Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOR ARTICULAR - JÔNIO Questão: Uma mulher de 41 anos foi atendida com dor e limitação dos movimentos e sinais inflamatórios que acometiam bilateral e simetricamente as articulações metacarpo falangeanas, em especial segundo e terceiro dedos. Essas alterações osteoarticulares são características de: ARTRITE REUMATOIDE. As doenças reumáticas tem esse impacto porque quando vocês estudam artrite reumatoide vocês veem que um dos aspectos é a artrite destrutiva. Além da AR, tem a osteoartrite ou artrose. Então gera um impacto grande porque pega a pessoa em fase reprodutiva. É uma grande causa de consultas médicas. Por exemplo, quando você estuda febre reumática, o diagnóstico é clínico. Não tem nenhum exame que é definidor de febre reumática. Os exames laboratoriais estão nos critérios menores, não estão nem nos critérios maiores. Nós vamos ter que ter noção de quando que começou a artrite, qual a característica (igual nós vimos na questão: simétrica e bilateral), já está dando uma dica de que esses acometimentos é parecido com AR. Então, nós vamos ver que o que vale mesmo é o exame clínico. Tem o Fator Reumatoide, tem o Anti- CCP (que é o anticorpo da artrite reumatoide), tem o FAN, mas esses exames são só pra complementar o raciocínio do médico. Agora, nós sabemos que, na gota, o ácido úrico e a punção articular ajudam muito e fecham o diagnóstico, mas o examinador já tem uma hipótese porque se eu não tiver aquela hipótese eu não vou pedir a punção de líquido sinovial. (Slide) Algumas estruturas que às vezes podem confundir com doença articular, é só lembrar dos ligamentos, no joelho também tem ligamentos do menisco, então às vezes a doença pode estar numa dessas estruturas e simular uma dor sinovial, uma doença sinovial. Lembrar o tipo de cartilagens e articulações que a gente tem. A gente vai se ater muito àquelas que tem uma amplitude de movimento maior que são essas que estamos falando: sinovial. Porque tem as suturas, tem as sacroilíacas, que tem menos mobilidade, mas as que tem amplitude de movimento maior são as que vamos ver mais. Lembramos também que esse tecido acometido por exemplo nessas doenças, sobretudo no modelo de artrite reumatoide, que é uma doença da sinove (sinovial). Claro, é uma doença sistêmica, mas o alvo na articulação é a sinove. Então a gente lembra que é tecido fibroso, com colágeno, tem uma cartilagem de revestimento, então é essa estrutura que está acometida na artrite reumatoide. Claro que nós vamos ver nódulos subcutâneos na parte perto do olecrano na região dos extensores, pode ter outras alterações extraarticulares, mas o foco, o alvo da doença em si, é a sinove. Lembrar também que o líquido sinovial, por exemplo num lugar de maior quantidade, no joelho, é no máximo 2ml, é um líquido viscoso que talvez vocês só viram em animais. Aquela liga que faz com que diminua o atrito entre as articulações, serve também pra nutrir a articulação, o aspecto é clarinho e coagulado. É bom saber dessas informações. Aqui não vou dar uma aula de cada doença, porque isso vocês vão ver na clínica médica, mas vocês tem que ter noção. Saber, por exemplo, que Lúpus é doença de mulher, espondilite é doença de homem, gota é doença de homem, esclerodermia mais comum em mulher. Então, sintomas mais comuns: dor articular, diferente da artrite, porque a artralgia você examina a articulação e não tem sinais inflamatórios, é só a dor. Como acontece, por exemplo, depois de uma vacinação, no curso de uma virose, diferente da artrite da AR, do lúpus, da doença reumática. Rigidez pós- repouso que na literatura mais antiga falava rigidez matinal. E aqui eu posso adiantar um pouco que isso tem um valor diagnóstico, porque quando essa duração dessa rigidez é maior ou menor aponta para uma determinada