onde se aprende a 
viver, ser e estar, e onde se começa o processo de consciencialização dos valores 
sociais inerentes à sociedade e sem os quais esta não consegue subsistir. É neste 
ambiente que o indivíduo aprende a respeitar os outros e a colaborar com eles. 
A família surge com direitos e deveres. Esses deveres estão consagrados na 
Constituição da República Portuguesa e nos valores sociais e morais respectivos à 
sociedade. Os pais dão vida aos filhos, a partir daí cabe a eles dar-lhes o apoio de 
que necessitam, a educação e as condições necessárias para o seu crescimento 
saudável. 
A família tem um papel educativo essencial, dela vai depender a definição do 
quadro de referência primário para a prática educativa. No entanto, o 
desenvolvimento contínuo da função parental está longe de ser linear e positiva. 
Existem períodos de concordância que resultam em desenvolvimento para 
todas, mas também surgem momentos de desacordo que põem a família frente à 
educação com um profundo mal-estar. 
O meio familiar exerce uma das mais importantes influências no 
desenvolvimento das capacidades cognitivas e na estruturação das características 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
afetivas dos filhos. No entanto, a educação familiar não deve entoar só os efeitos do 
desenvolvimento dos filhos. A família deve ser considerada um ecossistema da 
educação. 
A família é a instituição mais privilegiada da educação, pois é no seu meio 
natural que o homem nasce e existe e onde se desperta como pessoa. Exerce 
enorme influência tanto na integração escolar quanto no desenvolvimento dos filhos. 
 
