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DOR ARTICULAR - JÔNIO 
 
Questão: Uma mulher de 41 anos foi atendida com dor e limitação dos 
movimentos e sinais inflamatórios que acometiam bilateral e simetricamente as 
articulações metacarpo falangeanas, em especial segundo e terceiro dedos. 
Essas alterações osteoarticulares são características de: 
ARTRITE REUMATOIDE. 
 
As doenças reumáticas tem esse impacto porque quando vocês estudam 
artrite reumatoide vocês veem que um dos aspectos é a artrite destrutiva. Além 
da AR, tem a osteoartrite ou artrose. Então gera um impacto grande porque 
pega a pessoa em fase reprodutiva. É uma grande causa de consultas médicas. 
Por exemplo, quando você estuda febre reumática, o diagnóstico é 
clínico. Não tem nenhum exame que é definidor de febre reumática. Os exames 
laboratoriais estão nos critérios menores, não estão nem nos critérios maiores. 
Nós vamos ter que ter noção de quando que começou a artrite, qual a 
característica (igual nós vimos na questão: simétrica e bilateral), já está dando 
uma dica de que esses acometimentos é parecido com AR. Então, nós vamos ver 
que o que vale mesmo é o exame clínico. Tem o Fator Reumatoide, tem o Anti-
CCP (que é o anticorpo da artrite reumatoide), tem o FAN, mas esses exames 
são só pra complementar o raciocínio do médico. 
Agora, nós sabemos que, na gota, o ácido úrico e a punção articular 
ajudam muito e fecham o diagnóstico, mas o examinador já tem uma hipótese 
porque se eu não tiver aquela hipótese eu não vou pedir a punção de líquido 
sinovial. 
(Slide) Algumas estruturas que às vezes podem confundir com doença 
articular, é só lembrar dos ligamentos, no joelho também tem ligamentos do 
menisco, então às vezes a doença pode estar numa dessas estruturas e simular 
uma dor sinovial, uma doença sinovial. 
Lembrar o tipo de cartilagens e articulações que a gente tem. A gente vai 
se ater muito àquelas que tem uma amplitude de movimento maior que são 
essas que estamos falando: sinovial. Porque tem as suturas, tem as sacroilíacas, 
que tem menos mobilidade, mas as que tem amplitude de movimento maior 
são as que vamos ver mais. 
Lembramos também que esse tecido acometido por exemplo nessas 
doenças, sobretudo no modelo de artrite reumatoide, que é uma doença da 
sinove (sinovial). Claro, é uma doença sistêmica, mas o alvo na articulação é a 
sinove. Então a gente lembra que é tecido fibroso, com colágeno, tem uma 
cartilagem de revestimento, então é essa estrutura que está acometida na 
artrite reumatoide. Claro que nós vamos ver nódulos subcutâneos na parte 
perto do olecrano na região dos extensores, pode ter outras alterações 
extraarticulares, mas o foco, o alvo da doença em si, é a sinove. 
Lembrar também que o líquido sinovial, por exemplo num lugar de maior 
quantidade, no joelho, é no máximo 2ml, é um líquido viscoso que talvez vocês 
só viram em animais. Aquela liga que faz com que diminua o atrito entre as 
articulações, serve também pra nutrir a articulação, o aspecto é clarinho e 
coagulado. É bom saber dessas informações. 
Aqui não vou dar uma aula de cada doença, porque isso vocês vão ver na 
clínica médica, mas vocês tem que ter noção. Saber, por exemplo, que Lúpus é 
doença de mulher, espondilite é doença de homem, gota é doença de homem, 
esclerodermia mais comum em mulher. 
Então, sintomas mais comuns: dor articular, diferente da artrite, porque 
a artralgia você examina a articulação e não tem sinais inflamatórios, é só a dor. 
Como acontece, por exemplo, depois de uma vacinação, no curso de uma 
virose, diferente da artrite da AR, do lúpus, da doença reumática. Rigidez pós-
repouso que na literatura mais antiga falava rigidez matinal. E aqui eu posso 
adiantar um pouco que isso tem um valor diagnóstico, porque quando essa 
duração dessa rigidez é maior ou menor aponta para uma determinada doença. 
Por exemplo, rigidez matinal que dura mais de 1 hora, ou rigidez matinal que 
dura menos de 1 hora. Vou falar mais pra frente. 
As crepitações são aqueles estados que normalmente qualquer um pode 
ter, mas quando em excesso sugere artrose ou artrite. As manifestações 
sistêmicas, doenças que cursam, diferente da gota que é muito localizada, tem 
umas que tem sintomas ou manifestações sistêmicas. Lesões cutâneas eu posso 
dar como exemplo a lesão em asa de borboleta no Lúpus, os nódulos 
subcutâneos na AR, eritema marginado na febre reumática. 
Lembrar sempre de examinar a coluna porque nós vamos falar um 
pouquinho das espondoartroses, que são comumente espondilite anquilosante, 
síndrome de Reiter e artrite psoriática. Dentre elas prefiro falar de espondilite 
anquilosante que é mais comum, do que artrite psoriática. A artrite psoriática 
tem uma facilidade porque o paciente já é portador da psoríase, e tem lesões 
ungueais, então o comprometimento articular fica mais fácil. 
Quando você for analisar um paciente com artrite e comprometimento 
articular, você vai fazer uma história pra chegar numa dessas classificações. Se é 
em uma articulação, se é em duas ou se é em várias. Porque nós vamos ver que 
quando eu falar em monoartrite eu estou lembrando sobretudo de gota e 
artrite séptica. Quando eu falo em oligoartrite pode ser psoríase, síndrome de 
Reiter. Agora, poliartrite costuma ser AR, doença reumática e espondilite 
anquilosante que começa às vezes numa articulação menor e depois vai pra 
coluna e região sacroilíaca. 
Então, chamem a atenção de lembrar quais doenças seriam inseridas 
aqui e ainda ver se é aguda ou se é crônica. Aguda lembra gota e artrite séptica. 
E crônica é artrite reumatoide. A doença reumática também tem uma 
manifestação aguda, mas depois tem que vigiar pra saber se ela não está 
cronificando, aí que entra a profilaxia secundária. Profilaxia primária seria tratar 
amigdalite, profilaxia secundária é ver que aquela pessoa teve um 
comprometimento cardíaco e você quer que aquilo não progrida. 
(Slide) Aqui é o que estamos falando. As monoartrites, queria que vocês 
gravassem pelo menos essas duas, claro que o trauma é fácil pela história, mas 
nós vamos querer que vocês gravem a artrite séptica e a gota. 
 