doença. Por exemplo, rigidez matinal que dura mais de 1 hora, ou rigidez matinal que dura menos de 1 hora. Vou falar mais pra frente. As crepitações são aqueles estados que normalmente qualquer um pode ter, mas quando em excesso sugere artrose ou artrite. As manifestações sistêmicas, doenças que cursam, diferente da gota que é muito localizada, tem umas que tem sintomas ou manifestações sistêmicas. Lesões cutâneas eu posso dar como exemplo a lesão em asa de borboleta no Lúpus, os nódulos subcutâneos na AR, eritema marginado na febre reumática. Lembrar sempre de examinar a coluna porque nós vamos falar um pouquinho das espondoartroses, que são comumente espondilite anquilosante, síndrome de Reiter e artrite psoriática. Dentre elas prefiro falar de espondilite anquilosante que é mais comum, do que artrite psoriática. A artrite psoriática tem uma facilidade porque o paciente já é portador da psoríase, e tem lesões ungueais, então o comprometimento articular fica mais fácil. Quando você for analisar um paciente com artrite e comprometimento articular, você vai fazer uma história pra chegar numa dessas classificações. Se é em uma articulação, se é em duas ou se é em várias. Porque nós vamos ver que quando eu falar em monoartrite eu estou lembrando sobretudo de gota e artrite séptica. Quando eu falo em oligoartrite pode ser psoríase, síndrome de Reiter. Agora, poliartrite costuma ser AR, doença reumática e espondilite anquilosante que começa às vezes numa articulação menor e depois vai pra coluna e região sacroilíaca. Então, chamem a atenção de lembrar quais doenças seriam inseridas aqui e ainda ver se é aguda ou se é crônica. Aguda lembra gota e artrite séptica. E crônica é artrite reumatoide. A doença reumática também tem uma manifestação aguda, mas depois tem que vigiar pra saber se ela não está cronificando, aí que entra a profilaxia secundária. Profilaxia primária seria tratar amigdalite, profilaxia secundária é ver que aquela pessoa teve um comprometimento cardíaco e você quer que aquilo não progrida. (Slide) Aqui é o que estamos falando. As monoartrites, queria que vocês gravassem pelo menos essas duas, claro que o trauma é fácil pela história, mas nós vamos querer que vocês gravem a artrite séptica e a gota. GOTA E aproveitando eu coloquei algumas características especiais ou mais relevantes da gota. Pra prova nós vamos colocar, com certeza, alguma dessas características pra que vocês saibam que aquele caso clínico quando fala que é dor intensa, aliás dor intensa lembra sempre na monoartrite a gota e a artrite séptica, que são as duas que doem mais, tanto é que às vezes o paciente vai ao pronto socorro à noite ou de madrugada porque as dores costumam ser noturna. Então, gravem isso aqui. É uma doença de depósito de cristais de monourato de sódio, é uma doença de homem, da idade de 4ª a 5ª década, e que ocorre no primeiro pododáctilo ou mais proximal, no metatarso ao tornozelo. Crise aguda de dor intensa, que às vezes pode ter um fator, uma história, se não comeu muitas vísceras que tem ácido úrico. Diagnóstico, pra questão de prova, o diagnóstico padrão da gota é feito com estudo do líquido sinovial, com a presença dos cristais de monourato de sódio. ARTRITE SÉPTICA Artrite séptica, que é uma monoartrite também. Crianças são uns germes, nos adultos são outros germes. Mas a manifestação é a mesma, ou seja, dor intensa, aí já tem a manifestação sistêmica que é a febre de doença copiosa e às vezes nessa faixa etária decorre de algum foco, ou seja, o acometimento de articulação vem de algum foco. No adulto é mais Neisseria gonorrheae e Staphylococcus aureus. As crônicas eu vou só citar, é menos comum na prática ver uma monoartrite crônica, mas às vezes você pode estar diante de um paciente que está começando a ter uma artrose,aí só é uma articulação do