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1ª aula - Coleta, transporte e processamento de amostras para exames microbiológicos

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COLETA , TRANSPORTE E PROCESSAMENTO DE Amostras para
 Exames microbiológicos 
Profa : Eulália Azevedo Ximenes 
FLORA Normal 
Pele
Staphylococcus
Micrococcus
Propionibacterium
Corynebacterium
Streptococcus
Malassezia
Pityrosporum
Cavidade oral
Lactobacillus
Neisseria
Streptococcus
Fusobacterium
Actinomyces
Treponema
Bacteroides
Trato respiratório
Staphylococcus
Corynebacterium
Streptococcus
Hemophilus
Neisseria
Branhamella 
Trato digestório 
Lactobacillus Bacteroides
Lactobacillus
Enterococcus
Escherichia coli
Proteus
Klebsiella
Enterobacter
Bifidobacterium
Citrobacter
Fusobacterium
spirochetes
Trato urogenital 
Streptococcus
Bacteroides
Mycobacterium
Neisseria
Enterobacter
Clostridium
Lactobacillus
Candida
Trichomonas
Ouvido
Staphylococcus
Corynebacterium
Olhos
Staphylococcus Streptococcus
Neisseria
Roteiro a ser seguido para coleta , transporte e Processamento de Amostras para Análise Microbiológica 
*O material deve ser representativo do local da infecção, deve-se evitar a contaminação com outras amostras de sítios adjacentes;
* Seguir os tempos estabelecidos para o transporte a fim de obter a maior chance de recuperação dos micro-organismos envolvidos, especialmente em relação às hemoculturas e outros materiais de maior importância clínica e diagnóstica;
* Obter uma quantidade suficiente da amostra para poder realizar os testes solicitados
pelo médico;
* Utilizar sempre o material mais adequado para a coleta e semeadura de cada tipo de
amostra; 
* Quando necessário, utilizar o meio de transporte compatível com os micro-organismos mais prováveis de serem isoladas;
*Obter as amostras, preferencialmente, antes da utilização de antimicrobianos;
* Exames diretos devem ser realizados juntamente com as culturas, para melhor
interpretação dos resultados;
 * Cada amostra deve ser sempre bem identificada;
	**nome do paciente 
	**nº da etiqueta
	**nº do prontuário
	**unidade de internação
	**data e hora da coleta
	**exames solicitados
	**indicação clínica
	**doença de base
	**informações sobre a utilização de antimicrobianos e identificação legível do médico requisitante.
* O pessoal técnico deve ser imediatamente informado da entrega da amostra.
Amostra
Tempo Crítico
Frascos e Meios de Transporte
Líquor
Imediatamente (não refrigerar)
Tubo seco estéril
Líquido pleural
Imediatamente (não refrigerar)
Tubo seco estéril
Secreçõescoletadas comSwab
Imediatamente (não refrigerar)
Tubo seco estéril
meio semi sólido (Stuart, Amies)
Micro-organismos
Anaeróbios
30 minutos
Meio de transporte apropriado 	 Evitar otransporteem seringa comagulha
Feridas e tecidos
30 minutos ou até 12 horas seemmeio de transporte
Meio de transporte apropriado
Hemocultura
30 minutos (não refrigerar)
Frascos com meios de cultura para rotina manualou automatizada
Trato respiratório
30 minutos
Tubo seco estéril
Trato gastrintestinal
1 hora
Tubo seco estéril
Urina
1 hora ou refrigerada até 24 horas
Tubo seco estéril
Fezes
12 horas se em meio de transporte
CaryBlairmeio modificado para transportede fezes, com pH 8,4. Boa recuperaçãotambémparaVibrio eCampylobacter
Critérios para coleta de amostras destinadas à :
Hemocultura:
* O sangue deve ser coletado antes de se iniciar a terapia antimicrobiana. Se isso não
for possível, coletar a amostra imediatamente antes da próxima administração do antimicrobiano.
*Fazer anti-sepsia do local da punção venosa, 
álcool a 70% , solução iodada a 1% ou com solução de clorohexidina 
Deixar secar a área por 1 a 2 minutos 
* Coleta de pelo menos duas hemoculturas, num período de 24 horas com um intervalo de 30 a 60 minutos entre elas. 
	