GOTA 
E aproveitando eu coloquei algumas características especiais ou mais 
relevantes da gota. Pra prova nós vamos colocar, com certeza, alguma dessas 
características pra que vocês saibam que aquele caso clínico quando fala que é 
dor intensa, aliás dor intensa lembra sempre na monoartrite a gota e a artrite 
séptica, que são as duas que doem mais, tanto é que às vezes o paciente vai ao 
pronto socorro à noite ou de madrugada porque as dores costumam ser 
noturna. 
Então, gravem isso aqui. É uma doença de depósito de cristais de 
monourato de sódio, é uma doença de homem, da idade de 4ª a 5ª década, e 
que ocorre no primeiro pododáctilo ou mais proximal, no metatarso ao 
tornozelo. Crise aguda de dor intensa, que às vezes pode ter um fator, uma 
história, se não comeu muitas vísceras que tem ácido úrico. Diagnóstico, pra 
questão de prova, o diagnóstico padrão da gota é feito com estudo do líquido 
sinovial, com a presença dos cristais de monourato de sódio. 
 
 ARTRITE SÉPTICA 
Artrite séptica, que é uma monoartrite também. Crianças são uns 
germes, nos adultos são outros germes. Mas a manifestação é a mesma, ou 
seja, dor intensa, aí já tem a manifestação sistêmica que é a febre de doença 
copiosa e às vezes nessa faixa etária decorre de algum foco, ou seja, o 
acometimento de articulação vem de algum foco. No adulto é mais Neisseria 
gonorrheae e Staphylococcus aureus. 
As crônicas eu vou só citar, é menos comum na prática ver uma 
monoartrite crônica, mas às vezes você pode estar diante de um paciente que 
está começando a ter uma artrose,aí só é uma articulação do joelho que tem 
essa característica mas depois vem mais manifestações, então pode confundir 
assim como a artrite reumatoide. 
Mas, quando a gente está falando de infecção nós lembramos de TB e 
fungos. Ou seja, se for artrite séptica de curso crônico aí são esses bacilos da TB 
que tem uma evolução arrastada e as micoses. Então, tem início insidioso, 
quase não tem expressões como febre, fraqueza, indisposição. No diagnóstico, 
como é uma doença de evolução prolongada pode apresentar alterações, ao 
contrário de uma doença recente que ainda não deu tempo de ter alterações 
etiológicas. 
 
