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RESUMO DIREITO PENAL II - TEORIA DA PENA

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RESUMO DIREITO PENAL II – 2ª ETAPA 
REMIÇÃO DE PENA 
REGIME TRABALHO ESTUDO* 
ABERTO 
Não existe remição de 
pena por trabalho. 
Há possibilidade de 
remição de pena por 
estudo. 
SEMIABERTO 
Há possibilidade de 
remição de pena por 
trabalho. 
Há possibilidade de 
remição de pena por 
estudo. 
FECHADO 
Há possibilidade de 
remição de pena por 
trabalho. 
Há possibilidade de 
remição de pena por 
estudo. 
* O estudo poderá ser interno ou externo. 
Remição de pena depende expressamente de autorização judicial. 
Trabalho: para cada três dias trabalhados são abatidos um dia da pena. 
Estudo: para cada 12h de estudo, diminui-se um dia da pena. Pode ocorrer o 
trabalho e o estudo simultaneamente. 
No caso de cometimento de falta grave (art. 50, LEP), o condenado perderá 1/3 
dos dias remidos. 
SAÍDA TEMPORÁRIA 
O instituto da saída temporária é um direito previsto para presos em regime 
semiaberto. Para o regime fechado é vedado este instituto. 
Após a concessão da saída temporária, o preso poderá ficar fora do 
estabelecimento prisional por até sete dias corridos, cujo pedido de autorização 
deverá ser remetido ao juiz da execução. 
Art. 124, LEP, prevê prazo não superior a sete dias, podendo ser renovada por 
mais 4 vezes (35 dias), cujo prazo entre um pedido e outro é de 45 dias. 
Em alguns casos é permitido no regime aberto, como nos casos de não 
liberação da prisão domiciliar. 
PROGRESSÃO DE REGIME 
O sistema adotado no código penal brasileiro é o sistema progressivo, ou seja, 
não há possibilidade do indivíduos cumprir integralmente o regime inicial 
estipulado, ainda que seja crime hediondo. 
São requisitos para progressão: 
a) Objetivo (tempo de cumprimento): 
1/6 da pena (crimes comuns) 
2/5(primário) 3/5(reincidente) (crimes hediondos) 
b) Subjetivo (bom comportamento carcerário). 
Para que seja acolhida a progressão de regime é necessário que os dois 
requisitos sejam observados. 
O juiz poderá conceder de ofício caso o condenado não solicite e possua os 
requisitos necessários. 
Em caso de nova progressão de regime, está será calculada do que resta 
(pena cumprida é pena extinta). 
PROGRESSÃO DE SALTO 
É vedada a progressão em salto, ou seja, não pode um condenado progredir 
do regime fechado direto para o aberto. 
REGRESSÃO EM SALTO 
Regressão para regime superior ao estipulado na sentença é vedada (art. 118, 
LEP). 
A jurisprudência não vem admitindo a regressão em salto para cometimento de 
falta grave ou crime doloso, mas a lei sim. 
REGRESSÃO DECORRENTE DE NOVAS CONDENAÇÕES 
Poderá ocorrer regressão em salto. Ex: réu condenado a 10 anos no regime 
fechado, tem progressão aos seis anos de cumprimento, aos quatro anos 
progride novamente, porém sofre uma condenação de 12 anos, nesse caso, 
soma-se a nova condenação com a condenação que ainda restava (12+4=16) 
e reformula o regime de acordo com a somatória. 
Súmula 715: se o réu for condenado a 50 anos de prisão, o requisito tempo 
será calculado nos 50 anos de prisão e não nos 30 anos que é o máximo 
previsto em lei para cumprimento de uma condenação pelo mesmo crime. 
PROGRESSÃO E COMETIMENTO DE FALTA GRAVE (SÚMULA 534/ STJ) 
O cometimento de falta grave faz perder 1/3 dos dias remidos, interrompe a 
progressão e possibilita a regressão do regime. Vale ressaltar que é analisado 
a partir do cometimento da falta grave e não da ciência do juiz sobre tal fato. 
É embasado na perda do bom comportamento, requisito necessário para 
obtenção da progressão. 
DETRAÇÃO PENAL 
Está previsto no art. 42 do Código Penal Brasileiro. É o desconto da pena 
definitiva de acordo com a prisão provisória cumprida. 
A detração influencia na fixação do regime da pena? Desde a sentença, deve-
se considerar a detração, ou seja, é de competência do juiz verificar se altera o 
regime, se sim, deve fixar o regime de acordo com o desconto, portanto a 
detração influencia na fixação do regime. 
Vale destacar que a detração não influencia na pena de multa, apenas na pena 
privativa de liberdade. 
PENA DE MULTA 
A pena de multa poderá ocorrer em três formas: a) cumulativa: junto com a 
privativa de liberdade – conjunção “e” (art. 155, CP); b) alternativa: pena de 
multa ou restritiva, pena de multa ou privativa – conjunção “ou”; c) isolada: 
apenas pena de multa. 
A multa será calculada em dias sendo 10 dias o mínimo e 360 o máximo. 
O valor da multa será calculado sobre o salário mínimo da época do fato + 
juros e correção monetária, sendo que será estipulado 1/30 do salário mínimo 
como multa mínima e 5x o salário mínimo como multa máxima, porém é 
permitido por lei que o valor máximo seja triplicado. 
O legislador diz que o magistrado deverá observar a condição financeiro do 
condenado para estipular a multa. 
A multa é destinada para o fundo penitenciário (art. 49). E o prazo para 
pagamento é até 10 dias após o trânsito em julgado. 
Em caso de inadimplemento, os dias multa serão convertidos em dias de prisão 
e o juiz expedirá a CDA (Certidão da Dívida Ativa), o que leva a execução 
fiscal. 
Em observância a condição financeira do condenado, a multa poderá ser 
parcelada. 
OBSERVAÇÃO: os atenuantes e agravantes não interverem na multa, mas as 
causas de aumento e diminuição incidem sobre o dia multa. 
PENA RESTRITIVA DE DIREITO 
A pena restritiva de direito possui duas características: a) substitutividade: 
nasce em substituição à pena privativa de liberdade; b) autonomia: não pode 
ser cumulativa a uma pena privativa. 
Após decretar a pena concreta privativa de liberdade, o juiz analisará se poderá 
conceder a substituição por restritiva de direito mediante requisitos previstos 
em lei. Tal fato incide sobre todas as sentenças condenatórias. 
São exceções à regra: arts. 302,303,306,307 e 308 do código de trânsito 
brasileiro. 
A pena restritiva de direito poderá ser cumulativa com a multa. 
O artigo 43 do Código penal prevê cinco possibilidades de penas restritivas: a) 
prestação pecuniária; b) perda de bens e valores; c) limitação de fim de 
semana; d) prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; e) 
interdição temporária de direitos. 
A duração da pena restritiva será o mesmo tempo da privativa substituída para 
as possibilidades de prestação de serviço, limitação do fim de semana e 
interdição temporária de direitos.

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