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Resumão de Libras, Surdez e Inclusão

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AULA 1- DIFERENÇA, INCLUSÃO E IDENTIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
1. Inclusão: Conjunto de ações que visam incluir pessoas portadoras de necessidades (educativas) especiais na sociedade como um todo, mas que para tal promove modificações/adaptações também da parte da sociedade para receber e incluir essas pessoas;
2. Integração: Conjunto de ações que visam integrar pessoas portadoras de necessidades (educativas) especiais à sociedade sem, contudo, exigir mudanças da sociedade;
3. Sinal: Neste curso, refere-se ao elemento linguístico que corresponde aos itens lexicais formadores de léxico da língua de sinais;
4. Sinalizante: Refere-se a toda pessoa que domina a língua de sinais e é dela usuário no seu cotidiano;
5. Libras: Sigla referente a Língua Brasileira de Sinais. Trata-se da língua de sinais utilizada por grande parte dos surdos brasileiros que a têm como primeira língua. A língua brasileira de sinais foi reconhecida como meio legal de comunicação entre pessoas das comunidades de surdos brasileiros através da Lei 10436 de 24 de abril de 2002.
DATILOLOGIA (ALFANUMÉRICO)
Informação Cultural (IC): Nas comunidades sinalizantes é hábito apresentar-se não somente informando o nome, mas também com um SINAL. Esse SINAL pode ser entendido como uma espécie de “batismo” dentro dessas comunidades. Cada pessoa tem um SINAL próprio que faz referência a alguma característica particular dela (somente referência física; física com a primeira letra do nome; um evento marcante etc.);
 Informação Linguística (IL): as frases em Libras, muitas vezes, omitem algumas palavras que são usadas; em outras palavras, são construções sintéticas, econômicas. Lembre-se: Libras não é a tradução de língua portuguesa. Quer um exemplo? Em português, dizemos “qual é o seu nome?”. Em Libras, basta usar as palavras “seu” + “nome”, e a interrogação é marcada pela expressão facial.
ENTENDENDO O CENÁRIO
O MUNDO MODERNO E A CRISE DE IDENTIDADE
As novas formas de relacionamento (através da internet, chat, etc.) e o intercâmbio cultural são significativamente mais velozes e dinâmicos que no passado. Além da internet, o celular é hoje um aparelho quase que indispensável à sobrevivência na sociedade urbana. Este aspecto atinge inclusive as pessoas surdas, cujo uso do celular é bastante frequente, tendo tornando-se um excelente meio de comunicação para esse grupo social.
Aula 02 - ESPECIFICIDADES DA LÍNGUA DE SINAIS E OS PARÂMETROS QUE REGEM A FORMAÇÃO DE SINAIS E O USO DA LIBRAS
Por isso, podemos afirmar que os surdos, como qualquer ouvinte, possuem uma língua, na medida em que, dotados desta capacidade lingüística, decodificam logicamente o mundo, organizando-o em suas mentes, através dos recursos físicos e mentais dos quais dispõem. Assim, sua capacidade lingüística exterioriza-se, formando uma língua específica que, ao invés de sinais orais e auditivos, usa sinais espaciais e visuais, valendo-se do pleno funcionamento de sua visão, de suas mãos e do restante do corpo como um todo.
A língua de sinais não é uma língua universal, conforme muitos pensam. Cada país tem a sua própria língua de sinais. Além disso, há variações regionais dentro de cada país. Assim, podemos citar: a ASL (American Sign Language), a LSF (língua de sinais francesa), a Língua de Sinais Urubu Kaapor (Maranhão, Brasil) etc.
COMBINAÇÕES QUE CONSTITUEM OS PARÂMETROS DA LIBRAS
Configuração das mãos (CM): são as diversas formas que uma ou as duas mãos tomam na realização do sinal. Podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas mãos do emissor.
Ponto de Articulação (P.A): é o espaço em frente ao corpo ou uma região do corpo, onde os sinais são articulados. Os sinais articulados no espaço são de dois tipos: os que se articulam no espaço neutro ou tocam alguma parte do corpo.
Movimento (M): os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais RIR, CHORAR E CONHECER tem movimento, como os sinais AJOELHAR, EM-PÉ, SENTAR não tem movimento.
Orientação (O): orientação é a direção para a qual a palma da mão aponta na produção do sinal. Ex: para cima, para baixo, para o corpo, para a frente, para a direita ou para a esquerda, os sinais podem ter uma direção e a inversão desta pode significar ideia de oposição QUERER E QUERER-NÃO; IR e VIR.