 
1.1 A FAMÍLIA E A REDE DE RELAÇÃO SOCIAL 
 
 
A rede de relação social é composta por pessoas ou organizações, 
conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos 
comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua 
abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não 
hierárquicos. 
O homem, como ser social estabelece sua primeira rede de relação no 
momento em que vem ao mundo. A interação com a família lhe confere o 
aprendizado e a socialização, que vão se estendendo para outras redes sociais. 
É por meio da convivência com grupos e pessoas que se moldarão muitas 
das características pessoais determinantes da sua identidade social. Surgem neste 
contexto o reconhecimento e a influência dos grupos como elementos decisivos para 
a manutenção do sentimento de pertinência e de valorização pessoal. 
Todo indivíduo carece de aceitação e é por meio da vida em grupo que ele 
irá externar e suprir esta necessidade. Os vínculos estabelecidos tornam-se 
intencionais, definidos por afinidades e interesses comuns. O grupo então passa a 
influenciar comportamentos e atitudes funcionando como ponto em uma rede de 
referência composta por outros grupos, pessoas ou instituições, cada qual com uma 
função específica na vida da pessoa. 
A família representa um grupo social primário, nos quais as relações entre 
os indivíduos são pautadas no sentimento, que por sua vez criam vínculos. Estão 
ligados a descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral 
comum, matrimônio ou adoção, nesse sentido o termo confunde-se com clã. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
A família é unida por múltiplos laços que costumam compartilhar do mesmo 
sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. 
A noção de família remete a relacionamento entre pessoas, que não 
necessariamente compartilham o mesmo domicílio e os mesmos laços sanguíneos 
ou de parentesco. Essa ampliação da ideia clássica desse agrupamento humano 
parece claramente assumida na literatura, nos marcos legais e no discurso cotidiano 
das pessoas. Contudo, talvez ainda não esteja suficientemente incorporada nas 
ações institucionais. 
As famílias podem assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste 
num homem, numa mulher e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num 
ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de 
adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário. 
Há também famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, 
tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos 
sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças 
por uma só pessoa. 
A família ampliada ou consanguínea é outra estrutura, que consiste na 
família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das 
relações entre pais e filhos para avós, pais e netos. 
Para além destas estruturas, existem também as denominadas de 
alternativas, sendo elas as famílias comunitárias e as famílias homossexuais. Nas 
famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total 
responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, 
o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças de responsabilidade de todos 
os membros adultos. 
Nas famílias homossexuais existe uma ligação conjugal ou marital, por 
contrato entre duas pessoas do mesmo sexo, que adotaram crianças ou um ou 
ambos os parceiros têm filhos biológicos de casamentos heterossexuais. 
Quanto ao tipo de relações pessoais que se apresentam numa família, 
referimos três tipos de relação. São elas, a de aliança (casal), a de filiação (pais e 
filhos) e a de consanguinidade (irmãos). É nesta relação de parentesco, de pessoas 
que se vinculam pelo casamento e/ ou por uniões sexuais, que se geram os filhos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
O conceito de família, ao ser abordado, evoca obrigatoriamente, os 
conceitos de papéis e funções, como se tem verificado. Em todas as famílias, 
independentemente da sociedade, cada membro ocupa determinada posição ou tem 
determinado estatuto, como por exemplo, marido, mulher, filho ou irmão, sendo 
orientados por papéis. 
As famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou 
renunciam funções de proteção e socialização dos seus membros, como resposta às 
necessidades da sociedade pertencente. 
Nessa perspectiva, as funções da família regem-se por dois objetivos, sendo 
um de nível interno, como a proteção psicossocial dos membros, e o outro de nível 
externo, como a acomodação a uma cultura e sua transmissão. A família deve 
responder às mudanças externas e internas de modo a atender às novas 
circunstâncias sem, no entanto, perder a continuidade proporcional. 
 A família tem também, um papel essencial para com a criança, que é o da 
afetividade, tal como já foi referido. A sua importância é primordial, pois considera o 
alimento afetivo tão imprescindível quanto os nutrientes orgânicos. Sem o afeto de 
um adulto, o ser humano enquanto criança não desenvolve a sua capacidade de 
confiar e de se relacionar com o outro. 
As famílias de camadas populares, que são organizadas em rede 
(participação de outros parentes e de pessoas dacomunidade no convívio e em prol 
da sobrevivência) e que têm como foco o sistema de obrigações, diferenciam-se das 
de camadas médias, que se organizam em núcleos centrados no parentesco. Esse 
conhecimento é relativamente difundido. 
Diante disso, uma das questões que se impõe é a de compreender como 
essa organização da família em rede poderia ser oficialmente assumida pelas 
instituições – sem necessariamente passar pela legalização do vínculo ou da 
responsabilidade, como é geralmente exigido pelo sistema judiciário – com vistas a 
contribuir para o fortalecimento de certas estratégias de sobrevivência dessa 
população e da própria prevalência da convivência familiar e comunitária. 
Nesse aspecto, podemos entender que pais, sobretudo mães, criam vínculos 
mais estáveis com algumas pessoas de sua rede de relações primárias, com as 
quais estabelecem trocas recíprocas, para favorecer tanto o cuidado e a proteção de 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
seus filhos quanto à possibilidade de inserção social, aspectos classicamente 
assumidos como funções básicas da família. 
Contudo, para se pensar a influência das redes de relações primárias no 
processo de inclusão social ou de novo enraizamento social (GUEIROS, 2007, p.47), 
se faz necessário examinar as particularidades de cada família em termos de tempo 
e espaço sociais, principalmente no que se refere à sua configuração e organização, 
ao seu percurso transgeracional e à sua localização territorial. 
 