POLIARTRITE AGUDA 
Agora sim, mais de uma articulação acometida. Então, aqui eu coloquei 
febre reumática, mas o nome correto pra vocês se atualizarem é: doença 
reumática, porque na verdade não é só a febre. 
A artrite reativa, a própria palavra já está falando, é uma artrite 
secundária do tipo de sarampo, rubéola, ou então doenças uretrais ou 
gastrointestinais, que nós vamos falar separado um pouquinho sobre elas. 
Aí tem essas viroses, da hepatite C também, e tem das outras doenças 
que nós vamos falar separado. 
 
 DOENÇA REUMÁTICA 
Agora, alguns slides aqui pra nós falarmos da doença reumática. 
Quem já leu sobre doença reumática? Qual é a grande preocupação? 
Porque um dos alvos da doença reumática é o coração, sobretudo as válvulas. 
Quais válvulas? Mitral e aórtica. 
Então, vamos falar da doença reumática. É uma reação cruzada, ou seja, 
o sistema imunológico tem objetivo de combater antígenos bacterianos, mas há 
um erro e ele vai combater antígenos próprios aí entra coração, articulação, 
pele e sistema nervoso. É uma artrite migratória. Comparando com AR, a 
diferença é que a AR é do tipo simétrica, ou seja, nos punhos, nas 
interfalangeanas proximais. E nós vamos ver quais são os critérios que definem 
o diagnóstico. 
Então, o conceito: é uma complicação inflamatória tardia, não supurativa, 
ou seja, não é aquela infecção purulenta, com uma resposta inflamatória à essa 
infecção por essa bactéria Strepto pyogenes beta hemolítica do grupo A. 
Doença multissistêmica que acomete coração, articulação, pele, tecido 
subcutâneo e SNC. Ela é recorrente e a recidiva está relacionada com quanto 
mais surtos acontecem, mais lesão valvular. É aí que entra a profilaxia. Com qual 
medicamento? É um medicamento velho e barato, Penicilina. Aí, por exemplo, 
tem a fase aguda, que você vai combater a streptococcia, e a fase prolongada, 
que eu não vou entrar em detalhes porque às vezes é 5 anos, às vezes é 10 ou 
mais, dependendo do grau de comprometimento valvular, então se vocês virem 
alguém falando “eu tomo bezentacil de 21 dias pra febre reumática por 5 anos” 
é porque a lesão foi leve. Vocês vão ver na clínica médica isso aí. 
A literatura chama atenção dizendo que é uma doença que está muito 
relacionada com as condições socioeconômicas. Então, há uma tendência à 
diminuição. A literatura fala que há um declínio com a melhora de vida, acesso 
aos antibióticos, os PSFs, as UPAs, a medicina que foi mais perto das pessoas. 
A faixa etária, é bom lembrar porque cai em muita questão de concursos, 
é , na maioria, até os 15 anos. Existe, que eu me lembro, de 1 a 3% de todas as 
pessoas que se infectam com essa bactéria leva à ocorrência de febre 
reumática, então há uma predisposição genética. Tanto é que tem aquela 
correlação com HLA, um tipo de HLA. Outra coisa, as lesões cardíacas valvulares 
são mais expressivas na mulher. 
Então, as características: é uma poliartrite, de GRANDES articulações 
(coloquem uma estrelinha), migratória, assimétrica, dor intensa e artrite tem 
boa resposta aos antiinflamatórios. 
Aqui eu deixo pra vocês olharem em casa, a reação imunológica por esse 
mimetismo molecular, ou seja, é uma aparência de que a estrutura que é 
própria é estranha, aí é claro o sistema imunológico vai combater. 
(Slide) Reação cruzada de anticorpos produzidos contra produtos dos 
Streptos, passam a reconhecer o que é próprio nosso (self), que se torna alvo 
dos anticorpos produzidos. É isso aqui a tal da reação cruzada. 
A artrite apresenta-se na sua forma típica, ou seja, seria bom que fosse 
típica porque às vezes é um pouco diferente da literatura que a gente aprende. 
Mas, a forma típica é de acometimento migratório e de grandes articulações. 
Curso auto limitado, e ela não é destrutiva que nem a AR e tem uma 
complicação pequena. 
Uma atenção especial, porque às vezes há uma dificuldade de você dar 
um diagnóstico de doença reumática porque às vezes não é uma apresentação 
bem típica da doença, por isso que o Colégio Americano de Reumatologia 
estabelece tanto pra febre reumática como pra AR, e até pro Lúpus também, 
critérios diagnósticos. Então, pra febre reumática, os critérios são esses. 
Existem os chamados critérios grandes, aqueles mais valorizados, e tem 
os critérios menores. A Associação Americana (claro que o Brasil também tem o 
seu consenso, estou falando americana porque é o original) preconizam assim: 2 
maiores dá o diagnóstico, ou 1 maior e 2 menores também dá o diagnóstico. 
Os menores são: febre, artralgia, VHS, leucocitose e alteração do eletro. 
Isso ainda com o relato da mãe de que a criança teve uma infecção de garganta. 
Agora, se perguntar na prova qual desses critérios isolado é muito forte pra o 
diagnóstico de doença reumática com relato de infecção streptocócica, a 
literatura fala que é a Coreia de Sydenham. 
Então, sobre febre reumática gravem as grandes articulações, migratória, 
com essas características da idade, infecção prévia e os critérios de Jones. 
 
