Buscar

Processo Legislativo (slide)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

29/09/2017
1
Processo Legislativo
Prof. Camila P. B. Gomes
Processo Legislativo
• Conjunto de atos realizados na produção de espécies
normativas primárias
• A inobservância do processo legislativo gera a
inconstitucionalidade formal do ato resultante
• Pode ser reconhecida pelo Judiciário (controle repressivo de
constitucionalidade)
• Pode ser evitada por meio do controle preventivo de
constitucionalidade (de competência dos Poderes Executivo e
Legislativo)
• No que tange às fases procedimentais, o processo
legislativo pode ser:
• Comum: visa a formação das leis ordinárias (leis comuns)
• Ordinário: tramitação completa do processo de elaboração da
lei ordinária. Não tem prazos rígidos para conclusão
• Sumário (urgência constitucional): tem as mesmas fases do
procedimento ordinário, mas existem prazos para deliberação
• Abreviado: dispensa a apreciação do projeto de lei pelo
plenário, considerando-se aprovado se for aceito pelas
comissões de cada casa
29/09/2017
2
• Especiais: seguem rito diferente do das leis ordinárias
• Emendas constitucionais
• Leis complementares
• Leis delegadas
• Medidas provisórias
• Decretos legislativos
• Resoluções
• Decretos autônomos
Existência, validade e eficácia 
da norma
• A lei é existente quando entra no ordenamento jurídico
• Aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo
• A lei é válida quando, além de existente, não apresenta
nenhum vício ou defeito em sua tramitação
• A lei é eficaz quando é capaz de produzir efeitos
• Já foi promulgada, publicada e passou pela “vacatio legis”
Espécies normativas e 
hierarquia
CONSTITUCIONAL
SUPRALEGAL
LEGAL
INFRALEGAL
(atos administrativos, contratos)
29/09/2017
3
• As normas constitucionais, sejam originárias ou decorrentes
de emenda constitucional, são dotadas de supremacia, não
possuem relação de hierarquia entre si
• Os atos normativos primários (retiram seu fundamento de
validade da própria Constituição) tem a mesma hierarquia
• Não há hierarquia entre lei complementar, lei ordinária, lei
delegada, decreto legislativo, medida provisória e resolução
• Não há hierarquia nem mesmo entre lei complementar e
ordinária
• STF entende que, caso uma lei complementar trate de matéria que
deveria ser de lei ordinária, não haverá inconstitucionalidade formal
e a lei será reconhecida como ordinária
• Tratados internacionais
• Regra geral, são incorporados ao ordenamento interno com
status de lei ordinária
• Aqueles que versam sobre direitos humanos:
• Se ingressarem no ordenamento pelo rito ordinário terão status
supralegal, com posição hierárquica abaixo da Constituição, mas
acima da legislação interna
• Se ingressar obedecendo o procedimento especial previsto no artigo
5º, §3ºCF, terá status de emenda constitucional
Processo Legislativo Ordinário
• Destina-se à elaboração de lei ordinária
• É composto de algumas fases: iniciativa; constitutiva
(deliberação parlamentar e deliberação executiva) e etapa
complementar (promulgação e publicação)
• FASE DE INICIATIVA
• Inicia o processo de formação da lei, por meio da apresentação
de projetos de lei ao Legislativo
• A iniciativa é o ato que dá início à tramitação do projeto de lei
29/09/2017
4
Fase introdutória: iniciativa
• Como regra, as iniciativas são exercidas perante a Câmara dos
Deputados (Casa iniciadora), funcionando o Senado como
Casa Revisora
• Exceção: iniciativa de Senador ou Comissão do Senado
• Espécies de iniciativa
• Iniciativa privativa, reservada ou exclusiva: surge quando apenas
determinado órgão ou autoridade tem o poder de propor leis
sobre certas matérias
• Iniciativa geral ou comum: prevista no art.61 CF. É aquela não
atribuída com exclusividade a um titular
• Iniciativa popular
Iniciativa privativa do Chefe do 
Executivo
• A iniciativa reservada não se presume e não comporta
interpretação ampliativa
• As regras de iniciativa aplicam-se ao legislativo estadual,
distrital e municipal, por força do princípio da simetria
• Hipóteses Constitucionais de iniciativa reservada ao
Presidente da República:
• Leis que fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas
• Leis que disponham sobre criação de cargos, funções ou
empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração
• disponham sobre organização administrativa e judiciária,
matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e
pessoal da administração dos Territórios;
• disponham sobre servidores públicos da União e Territórios,
seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria
• disponham sobre organização do Ministério Público e da
Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para
a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
• disponham sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos
da administração pública, observado o disposto no art. 84,
VI
29/09/2017
5
• Leis que disponham sobre militares das Forças Armadas, seu
regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva
• Eventual sanção presidencial não convalidará o vício formal de
iniciativa
• De acordo com o art.165CF, são de iniciativa do Poder
Executivo o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias
e os orçamentos anuais
• A competência reservada traz ao legitimado exclusivo a
discricionariedade quanto ao momento adequado para
encaminhamento do projeto de lei, não podendo o mesmo
ser forçado a deflagrar o processo legislativo, exceto se houver
prazo fixado na CF
Iniciativa privativa do 
Judiciário
• Art.93CF: Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal 
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura
• Art.96, II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais 
Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder 
Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus 
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem 
como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, 
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
Iniciativa geral ou comum
• Nos casos em que não há iniciativa reservada, aplica-se a regra 
geral, prevista no artigo 61 da Constituição Federal:
• A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos
casos previstos nesta Constituição.