 
1.2 O TRABALHO COM A FAMÍLIA EM VULNERABILIDADE SOCIAL 
 
 
A Política Nacional de Assistência Social apresenta a matricialidade 
sociofamiliar como um dos tópicos relativos ao “Conceito e à Base de Organização 
do Sistema Único de Assistência Social”. A implicação disso é a necessidade de se 
conhecer, em profundidade, as famílias às quais estão direcionadas as ações, pois 
pela própria multiplicidade de configurações, formas de convivência – diretamente 
relacionadas às suas condições sociais, crenças e hábitos culturais – e por 
constituírem espaço de contradições e conflitos, tais famílias apresentam 
significativas diferenças entre si, mesmo fazendo parte de um mesmo segmento 
social. 
Identificar no que as famílias se igualam e no que elas se diferenciam parece 
ser um dos primeiros desafios que se apresenta para os serviços cuja 
responsabilidade é a de implementação de políticas sociais, por meio da 
estruturação de ações que possam ser efetivas e eficazes para determinada 
população. 
É necessário um compromisso do profissional no sentido de atender as 
famílias dentro de suas especificidades, fazendo da prática cotidiana uma prática de 
natureza investigativa, subsidiando a implementação e a avaliação de políticas 
sociais que sejam adequadas à realidade. 
Tendo sempre presente a importância de coletivamente mobilizarem-se 
forças em prol do enfrentamento das causas estruturais da pauperização, no 
planejamento e na execução de um trabalho social, há de se direcionarem esforços 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
para a articulação entre bens e serviços públicos como forma de assegurar os 
direitos individuais e sociais à família. 
Desse modo, torna-se imprescindível a organização da rede de serviços do 
território, que inclui o constante diálogo entre as diferentes organizações, na 
perspectiva de evitar descontinuidades, lacunas ou sobreposições de ações. Uma 
eficiente organização da rede de serviços pode proporcionar o atendimento em 
tempo hábil às necessidades apresentadas pela família. 
A prática tem mostrado que, em prol da efetividade e eficácia do trabalho 
social, certas demandas precisam ser respondidas com a maior brevidade possível, 
inclusive porque disso depende o não agravamento da questão em foco. Se esse 
aspecto não for considerado, o que emergiu como sendo de média complexidade 
pode se transformar em situação de alta complexidade e, por conseguinte, exigir 
mais tempo e recursos para seu equacionamento, além de ocasionar maior 
sofrimento e até danos à pessoa ou à família. 
Na prática com a população de segmentos populares é possível constatar 
que outro desdobramento da não efetividade das ações é a descrença nos serviços 
oferecidos, o que pode repercutir negativamente na forma como a família participa 
da proposta do trabalho e no próprio sentimento de “ter direito a direitos”. 
Nesse sentido, cabe indagar a devida contextualização das questões 
apresentadas pela família, bem como do caminho que ela já percorreu na tentativa 
de ver suas demandas atendidas, de modo a evitar sua culpabilização ou 
responsabilização, sobretudo nos casos em que o envolvimento do usuário naquele 
dado projeto não esteja atendendo ao inicialmente planejado. 
O rigor na análise da situação apresentada pela família e de seu percurso de 
vida permite a compreensão desse núcleo para além do tempo presente e das 
demandas emergenciais e pode favorecer a formulação de programas eficazes. 
Assim sendo, a identificação, a valorização e a potencialização das 
capacidades ou competências dos sujeitos, se realizada de forma que eles se 
sintam partícipes desse processo, podem, com o devido apoio técnico e acesso às 
políticas públicas de proteção social, contribuir para a emancipação da família e, 
consequentemente, para o equacionamento de suas adversidades cotidianas. 
Uma análise cuidadosa das questões apresentadas por indivíduos e famílias 
pode evitar também julgamentos precipitados sobre seus modos de vida. É 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
interessante que se indague, por exemplo, quais são os motivos que levam uma 
mulher-mãe a buscar, de forma repetitiva, novos parceiros. Seria essa uma tentativa 
de obter proteção em territórios cuja violência é muito grande? Ou seria também 
uma forma de conquistar, por meio da troca afetiva, algum fortalecimento para 
enfrentar as agruras de seu dia a dia? 
Será que o homem continua ocupando, nesse segmento social, o papel de 
principal mediador entre a família e o meio social imediato? Presumimos que o 
exame dessa e de outras questões pode contribuir para que o profissional efetive 
ações concernentes às demandas da população usuária daquele dado programa ou 
serviço. 
Um trabalho que abarque esse processo conjunto com a família deve estar 
diretamente associado às necessidades apresentadas por ela, mas, de regra, é 
importante que se realizem, além de sua inclusão em políticas de proteção social, 
diferentes modalidades de atendimento, algumas de caráter individualizado e outras 
de caráter coletivo. 
Esse cuidado é necessário porque um indivíduo, ou uma família, pode 
melhor se expressar em uma determinada modalidade do que em outra e, assim, 
ampliam-se as possibilidades de identificação de suas questões e de suas 
potencialidades. 
A atenção individualizada visa abordar as questões que são singulares 
àquela família, sobretudo as relativas às vicissitudes de seu percurso de vida, ao 
convívio de seus vários membros e ao processo socioeducacional de crianças e 
adolescentes. 
Os procedimentos de caráter coletivo envolvem diversas famílias e têm o 
objetivo de trabalhar as particularidades daquele conjunto de sujeitos e de estimular 
a articulação entre eles, inclusive em prol da reivindicação de seus direitos sociais. 
Desse modo, o trabalho social com famílias, abarca procedimentos relativos 
à rede de bens e serviços do território e atenção individualizada e coletiva à 
população usuária, realizados de forma regular e frequente. 
 
