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Poder Legislativo (slide)

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01/08/2017
1
Poder Legislativo
Prof. Camila P. B. Gomes
Poder Legislativo
• Surgiu na Inglaterra com intuito de limitar o
poder do rei
• São funções típicas do Poder Legislativo:
– Legislar
– Controlar e fiscalizar atos de outros Poderes
Ressalte-se que as duas funções não estão hierarquizadas
• São funções atípicas do Poder Legislativo:
– Administrar e julgar
• Como alerta Nathalia Masson (2016, p.651), o
Poder Legislativo brasileiro, hoje, vive uma
verdadeira crise de legitimidade onde
enfrenta grande perda de prestígio.
– Deslocamento da agenda política para o Executivo
(medidas provisórias)
– Deslocamento da agenda política para o
Judiciário: ativismo judicial
01/08/2017
2
• Como Poder do Estado, o Legislativo é autônomo
e independente, o que garante sua capacidade de
auto-organização
– Cada Casa Legislativa pode elaborar seu regimento
interno e dispor sobre organização, funcionamento,
criação, transformação ou extinção dos cargos entre
outros.
• Sessão legislativa ordinária: corresponde ao
período em que o Congresso Nacional se reúne
anualmente (de 2 de fevereiro a 17 de julho e de
1º de agosto a 22 de dezembro)
• Legislatura: tem duração de quatro anos,
compreendendo 4 sessões legislativas
ordinárias
• Recesso parlamentar: intervalo entre os
períodos legislativos
– Se necessário, os parlamentares podem ser
extraordinariamente convocados durante esse
período
• Sessão legislativa extraordinária: pode ocorrer
durante os períodos de recesso parlamentar
– No caso de sessão legislativa extraordinária, o
Congresso nacional não pode deliberar sobre
nenhuma outra matéria que não seja a que
ensejou a convocação, salvo se houver medida
provisória em vigor na data da convocação
extraordinária, caso em que, ela também será
apreciada.
01/08/2017
3
• Como a EC32/2001 acabou com a possibilidade de
convocação extraordinária do Congresso em virtude da
edição de medida provisória, passou a possibilitar que, caso
o Congresso seja convocado extraordinariamente, por
motivo constitucionalmente admitido, e houver medida
provisória em vigor, ela passará a integrar a pauta da
convocação, automaticamente.
– A EC50/2006 proibiu o pagamento de parcela
indenizatória em razão da convocação para sessões
extraordinárias
• O STF aplica o princípio da simetria e considera essa norma
obrigatória para os parlamentares estaduais
• Art. 57§ 6ºCF: A convocação extraordinária do Congresso Nacional
far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de
estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de
autorização para a decretação de estado de sítio e para o
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente-
Presidente da República;
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse
público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do
Congresso Nacional.
O Congresso Nacional
• O Poder Legislativo federal é exercido pelo
Congresso Nacional, que se compõe da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.
– No sistema bicameral, a regra é as Casas Legislativas
funcionarem separadamente
– No entanto, haverá sessão conjunta para:
• Inaugurar a sessão legislativa
• Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços
comuns às duas Casas
• Receber o compromisso do Presidente e do Vice Presidente
da República
• Conhecer do veto e sobre ele deliberar
01/08/2017
4
• Sessão conjunta x sessão unicameral
– Em ambas, a reunião dos deputados e senadores ocorre
em um mesmo instante.
– Na sessão conjunta a votação é simultaneamente feita por
casa e os votos são computados separadamente (maioria
absoluta da Câmara = 257 deputados, e maioria absoluta
do Senado = 41 senadores - Ex: art. 66, 4º, CF)
– Na sessão unicameral a votação é conjunta, ou seja, os
votos de senadores e deputados são contados de forma
igual, a atuação é como uma só casa (513 deputados + 81
senadores = 594 parlamentares, sendo a maioria absoluta
298 congressistas - Ex: revisão constitucional em 1993).
Art. 48 CF: Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas
as matérias de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e
emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as
respectivas Assembléias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos
Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; X – criação,
transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art.