joelho que tem essa característica mas depois vem mais manifestações, então pode confundir assim como a artrite reumatoide. Mas, quando a gente está falando de infecção nós lembramos de TB e fungos. Ou seja, se for artrite séptica de curso crônico aí são esses bacilos da TB que tem uma evolução arrastada e as micoses. Então, tem início insidioso, quase não tem expressões como febre, fraqueza, indisposição. No diagnóstico, como é uma doença de evolução prolongada pode apresentar alterações, ao contrário de uma doença recente que ainda não deu tempo de ter alterações etiológicas. POLIARTRITE AGUDA Agora sim, mais de uma articulação acometida. Então, aqui eu coloquei febre reumática, mas o nome correto pra vocês se atualizarem é: doença reumática, porque na verdade não é só a febre. A artrite reativa, a própria palavra já está falando, é uma artrite secundária do tipo de sarampo, rubéola, ou então doenças uretrais ou gastrointestinais, que nós vamos falar separado um pouquinho sobre elas. Aí tem essas viroses, da hepatite C também, e tem das outras doenças que nós vamos falar separado. DOENÇA REUMÁTICA Agora, alguns slides aqui pra nós falarmos da doença reumática. Quem já leu sobre doença reumática? Qual é a grande preocupação? Porque um dos alvos da doença reumática é o coração, sobretudo as válvulas. Quais válvulas? Mitral e aórtica. Então, vamos falar da doença reumática. É uma reação cruzada, ou seja, o sistema imunológico tem objetivo de combater antígenos bacterianos, mas há um erro e ele vai combater antígenos próprios aí entra coração, articulação, pele e sistema nervoso. É uma artrite migratória. Comparando com AR, a diferença é que a AR é do tipo simétrica, ou seja, nos punhos, nas interfalangeanas proximais. E nós vamos ver quais são os critérios que definem o diagnóstico. Então, o conceito: é uma complicação inflamatória tardia, não supurativa, ou seja, não é aquela infecção purulenta, com uma resposta inflamatória à essa infecção por essa bactéria Strepto pyogenes beta hemolítica do grupo A. Doença multissistêmica que acomete coração, articulação, pele, tecido subcutâneo e SNC. Ela é recorrente e a recidiva está relacionada com quanto mais surtos acontecem, mais lesão valvular. É aí que entra a profilaxia. Com qual medicamento? É um medicamento velho e barato, Penicilina. Aí, por exemplo, tem a fase aguda, que você vai combater a streptococcia, e a fase prolongada, que eu não vou entrar em detalhes porque às vezes é 5 anos, às vezes é 10 ou mais, dependendo do grau de comprometimento valvular, então se vocês virem alguém falando “eu tomo bezentacil de 21 dias pra febre reumática por 5 anos” é porque a lesão foi leve. Vocês vão ver na clínica médica isso aí. A literatura chama atenção dizendo que é uma doença que está muito relacionada com as condições socioeconômicas. Então, há uma tendência à diminuição. A literatura fala que há um declínio com a melhora de vida, acesso aos antibióticos, os PSFs, as UPAs, a medicina que foi mais perto das pessoas. A faixa etária, é bom lembrar porque cai em muita questão de concursos, é , na maioria, até os 15 anos. Existe, que eu me lembro, de 1 a 3% de todas as pessoas que se infectam com essa bactéria leva à ocorrência de febre reumática, então há uma predisposição genética. Tanto é que tem aquela correlação com HLA, um tipo de HLA. Outra coisa, as lesões cardíacas valvulares são mais expressivas na mulher. Então, as características: é uma poliartrite, de GRANDES articulações (coloquem uma estrelinha), migratória, assimétrica, dor intensa e artrite tem boa resposta aos antiinflamatórios. Aqui eu deixo pra vocês olharem em casa, a reação imunológica por esse mimetismo molecular, ou seja, é uma aparência de que a estrutura que é própria é estranha, aí é claro o sistema imunológico vai combater. (Slide) Reação