O SUAS, cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, constitui-
se na regulação e organização em todo o território nacional das ações 
socioassistenciais. Os serviços, programas, projetose benefícios têm como 
foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o 
território como base de organização, que passam a ser definidos pelas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
funções que desempenham, pelo número de pessoas que deles necessitam 
e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, gestão compartilhada, 
cofinanciamento da política pelas três esferas de governo e definição clara 
das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil e estes têm 
o papel efetivo na sua implantação e implementação (PNAS, 2004, p. 32-
33). 
 
Anteriormente ao SUAS a lógica era a pobreza, já na era SUAS a lógica são 
as condições de vulnerabilidade e risco social em que se encontra os cidadãos. O 
SUAS tem o objetivo de identificar os problemas sociais na ponta do processo, focar 
as necessidades de cada município e ampliar com eficiência os recursos financeiros 
e a cobertura social. 
Assim como também tem por direção o desenvolvimento humano, os direitos 
de cidadania e o dever de garantir seguranças como: acolhida, renda, convívio 
familiar e comunitário, desenvolvimento da autonomia e sobrevivência, por meio da 
hierarquização de serviços que visam reverter as situações de vulnerabilidade e 
risco social vivenciadas pelas famílias. 
Deve contemplar igualmente a interdisciplinaridade e intersetorialidade 
(articulação das políticas de saúde, educação, assistência e habitação, entre outras) 
e zelar pela permanência a médio e longo prazo dos programas e serviços 
oferecidos, posto que as famílias já vivem múltiplas instabilidades (de trabalho, de 
domicílio, da rede de suas relações sociais primárias, por exemplo) e não podem ser 
submetidas também a projetos que não se constituam em políticas de longo alcance, 
em termos dos recursos necessários e de um tempo viável ao processo de 
autonomia e de emancipação da família. 
Nessa perspectiva, um aspecto que pode e deve ser contemplado é a 
reflexão, e redefinição se for o caso, de conceitos que orientem os gestores e 
profissionais no planejamento e execução do trabalho, com vistas a implementar as 
premissas conceituais e legais das questões em foco, fazer a devida articulação das 
condições vividas pela população com as relações sociais mais amplas e a defesa 
intransigente da garantia dos direitos fundamentais dos sujeitos em prol de sua 
autonomia e cidadania. 
 