 OSTEOARTRITE 
Dentro das poliartrites crônicas, nós vamos falar ainda da AR, mas aqui 
nós vamos contemplar a osteoartrite, antigamente chamada de artrose. 
Então, é uma doença de grande prevalência porque as pessoas estão 
vivendo mais, então ela aumenta com a idade, mais do sexo feminino, assim 
como a esclerodermia, lúpus (claro que nem tanto como o lúpus). E que as 
articulações da coluna, quadril, joelho, metatarso falangeanas, e aqui a gente 
marca porque diferentemente da AR a interfalangeana mais comprometida é a 
distal. 
Aí a gente também pode falar que nessa doença há aqueles depósitos de 
nódulos chamados de Bouchard e Heberden, e cuidado para não confundir com 
pescoço de cisne que é da AR, e nódulos de Bouchard e Heberden é na 
osteoartrite. Também pode ser questão de prova. 
Lembrar que essas doenças como não tem um grande componente 
inflamatório não tem também uma dor intensa, é mais uma dor em peso, 
difusa, às vezes a pessoa tem mais é dificuldade de mexer a articulação, estalos, 
crepitações. Às vezes dá muito atestado, licença. 
 
ARTRITE REUMATOIDE 
Doença inflamatória sistêmica crônica de etiologia desconhecida que 
acomete primariamente os tecidos sinoviais. Então ela é uma sinovite 
inflamatória persistente e simétrica, ou seja, está dando a pista da doença. 
Esses critérios são mais uma forma de você ter uma facilidade pra dar o 
diagnóstico, ou seja, se você tiver 3 desses critérios por exemplo num paciente 
que chegou no seu consultório, claro que você não precisa decorar isso (só se 
fizer reumato), mas se você for fazer clínica você pode ter isso numa pastinha, 
os protocolos. 
Rigidez matinal maior que 1 hora, mais de uma ou duas articulações de 
forma simétrica principalmente nas mãos, na proximal, presença de nódulos 
subcutâneos. Eu gostaria que vocês colocassem entre parênteses, porque aqui 
teve uma questão: aonde esses nódulos se encontram mais comumente? 
Região olecraneana, ou seja, nos olecranos. (Se precisarem ir pra final, a gente 
coloca questão mais ou menos assim). 
O FatorReumatoide é positivo. O que é o FR? São anticorpos contra a 
porção Fc da IgG. São exames que marcam a artrite reumatoide, mas nós 
devemos lembrar que tem o contingente que é negativo, mas a maioria é 
positivo. E a gravidade parece estar diminuindo. 
Distribuição geográfica mundial, eu achei na literatura que essa doença 
está em torno de 0,3 a 1%, seria parecido com Hepatite C. Há uma relação de 
prevalência principalmente na mulher, em torno de 30 e poucos anos pra 
frente. 
Aqui a gente colocou algumas características, pra vocês lembrarem: é um 
modelo de doença autoimune, caracterizada por poliartrite periférica simétrica, 
destrutiva, afeta mulheres mais que homens, e tem a incidência que falei pra 
vocês. Em geral, grandes articulações, às vezes pode ter manifestações 
sistêmicas como perda de peso, rigidez pós-repouso. 
Quando envolve outros órgãos a mortalidade e a gravidade da doença 
são maiores. Isso também é questão de prova, se alguém tiver escrevendo pode 
colocar assim: as manifestações extraarticulares estão relacionadas com o 
prognóstico, ou seja, quem tem manifestações extraarticulares tem mais chance 
de complicar, como uveíte, derrame pleural, pericardite, aí tem um prognóstico 
mais agravado. 