	 90% dos episódios de bacteremia costumam ser detectados.
* O volume de sangue recolhido deve ser de 1/10 do volume do frasco. ( 4mL/40mL da capacidade do frasco. 
 * A quantidade de sangue colhidos por dia 
 	* Adultos – até 20 mL
	*Crianças entre 1 e 5 mL
	* Polianetol sulfonato de sódio – 0,025%- 0,030%
	*2 frascos – aeróbios 
	* 1 frasco para fungos /micobactérias 
	*1 frasco para anaeróbios 
 ATENÇÃO - Nunca colocar os frascos de hemocultura em geladeira:
	* Sensibilidade de diversos microorganismos a baixas temperaturas 
		 Neisseria, Haemophilus
* Bactérias consideradas geralmente como contaminantes :
	Streptococcus epidermidis, Streptococcus do grupo viridans;
	*espécies do gênero Corynebacterium, Bacillus ;
	Propionibacterium tem importância clínica se forem isoladas de mais de uma amostra do mesmo paciente .
* O número máximo de frascos é de até 4 por dia para um mesmo paciente; 
* Não se deve colher amostras a partir de um cateter intravascular;
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO - LCR:
O LCR é coletado geralmente por meio de punção lombar, entre L3 e L4;
* O material é recolhido em dois frascos estéreis e imediatamente semeado em meio de ágar chocolate; 
*Não se deve manter esses materiais em geladeira ou a baixas temperaturas; 
* Realizar uma bacterioscopia e pesquisa de antígeno bacteriano quando a
bacterioscopia for sugestiva de meningite (glicose baixa, proteína elevada, aumento de polimorfonucleares)
Nos casos de infecção por micobactéria ou por Cryptococcus neoformans –
	Pesquisa de BAAR ou de leveduras (método da tinta nanquim), após centrifugação do material (3000 rpm por 30 minutos), desprezando o sobrenadante e utilizando apenas o sedimento para a análise.
Laboratório de Microbiologia deverá ficar com o tubo que contiver menos sangue.
Líquidos corpóreos e estéreis 
 *Quais são ?
	Líquido pleural, líquido peritoneal, líquido pericárdico, líquido sinovial e líquido ascítico 
* Coleta 
 Por aspiração utilizando seringa com agulha -volume de 5 a 10 mL. 
 Obter a amostra através de punção percutânea ou cirúrgica
Encaminhar para o laboratório o líquido coletado em tubo seco e estéril ou inoculado diretamente nos frascos do equipamento de automação de hemoculturas.
* Processamento das amostras: 
	Exames diretos - Microscopia - coloração de Gram, Ziehl – Neelsen e pesquisa de fungos, acordo com a solicitação médica após anamnese. 
	Cultura- Semeio em ágar sangue, ágar MacConkey , ágar chocolate
	inocular parte do material em um frasco normalmente utilizado para hemocultura,
Para os exames diretos recomenda-se (nos casos de material fluido) centrifugação
da amostra (3.000 rpm por 30 minutos), sendo descartado o sobrenadante e o esfregaço
realizado a partir do sedimento. 
Secreções do trato respiratório
Secreção de nasofaringe – 
	Coqueluche (Bordetella pertussis) - Swab previamente umedecido em água ou salina estéril e inocular logo em seguida em meio de Regan-Lowe ágar (composto de ágar carvão com 10% de sangue de cavalo e cefalexina)
	S. aureus (clones MRSA), coletar o material com swab e semear em agar manitol salgado. 
Secreção de orofaringe 
Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) semear em meio ágar sangue com trimetoprim e em caldo Todd-Hewitt. 
Epiglotite - H. influenzae semear em ágar chocolate suplementado com fatores V e X ou usando a técnica do satelitismo, com uma estria de estafilococo (com as placas incubadas em atmosfera de 5% de CO2.
 
