Audição e Equilibrio

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
CAMPUS AVANÇADO PROFESSORA MARIA ELISA ALBUQUERQUE MAIA
COMPONTE CURRICULAR PROCESSOS FISIOLÓGICOS
CURSO DE ENFERMAGEM
A ORELHA – AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO
PAU DOS FERROS, RN
2017
ALLINE
LAYANE DA SILVA LIMA
SAMARA WILIANE DOS SANTOS SILVA
THAINÁ JÁCOME ANDRADE DE LIMA
A ORELHA- audição e equilíbrio
Trabalho apresentado no componente curricular processos fisiológicos do CEN/CAMEAM/UERN, para fins avaliativos da primeira unidade.
 Orientador: Dr. José Giovani Nobre Gomes
Pau dos Ferros, RN
2017
INTRODUÇÃO
	A orelha apresenta receptores para audição, bem como receptores que detectam a posição e movimentos da cabeça, que é utilizada na manutenção do balanço e do equilíbrio. A orelha está essencialmente dividida em regiões externa, média e interna, são que são regiões por onde passam a captação do som até os receptores para sua percepção.
Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa volta. Além de perceberem os sons, eles também nos dão informações sobre a posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio. 
	Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar a que distância se encontra o emissor do som. Percebemos a diferença da chegada do som nas duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que distância encontra-se o emissor. Nossas orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou melhor, as ondas sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho auditivo, as orelhas médias, onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos.
O som
É uma onda eletromagnética que se propaga através da vibração das moléculas de ar, ou seja, precisa de um meio de propagação; O som é captado pelo seu espectro de frequência que seria de 20Hz a 20KHz. Vale salientar que qualquer som ambiente que esteja fora dessa frequência, não pode ser captado pelo ouvido humano; O som pode ser classificado como agudo e grave, sendo agudo o de alta frequência e o grave de baixa. Pode ser classificado por intensidade, ou seja, volume. No qual é tido como a diferença entre as vibrações produzidas.
Estruturas da orelha
A orelha está dividida em três regiões: a externa, média e interna.
Orelha externa
O pavilhão é a porção mais proeminente da orelha externa consiste de uma rede de cartilagem elástica, coberta por pele; O pavilhão direciona as ondas sonoras para o interior por um canal chamado meato acústico externo.
O meato acústico externo é uma via de passagem curva que na sua entrada existem finos pelos e glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas modificada, denominadas glândulas ceruminosas, que secretam o cerume, que é para impedir que pequenos objetos estranhos atinjam a membrana do tímpano. 
Assim, os sons captados pela orelha avançam através do canal auditivo até a membrana timpânica, uma membrana delgada revestida de pele e que separa o ouvido externo do ouvido médio, que vibra de acordo com a sensibilização das moléculas do ar externo.
Orelha média
A orelha média está separada do meato acústico pela membrana do tímpano; a orelha média contém cadeia de três ossos diminutos, denominados ossículos, que formam um sistema de alavancas que captam as vibrações da membrana do tímpano e as transmitem para a janela do vestíbulo, que por sua vez as transmite para a orelha interna. Dois pequenos músculos estão inseridos aos ossículos, esses músculos se contraem reflexamente em respostas a sons altos e repentinos, eles amortecem as vibrações dos ossículos e desta forma protegem os receptores da orelha interna contra lesões. 
Também é composta uma por abertura chamada Tuba auditiva, que é quem proporciona um equilíbrio da pressão do ar da cavidade da orelha média com a pressão atmosférica. Quando se aumenta ou diminui a altitude, como por exemplo, consequentemente reduz ou eleva a pressão atmosférica, assim é necessário que a pressão do ouvido médio se iguale à do externo. A tuba auditiva é a responsável pelo equilíbrio, que demora um pouco para acontecer, por isso há a sensação de sons abafados e zumbido. Nas situações em que a mudança de pressão é rápida, a tuba não trabalha direito; assim, sentimos o ouvido tampar e até doer. A tuba auditiva que está fechada poder ser aberta na deglutição ou no ato de bocejar, permitindo que a pressão no interior da cavidade da orelha média se equipare à pressão atmosférica.
Vale salientar que se não houvesse a tuba para manter o equilíbrio o tímpano poderia se arquear para fora, onde não somente causaria dor, como também impediria a audição por interferência nas vibrações da membrana do tímpano. 
Orelha interna
Consiste de uma série de canais denominados labirinto, que está dividido em três regiões: a o vestíbulo, canais semicirculares, e cóclea. 
Nas estruturas do vestíbulo apresenta células receptoras que detectam a posição da cabeça. Assim, as informações das células receptoras contribuem para o sentido de balanço e equilíbrio. 
Os canais semicirculares são três tubos cheios de líquido dispostos em ângulos retos entre si, apresenta células receptoras que detectam determinados movimentos da cabeça e desta forma proporcionam informações ao equilíbrio. 
Qualquer movimento da cabeça faz com que o liquido presente no interior dos canais se movimente. Dependendo da direção do movimento da cabeça, o movimento do liquido pode ser maior em um dos canais que em outro. Os canais contêm células ciliadas que respondem aos movimentos do liquido. Elas desencadeiam impulsos nervosos que informam ao cérebro qual a direção do movimento da cabeça e, consequentemente, uma ação adequada pode ser realizada para manter o equilíbrio. Quando os canais semicirculares inflamam, como ocorre em uma infecção do ouvido médio ou em um resfriado, o individuo pode perder a noção do equilíbrio e apresentar vertigem (sensação de que tudo ao seu redor está girando).
A cóclea, que como característica apresenta forma de espiral, é o principal órgão da audição, composto por milhares de células ciliadas e envolta por um líquido parecido com o liquor, a perilifa. A membrana será sensibilizada pelo movimento da perilinfa criado pelas vibrações recebidas neste líquido. Esse movimento fara com que uma outra membrana (membrana tectorial) se mexa. Isso afetara o Órgão de Corti, no qual estão os neurônios receptores sensitivos;
Cada grupo de célula capta o som de um lugar diferente, desta forma os sons agudos são detectados na base da cóclea e os graves no ápice, compondo assim a tonotopia passiva da cóclea;
Equilíbrio
A orelha interna também proporciona informações a respeito da posição e movimentos da cabeça; mantendo o balanço e equilíbrio do corpo. Sendo que mudanças na posição da cabeça afetam o equilíbrio estático, e movimentos da cabeça afetam o equilíbrio dinâmico. O rompimento do equilíbrio dinâmico pode produzir severas sensações de desorientações, incluindo-se vertigens, nistagmo e movimentos desajustados.
Condições de importância clínica
Algumas ou lesões na parte da orelha pode conduzir a alguma perda da capacidade de sons determinando uma surdez total ou parcial, podendo ser classificadas como condutiva ou nervosa.
A surdez condutiva envolve interferências com a transmissão dos sons através da orelha externa ou orelha média. Que pode ser por um bloqueio físico do meato acústico externo por um objeto estranho ou cerume, inflamação da membrana do tímpano, entre outros. Por não ocorrer lesões nas células receptoras do órgão, aparelhos auditivos, que transmitem ondas sonoras para a orelha interna através do osso temporal mais do que pela orelha média, podem auxiliar um indivíduo com essa condição patológica. 
A surdez nervosa resulta na perca de audição por distúrbios que afetam os receptores sonoros na orelha interna , vias nervosas no SNC. Nesse caso,aparelhos auditivos não têm auxiliado porque a perda da audição envolve danos nas células receptoras nos nas vias nervosas.
REFERÊNCIAS