29/09/2017
6
Iniciativa popular
• Art.61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles.
• Ressalvadas as matérias de iniciativa reservada, o projeto de lei
de iniciativa popular pode versar sobre qualquer matéria
Em outubro de 2014, 1% do eleitorado nacional correspondia a 
1.428.221 assinaturas
Fase Constitutiva
• É o momento de deliberação e votação pelo Legislativo,
seguido da manifestação do Executivo, por meio da sanção ou
veto
• Apresentado o projeto de lei, ele será submetido à apreciação
de duas comissões:
• Temática: avalia os aspectos materiais, discutindo o conteúdo da
proposta. Pode apresentar emendas ou emitir parecer opinativo,
a favor ou contra a aprovação da matéria.• Constituição e Justiça: avalia os aspectos formais. O parecer dessa
comissão é terminativo, ou seja, se for negativo, o projeto será
arquivado
• A CCJ exerce controle político preventivo de constitucionalidade
• Em regra, após passar pelas comissões, o projeto segue para a
deliberação plenária
• Encaminhado o projeto para deliberação, ele será discutido
e votado
• Durante as discussões em plenário, os parlamentares
podem apresentar emendas (modificações) ao projeto, que
devem guardar relação temática com este.
• Emenda supressiva: manda erradicar qualquer parte de outra
proposição.
• Emenda aglutinativa: resulta da fusão de outras emendas, ou
destas com o texto
29/09/2017
7
• Emenda substitutiva: apresentada como sucedânea a parte de
outra proposição, denominando-se “substitutivo” quando a
alterar, de forma substancial
• Emenda modificativa: altera a proposição sem a modificar
substancialmente.
• Emenda aditiva: é a que se acrescenta a outra proposição
• Emenda de redação: visa sanar vício de linguagem
Cabe emenda parlamentar em projeto de iniciativa reservada?
Sim, desde que guardem pertinência temática com o projeto
original e não impliquem aumento de despesa
• Encerradas as discussões, o projeto é colocado na pauta de
votação
• Art. 47 CF: Salvo disposição constitucional em contrário, as
deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas
por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.
• O quórum de instalação da sessão para votação plenária é a maioria
absoluta dos membros da Casa. Já o quórum de aprovação, no caso
de lei ordinária, é a maioria simples
• Votação na Casa iniciadora: um só turno 
• Projeto aprovado (com ou sem emendas): encaminha-se à Casa 
Revisora
• Projeto rejeitado: arquiva-se e aplica-se o princípio da
irrepetibilidade
• a mesma matéria só pode constituir objeto de novo projeto na
próxima sessão legislativa. Excepcionalmente, poderá haver
reapreciação da matéria, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas
do Congresso Nacional: art.67CF
• Se a matéria for de iniciativa reservada e o projeto for
rejeitado, aplica-se a regra do art.67?
• Nesses casos, não há nenhuma possibilidade de reapresentação
na mesma sessão legislativa, sob pena de vício de iniciativa.
Trata-se de hipótese em que o princípio da irrepetibilidade é
absoluto
29/09/2017
8
• Casa Revisora: um só turno de votação
• Projeto passa pelas comissões, discussão e votação
• Projeto aprovado como recebido (sem emendas): encaminhado
ao chefe do Executivo para sanção/veto
• Projeto rejeitado: arquivado com aplicação do princípio da
irrepetibilidade
• Projeto aprovado com emendas: retorna à Casa iniciadora para
que esta avalie as emendas.