cruzada de anticorpos produzidos contra produtos dos Streptos, passam a reconhecer o que é próprio nosso (self), que se torna alvo dos anticorpos produzidos. É isso aqui a tal da reação cruzada. A artrite apresenta-se na sua forma típica, ou seja, seria bom que fosse típica porque às vezes é um pouco diferente da literatura que a gente aprende. Mas, a forma típica é de acometimento migratório e de grandes articulações. Curso auto limitado, e ela não é destrutiva que nem a AR e tem uma complicação pequena. Uma atenção especial, porque às vezes há uma dificuldade de você dar um diagnóstico de doença reumática porque às vezes não é uma apresentação bem típica da doença, por isso que o Colégio Americano de Reumatologia estabelece tanto pra febre reumática como pra AR, e até pro Lúpus também, critérios diagnósticos. Então, pra febre reumática, os critérios são esses. Existem os chamados critérios grandes, aqueles mais valorizados, e tem os critérios menores. A Associação Americana (claro que o Brasil também tem o seu consenso, estou falando americana porque é o original) preconizam assim: 2 maiores dá o diagnóstico, ou 1 maior e 2 menores também dá o diagnóstico. Os menores são: febre, artralgia, VHS, leucocitose e alteração do eletro. Isso ainda com o relato da mãe de que a criança teve uma infecção de garganta. Agora, se perguntar na prova qual desses critérios isolado é muito forte pra o diagnóstico de doença reumática com relato de infecção streptocócica, a literatura fala que é a Coreia de Sydenham. Então, sobre febre reumática gravem as grandes articulações, migratória, com essas características da idade, infecção prévia e os critérios de Jones. OSTEOARTRITE Dentro das poliartrites crônicas, nós vamos falar ainda da AR, mas aqui nós vamos contemplar a osteoartrite, antigamente chamada de artrose. Então, é uma doença de grande prevalência porque as pessoas estão vivendo mais, então ela aumenta com a idade, mais do sexo feminino, assim como a esclerodermia, lúpus (claro que nem tanto como o lúpus). E que as articulações da coluna, quadril, joelho, metatarso falangeanas, e aqui a gente marca porque diferentemente da AR a interfalangeana mais comprometida é a distal. Aí a gente também pode falar que nessa doença há aqueles depósitos de nódulos chamados de Bouchard e Heberden, e cuidado para não confundir com pescoço de cisne que é da AR, e nódulos de Bouchard e Heberden é na osteoartrite. Também pode ser questão de prova. Lembrar que essas doenças como não tem um grande componente inflamatório não tem também uma dor intensa, é mais uma dor em peso, difusa, às vezes a pessoa tem mais é dificuldade de mexer a articulação, estalos, crepitações. Às vezes dá muito atestado, licença. ARTRITE REUMATOIDE Doença inflamatória sistêmica crônica de etiologia desconhecida que acomete primariamente os tecidos sinoviais. Então ela é uma sinovite inflamatória persistente e simétrica, ou seja, está dando a pista da doença. Esses critérios são mais uma forma de você ter uma facilidade pra dar o diagnóstico, ou seja, se você tiver 3 desses critérios por exemplo num paciente que chegou no seu consultório, claro que você não precisa decorar isso (só se fizer reumato), mas se você for fazer clínica você pode ter isso numa pastinha, os protocolos. Rigidez matinal maior que 1 hora, mais de uma ou duas articulações de forma simétrica principalmente nas mãos, na proximal, presença de nódulos subcutâneos. Eu gostaria que vocês colocassem entre parênteses, porque aqui teve uma questão: aonde esses nódulos se encontram mais comumente? Região olecraneana, ou seja, nos olecranos. (Se precisarem ir pra final, a gente coloca questão mais ou menos assim). O FatorReumatoide é positivo. O que é o FR? São anticorpos contra a porção Fc da IgG. São exames que marcam a artrite