84, VI, b;
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts.
39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.
• Art. 49 CF: É da competência exclusiva do Congresso Nacional, dispensada a sanção ou veto:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os 
casos previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender 
qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites 
de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os 
arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, 
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre 
a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, 
incluídos os da administração indireta;
XI -....(ver íntegra no texto da CF)
01/08/2017
5
Estrutura do Poder Legislativo
– Esfera Estadual: Assembleia Legislativa
• Deputados estaduais são eleitos para mandato de 4 anos
• Idade mínima: 21anos (pode ser reduzida pra 18 com a
reforma política)
• Os deputados estaduais e distritais dispõem das mesmas
prerrogativas constitucionais dos congressistas, inclusive as
imunidades.
• Subsídio dos Deputados estaduais é fixado por lei de
iniciativa da AssembleiaLegislativa, não podendo ser
superior a 75% do subsídio de um Deputado federal
O Poder Legislativo nos Estados, Distrito Federal e Municípios é 
unicameral
• O número de Deputados à Assembleia Legislativa
corresponderá ao triplo da representação do Estado na
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e
seis, será acrescido de tantos quantos forem os
Deputados Federais acima de doze.
– Se o número de deputados federais variar entre 8 e 12:
Deputados estaduais = nº de deputados federais x 3
– Se o número de deputados federais variar entre 13 e 70:
Deputados estaduais = nº de deputados federais + 24
– Esfera Distrital: Câmara Legislativa
• Aplicam-se aos deputados distritais as regras previstas para
os deputados estaduais
– Esfera Municipal: Câmara Municipal
• O mandato dos vereadores será de 4 anos
• O número de vereadores é proporcional à população do
Município, observados os limites do artigo 29, IV da
Constituição
• Os vereadores não possuem todas as prerrogativas
constitucionais dos congressistas
• O subsídio máximo dos vereadores poderá variar entre 20 a
75% do subsídio de um deputado estadual, de acordo com o
número de habitantes do Município (art.29, VI CF)
• O total da despesa com remuneração de vereadores não
pode ultrapassar 5% da receita do Município (art. 29, VII CF)
01/08/2017
6
– Esfera Federal : Congresso Nacional
• O Legislativo federal é bicameral, ou seja, o Congresso
Nacional é composto por duas Casas:
– Câmara dos Deputados: representantes do povo
– Senado: representantes dos Estados e do DF
– Vantagens x desvantagens do bicameralismo:
• Possibilita amplo debate, aumentando a chance de
escolhas eficientes e reduzindo o risco de erros
• Demora na produção normativa, o que contribui para o
alargamento da atuação legislativa do Poder Executivo
A Câmara dos Deputados
• É composta pelos representantes do povo, eleitos
pelo sistema proporcional, em cada Estado e no
DF, em votação secreta.
– O número de deputados por Estado é estabelecido,
para cada legislatura, no ano que antecede as
eleições, por lei complementar, proporcionalmente à
sua população (e não ao número de eleitores), sendo
que nenhum deles pode ter menos de 8 ou mais de 70
deputados (art.45,§1ºCF).
• Atualmente, são 513 os deputados federais
– O estabelecimento de número mínimo e máximo
de deputados por Estados gera uma desproporção
da representatividade.
• São Paulo: 40 milhões de habitantes: 70 deputados: 1
para cada 570mil habitantes
• Roraima: 425mil habitantes: 8 deputados: 1 para cada
53mil habitantes
• O mandato de deputado federal é de 4 anos,
não havendo restrição à reeleição
01/08/2017
7
• Requisitos de elegibilidade: deputado federal
– Nacionalidade brasileira originária ou secundária
• Para ocupar a Presidência da Casa é preciso ser brasileiro
nato
– Idade mínima de 21 anos
– Ser eleitor
– Domicílio eleitoral na circunscrição
– Filiação partidária
– Pleno exercício dos direitos políticos
– Ausência de causa de inelegibilidade
• Inelegibilidade absoluta: analfabetos e inalistáveis
O sistema proporcional
• Usado para a eleição de deputados federais,
deputados estaduais, deputados distritais e
vereadores, trata-se de modelo que valoriza o
voto no partido, e não no candidato.