Com a progressão da doença os pacientes desenvolvem capacidade para 
se adaptar, com grande impacto socioeconômico. 
(Slide) Os critérios de 1 a 4 devem estar presentes num período de 6 
semanas. São critérios diagnósticos, serve para o diagnóstico de AR. As 
manifestações extra correlaciona com pior prognóstico. 
Aqui também são detalhes que também não poderia passar por cima. 
Síndrome de Felty, o que é isso? É só uma forma da artrite reumatoide no 
adulto que cursa com esplenomegalia e neutropenia. Também tem na folha de 
questões. Ocorre em poucos pacientes e ocorre mais em adultos. É rara, então é 
melhor a gente nem pedir na prova. 
 
ARTRITE REUMATOIDE JUVENIL 
Há uma confusão muito grande de se atender uma criança com artrite, 
existe um mundo de opções diagnósticas pra você. Mas também existe uma 
orientação pra você enquadrar essa criança em algum diagnóstico, então, 
Artrite Reumatoide Juvenil é o nome dado pela Associação Americana à doença 
articular inflamatória que se inicia antes dos 16 anos de idade com aqueles 
critérios que nós falamos, e há três tipos: 1) aquela de início sistêmico, ou seja, 
compromete todos os órgãos e é chamada Doença de Still; 2) de início 
poliarticular; e, 3) de início menos articular, ou seja, poucas articulações. 
O tipo ARJ de início poliarticular apresenta dois subtipos: 1) aquele com 
Fator Reumatoide positivo; e, 2) aquele com Fator Reumatoide negativo. O 
positivo é aquele que se parece mais com a doença, com a AR. É uma 
classificação difícil que a gente não vai pedir pra vocês, porque vocês vão ver na 
clínica médica. 
Depois veio um estudo mais recente que já mudou isso aqui um pouco, 
falando que essas alterações que nós vimos são melhores englobadas com o 
nome de Artrite Idiopática Juvenil. Aí tem sido a nomenclatura global pra artrite 
que se inicia antes dos 16 anos. É uma confusão, Artrite Rematoide Juvenil ou 
Artrite Idiopática Juvenil. É melhor usar idiopática juvenil. 
Então, tem acometimento poliarticular mais comumente. E, outra coisa, 
aqui tem uma questão: qual o envolvimento cardíaco mais frequente na artrite 
reumatoide? É a pericardite. (Coloquem um X nisso aí). 
A lesão pulmonar mais importante é o envolvimento pleural. Séria 
conjuntivite seca é a manifestação ocular mais comum. A AR também cursa com 
manifestações hematológicas sendo a anemia a causa mais comum em 
mulheres, sua causa é multifatorial. Se perguntar, a anemia da AR é hemolítica, 
ou de perda, ou doença crônica? Vocês vão responder doença crônica. 
Os anticorpos mais conhecidos são o Fator Reumatoide, que é um 
anticorpo direcionado contra a IgG. E o Anti-CCP. E lembrar que, dos exames de 
atividade inflamatória, o mais importante é a Velocidade de 
HemoSedimentação (VHS) que vai estar aumentada. Vocês gravem isso aqui, 
porque todos são informações clássicas. Então, os anticorpos são Fator 
Reumatoide e Anti-CCP, porque o VHS não é um anticorpo é só uma maneira de 
você observar o quanto que as hemácias se sedimentam, não é um exame 
sorológico. 
O tratamento vocês vão ver na clínica médica que tem de dois tipos, tem 
o anti-inflamatório pra aliviar a dor da artrite e tem as drogas modificadoras do 
curso da doença aí inclui imunossupressor biológico, eu não vou entrar em 
detalhes. 
 
