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As seis lições, Ludwig Von Mises As seis lições 1. O capitalismo 2. O socialismo 3. O intervencionismo 4. A inflação 5. Investimento externo 6. Política e Ideias 1. O capitalismo Certas expressões usadas muitas vezes são inteiramente equivocadas: Ex: “o rei do chocolate”, “o rei do automóvel”, etc. O que é um rei? Como ele difere de um grande empresário? Um empresário não pode ser servido e não oferecer retornos de maneira indiscriminada como poderia um rei; caso ele não ofereça serviços com qualidade, ele será colocado de lado. O que ocorre é o contrário: ele se destaca —e acaba sendo chamado erroneamente de rei— justamente por ofertar produtos ou serviços com qualidade. 1. O capitalismo Esse erro de concepção com um viés ‘anti-capitalista’ também é observado no que se refere à Revolução Industrial: No período anterior, a condição de vida da maior parte da população era miserável. Muitos autores, porém, esboçam uma imagem idílica das condições prevalecentes no período que antecedeu a "Revolução Industrial". Boa parte da população era constituída por ‘páreas’, pessoas marginalizadas com poucas chances de obter recursos na agricultura ou nas guildas. A sociedade industrial Esse ganho produtivo proporcionou aumento populacional Em 1770, a Inglaterra tinha 8,5 milhões de habitantes; Em 1830, a população era de 16 milhões.* *Dados apresentados por F.C. Dietz, An Economic History of England. Fonte: Broadberry, S. et all, (2011) 1. O capitalismo É um grave erro analisar a sociedade capitalista como uma sociedade estratificada, rígida ou estática como a sociedade feudal. No capitalismo, há mobilidade social e, além disso, as grandes empresas são aquelas que se destacam por atender melhor as demandas da população: “O cliente tem sempre a razão”. Exemplo das companhias de estradas de ferro: seu poder de mercado parecia indestrutível, até que surgiram outros meios de locomoção mais eficientes. 1. O capitalismo Ludwig Von Mises atenta para o fato de que é preciso focar a análise nos fatos sobre o capitalismo. Isso é muito relevante na medida em que, usualmente, o capitalismo é contraposto por modelos utópicos e meramente teóricos, os quais fracassaram quando foram colocados em prática. A aversão ao capitalismo surgiu entre a aristocracia fundiária, insatisfeitos com a atração de mão-de-obra para as fábricas, que ofereciam melhores salários do que a atividade agrícola. 1. O capitalismo As diferenças entre as classes na sociedade atual em relação às diferenças observadas na sociedade pré-industrial são muito menores: Na sociedade pré-industrial, o homem de classe média era distinguido do homem de classe baixa pelo fato de o primeiro ter sapatos e o segundo não. O Chevrolet de segunda mão de um sujeito pobre presta o mesmo serviço que um Cadillac presta para um sujeito mais rico: ambos estão aptos a se deslocar de um lugar para o outro. A falta deste senso reflete aquilo que Ortega y Gasset chamou a atenção em “A Rebelião das Massas”: estamos tão acostumados às instituições que nos oferecem direitos civis que pensamos que elas são dadas, que “surgiram do nada” ou que sempre estiveram presentes. 1. O capitalismo O trabalhador supostamente oprimido é a mesma pessoa que tem acesso a uma infinidade de produtos e serviços que o colocam na condição de um nobre ou de um rei em uma sociedade antiga. Ou seja, essa distinção feita entre empregado e empregados é problemática. Por meio dela, traça-se, no plano da teoria econômica, uma distinção que não existe na vida real. 1. O capitalismo O próprio termo “capitalismo” já reflete um pouco o foco em um aspecto considerado crítico ou mesmo negativo desse sistema: já reflete as supostas injustiças que o acumulo de capital por parte da sociedade gera para os incapazes de acumulá-lo. Este termo foi criado por Karl Marx. Talvez o mais adequado talvez seria o termo ‘produtivismo’, o que refletiria a busca central da economia por ganhos produtivos (não somente a busca, mas os ganhos efetivamente observados).
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