• Procedimento
– definição do quociente eleitoral
– definição do quociente partidário
– observação da votação de cada candidato
• Quociente eleitoral: é o número mínimo de votos
que um partido precisa ter para eleger um
candidato
– Para obtê-lo, divide-se o número de votos válidos
(descartados os brancos e nulos) pelo número de
cadeiras oferecidas na eleição
• Quociente Partidário: visa determinar o número
de vagas a que cada partido terá direito
– Divide-se o número de votos que o partido (ou
coligação partidária) teve pelo quociente eleitoral
01/08/2017
8
• Segundo mais votado nestas eleições, com mais de 1
milhão de votos, o deputado reeleito Tiririca "puxou" mais
dois candidatos de seu partido, o PR, para a Câmara pelo
Estado de São Paulo: Capitão Augusto, que teve 46.905
votos e Miguel Lombardi (PR), com 32.080. O quociente é
definido pela divisão do número de votos válidos pelo
número de vagas que cada Estado possui. No caso de São
Paulo, o mínimo para a eleição de um deputado neste ano
foi de 299,9 mil votos --número obtido pela divisão dos
mais de 20 milhões de votos válidos pelas 70 cadeiras da
bancada (Fonte: Estadão, 2014)
• A Lei 13.165/2015 alterou o artigo 108 do
Código Eleitoral, de modo que, para ser eleito,
o candidato deve ter, individualmente, obtido
votos em número igual ou superior a 10% do
quociente eleitoral.
– A medida não impede que os puxadores de votos
auxiliem outros candidatos, mas, passa a ser
exigido um mínimo de representatividade popular
do eleito (que deve ter obtido, no mínimo, 10% do
quociente eleitoral)
• Se essas eleições ocorressem hoje, o candidato Fauto Pinato
não seria eleito, pois não obteve 10% do quociente eleitoral
(aproximadamente 30mil votos). A vaga seria redistribuída.
Nas eleições de 2014, Celso Russomano obteve 1,5 milhões de votos, o que fez
com que, sozinho, ele elegesse outros quatro candidatos do seu partido. Entre
eles estão o cantor Sérgio Reis, que obteve apenas 45 mil votos e Fauto Pinato,
com míseros 22 mil votos.
Fonte: O Estado de São Paulo
01/08/2017
9
Dos 513 deputados federais eleitos para a 
legislatura 2015 a 2018, apenas 36 
alcançaram o quociente eleitoral e foram 
eleitos com votos próprios!!!!!
Em 12 unidades da federação, nenhum 
candidato eleito obteve votos em 
quantidade superior ao quociente eleitoral.
• Suplência na Câmara dos Deputados
– STF: em caso de eventual afastamento, renúncia
ou morte de deputado federal, a vaga aberta será
preenchida pelo próximo candidato mais votado
da coligação e não do partido.
• Remuneração dos deputados: por subsídio
Deputados e a fidelidade partidária
• Até o momento, não é prevista no texto constitucional.
No entanto, é objeto da reforma política que está
sendo debatida e, provavelmente, será inserida na CF.
• Situação atual: a omissão constitucional leva a
frequentes trocas de partidos
– TSE: “os partidos políticos e as coligações partidárias têm o
direito de preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral
proporcional, se, não ocorrendo razão legítima que o
justifique, registrar-se ou o cancelamento da filiação
partidária ou a transferência para legenda diversa”
01/08/2017
10
– STF: confirma o entendimento do TSE, mas reconhece
que, diante de situações excepcionais, o candidato
pode trocar de partido sem perder o mandato
• Mudança significativa de orientação programática do partido
• Comprovada perseguição política
• O texto da reforma política, em tramitação,
determina a perda do mandato daquele que se
desligar do partido pelo qual foi eleito. A exceção
será para os casos de “grave discriminação
pessoal, mudança substancial ou desvio reiterado
do programa praticado pela legenda”.