 
1.3 A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESTADO 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
 
O surgimento do Estado, contemporâneo ao nascimento da família moderna 
como espaço privado e lugar dos afetos, não significou apenas uma separação de 
esferas. Significou também o estabelecimento de uma relação entre eles, até hoje 
conflituosa e contraditória. 
De acordo com Mioto (2004, p. 45), a relação família e Estado é conflituosa 
desde o princípio, por estar menos relacionada aos indivíduos e mais à disputa do 
controle sobre o comportamento dos indivíduos. 
Por essa razão ela tem sido lida de duas formas opostas. Como uma 
questão de invasão progressiva e de controle do Estado sobre a vida familiar e 
individual, que atrapalha a legitimidade e desorganiza os sistemas de valores 
radicados no interior da família. Ou como uma questão que tem permitido uma 
progressiva emancipação dos indivíduos. Pois, à medida que o Estado intervém 
enquanto protetor, ele garante os direitos e faz oposição aos outros centros de 
poderes tradicionais (familiares, religiosos e comunitários), movidos por hierarquias 
consolidadas e uma solidariedade coativa. 
A partir deste ponto de vista, podemos citar a intervenção do Estado nas 
famílias por meio de três grandes linhas. Da legislação por meio da qual se definem 
e regulam as relações familiares, tais como idade mínima do casamento, 
obrigatoriedade escolar, deveres e responsabilidades dos pais, posição e direitos 
dos cônjuges. Das políticas demográficas, tanto na forma de incentivo à natalidade 
como na forma de controle de natalidade. Da difusão de uma cultura de 
especialistas nos aparatos policialescos e assistenciais do Estado destinados 
especialmente às classes populares. 
A Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 já previa em seu 
artigo XVI: “A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à 
proteção da sociedade e do Estado”. 
O Estado tem o dever de proteção pelo simples fato de que proíbe a 
autotutela, ou seja, não permite ao particular, salvo em casos excepcionais, usar o 
próprio esforço. Um direito fundamental sempre gera do Estado um dever de 
proteção, que geram obrigações vinculantes, vinculando o Estado em toda sua 
extensão. 
 
 
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A função geral do Estado de garantir segurança se converteu em obrigação 
constitucional específica, no momento em que as leis gerais não eram suficientes 
para que os deveres de proteção fossem concretizados. Cabe ressaltar que os 
deveres de proteção não são somente estatais. 
O Estado tem dever de proteção exatamente porque não nos permite, salvo 
em casos excepcionais, usar o próprio esforço, é vedada a autotutela. Isso não quer 
dizer que o direito fundamental vincule somente o Estado, o particular está vinculado 
pelo direito fundamental de outras pessoas, não pode ficar desrespeitando, violando 
esse direito. 
O particular tem dever jurídico em relação à outra parte bem como o Estado. 
Porém, se o particular não estivesse vinculado à outra parte o Estado sequer teria o 
dever de proteção, nesse caso, tem-se uma mediação dos conflitos por parte do 
ente estatal. 
O principal caminho para realização da função protetiva se dá por meio da 
legislação. No caso da Constituição Brasileira há uma imposição, o legislador não é 
livre para decidir se edita ou não determinada lei diante do reconhecimento 
constitucional do dever de proteção. 
Deve o Estado adotar medidas normativas e fáticas suficientes para cumprir 
seu dever de tutela, fazendo a proteção de maneira adequada e efetiva. Para isso, 
se faz necessário um projeto de proteção que combine elementos de proteção 
preventiva e repressiva. 
O dever de proteção da família consagrado no artigo 226 da Constituição 
Federal abarca não apenas as famílias constituídas sob a égide do casamento, mas 
também a união estável e a monoparental. 
A nova concepção da família é cada vez mais distante daquela que se tinha 
no Código Civil de 1916. Essa nova família reconhecida pela Constituição Federal 
de 1988 é fundada no amor e na igualdade, dissociada do casamento. 
E ainda, não só a entidade familiar deve ser protegida pelo ente estatal. Pela 
interpretação que se depreende do §8º do art. 226 da Constituição Federal, essa 
proteção se dará na pessoa de cada um dos entes do núcleo familiar, in verbis: “O 
Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a 
integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”. 
 