• Emendas que apenas corrigem aspectos redacionais do projeto ou
não modificam o sentido da proposição jurídica não são analisadas
pela Casa Iniciadora
• Ao analisar as emendas feitas pela Casa Revisora, é
vedada a apresentação de subemendas (emenda
feita à emenda), sendo dois os resultados possíveis:
• Emenda aprovada: projeto com as emendas é enviado para
o Chefe do Executivo
• Emenda rejeitada: projeto em sua redação original, sem
emendas, é enviado para o Chefe do Executivo
A Casa iniciadora tem predominância sobre a Casa Revisora
• Após a aprovação do projeto nas duas Casas, ele seguirá para
a etapa de autógrafo, em que é produzido um documento
formal que reproduz o texto definitivamente aprovado pelo
Legislativo
• Projeto é encaminhado ao Chefe do Executivo (deliberação
executiva)
• Sanção expressa: O Presidente concorda com o projeto no prazo
de 15 dias úteis, contados do recebimento. Na sequência,
promulga e determina a publicação da lei
• Sanção tácita: Presidente deixa transcorrer 15 dias úteis,
contados do recebimento do projeto, sem se manifestar. Neste
caso, ele terá 48horas para promulgar a lei. Se não o fizer, o
Presidente do Senado a promulgará.
• Com a sanção, o projeto se converte em lei
O fato de sancionar a lei não impede o Chefe do Executivo de questionar 
sua constitucionalidade em momento futuro
29/09/2017
9
Veto
• Art. 66, § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto,
no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os
motivos do veto.
• O veto será apreciado em sessão conjunta do Congresso Nacional, no
prazo de 30 dias, a contar do seu recebimento, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos deputados e senadores,
em votação nominal (ostensiva, voto aberto)
• Veto mantido: projeto arquivado, com aplicação do princípio da
irrepetibilidade
• Veto derrubado: Faz com que o projeto se torne lei. Promulgação
pelo Presidente da República em 48 horas (promulgação sem
sanção). Se não o fizer, caberá ao Presidente do Senado a
promulgação
• O veto pautado em inconstitucionalidade é denominado veto
jurídico. Já o veto baseado em contrariedade ao interesse
público é conhecido como veto político.
• O veto pode ser total (incide sobre todo o projeto de lei) ou
parcial (somente abrangerá texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea).
• O veto não pode atingir palavra ou expressão isolada
• O veto é sempre expresso, devendo ser motivado e escrito.
Além disso é irretratável.
• Veto imotivado é considerado inexistente e produzirá os mesmos
efeitos da sanção tácita
Fase complementar
• Se dá com a promulgação e publicação da lei
• Promulgação: ato solene que atesta a existência da lei. Em regra, 
é de competência do Chefe do Executivo
• Publicação: exigência necessária para a entrada em vigor da lei
• O processo até aqui exposto visa a elaboração da lei ordinária,
que é ato legislativo primário dotado de generalidade e
abstração. É também utilizado para elaboração da lei
complementar, com duas distinções:
• Material: as matérias regulamentadas por lei complementar
estão taxativamente previstas na CF, restando um campo residual
às leis ordinárias
• Formal: lei complementar é aprovada por quorum de maioria
absoluta, enquanto a lei ordinária é aprovada por maioria simples
29/09/2017
10
Processo Legislativo Sumário
• Diferencia-se do ordinário pela existência de prazos fixados
para que as Casas deliberem sobre o projeto apresentado
• Surge quando o projeto de lei é apresentado pelo Chefe do
Executivo com solicitação de urgência
• Nesse caso, se as Casas não se manifestarem, cada qual
sucessivamente, em 45 dias, sobrestar-se-ão todas as
deliberações legislativas da respectiva Casa (trancamento da
pauta), com exceção das que tenham prazo constitucional
determinado, até que se ultime a votação
Emendas Constitucionais
• A Constituição precisa estar apta a se adaptar a mudanças
sociais
• Constituição rígida: possibilita a modificação da Constituição,
desde que observado um procedimento substancialmente
distinto (mais complexo) do previsto para a formação das leis.
• Enquanto o poder constituinte originário é ilimitado, o poder
constituinte derivado (ou reformador) é condicionado,
devendo obedecer algumas limitações
• Estas limitações podem ser expressas (formais, materiais e
circunstanciais) ou implícitas.
Limitações expressas
• Limitações formais: dizem respeito ao procedimento de
elaboração das emendas constitucionais
• Iniciativa: privativa e concorrente
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou 
do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se,cada uma delas, pela maioria relativa de 
seus membros.