• Atribuições da Câmara dos deputados: art.51CF
• I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo
contra o Presidente e o Vice-Presidente da Repúblicae os Ministros de Estado;
• II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura
da sessão legislativa;
• III - elaborar seu regimento interno;
• IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e
a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
• V - eleger membrosdo Conselhoda República, nos termos do art. 89, VII.
– Em regra, as atribuições da Câmara sãoexercidas por meio de
resolução, que dispensa sanção ou veto presidencial
– O inciso IV, no entanto, exige a elaboração de projeto de lei
O Senado Federal
• É composto por representantes dos Estados e do
DF
– São 81 senadores
– Cada Estado e o DF elegem 3 senadores, com
mandato de 8 anos
• A renovação da Casa é parcial a cada 4 anos (elege-se 2
senadores e, após 4 anos, elege-se 1 senador)
– Eleição pelo sistema majoritário simples
• Considera-se eleito o candidato que obtiver o maior número
de votos, excluídos os brancos e nulos, sempre em um só
turno de votação
01/08/2017
11
• Suplência no Senado
– Cada senador é eleito com dois suplentes, que só exercerão a função
em caso de afastamento ou impedimento, temporário ou definitivo,
do titular.
• Os suplentes são eleitos junto com o senador (chapa única), de modo que, em
caso de afastamento, o senador não será sucedido pelo segundo candidato
mais votado, e sim, por seu suplente.
• Senador: requisitos de elegibilidade
– Nacionalidade brasileira originária ou secundária
• Para ocupar a Presidência da Casa é preciso ser brasileironato
– Idade mínima de 35 anos
– Ser eleitor
– Ausência de causa de inelegibilidade
– Domicílio eleitoral na circunscrição
– Filiação partidária
– Pleno exercício dos direitos políticos
– Ausência de causa de inelegibilidade
• Fidelidade partidária e sistema majoritário
– Em recente decisão (27/05/2015), o STF entendeu que
eleitos pelo sistema majoritário – senadores,
prefeitos, governadores e o presidente da República –
não perdem o cargo se trocarem de partido depois da
eleição. Isso porque, no sistema majoritário, os votos
são do candidato, e não do partido.
• Atribuições do Senado federal: art.52CF
– As matérias previstas nesse artigo são de competência
privativa do Senado e disciplinadas por resolução
(promulgada pelo Presidente da Mesa, sem interferência
da Câmara ou do Presidente da República) dessa Casa,
com exceção do inciso XIII, que exige lei para a fixação da
remuneração dos servidores do Senado
– Quando o Senado julga as autoridades previstas nos
incisos I e II, estamos diante do processo de
“impeachment”, que é o impedimento da autoridade para
o exercício de cargo ou mandato em função da prática de
crime de responsabilidade
01/08/2017
12
Mesas diretoras
• A Mesa é o órgão responsável pelas funções
administrativas e pela condução dos trabalhos
legislativos desenvolvidos em cada Casa.
• São três as Mesas: Mesa da Câmara; Mesa do
Senado e Mesa do Congresso Nacional (atua nas
sessões conjuntas)
– Mesas da Câmara e do Senado: eleitas,
respectivamente, por deputados e senadores,
assegurada, dentro do possível, a representação
proporcional dos partidos que participam da Casa
– Mesa do Congresso Nacional: Presidida pelo Presidente do
Senado e demais cargos exercidos, alternadamente, pelos
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara e no Senado
• Presidente: Presidente do Senado
• 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente da Câmara
• 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente do Senado
• 1º Secretário: 1º Secretário da Câmara
• 2º Secretário: 2º Secretário do Senado...
– Os membros das Mesas são eleitos para mandato de 2 anos e é
vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente. Essa proibição só alcança a eleição
realizada dentro da mesma legislatura
• STF: entende que esta norma não é de reprodução obrigatória pelos
Estados
Comissões
• São órgãos colegiados, de natureza técnica, que
visam otimizar o desempenho dos trabalhos
legislativos
– São criadas pelas Casas correspondentes de acordo
com seu regimento interno
– Podem ser criadas Comissões do Congresso Nacional,
que serão integradas por deputados federais e
senadores. São as chamadas Comissões Mistas.