Expressão facial e/ou corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros mencionados acima, em sua configuração têm como traço diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, como os sinais ALEGRE e TRISTE.
A combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem-se o sinal, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as frases em um contexto, não basta conhecer as palavras, é preciso aprender as regras de combinação destas palavras em frases.
Informação Cultural (IC): Se repararmos bem, o sinal de “Como vai você?” tem escrito ao lado: “Saúde B-E-M”. Isso porque tal forma de construir a frase é pragmática; dizer Saúde B-E-M em Libras equivale a perguntar Como vai você? em português.
Informação Linguística (IL): algumas palavras podem ser sinalizadas de forma diferente, dependendo de alguns aspectos (como a pessoa que sinaliza, por exemplo). É o caso da palavra MÃE que, se sinalizada por uma criança, terá um sinal; se sinalizada por um adulto, será outro.
Aula 03 - POLÍTICAS LINGUISTICAS E EDUCACIONAIS
Parece oportuno pensar em que medida políticas (educacionais, linguísticas...), no afã de defender minorias linguísticas e preservar a língua, podem ser transformar em práticas sutis de preconceito. Afinal, políticas linguísticas e políticas de línguas, expressas em leis, projetos de lei e outros tipos documentos oficiais, refletem contextos sócios históricos e servem não apenas como dado, mas também como pano de fundo para uma discussão sobre o preconceito no contexto brasileiro.
Pretende-se, na perspectiva das políticas linguísticas, uma ética que ultrapasse a ideia humanitária dos direitos humanos e dos direitos linguísticos e que permita superar o dualismo do sujeito-ético como vítima e sujeito ético como piedoso (cf. Chauí, 1999). Em outras palavras, a proposição de políticas linguísticas será eticamente efetiva se acompanhada de ações propositivas em torno do sujeito e da sociedade. Se, ao contrário, decorrer tão somente de consenso sobre a injustiça e preconceito, poderá representar apenas uma forma de “acalmar a consciência”. Muito mais uma forma de “redimir-se de pecados”, de autopunição do que de construir e de viver uma sociedade justa.
Nesse contexto não existiria “o surdo”, “o deficiente”. O problema está em não nos deixarmos levar uma identificação do sujeito feita a partir de uma “deficiência”. Seria negar a surdez enquanto único fator preponderante para identificar um sujeito. O sujeito surdo não é constituído única e exclusivamente de sua surdez, enquanto fato físico. Há milhões de outras facetas nesse sujeito para as quais frequentemente não se busca olhar.
Aula 04 - CULTURA EM COMUNIDADES SINALIZANTES
CULTURA SURDA? A sociedade passou a ser apresentada, e continua paulatinamente a ser, à língua, aos hábitos, às diferenças e semelhanças com os ouvintes, às necessidades (educativas) especiais dos sujeitos surdos. Aqueles sujeitos que até então eram vistos como deficientes auditivos limitados em suas capacidades, passam a ser reconhecidos como sujeitos (surdos) complexos, com identidade própria e com um conjunto de hábitos, transmitidos principalmente através da sua língua, ao qual tem se convencionado chamar de “cultura surda”.
Embora bastante recorrente, o termo “cultura surda” ainda é alvo de muita polêmica. Para além da dificuldade habitual de se definir o que é ou não é cultura, os sujeitos surdos estão - quer queiram, quer não - inseridos em uma comunidade ouvinte e convivem com esses ouvintes, trocando experiências diariamente.
CULTURA A PARTIR DA RELAÇÃO FAMILIAR: Os sujeitos surdos são, em sua grande maioria, filhos de pais ouvintes. Situação que provoca, por maiora rejeição que tenha sofrido da família ou a falta de conhecimento sobre língua de sinais e surdez, algum tipo de interação com o que é conhecido como “cultura ouvinte”. Há também os casos em que pais surdos têm filhos ouvintes, o que pode provocar um redimensionamento de condutas e valores não no sentido de abandonar ou renegar a “cultura surda”, mas de estabelecer novas relações e interesses em relação à “cultura ouvinte”. 
Aula 05 - ASPECTOS SOCIOLINGUISTICOS DA LINGUA DE SINAIS
LÍNGUA E LINGUAGEM	: Antes mesmo de falarmos pela primeira vez já possuímos, portanto, um sistema mental através do qual estruturamos nosso pensamento, nosso conhecimento de mundo. Dessa forma, cada povo desenvolve uma língua específica possibilitado pelas infinitas combinações permitidas pelas regras desse sistema inato.