ESPONDILOARTROPATIAS 
Já está falando, são doenças que envolvem essas articulações do eixo. 
Então, é um conjunto que inclui a Espondilite Anquilosante, a Artrite Psoriática e 
a artrite reativa à uma infecção genitourinária ou gastrointestinal, que é 
chamada Síndrome de Reiter. 
Então, as espondiloartropatias são Espondilite Anquilosante, Artrite 
Psoriática e Síndrome de Reiter. 
A Artrite Psoriática é um comprometimento da articulação no paciente 
que tem predisposição à doença, aí começa a ter lesões ungueais. 
 
ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
Como essa aqui é mais comum eu quis falar mais dessa aqui, então 
vamos lá: é uma doença inflamatória crônica que acomete preferencialmente 
coluna, podendo evoluir com rigidez de todo o eixo, geralmente se inicia no 
adulto jovem, preferencialmente homem e da cor branca. E tem um 
conhecimento de que a doença tem um cabo genético que ocorre mais nesse 
tipo de HLA. 
A Espondilite de início no adulto, que se inicia a partir dos 16 anos, 
costuma ter como sintoma inicial lombalgia de origem não inflamatória com 
rigidez matinal. A doença juvenil que se manifesta antes dos 16 anos, costuma 
iniciar-se com artrite e as inflamações das inserções dos músculos e tendões. 
Evolui somente após alguns anos. 
O comprometimento do quadril é mais frequente na criança do que no 
adulto, que determina o pior prognóstico pela necessidade de próteses nesses 
pacientes. 
 
SÍNDROME DE REITER 
Nós já falamos o que é, é uma artrite reativa, uma espondiloartropatia 
reativa, que ocorre logo após uma infecção genitourinária ou gastrointestinal. 
Como identifica isso? Perguntando à pessoa sobre o passado recente dela, se 
teve alguma diarreia ou infecção recente de DST, por exemplo, por clamídia ou 
gonococo. 
Então, a maior prevalência é no homem jovem e o maior fator de risco 
também é o HLA-27. O padrão de acometimento articular é uma oligoartrite, 
assimétrica e de articulações periféricas. E o diagnóstico é na história clínica, 
você fazendo essas perguntas, e até tem também os testes sorológicos pras 
bactérias, cultura. Como é uma forma de artrite reativa, está entre as 
manifestações reumáticas observadas nos pacientes com imunodepressão. 
Quais são as doenças que confundem com Síndrome de Reiter? É 
exatamente a Artrite Psoriática e a Espondilite Anquilosante, devido à grande 
semelhança clínica, laboratoriais e radiológicas que apresentam. Outras 
condições que cursam com sacroilíate, poliartrite, devem ser diferenciadas, mas 
como essas outras são mais raras, não vamos entrar em detalhes. 
 
ARTRITE PSORIÁTICA 
É uma oligoartrite assimétrica na maioria acometendo grandes e 
pequenas, caracterizando os chamados “dedos em salsicha”, que na verdade 
existe aquelas alterações nas falanges. Tem também apresentação de uma 
poliartrite simétrica já menos comum, apresenta quadro articular muito 
semelhante à artrite reumatoide, pode acometer as articulações 
interfalangeanas distais comumente não afetada na artrite reumatoide, porque 
a da AR são as proximais. 
Aquele acometimento mais distal, dá aí um aspecto de unhas em dedal, 
aquele instrumento que os costureirosusam pra não se furarem com a agulha, 
fica mais edemaciada. 
 