– Na sua constituição, devem assegurar, dentro do
possível, a representatividade proporcional dos
partidos
01/08/2017
13
• As comissões podem ser:
– permanentes: formadas sem tempo pré-determinado, que
se conservam por sucessivas legislaturas
• Exemplo: Comissões temáticas e Comissão de Constituição e
Justiça
– temporárias: criadas para apreciar determinado assunto,
se encerram quando findo o prazo de duração ou quando
finalizam seus trabalhos
• Exemplo: Comissão Mista Representativa do Congresso Nacional (
que atua durante o período de recesso. Não tem competência
legislativa, mas representa oficialmente o CN, na forma do
regimento comum) e as Comissões Parlamentares de Inquérito
Comissão Parlamentar de Inquérito
• Trata-se de atuação do Poder Legislativo, em sua
função fiscalizadora. Está prevista no art. 58, §3ºCF.
• Requisitos para a criação de CPI
– requerimento de 1/3 dos membros da Câmara dos
Deputados (CPI da Câmara); 1/3 dos membros do Senado
(CPI do Senado) ou 1/3 dos membros de cada Casa do
Congresso Nacional (CPI Mista)
• Não é necessária a deliberação posterior da maioria
– Indicação de um fato determinado de interesse público a
ser investigado
• Não se admite a criação para investigar objeto genérico
– Estipulação de prazo certo para averiguação do fato
• A CPI deve ser criada com prazo certo. No
entanto, admitem-se sucessivas prorrogações,
desde que dentro da mesma legislatura e
observadas as normas regimentais.
– O término da legislatura obriga o encerramento de
todas as comissões temporárias, o que inclui a CPI.
– Cumpridos os requisitos (requerimento, prazo certo e
fato determinado), o Presidente da Casa não pode
negar a instalação da CPI. Também não se exige a
deliberação plenária para a instalação. Bastam os 3
requisitos apontados.
01/08/2017
14
• Poderes de investigação da CPI
– Dispõem de poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais. Não podem, no entanto,
praticar atos que estejam sob “reserva de
jurisdição”
– Eventuais decisões da CPI que impliquem em
restrições de direitos devem ser imprescindíveis à
investigação, devidamente fundamentadas e
tomadas pela maioria absoluta de seus membros
Atuação das CPIs
• Condutas autorizadas pelo STF
– convocar testemunhas e investigados para depor
• STF: seja como investigado ou como testemunha, o
depoente tem o direito constitucional ao silêncio,
podendo se recusar a responder indagações que, no
seu entender, possam incriminá-lo
– Determinar diligências, perícias e exames
– Requisitar informações e documentos
– Determinar a quebra de sigilo fiscal, telefônico e 
bancário
Limites a atuação das CPIs
• Cláusulas de reserva de jurisdição
– Determinar busca e apreensão domiciliar de
documentos (art.5º,XI CF)
– Determinar indisponibilidade de bens do
investigado ou qualquer outra medida cautelar
– Decretar prisão preventiva e temporária
– Determinar interceptação telefônica
01/08/2017
15
• Separação de Poderes
– Não podem anular atos de outro Poder
– Não podem revogar ou cassar decisões jurisdicionais,
inclusive as que determinam segredo de justiça
• Direitos fundamentais
– Não podem violar o direito ao silêncio
– Não podem violar o direito à assistência técnica 
prestada por um advogado
– Não podem violar o sigilo profissional
• Caso uma testemunha já tenha firmado com o
Ministério Público acordo de colaboração premiada, e
este tenha sido homologado pelo Judiciário, caso a
testemunha seja convocada a prestar depoimento na
CPI está preservado seu direito silêncio.
• Há necessidade de condução coercitiva do indiciado
por autoridade de CPI?
– Sim, sua presença é obrigatória mesmo reconhecendo o
direito ao silêncio.