Difteria- Corynebacterium
A partir da cultura preparar dois esfregaços 
	Um corada pelo Gram e outra pelo Löffler (azul de metileno), para visualizar granulações metacromáticas .
Escarro, lavado bronco-alveolar e aspirado traqueal
*O escarro 
	Pneumonia, tuberculose ???
 	Avaliação de uma boa coleta - Uma maneira de avaliarmos se a amostra foi adequadamente coletada é a relação de polimorfonucleares e células epiteliais, em um campo microscópico com aumento de 400x. Mais de 10 polimorfonucleares/campo e menos de 10 células epiteliais/campo é a relação esperada nesses casos.
*Tipo de paciente 
 	Comunitário - Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Haemophilus influenzae
	Hospitalar- enterobactérias (Klebsiella pneumoniae, Serratia marcescens etc )
bacilos Gram negativos não fermentadores (Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp., etc.)
O semeio : ágar sangue, ágar chocolate, ágar MacConkey e em um meio líquido -caldo tioglicolato de sódio ou tríptico de soja(TSB).
Lavado broncoalveolar- BAL 
	Utilizado para obtenção etiológica das pneumonias associadas a ventilação mecânica e em paciente imunodeprimidos, sendo considerado o método mais fidedigno para investigação microbiológica do trato respiratório inferior.
	Os agentes etiológicos da pneumonia estão geralmente presentes em altas concentrações nas secreções pulmonares ( > 105 – 106 UFC/mL)
	
	Atenção!!! É necessário enumeração de colônias
	Alça calibrada de 0,01 mL onde o nº de colônias encontradas na placa de ágar sangue deve ser multiplicado por 100 .
	
	Duas alíquotas em recipientes distintos:
	
	A primeira alíquota deverá ser colocada em frasco identificado como primeira amostra (utilizada para esfregaços microbiológicos).
 	 As outras amostras poderão ser coletadas em um único frasco estéril. Somente estas amostras deverão ser utilizadas para a cultura quantitativa, evitando falsas contagens.
 	Tempo de transporte – 30 min- 12 horas 
 FERIDAS, ABSCESSOS E EXSUDATOS
	O termo “secreção de ferida” não é apropriado como informação da origem do material coletado. 
	As margens e superfície da lesão devem ser descontaminadas com solução de povidine iodine (PVPI) e soro fisiológico 50% v/v.
	Proceder à limpeza com solução fisiológica.
	Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida, aspirado com seringa e agulha. Quando a punção com agulha não for possível, aspirar o material somente com seringa tipo insulina.
	Swabs (menos recomendados) serão utilizados quando os procedimentos acima citados não forem possíveis. 
	A escarificação das bordas após anti-sepsia pode produzir material seroso que é adequado para cultura.
	A cultura de lesões secas e crostas não é recomendada, a menos que a obtenção de exsudato não seja possível.
	A coleta de ferida de queimadura- Biópsia da pele é a técnica mais recomendada.
INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAS DE TECIDO SUBCUTÂNEO E AMOSTRAS DE PELE
	A superfície da ferida de queimadura estará colonizada pela microbiota do próprio paciente e/ ou pelos micro-organismos do meio ambiente em que se encontra. 
	Quando a colonização de bactérias for grande, pode ocorrer infecção subcutânea, resultando numa bacteremia. 
	Cultura somente do tecido superficial é desaconselhável. 	
	Portanto, biópsia de tecido profundo é o mais indicado.
	Os micro-organismos não ficam distribuídos somente na ferida queimada. Por isso, recomenda-se:
	Coletar amostras de áreas adjacentes da queimadura.
	Desinfetar a superfície com solução de iodo (tintura de iodo 1% a 2 % ou PVPI a 10%), que deverá ser removida com álcool 70% para evitar queimadura e reação alérgica. 
	No caso de pacientes queimados usar solução aquosa de PVPI a 10% e ou solução fisiológica.
	
	Coletar amostra de punção de biópsia (3 mm a 4 mm) para cultura.
CONSIDERAÇÕES PARA COLETA DE TECIDO SUBCUTÂNEO E AMOSTRAS DE TECIDO
Bactérias em geral Aspirado ou amostra de biópsia são preferíveis ao invés de 			swab
 bactérias anaeróbias Não é comum para queimaduras, úlceras, nódulos ou 				infecções superficiais da pele; usado para mordeduras e 				traumas
Fungos Usada para diagnosticar dermatófitos, leveduras e fungos filamentosos
		dimórficos
Micobactérias Útil no diagnóstico de M. marinum, M. fortuitum e M. chelonei
BIÓPSIA DA PELE
	Descontaminação; 
	Procedimento médico, coletar 3 mm a 4 mm de amostra.
	Colocar num recipiente estéril, sem formalina, com meio de cultura líquido.
SECREÇÃO DE OUVIDO
CONDUTO AUDITIVO EXTERNO E MÉDIO (ATÉ A MEMBRANA TIMPÂNICA).
	Remover secreção superficial com um swab umedecido em salina estéril e com outro swab obter material fazendo rotação no canal.
	Inserir o swab no meio de transporte – meio Stuart.
CONDUTO AUDITIVO INTERNO
 	Membrana timpânica rompida: o médico deve proceder como no item anterior e com espéculo ou cone de otoscópio coletar material com swab e em seguida inserir no meio de transporte. 
	Com outro swab, fazer esfregaço para coloração Gram.
 	Membrana íntegra: usar seringa para puncionar a membrana ou sistema apropriado para aspiração e coletor
	Meio de transporte para conservação e processamento da amostra 
	fazer lâmina para bacterioscopia e posteriormente cultura 
SECREÇÃO OCULAR
	As culturas deverão ser coletadas antes da aplicação de antibióticos, soluções anti-sépticas colírios ou outros medicamentos.
	Desprezar a secreção purulenta superficial e, com swab colher o material da parte interna da pálpebra inferior. 
	Identificar corretamente a amostra e enviar imediatamente ao laboratório, evitando a excessiva secagem do material.
SECREÇÃO DE MATERIAL GENITAL
	