reumatoide, mas nós devemos lembrar que tem o contingente que é negativo, mas a maioria é positivo. E a gravidade parece estar diminuindo. Distribuição geográfica mundial, eu achei na literatura que essa doença está em torno de 0,3 a 1%, seria parecido com Hepatite C. Há uma relação de prevalência principalmente na mulher, em torno de 30 e poucos anos pra frente. Aqui a gente colocou algumas características, pra vocês lembrarem: é um modelo de doença autoimune, caracterizada por poliartrite periférica simétrica, destrutiva, afeta mulheres mais que homens, e tem a incidência que falei pra vocês. Em geral, grandes articulações, às vezes pode ter manifestações sistêmicas como perda de peso, rigidez pós-repouso. Quando envolve outros órgãos a mortalidade e a gravidade da doença são maiores. Isso também é questão de prova, se alguém tiver escrevendo pode colocar assim: as manifestações extraarticulares estão relacionadas com o prognóstico, ou seja, quem tem manifestações extraarticulares tem mais chance de complicar, como uveíte, derrame pleural, pericardite, aí tem um prognóstico mais agravado. Com a progressão da doença os pacientes desenvolvem capacidade para se adaptar, com grande impacto socioeconômico. (Slide) Os critérios de 1 a 4 devem estar presentes num período de 6 semanas. São critérios diagnósticos, serve para o diagnóstico de AR. As manifestações extra correlaciona com pior prognóstico. Aqui também são detalhes que também não poderia passar por cima. Síndrome de Felty, o que é isso? É só uma forma da artrite reumatoide no adulto que cursa com esplenomegalia e neutropenia. Também tem na folha de questões. Ocorre em poucos pacientes e ocorre mais em adultos. É rara, então é melhor a gente nem pedir na prova. ARTRITE REUMATOIDE JUVENIL Há uma confusão muito grande de se atender uma criança com artrite, existe um mundo de opções diagnósticas pra você. Mas também existe uma orientação pra você enquadrar essa criança em algum diagnóstico, então, Artrite Reumatoide Juvenil é o nome dado pela Associação Americana à doença articular inflamatória que se inicia antes dos 16 anos de idade com aqueles critérios que nós falamos, e há três tipos: 1) aquela de início sistêmico, ou seja, compromete todos os órgãos e é chamada Doença de Still; 2) de início poliarticular; e, 3) de início menos articular, ou seja, poucas articulações. O tipo ARJ de início poliarticular apresenta dois subtipos: 1) aquele com Fator Reumatoide positivo; e, 2) aquele com Fator Reumatoide negativo. O positivo é aquele que se parece mais com a doença, com a AR. É uma classificação difícil que a gente não vai pedir pra vocês, porque vocês vão ver na clínica médica. Depois veio um estudo mais recente que já mudou isso aqui um pouco, falando que essas alterações que nós vimos são melhores englobadas com o nome de Artrite Idiopática Juvenil. Aí tem sido a nomenclatura global pra artrite que se inicia antes dos 16 anos. É uma confusão, Artrite Rematoide Juvenil ou Artrite Idiopática Juvenil. É melhor usar idiopática juvenil. Então, tem acometimento poliarticular mais comumente. E, outra coisa, aqui tem uma questão: qual o envolvimento cardíaco mais frequente na artrite reumatoide? É a pericardite. (Coloquem um X nisso aí). A lesão pulmonar mais importante é o envolvimento pleural. Séria conjuntivite seca é a manifestação ocular mais comum. A AR também cursa com manifestações hematológicas sendo a anemia a causa mais comum em mulheres, sua causa é multifatorial. Se perguntar, a anemia da AR é hemolítica, ou de perda, ou doença crônica? Vocês vão responder doença crônica. Os anticorpos mais conhecidos são o Fator Reumatoide, que é um anticorpo direcionado contra a IgG. E o Anti-CCP. E lembrar que, dos exames de atividade inflamatória, o mais importante é a Velocidade de HemoSedimentação (VHS) que