 
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É dever do Estado a proteção da família, família esta que constitui como diz 
no próprio texto constitucional, “a base da sociedade”. Com o advento do Estatuto 
do Idoso, passou a existir por parte do Estado a obrigação de alimentar. 
Conforme relata Maria Berenice Dias (2001, p. 55): 
 
O Estado possui o dever de amparo para com o idoso que não tenha 
como se sustentar nem tenha parente de quem possa se socorrer, no 
que se refere à criança e ao adolescente não poderia ser a ação do 
Estado diferente, principalmente pelo fato de possuírem absoluta 
prioridade e proteção integral, tendo como suporte o princípio da 
igualdade. 
 
Assim é que se deve reconhecer a obrigação do Estado paraassegurar a 
manutenção de jovens (crianças e adolescentes) com pais ou familiares sem 
condições econômicas para tanto. No que tange a entidade familiar, esta também é 
carecedora de proteção estatal, com destaque para as famílias monoparentais que 
possuem “estrutura mais frágil”. 
Faz-se necessário que o Estado se preocupe com esta espécie de família, 
por meio de políticas públicas, ações protetivas que facilitem o melhor 
desenvolvimento e sustento, pelo fato de serem famílias compostas por um pai ou 
uma mãe que vive com a prole. 
Em relação ao casamento, o Estado estabelece de forma rígida os deveres 
dos cônjuges, com o escopo de proteger a família. O Estado tem como interesse a 
permanência da família como base da sociedade, fazendo com que todas as 
pessoas envolvidas estejam amarradas dentro da estrutura familiar. 
Obrigação ou dever de reconhecer a paternidade ou maternidade é um 
ponto fulcral no contexto da entidade familiar. Tanto se percebe a intervenção do 
Estado nesta seara que o legislador ordinário traz a presunção de paternidade do 
cônjuge varão quando o filho é nascido durante o casamento. 
O Estado tem o dever de dar proteção à família, pelo exato motivo de que a 
Constituição Federal de 1988, ao declarar a família como base da sociedade impôs 
implicitamente limitação ao Estado, com essa previsão a família não poderá ser 
impunemente violada pelo Estado, não poderá o ente estatal atingir a base da 
sociedade que serve ao próprio Estado. 
 
 
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Refere Berenice Dias (2001, p. 57) que o Estado não tem apenas o dever de 
se abster de praticar atos que atentem contra a dignidade humana, mas sim ser 
responsável por ações positivas. No que se refere aos deveres da família e de seus 
membros em relação à própria entidade familiar, pode-se iniciar pelo casamento. 
O Código Civil impõe para o casamento e para a união estável, 
determinados deveres, mas também assegura direitos, o que se pode vislumbrar 
nos artigos 1.566 e 1.724 respectivamente. 
O poder familiar trata exatamente da proteção dos pais (pai e mãe 
conjuntamente) em relação aos filhos menores. Em face do princípio do melhor 
interesse da criança, os pais estão em igualdade de condições para o exercício do 
poder familiar e para decidirem o que é melhor para ela. Dentre as obrigações dos 
pais, está a de prestar alimentos ao filho menor, além de assistir, criar e educá-lo, 
como referido anteriormente. 
O princípio da solidariedade social e familiar impõe aos pais o dever de 
assistência aos filhos e também o dever de amparo às pessoas idosas, por 
solidariedade entenda-se o que cada um deve ao outro. 
Como dever da entidade familiar em relação ao seu próprio clã e até mesmo 
em favor da sociedade destaca-se a necessidade de fiscalizar as ações estatais, 
conferir se a proteção é efetiva, se as ações positivas estão sendo realizadas e se o 
Estado está se abstendo no que deve acerca das ações negativas. 
Enfim, é necessário fiscalizar e cobrar do ente estatal as providências 
necessárias para que a proteção da família (ou das famílias) seja plena. 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I

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