– Não. Tendo em vista o reconhecimento do direito ao
silêncio, a condução coercitiva seria um disparate
• Encerrada a atividade investigativa da
comissão, ela apresenta um relatório final,
que pode ser encaminhado ao Ministério
Público
– Conclusões da CPI não vinculam o MP
01/08/2017
16Plenário
• Órgão de deliberação máxima de cada Casa 
Legislativa. 
• É composto por todos os parlamentares que 
integram a Casa.
Imunidades parlamentares
• Visam garantir que os parlamentares possam
exercer suas funções com independência e
liberdade, sem medo de represálias, processos
temerários ou prisões arbitrárias
• não admitem renúncia
• Não amparam o suplente, enquanto mantiver
essa condição.
– O suplente só faz jus a dois direitos:
• O de substituir o titular em caso de afastamento temporário
• O de suceder o titular em caso de vacância do cargo
• O suplente passa a fruir de todas as imunidades,
quando estiver no exercício da função
• O parlamentar que se licenciar, para ocupar
outros cargos ou por razões de doença, fica com
suas imunidades suspensas
– De acordo com o STF, nesse caso, as imunidades são
suspensas mas ele mantém o foro por prerrogativa de
função
01/08/2017
17
Da imunidade material
• Art. 53. Os Deputados e Senadores são
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de
suas opiniões, palavras e votos.
– Proteção em relação aos crimes de opinião, como
calúnia, injúria e difamação, que inviabiliza o
ajuizamento de ação penal ou ação de indenização
civil, mesmo após a extinção do mandato.
– A proteção se restringe às manifestações que se
derem no exercício do mandato, independentemente
do local em que foram proferidas
• Caso a ofensa ocorra em plenário, presume-se a imunidade
� Caso a ofensa ocorra fora do recinto parlamentar, é preciso demonstrar
que o ato está relacionado com a função parlamentar
� STF: a garantia constitucional da imunidade material protege as
entrevistas jornalísticas; a transmissão, para a imprensa, do conteúdo
de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas Legislativas;
bem assim as declarações veiculadas por intermédio de mass media
(meios de comunicação de massa) ou social media (mídias sociais).
• Apesar das divergências doutrinárias,
entende-se que a incidência da imunidade
parlamentar material exclui a tipicidade do
fato praticado por deputado federal ou
senador.
01/08/2017
18
Da imunidade formal relativa à prisão
• Art. 53,§2º CF: “Desde a expedição do diploma, os
membros do Congresso Nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse
caso, os autos serão remetidos dentro de 24horas à
Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus
membros, resolva sobre a prisão”
– No caso de flagrante de crime inafiançável, a Casa deve
deliberar, por maioria absoluta, em voto aberto
• A aprovação da Casa é condição necessária para a manutenção da
prisão em flagrante
• O texto não explicita, mas a maioria doutrinária entende ser
necessária votação da maioria absoluta dos membros da Casa
• Em 2015, com a prisão em flagrante do Senador
Delcídio Amaral pela participação em organização
criminosa (crime permanente), apurada pela Operação
Lava Jato, o Plenário do Senado Federal precisou
deliberar em voto aberto, finalizando com o seguinte
resultado:
– 59 votos a favor
– 13 votos contrários
– 1 abstenção
– O dispositivo veda prisão cautelar, não se aplicando à prisão por
condenação penal definitiva
• Assim, o parlamentar pode ser preso por sentença judicial transitada em
julgado. Pelo atual entendimento do STF, a condenação definitiva, apesar de
determinar a prisão, não conduz à perda automática do mandato do
parlamentar, sendo necessárioobservar o dispostono art.55, §2ºCF.
• A imunidade afasta também a prisão civil?
– A maioria doutrinária entende que sim, mas há divergências.
– Já houve decretação de prisão de parlamentar pelo não pagamento de
pensão
• O termo inicial da imunidade formal quanto à prisão é a diplomação
– Trata-se de ato anterior à posse. É o atestado da Justiça Eleitoral que
certifica a regular eleição do candidato.
• Note que a prerrogativaamparao congressistadesde antes da posse
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Da imunidade formal relativa ao 
processo
– Art. 53, § 3º CF: Recebida a denúncia contra o Senador ou
Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva,
que, por iniciativa de partido político nela representado e
pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a
decisão final, sustar o andamento da ação.