• Os Municípios não possuem legitimidade para apresentar proposta 
de emenda constitucional
29/09/2017
11
• A Constituição não contempla a iniciativa popular para projetos de 
emenda constitucional
• Quórum de aprovação: A proposta de emenda constitucional será 
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três 
quintos dos votos dos respectivos membros.
• No processo de elaboração de emenda constitucional não há 
prevalência da Casa iniciadora sobre a Casa revisora
• Exige-se a aprovação de um texto igual, em dois turnos, pela Câmara e 
pelo Senado 
• De acordo com o STF, só é obrigatório o retorno à Casa inicial quando 
a modificação na segunda Casa Legislativa implicar em alteração 
substancial do texto
• Promulgação: emenda à Constituição será promulgada pelas
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o
respectivo número de ordem.
• Inexiste sanção ou veto no processo de formação das emendas
constitucionais
• Proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada: A
matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida
por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa.
• Limitações materiais
• Art. 60, §4º CF: Não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Cláusulas pétreas x hierarquia entre normas constitucionais
Não há hierarquia entre normas constitucionais originárias, de modo 
que as cláusulas pétreas não podem ser consideradas 
hierarquicamente superiores às demais normas constitucionais
29/09/2017
12
• Propostas tendentes a abolir cláusula pétrea não devem sequer 
ser objeto de deliberação pelo Congresso Nacional
• Limitações circunstanciais
• Art. 60, §1ºCF: A Constituição não poderá ser emendada na
vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de
estado de sítio.
Limitações implícitas
Estão fora do poder de reforma, sob pena de ruptura da ordem 
constitucional
• Titularidade do poder constituinte originário
• Titularidade do poder constituinte derivado
• O próprio processo de modificação da Constituição
• Impossibilidade de supressão dos fundamentos da República 
Federativa (soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana...)
Medidas Provisórias
• São atos normativos primários, provisórios e sob condição
resolutiva, de caráter excepcional no quadro da separação de
poderes, editados pelo Presidente da República (Paulo;
Alexandrino, 2015)
• Condição resolutiva é aquela em que o ato deixa de produzir
efeitos com o advento da condição
• A medida provisória, uma vez publicada, é remetida ao Congresso
nacional e começa a correr o prazo de validade (60 dias
prorrogáveis por mais 60)
• Se nesse período, o Congresso rejeitar a medida ou não apreciá-la, o
ato deixará de produzir efeitos (condição resolutiva)
• Se for aprovada pelo Congresso: converte-se em lei
29/09/2017
13
• Legitimado para a edição: Presidente da República
(competência exclusiva, indelegável)
• STF: se houver expressa previsão na Constituição estadual,
governadores também poderão editar medidas provisórias,
válidas na esfera estadual (desde que respeitados os parâmetros
da CF)
• Pressupostos constitucionais: relevância e urgência,
cumulativamente
• Esses pressupostos são analisados pelo Presidente da República,
quando edita a medida, e pelo Congresso Nacional, quando
analisa a conversão em lei
• O Judiciário só analisará esses pressupostos (controle da
discricionariedade) em casos excepcionais, de flagrante abuso
• Existem limitações materiais no que tange à edição de medidas 
provisórias, de modo que é vedada sua edição sobre matérias:
• I - relativa a: (a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos
políticos e direito eleitoral; (b) direito penal, processual penal e
processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais
e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
• II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular 
ou qualquer outro ativo financeiro;
• III - reservada a lei complementar;
• IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
• Não há vedação à edição de medida provisória sobre matéria
tributária, exceto nas hipóteses em que a CF exige lei
complementar
• Princípio da anterioridade tributária: o imposto só poderá ser
cobrado no exercício seguinte ao da conversão da medida
provisória em lei (art.62, §2º CF)
• Art.62, §10 CF: É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, 
de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha 
perdido sua eficácia por decurso de prazo.
