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Mecdaisy 
Nova tecnologia torna livros acessíveis a alunos cegos
O acesso e a utilização da informática pelas pessoas com necessidades educacionais especiais (PNEEs) é uma das formas de inclusão digital e social, além de propiciar o acesso à informação de cidadãos excluídos.
 Pensando no bem estar e na aquisição dos direitos de seus alunos um professor da Escola Recanto Azul de Concórdia (APAE), que atende a 180 alunos com necessidades especiais dos mais diversos tipos resolve inovar suas estratégias de aprendizagem, utilizando a tecnologia em seu favor, Promovendo o acesso à leitura para Portadores de Necessidades Educativas Especiais através da oferta de uma ferramenta de Tecnologia assistiva.
O professor Sergio que trabalha a 5 anos com educação, possui formação e um vasto conhecimento na área tecnológica, decidiu fazer uso das mesmas como forma de superar e minimizar as dificuldades dos alunos portadores de deficiências visual.
O Educador leciona na escola no período diurno, e atende várias turmas de alunos com necessidades especiais dos mais diversos tipos, entre eles 6 alunos portadores de deficiência visual com faixa etária entre 16 a 25 anos, pensando em uma forma de melhorar a aprendizagem e a autonomia desses alunos o professor introduziu em suas aulas o uso do software Mecdaisy. Esta tecnologia permite que o usuário leia qualquer texto, a partir de narração em áudio ou adaptação em caracteres ampliados, além de oferecer opção de impressão em braille, tudo a um só tempo. Além disso, a tecnologia oferece recursos de navegabilidade muito simples. A partir de movimentos de teclas de atalhos ou do mouse, o leitor pode fazer anotações e marcações no texto, avançar e recuar na leitura etc.
O educador relata que O Mecdaisy descreve figuras, gráficos e qualquer imagem presente no documento”. Ele informa que o conjunto de programas ainda vem acompanhado de uma metodologia de produção de livros em formato digital acessível. Assim, a tecnologia permite a leitura de qualquer texto disponível no computador e a produção de livro digital.
 Sergio explica que” pais, alunos, professores e editoras de livros podem tornar seus livros ou acervos acessíveis às pessoas com deficiência visual de graça”. Tudo isso graças ao MEC que destinou R$ 180 mil a cada um dos 55 centros de produção do livro acessível espalhados pelas cinco regiões do país.
A tecnologia Mecdaisy democratiza o acesso ao livro, dá condição à livre produção, ao compartilhamento e até ao aperfeiçoamento dos programas, já que desenvolvedores podem incrementar a metodologia”, diz Sergio. A tecnologia Mecdaisy é compatível com os sistemas Windows e Linux.
Relatos do professor quanto aos resultados obtidos
Com base no período de utilização podemos afirmar que o áudio-livro é importante para as pessoas com deficiência visual no estudo da literatura. Esse formato de livro acessível proporciona ao aluno o direito à informação, ao passo que permite sua inclusão no meio social. A cada aula trabalhada com o Mecdaisy o professor pôde acompanhar os progressos e dificuldades de cada aluno auxiliando de forma individual. Apesar da limitação, o deficiente visual não pode ser privado de tais direitos; para isso, é necessário ampliar o acervo desses livros nas escolas públicas e privadas, para que todos tenham acesso.
Trabalhamos como professores aprendizes com muitos caminhos a percorrer, podemos afirmar que este aplicativo está sendo de grande utilidade com muitos pontos positivos a serem ressaltados entre eles a facilidade de acesso, sua gratuidade.
Para o deficiente visual as palavras nunca vão substituir as imagens, mas através das palavras o mesmo pode criar essas imagens em sua mente, sendo a poesia uma das formas que os transportam para enxergar além da realidade. Nesse contexto, sendo a literatura uma forma de encontro com a fantasia e com a realidade criada o áudio livro dá ao leitor a condição de fazer a leitura, participar da fantasia e perceber a realidade criada que se encontra com outras realidades.
 Salienta ainda que o livro no formato em áudio é um recurso que deve ser utilizado pelos alunos com deficiência visual e também pelos professores em sala de aula para favorecer a inclusão de todos, mostrando assim, que a aprendizagem pode ocorrer de diversas formas, contemplando as pessoas videntes e não videntes.
Por: Roseneide Rodrigues da silva Ru 1822106
 Polo – Concórdia SC
Data 31/08/2017