• A possibilidade de sustação dá à Casa Legislativa a possibilidade de
avaliar se o processo tem ou não intuito de perseguição política do
parlamentar ou desprestigiar o Legislativo
– § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa
respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias
do seu recebimento pela Mesa Diretora.
– A sustação não pode ser feita de ofício
• é necessário que haja provocação de partido político com
representação na Casa
– § 5º A sustação do processo suspende a prescrição,
enquanto durar o mandato.
– A imunidade formal não impede a instauração de um
processo penal contra o congressista. No entanto,
permite que a Casa a que pertença suste o andamento
da ação referente a crimes praticados após a
diplomação do mandato em curso.
• A imunidade formal não impede a instauração de
inquéritos policiais contra parlamentares. No
entanto, estes só podem ser desenvolvidos sob os
cuidados do STF
• A imunidade formal não beneficia eventual
corréu não parlamentar (súmula 245 STF)
– Se a Casa sustar o andamento da ação para o
parlamentar, o processo deverá ser desmembrado
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• Art. 53, § 8º CF: As imunidades de Deputados
ou Senadores subsistirão durante o estado de
sítio, só podendo ser suspensas mediante o
voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora
do recinto do Congresso Nacional, que sejam
incompatíveis com a execução da medida.
Do foro especial em razão da função
• Art. 53, § 1º CF: Os Deputados e Senadores, desde a
expedição do diploma, serão submetidos a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal.
– A partir da diplomação, o STF é o juiz natural dos membros do
Congresso Nacional, no que tange às infrações penais
• Infração penal cometida após esta data: processo se instaura perante
o STF
• Infração penal cometida antes da expedição do diploma: o processo
iniciado nas instâncias ordinárias se desloca para o STF
– Terminado o mandato, cessa a prerrogativa de foro e os autos
devem ser remetidos à Justiça de Primeiro Grau
• Em regra, se houver renúncia do parlamentar, extingue-se a
competência do STF, salvo se houve renúncia com claro intuito de
deslocar a competência do Tribunal
– O foro especial dos congressistas se estende aos
crimes dolosos contra a vida
• De acordo com a Súmula Vinculante 45, a competência
constitucional do Tribunal do Júri só prevalece sobre foro de
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela
Constituição Estadual
– Parlamentares não se sujeitam a julgamento por
crime de responsabilidade, e sim, a processo
disciplinar por quebra de decoro parlamentar
• Por não cometerem crime de responsabilidade, submetem-
se à lei de improbidade administrativa
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• Súmula 704 STF: NÃO VIOLA AS GARANTIAS
DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR
CONTINÊNCIA OU CONEXÃO DO PROCESSO
DO CO-RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE
FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS.
– Em que pese a súmula 704STF, em 2014, o STF
firmou o entendimento de que o
desmembramento de inquéritos ou ações penais
de sua competência deve ser a regra geral.
Afastamento do Poder Legislativo
• Art. 56, I CF: Não perderá o mandato o
Deputado ou Senador investido no cargo de
Ministro de Estado, Governador de Território,
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de
Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de
missão diplomática temporária;
– STF: o congressista afastado das funções
parlamentares não dispõe de imunidades, mas
mantém a prerrogativa deforo
Desobrigação de testemunhar
• Art.53, §6º CF: § 6º Os Deputados e Senadores
não serão obrigados a testemunhar sobre
informações recebidas ou prestadas em razão
do exercício do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.
– Trata-se de uma faculdade
– Não atinge fatos que nada tenham a ver com o
exercício da atividade parlamentar
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Incompatibilidades
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de
que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea
anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas
entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se
refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Perda do mandato
• Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo
anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro
parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça
parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou
missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta
Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em
julgado.