vai estar aumentada. Vocês gravem isso aqui, porque todos são informações clássicas. Então, os anticorpos são Fator Reumatoide e Anti-CCP, porque o VHS não é um anticorpo é só uma maneira de você observar o quanto que as hemácias se sedimentam, não é um exame sorológico. O tratamento vocês vão ver na clínica médica que tem de dois tipos, tem o anti-inflamatório pra aliviar a dor da artrite e tem as drogas modificadoras do curso da doença aí inclui imunossupressor biológico, eu não vou entrar em detalhes. ESPONDILOARTROPATIAS Já está falando, são doenças que envolvem essas articulações do eixo. Então, é um conjunto que inclui a Espondilite Anquilosante, a Artrite Psoriática e a artrite reativa à uma infecção genitourinária ou gastrointestinal, que é chamada Síndrome de Reiter. Então, as espondiloartropatias são Espondilite Anquilosante, Artrite Psoriática e Síndrome de Reiter. A Artrite Psoriática é um comprometimento da articulação no paciente que tem predisposição à doença, aí começa a ter lesões ungueais. ESPONDILITE ANQUILOSANTE Como essa aqui é mais comum eu quis falar mais dessa aqui, então vamos lá: é uma doença inflamatória crônica que acomete preferencialmente coluna, podendo evoluir com rigidez de todo o eixo, geralmente se inicia no adulto jovem, preferencialmente homem e da cor branca. E tem um conhecimento de que a doença tem um cabo genético que ocorre mais nesse tipo de HLA. A Espondilite de início no adulto, que se inicia a partir dos 16 anos, costuma ter como sintoma inicial lombalgia de origem não inflamatória com rigidez matinal. A doença juvenil que se manifesta antes dos 16 anos, costuma iniciar-se com artrite e as inflamações das inserções dos músculos e tendões. Evolui somente após alguns anos. O comprometimento do quadril é mais frequente na criança do que no adulto, que determina o pior prognóstico pela necessidade de próteses nesses pacientes. SÍNDROME DE REITER Nós já falamos o que é, é uma artrite reativa, uma espondiloartropatia reativa, que ocorre logo após uma infecção genitourinária ou gastrointestinal. Como identifica isso? Perguntando à pessoa sobre o passado recente dela, se teve alguma diarreia ou infecção recente de DST, por exemplo, por clamídia ou gonococo. Então, a maior prevalência é no homem jovem e o maior fator de risco também é o HLA-27. O padrão de acometimento articular é uma oligoartrite, assimétrica e de articulações periféricas. E o diagnóstico é na história clínica, você fazendo essas perguntas, e até tem também os testes sorológicos pras bactérias, cultura. Como é uma forma de artrite reativa, está entre as manifestações reumáticas observadas nos pacientes com imunodepressão. Quais são as doenças que confundem com Síndrome de Reiter? É exatamente a Artrite Psoriática e a Espondilite Anquilosante, devido à grande semelhança clínica, laboratoriais e radiológicas que apresentam. Outras condições que cursam com sacroilíate, poliartrite, devem ser diferenciadas, mas como essas outras são mais raras, não vamos entrar em detalhes. ARTRITE PSORIÁTICA É uma oligoartrite assimétrica na maioria acometendo grandes e pequenas, caracterizando os chamados “dedos em salsicha”, que na verdade existe aquelas alterações nas falanges. Tem também apresentação de uma poliartrite simétrica já menos comum, apresenta quadro articular muito semelhante à artrite reumatoide, pode acometer as articulações interfalangeanas distais comumente não afetada na artrite reumatoide, porque a da AR são as proximais. Aquele acometimento mais distal, dá aí um aspecto de unhas em dedal, aquele instrumento que os costureirosusam pra não se furarem com a agulha, fica mais edemaciada. LÚPUS Vamos falar agora de outra doença grave e importante, que vocês tem que saber pelo menos as características clássicas, que é uma doença de mulher, uma