29/09/2017
14
• Produção de efeitos
• A medida provisória começa a produzir efeitos assim que editada 
e tem força de lei
• Sua eficácia é de 60 dias, prorrogáveis uma única vez, por igual 
período. Esse prazo será suspenso durante o recesso parlamentar
• Essa suspensão ocorre porque se o Congresso estiver em recesso,
não há convocação extraordinária motivada em necessidade de
analisar MP. Ressalte-se, porém, que se o Congresso for convocado
extraordinariamente, por um dos motivos previstos no art. 57,§6º, as
medidas provisórias em vigor serão automaticamente incluídas na
pauta da convocação
• Procedimento
• Devem ser apreciadas por uma comissão mista (12 deputados
federais e 12 senadores), que verifica seus aspectos
constitucionais e de mérito e apresenta parecer opinativo,
favorável ou desfavorável à conversão em lei
• Após o parecer da comissão mista, a medida provisória é
encaminhada para discussão e votação em cada casa
• A Câmara é a Casa iniciadora
• Pode haver emendas parlamentares, desde que guardem relação de
pertinência temática com a MP
• Regime de urgência constitucional: Art. 62§ 6º CF: Se a
medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco
dias contados de sua publicação, entrará em regime de
urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do
Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a
votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em
que estiver tramitando
• Trata-se do prazo para trancamento da pauta, que não se
confunde com o prazo para apreciação da medida provisória
29/09/2017
15
• Rejeição ou conversão em lei
• Se as duas Casas Legislativas aprovarem o texto, sem nenhuma
modificação, haverá conversão em lei sem alterações do texto e
encaminhamento ao Presidente da Mesa do Congresso para
promulgação. (não há sanção ou veto)
• Se houver emendas ao texto da medida provisória, esta se
tornará um projeto de lei de conversão e seguirá o trâmite
legislativo ordinário, sendo encaminhado ao Presidente da
República para sanção ou veto
• A medida pode ser rejeitada expressa ou tacitamente.
• Expressa: qualquer das Casas do Congresso a rejeita e não permite a
conversão em lei no prazo em que está produzindo efeitos
• Tácita: ocorre em razão do decurso do prazo, sem análise do
Legislativo
• Se a MP for rejeitada, ou seja, não for convertida em lei dentro do
prazo determinado, ela perderá a eficácia desde a sua edição
(efeitos “ex tunc”)
• No caso de rejeição, cabe ao Congresso Nacional editar um
decreto legislativo, no prazo de 60 dias, para regular as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a
vigência da medida provisória
• Caso o referido decreto não seja editado, essas relações jurídicas
continuarãoa ser regidas pela medida provisória (ultraeficácia da
medida provisória, que passa a reger, definitivamente, as relações
jurídicas que se formaram durante o tempo em que ela vigorou)
• O STF não admite que uma MP já remetida ao Congresso 
Nacional, seja retirada pelo Chefe do Executivo
• O STF admite, no entanto, que uma nova MP revogue os 
efeitos de uma MP ainda não apreciada pelo Congresso 
Nacional
• Em função do caráter precário da MP, eventuais leis que sejam 
com ela incompatíveis ficarão com a eficácia suspensa até a 
decisão do CN. Se este rejeitar a MP, a lei ordinária volta a 
produzir efeitos; se o CN converter ele lei, haverá a revogação 
da lei anterior com ela incompatível.
29/09/2017
16
• A atual disciplina das medidas provisórias foi dada pela EC
32/2001
• As medidas provisórias editadas antes dessa data continuam
vigor até que medida provisória posterior as revogue
explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso
Nacional.
Lei delegada
• Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional.
• A primeira fase do processo de elaboração da lei delegada é
chamada de iniciativa solicitadora e cabe ao Presidente da
República
• A delegação ao Presidente da República terá a forma de
resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo
e os termos de seu exercício.
• É vedada a delegação genérica, vaga ou imprecisa
• O Congresso Nacional pode sustar os atos que exorbitem dos limites
da delegação legislativa (veto legislativo)
• A delegação do Congresso Nacional pode ser de dois tipos:
• Típica: o Congresso concede plenos poderes ao Presidente da 
República para elaborar, promulgar e publicar a lei delegada, sem 
participação ulterior do Legislativo (regra).
• Atípica: aquela que determina a apreciação do projeto pelo
Congresso Nacional, caso em que este a fará em votação única,
vedada qualquer emenda
29/09/2017
17
• Art. 68 § 1º Não serão objeto de delegação os atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem
a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos
e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
Decretos legislativos
• Atos do Congresso nacional que visam disciplinar matérias de
sua competência exclusiva, para as quais a Constituição
Federal dispensa a sanção presidencial
• Não deve ser confundido com o decreto administrativo, de
competência do Executivo
• Utiliza-se o decreto legislativo no caso das matérias previstas
no art.49CF, bem como para regular os efeitos da medida
provisória não convertida em lei
Resoluções
• São atos utilizados pelas Casas legislativas para dispor sobre 
assuntos políticos e administrativos de sua competência, 
como os previstos nos artigos 51 e 52CF.

Outros materiais