• As hipóteses de perda do mandato, previstas no
artigo 55CF, podem resultar da cassação ou da
extinção do mandato
• Cassação: sanção constitucional aplicada ao
parlamentar que cometeu falta funcional grave
– Infringir qualquer das incompatibilidades
– Ter o procedimento declarado incompatível com o
decoro parlamentar;
– Condenação criminal por sentença judicial transitada
em julgado
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• A cassação do mandato será decidida pela
maioria absoluta dos membros da Câmara ou do
Senado, mediante provocação da respectiva
Mesa ou de Partido Político devidamente
representado (art.55,§2ºCF)
– Não há mais voto secreto para a decisão de cassação
do mandato
– § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além
dos casos definidos no regimento interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
• O STF e a condenação criminal definitiva
– 2012: julgamento do Mensalão: a condenação
criminal definitiva acarretará, automaticamente, a
perda do mandato eletivo, inclusive no caso de
parlamentares (5 votos a 4)
– 2013: mudança de posicionamento. O STF passa a
entender que a condenação criminal transitada em
julgado é condição necessária mas não suficiente para
a perda dos mandatos de parlamentares. Esta
depende da instauração do competente processo pela
Casa respectiva nos termos do art.55,§2ºCF (6 votos a
5)
• A Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira
(12/11/2016) cassar o mandato do deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter mentido ao afirmar
que não possuía contas no exterior em depoimento na
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras
no ano passado. Assim, Cunha perde o mandato e fica
inelegível por oito anos devido à Lei da Ficha Limpa. A
cassação foi aprovada por 450 votos a favor, 10 contra
e 9 abstenções
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• Extinção do mandato: é declarada pela Mesa da
Casa Legislativa, de ofício ou por provocação de
qualquer de seus membros, ou de Partido Político
representado no Congresso Nacional, nos
seguintes casos:
– perda ou suspensão de direitos políticos
– perda do mandato por decisão da Justiça Eleitoral
– Perda do mandato pelo fato de o parlamentar deixar
de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça
parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer
• Enquanto na cassação a perda do mandato
depende da votação da Casa Legislativa, na
extinção, o perecimento do mandato é
meramente declarado, não havendo deliberação
a respeito.
• A renúncia também é causa extintiva do mandato
– A renúncia de parlamentar submetido a processo que
vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos
deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as
deliberações finais da Casa, a respeito da perda ou
não do mandato
Do Legislativo estadual
• Unicameral
• Eleitos pelo sistema eleitoral proporcional
– O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de
trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais
acima de doze.
• Se o número de deputados federais variar entre 8 e 12:
Deputados estaduais = nº de deputados federais x 3
• Se o número de deputados federais variar entre 13 e 70:
Deputados estaduais = nº de deputados federais + 24
• Mandato: 4 anos, idade mínima: 21anos (pode ser reduzida pra 18 com a
reforma política)
• Os deputados estaduais e distritais dispõem das mesmas prerrogativas
constitucionais dos congressistas, inclusive as imunidades.
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• Deputados estaduais possuirão foro privativo no
Tribunal de Justiça do respectivo Estado (simetria)
– Se praticarem crime em detrimento de bens ou interesses
da União, autarquia federal ou empresa pública federal:
TRF
• As CPIs estaduais não tem competência para investigar
autoridades que tem foro privilegiado na Justiça
Federal.
• As CPIs estaduais tem poderes simétricos aos das
federais, podendo, inclusive, decretar perda de sigilo.
Do Legislativo Municipal
• Unicameral
– O número de vereadores será proporcional ao da
população, nos termos do art.29,IV CF
• Mandato: 4 anos; idade mínima:18anos
• Os vereadores não possuem as mesmas prerrogativas
dos congressistas. A eles foi concedida apenas a
imunidade material, de modo que são invioláveis por
suas palavras, opiniões e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município
– Não possuem nenhuma imunidade formal
• Os vereadores só terão prerrogativa de foro se
esta estiver prevista na Constituição Estadual
• Os poderes investigatórios das CPIs municipais
não são tão amplos quanto os das CPIs
estaduais e federais. Isso porque não há
Judiciário Municipal.
– Não podem decretar quebra de sigilo fiscal,
bancário ou telefônico

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