LÚPUS 
Vamos falar agora de outra doença grave e importante, que vocês tem 
que saber pelo menos as características clássicas, que é uma doença de mulher, 
uma doença autoimune, que envolve pele, articulação, os rins. 
Então, é uma doença inflamatória que acomete múltiplos órgãos, por isso 
que ela se manifesta de forma polimórfica porque pode ser que a pessoa 
chegue com uma lesão discoide parecendo micose, por isso que é polimórfica, 
de evolução crônica, e que tem fases de melhora e piora. É uma doença de 
mulher, e os distúrbios imunológicos são bem conhecidos, por causa da 
produção de vários anticorpos e imunocomplexos, que vão servir pra exame 
laboratorial são os FANs (Fator AntiNuclear). 
Aqui tem três conceitos, podemos ler pelo menos um: é uma doença 
crônica, autoimune, que pode atingir vários órgãos do sistema gerando diversos 
quadros que podem comprometer capacidade física e lembrar que às vezes a 
pessoa tem tendência à depressão, tentativa de suicídio, fazendo parte da 
doença. Aqui também fala que é uma doença crônica, que relembra os órgãos 
acometidos, e fala que é um protótipo clássico de uma doença autoimune. 
Então, assim, toda vez que falar de doença autoimune, lembrar do Lúpus. 
Lembrar que é uma doença de mulher, e lembrar que da mesma forma 
que tem critérios de Jones e critérios para AR, tem também os critérios pro 
Lúpus. 
Eritema malar fotossensível, que a pessoa diz que dói quando vai ao sol; 
eritema discoide; úlceras orais; artrite não erosiva; você tem que fazer um raio-
X de tórax na pessoa que tem Lúpus porque pode ter derrame pleural, ou às 
vezes a pessoa já chega com tosse; renal; sistema nervoso; e as alterações que a 
gente vê no hemograma. 
Agora esses debaixo são os auto anticorpos que servem pra diagnóstico 
especifico, porque aqui é diagnóstico indireto, ou seja, se eu atender uma 
mulher na idade de vocês com alopecia, artrite, que me dá um hemograma 
desse jeito, é claro que tenho que pedir os FAN. 
Pra semiologia, nós não vamos querer saber qual o tipo e FAN, isso é na 
clínica médica, só quero que vocês gravem que são os auto anticorpos. 
Lá no HDT a gente recebe parecendo Hanseníase, parece também Tínea, 
que é uma micose. Então, por isso que lá nos conceitos fala que é uma doença 
polimórfica, parece com várias coisas. 
Eritema malar fotossensível é muito típica, mas vocês não vão esperar 
que todas as pessoas tenham. 
Então, é uma doença que apresenta múltiplos diagnósticos pretendendo 
de como e qual o órgão acometido, como pessoa vem porque às vezes vem só 
com alopecia e a gente sabe que às vezes pode ser estresse e a mulher vai ao 
dermatologista por queda de cabelo, então tem os fatores causais que não são 
Lúpus. Agora, diante de outras evidências, a dermato vai ver e vai se preocupar 
mais. 
E eu coloquei uma característica da artrite pra não confundir com as 
outras, então é uma artrite de duas ou mais que dói mais do que as outras 
quando se palpa, que também pode ter tumefação ou derrame. Parece com as 
outras mas a dor é mais importante na hora que você examina. 
 