doença autoimune, que envolve pele, articulação, os rins. Então, é uma doença inflamatória que acomete múltiplos órgãos, por isso que ela se manifesta de forma polimórfica porque pode ser que a pessoa chegue com uma lesão discoide parecendo micose, por isso que é polimórfica, de evolução crônica, e que tem fases de melhora e piora. É uma doença de mulher, e os distúrbios imunológicos são bem conhecidos, por causa da produção de vários anticorpos e imunocomplexos, que vão servir pra exame laboratorial são os FANs (Fator AntiNuclear). Aqui tem três conceitos, podemos ler pelo menos um: é uma doença crônica, autoimune, que pode atingir vários órgãos do sistema gerando diversos quadros que podem comprometer capacidade física e lembrar que às vezes a pessoa tem tendência à depressão, tentativa de suicídio, fazendo parte da doença. Aqui também fala que é uma doença crônica, que relembra os órgãos acometidos, e fala que é um protótipo clássico de uma doença autoimune. Então, assim, toda vez que falar de doença autoimune, lembrar do Lúpus. Lembrar que é uma doença de mulher, e lembrar que da mesma forma que tem critérios de Jones e critérios para AR, tem também os critérios pro Lúpus. Eritema malar fotossensível, que a pessoa diz que dói quando vai ao sol; eritema discoide; úlceras orais; artrite não erosiva; você tem que fazer um raio- X de tórax na pessoa que tem Lúpus porque pode ter derrame pleural, ou às vezes a pessoa já chega com tosse; renal; sistema nervoso; e as alterações que a gente vê no hemograma. Agora esses debaixo são os auto anticorpos que servem pra diagnóstico especifico, porque aqui é diagnóstico indireto, ou seja, se eu atender uma mulher na idade de vocês com alopecia, artrite, que me dá um hemograma desse jeito, é claro que tenho que pedir os FAN. Pra semiologia, nós não vamos querer saber qual o tipo e FAN, isso é na clínica médica, só quero que vocês gravem que são os auto anticorpos. Lá no HDT a gente recebe parecendo Hanseníase, parece também Tínea, que é uma micose. Então, por isso que lá nos conceitos fala que é uma doença polimórfica, parece com várias coisas. Eritema malar fotossensível é muito típica, mas vocês não vão esperar que todas as pessoas tenham. Então, é uma doença que apresenta múltiplos diagnósticos pretendendo de como e qual o órgão acometido, como pessoa vem porque às vezes vem só com alopecia e a gente sabe que às vezes pode ser estresse e a mulher vai ao dermatologista por queda de cabelo, então tem os fatores causais que não são Lúpus. Agora, diante de outras evidências, a dermato vai ver e vai se preocupar mais. E eu coloquei uma característica da artrite pra não confundir com as outras, então é uma artrite de duas ou mais que dói mais do que as outras quando se palpa, que também pode ter tumefação ou derrame. Parece com as outras mas a dor é mais importante na hora que você examina. REVISÃO Pra gente terminar a aula, vou fazer uma revisão assim: pra chegar no diagnóstico, já que eu falei que não tem exame específico, vocês vão considerar o sexo, pra saber qual a doença mais prevalente na mulher, aí vocês vão lembrar de esclerodermia e lúpus, no homem, lembra pelo menos de gota e espondilite, na criança, lembrar da osteomielite e da artrite reumatoide juvenil, osteomielite na puberdade, então pra cada faixa tem uma doença que nós falamos. As alterações que a gente quis falar: dedo em pescoço de cisne pra artrite reumatoide, e os nódulos de Heberdan e Bouchard são aqueles que tem essas elevações que é na osteoartrite. Pra questão de prova. Aqui eu coloquei um raio-X pra mostrar que uma coisa é atender um paciente com AR de 15 dias de evolução, e outra coisa é de 2 anos. É claro que já tem diminuição do espaço, lesões nítidas no raio-X. Depois vocês olhem em casa pra dizer onde que está a extensão e a flexão