LÍNGUA E SOCIEDADE: Podemos, por isso, estabelecer várias perspectivas para descrever a linguagem que privilegiam alguns de seus aspectos, suas formas de manifestação etc. Podemos, por exemplo, pensar na língua como um meio de comunicação, como uma estrutura, como um valor social, entre outras formas.
A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes.
A Declaração de Salamanca foi uma assembleia cujo tema principal foi a Educação Especial, realizou-se em 1994, na Espanha. Nessa Declaração, tem-se como uma das principais premissas voltadas para as pessoas com deficiência e surdas a seguinte assertiva: Escolas regulares que possuam orientação inclusiva, constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras. // Em 1880, houve o congresso de Milão onde se instituiu a prática de ensino para a leitura labial, a que se denomina: Oralismo. //
A LIBRAS (língua brasileira de sinais) passa a ser reconhecida como meio de comunicação oficial nas comunidades de surdos brasileiros a partir da promulgação: Da Lei 10.436/2002. // Sobre a garantia do direito à educação das pessoas surdas ou com deficiência auditiva, referenciada no Decreto nº 5.626/05, que regulamenta a Lei nº 10.436/02, é correto afirmar que: As instituições de ensino de educação básica e superior devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras, levando em consideração que alunos surdos e ouvintes devem compartilhar o mesmo espaço educacional. // 
TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 6
ALGUMAS CATEGORIAS GRAMATICAIS DA LIBRAS: PRONOMES, ADVÉRBIOS, ADJETIVOS
O SISTEMA PRONOMINAL : O sistema pronominal da língua brasileira de sinais, a exemplo do português, é formado por três pessoas do discurso. Dependendo da configuração de mãos utilizada e de direção para qual aponta no espaço, as pessoas do discurso podem ser especificadas. Podem aparecer tanto no singular quanto no plural.
O SISTEMA PRONOMINAL EM LIBRAS: PRONOMES PESSOAIS: Em LIBRAS, o sujeito da ação pode apontar alternadamente para o interlocutor e para si próprio, mãos formando o número dois, para significar “nós dois”. Da mesma forma, pode-se especificar tanto a primeira quanto a segunda e terceiras pessoas em três pessoas, quatro pessoas, plural, etc.      
Nas frases em LIBRAS o sujeito pode ser omitido (no caso das primeira e segunda pessoas) desde que o contexto possibilite identificá-lo. No caso da terceira pessoa, essa não será apontada se, mesmo estando presente, não for intenção do usuário ressaltar a sua presença por motivos culturais como, por exemplo, isso ser ou não falta de educação. 
O SISTEMA PRONOMINAL EM LIBRAS: PRONOMES DEMONSTRATIVOS E ADVÉRBIOS DE LUGAR: Em termos de sinais utilizados, essas duas categorias não apresentam diferença, sendo possível diferenciá-las apenas a partir do contexto. As relações estabelecidas são as mesmas da norma padrão encontrada em boa parte das línguas orais, a saber: este/isto/aqui, esse/isso/aí, aquele/aquilo/lá.
O SISTEMA PRONOMINAL EM LIBRAS: PRONOMES INTERROGATIVOS: Os pronomes como QUE e QUEM (que + pessoa ou quem) são utilizados no início ou final da frase, dependendo do contexto. QUANDO pode ser especificado em relação ao passado ou ao futuro, dependendo da direção do movimento da mão.
O SISTEMA PRONOMINAL EM LIBRAS: PRONOMES POSSESSIVOS: Os possessivos não apresentam concordância de número (pelo menos não em relação ao objeto) e nem de gênero. Concordam sempre em relação à pessoa do discurso. Eles são: a) “meu”; b) “teu/seu”; c) “dele”; d) “nosso”; e) “vosso”; f) “deles”.
ADVÉRBIOS DE TEMPO: São utilizados como uma espécie de marca sintática para indicar o tempo verbal na frase. Em geral, ficam no início da frase. Exemplos: a) “ontem”; b) “hoje”; c) “amanhã”; d) “agora”.
ADJETIVOS: Não há concordância em relação ao gênero ou ao número. São fundamentais para a formação de classificadores descritivos, assumindo de maneira icônica a qualidade/forma de um objeto. São posicionados na frase logo após o substantivo.
TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 7
PRINCÍPIOS DE ESTRUTURAÇÃO DE UMA SENTENÇA EM LIBRAS
ESTRUTURA DE SENTENÇAS: Para estudar a construção de frases em LIBRAS, é preciso pensar que esta linguagem se estrutura a partir de recursos espaciais e visuais, ou seja, se utiliza do espaço para dar coerência e coesão as palavras que formam a sentença.