REVISÃO 
Pra gente terminar a aula, vou fazer uma revisão assim: pra chegar no 
diagnóstico, já que eu falei que não tem exame específico, vocês vão considerar 
o sexo, pra saber qual a doença mais prevalente na mulher, aí vocês vão 
lembrar de esclerodermia e lúpus, no homem, lembra pelo menos de gota e 
espondilite, na criança, lembrar da osteomielite e da artrite reumatoide juvenil, 
osteomielite na puberdade, então pra cada faixa tem uma doença que nós 
falamos. 
As alterações que a gente quis falar: dedo em pescoço de cisne pra artrite 
reumatoide, e os nódulos de Heberdan e Bouchard são aqueles que tem essas 
elevações que é na osteoartrite. Pra questão de prova. 
Aqui eu coloquei um raio-X pra mostrar que uma coisa é atender um 
paciente com AR de 15 dias de evolução, e outra coisa é de 2 anos. É claro que 
já tem diminuição do espaço, lesões nítidas no raio-X. 
Depois vocês olhem em casa pra dizer onde que está a extensão e a 
flexão no dedo em pescoço de cisne, porque às vezes é questão de prova de 
concurso. 
Aqui também eu coloquei quanto tempo tem essas queixas, pra você 
lembrar se é uma doença aguda, subaguda, de meses, ou crônica mesmo. Pra aí 
você encaixar se é uma artrite séptica, se é uma gota, ou se é uma artrite 
reumatoide. 
Às vezes o paciente tem dor mas não é na sinóvia, se for jogador ou que 
carrega peso deve-se considerar a profissão. 
O modo de início também, se é insidioso ou súbito. Os sinais 
inflamatórios. 
Eu queria falar pelo menos de duas doenças que podem cursar com 
aquela alteração vasomotora: palidez, hiperemia, cianose, fenômeno de 
Raynaud. Acontece mais em quem? Na esclerodermia, embora possa acontecer 
nas outras, mas é mais clássico na esclerodermia. 
Agora, se for levar em conta a evolução: aguda, é gota, trauma e artrite 
séptica, crônica é AR e artrose. Quando se fala em dor em peso lembrar da 
artrose. Agora, faça um X aqui, pacientes que vão ao pronto socorro por causa 
da dor vocês vão lembrar de duas doenças: gota, a crise, e a artrite séptica, 
lembrar que todas as duas o diagnóstico é feito pelo estudo do líquido sinovial, 
então tem que puncionar. 
A rigidez, gravem, se for maior que 1 hora pensar em AR, ou então 
quando não tem muitos depósitos de resposta inflamatória e se desfaz mais 
rápido então é artrose que nós falamos, que não tem muitos elementos na 
resposta inflamatória. Então, quem demora mais? AR. Só lembrar que é onde 
tem mais inflamação. 
Quando examinar articulação nós vamos ver o aumento do volume, a 
sensibilidade, a hiperemia, limitação do movimento, às vezes crepitação, e 
lembrar que artrite é uma coisa e artralgia é outra. Artralgia é você queixar da 
dor mas quando eu examino seu joelho não tem edema, nem rubor. 
As manifestações eu vou resumir e vamos falar só de algumas, nós vimos 
nódulos subcutâneos na Artrite Reumatoide mais na região dos olecranos; 
eritema marginado porque é um sinal grande ou maior de Jones, então são 
aquelas lesões avermelhadas que ocorrem na Doença Reumática, também é 
uma manifestação cutânea; e, lesão em asa de borboleta, que é do Lúpus. 
Os exames. Quais são os exames que avaliam se a pessoa está em 
atividade inflamatória ou ele está tomando Naproxeno, que é a droga que se diz 
mais indicada pra essas artrites? VHS (Velocidade de Hemo Sedimentação), 
proteína C reativa e a mucoproteína, esses são os exames que mais aferem o 
quanto que a pessoa está em fase inflamatória. Isso não serve pra diagnóstico, 
serve pra segmento, então esse VHS no começo estava 85, aí depois do 
tratamento abaixou pra 15, então a pessoa saiu da fase inflamatória. E quanto 
mais esses fatores estão aumentados pior é o grau de comprometimento 
articular. 
Esses exames servem até se você tem uma hipótese, vai ajudar. Fator 
Reumatoide lembra de AR, fator Anti-CCP lembra de AR também. Agora, pode 
avaliar a atividade, a resposta ao medicamento e às vezes você tem que tirar o 
medicamento devido aos efeitos colaterais, por exemplo, não é muito bom usar 
AAS com anti-inflamatório na artrite reumatoide ou doença reumática, então 
tem esses detalhes que vocês vão aprender bem na clínica médica. 
Então, exames servem pra avaliar resposta inflamatória, como nós 
falamos, e depois tem os auto anticorpos. Diagnóstico específico é feito com 
auto anticorpos. 
Lembrar que pro médico não existe essa palavra “reumatismo no 
sangue”, não existe você pedir dose reumática pra querer dar diagnóstico, você 
pede exame de atividade reumática pra determinada doença.Esse último slide é só pra dizer assim, que se você tem artrite séptica, o 
hemograma pode ser relevante porque vai ter uma leucocitose. Na fibromialgia 
não tem nada pra dar diagnóstico. Então, levem informação assim, exames não 
são específicos, eles são pedidos pra ver mais atividade do que diagnóstico.

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