no dedo em pescoço de cisne, porque às vezes é questão de prova de concurso. Aqui também eu coloquei quanto tempo tem essas queixas, pra você lembrar se é uma doença aguda, subaguda, de meses, ou crônica mesmo. Pra aí você encaixar se é uma artrite séptica, se é uma gota, ou se é uma artrite reumatoide. Às vezes o paciente tem dor mas não é na sinóvia, se for jogador ou que carrega peso deve-se considerar a profissão. O modo de início também, se é insidioso ou súbito. Os sinais inflamatórios. Eu queria falar pelo menos de duas doenças que podem cursar com aquela alteração vasomotora: palidez, hiperemia, cianose, fenômeno de Raynaud. Acontece mais em quem? Na esclerodermia, embora possa acontecer nas outras, mas é mais clássico na esclerodermia. Agora, se for levar em conta a evolução: aguda, é gota, trauma e artrite séptica, crônica é AR e artrose. Quando se fala em dor em peso lembrar da artrose. Agora, faça um X aqui, pacientes que vão ao pronto socorro por causa da dor vocês vão lembrar de duas doenças: gota, a crise, e a artrite séptica, lembrar que todas as duas o diagnóstico é feito pelo estudo do líquido sinovial, então tem que puncionar. A rigidez, gravem, se for maior que 1 hora pensar em AR, ou então quando não tem muitos depósitos de resposta inflamatória e se desfaz mais rápido então é artrose que nós falamos, que não tem muitos elementos na resposta inflamatória. Então, quem demora mais? AR. Só lembrar que é onde tem mais inflamação. Quando examinar articulação nós vamos ver o aumento do volume, a sensibilidade, a hiperemia, limitação do movimento, às vezes crepitação, e lembrar que artrite é uma coisa e artralgia é outra. Artralgia é você queixar da dor mas quando eu examino seu joelho não tem edema, nem rubor. As manifestações eu vou resumir e vamos falar só de algumas, nós vimos nódulos subcutâneos na Artrite Reumatoide mais na região dos olecranos; eritema marginado porque é um sinal grande ou maior de Jones, então são aquelas lesões avermelhadas que ocorrem na Doença Reumática, também é uma manifestação cutânea; e, lesão em asa de borboleta, que é do Lúpus. Os exames. Quais são os exames que avaliam se a pessoa está em atividade inflamatória ou ele está tomando Naproxeno, que é a droga que se diz mais indicada pra essas artrites? VHS (Velocidade de Hemo Sedimentação), proteína C reativa e a mucoproteína, esses são os exames que mais aferem o quanto que a pessoa está em fase inflamatória. Isso não serve pra diagnóstico, serve pra segmento, então esse VHS no começo estava 85, aí depois do tratamento abaixou pra 15, então a pessoa saiu da fase inflamatória. E quanto mais esses fatores estão aumentados pior é o grau de comprometimento articular. Esses exames servem até se você tem uma hipótese, vai ajudar. Fator Reumatoide lembra de AR, fator Anti-CCP lembra de AR também. Agora, pode avaliar a atividade, a resposta ao medicamento e às vezes você tem que tirar o medicamento devido aos efeitos colaterais, por exemplo, não é muito bom usar AAS com anti-inflamatório na artrite reumatoide ou doença reumática, então tem esses detalhes que vocês vão aprender bem na clínica médica. Então, exames servem pra avaliar resposta inflamatória, como nós falamos, e depois tem os auto anticorpos. Diagnóstico específico é feito com auto anticorpos. Lembrar que pro médico não existe essa palavra “reumatismo no sangue”, não existe você pedir dose reumática pra querer dar diagnóstico, você pede exame de atividade reumática pra determinada doença.Esse último slide é só pra dizer assim, que se você tem artrite séptica, o hemograma pode ser relevante porque vai ter uma leucocitose. Na fibromialgia não tem nada pra dar diagnóstico. Então, levem informação assim, exames não são específicos, eles são pedidos pra ver mais atividade do que diagnóstico.
Compartilhar