Em Libras, encontramos quatro tipos de frases:
Afirmativa
Negativa
Interrogativa
Exclamativ
ENTENDENDO O QUE É ORDEM NA FRASE
TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 8
CATEGORIAS GRAMATICAIS DA LIBRAS: VERBOS E CLASSIFICADORES
ESTRUTURA DE SENTENÇAS: Em LIBRAS, encontramos categorias gramaticais que também estão presentes nas línguas orais. Sendo assim, na língua dos sinais, encontraremos itens lexicais que podem ser classificados como verbo, advérbio, adjetivo e pronome. A categoria artigo, no entanto, recorrente em inúmeras línguas orais, não existe em LIBRAS. Embora o conceito atribuído às categorias gramaticais de LIBRAS seja semelhante ao das línguas orais, suas formas de classificação e de funcionamento são diferentes. Portanto, a LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, já que sua gramática é independente da língua oral.
A ordem dos sinais na construção de uma frase em LIBRAS obedece a regras próprias, que refletem a forma do surdo processar suas ideias tendo como parâmetro a sua percepção visual-espacial da realidade.
DIRECIONAIS
NÃO-DIRECIONAIS
DEFINIÇÃO DOS CLASSIFICADORES
OS CLASSIFICADORES COMO ÍCONES
TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 9
COMPREENSÃO DE DIÁLOGOS
Surdos participam muito pouco das ações culturais na sociedade. Isso ocorre, sobretudo, por causa da falta de acesso deste filão às produções artísticas, já que a maioria das ações culturais tem sua comunicação com o público baseada na oralidade, ou seja, na fala.
Um exemplo importante de iniciativa para aumentar a inclusão cultural deste nicho às manifestações artísticas é a Companhia de Teatro Mãos Livres, que luta para que as barreiras de comunicação sejam minimizadas através de espetáculos produzidos tanto para surdos como para a sociedade ouvinte. Essa companhia teatral surgiu em 2005, a partir de uma prática pedagógica desenvolvida dentro das salas de aula de escolas públicas regulares e especializadas cuja metodologia está fundamentada no aprendizado e desenvolvimento integral dos alunos surdos.
Esta forma de ensino tem sua didática baseada nas linguagens artísticas como a música, o teatro e a dança, que funcionam como estímulos às relações interculturais.
AS NOVAS TECNOLOGIAS PARA SURDOS: As novas tecnologias permitiram que a informação fosse propagada de forma melhor e mais veloz. As comunidades surdas também se beneficiaram com as novas tecnologias.
Além de recursos que ajudam a comunicação deste público com a sociedade ouvinte, as novas tecnologias também possibilitaram que produções de arte e literatura fossem acessadaspor este nicho da sociedade.
É fato que as novas tecnologias ajudaram a criar recursos para que surdos pudessem ter a chance de melhorar sua qualidade de vida.
Com as inovações tecnológicas, vieram esperanças de aumento da inclusão deste público na sociedade. Veja a notícia a seguir, publicada na Agência Estado.
TECNOLOGIA AUMENTA A INCLUSÃO SOCIAL DE SURDOS- Chip ajuda surdos a ouvir e falar
A invenção foi testada com sucesso em um bebê portador de deficiência. Ele recebeu o chip aos quatro meses de idade e depois de um ano e meio começou a ouvir e articular palavras.
O instituto de Fisiologia Pavlov, em Moscou, anunciou a criação de um chip capaz de fazer com que surdos ouçam sons e aprendam a falar. Implantável no ouvido, ele tem um microgerador, um amplificador de impulsos elétricos e um microfone sem fios que pode dividir o sinal auditivo em frequências para posterior identificação.
A invenção foi testada com sucesso em um bebê portador da deficiência. Ele recebeu o chip aos quatro meses de idade e depois de um ano e meio começou a ouvir e articular palavras. “O chip pode ser utilizado com eficácia para obter coordenação de movimentos em crianças com paralisia cerebral e outras doenças graves”, disse o diretor do projeto Yakov Altman.
Um ponto a ser pensado é até onde as novas tecnologias irão ajudar a aumentar a inclusão de surdos na sociedade. Sem dúvida, é preciso, sobretudo para os pais, estarem atentos às conseqüências causadas pelo uso destas tecnologias e ao que é realmente confiável. O aparato tecnológico, usado de forma segura, pode ser o caminho para que surdos tenham sua inclusão digital aumentada na sociedade.

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