 Sítios corpóreos não indicados para o cultivo de Micro-organismos anaeróbios
TRATO FEMININO
Endocérvix
	Vagina
	Uretra
	Placenta
	Vulva
	Sítio externo do genital feminino
				
				TRATO MASCULINO
				Uretra
				Fluido prostático
				Fluido Seminal
SECREÇÃO DE MATERIAL GENITAL
Indicados para o Cultivo de Anaeróbios
Placenta (origem de cesárea)
Endométrio
Trompa de Falópio 
Aspirado cervical
Ovário
Glândulas de Bartholin
Casos Especiais 
	Nos casos de infecção por Chlamydia trachomatis deverá ser solicitado exame por imunofluorescência ou por biologia molecular (PCR). Pode ocorrer associação entre infecções por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
	Material purulento, proveniente da glândula de Bartholin, poderá ser obtido diretamente do ducto, após massagem digital ou colhida através de seringa
	 Endométrio: este tipo de material é melhor coletado por curetagem. Recomenda-se o uso de swabs protegidos para coleta via cervix, para evitar contaminação com a flora vaginal.
	DIP (Doença Inflamatória Pélvica): O material é coletado por técnica invasiva. O líquido peritoneal pode ser coletado por aspiração do fundo de saco vaginal (culdocentese). 
Material retirado
	Diretamente dos ovários ou trompas é coletado cirurgicamente.
 	Vulva: raspados, aspirados ou biópsia não têm muito valor para cultura a não ser em casos de suspeita de sífilis. 
	Nos casos de sífilis, a lesão deverá sofrer uma abrasão cuidadosa com gaze seca até que um fluido seroso comece a fluir, tomando cuidado para evitar sangramento, o que acarreta interferência no exame em microscópio em campo escuro. 
	
 	DIU (Dispositivo Intra-Uterino): deve ser removido pelo médico evitando-se contaminação cervical ou vaginal. 
	Coloque todo o DIU dentro de um recipiente estéril para ser transportado para o
laboratório.
	Cultura semi-quantitativa para Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum podem ser realizadas com kits comercializados. 
	Chlamydia trachomatis: não aceitar secreção vaginal para pesquisa de Chlamydia, uma vez que este micro-organismo não pode crescer nas células epiteliais escamosas da vagina Chlamydia são parasitas intracelulares obrigatórios do epitélio colunar do cérvix. 
	Realizar coleta de material endocervical, raspando-se o endocérvix para obter células e secreção. O swab deverá ser inoculado imediatamente em meio de transporte especial ou preparar as lâminas para coloração especial.
	Detecção de estreptococos do grupo “B” em mulheres: 
	culturas cervicais não são aceitáveis e não se devem utilizar espéculos. 
	Coleta com swab na vagina e outro do orifício anorretal. Os swabs devem ser colocados em meios de transporte.
Cultura para anaeróbios do trato genital feminino
	Descontaminar o canal cervical com swab embebido de PVPI aquoso a 10%.
	Coletar amostra do trato genital superior de forma a obter material celular da parede uterina.
	Amostras coletadaspor laparoscopia ou cirurgia, também são apropriadas para cultura de anaeróbios.
	Cultura de dispositivo intra-uterino (DIU) tem valor estratégico para cultivo anaeróbio de Actinomyces sp.
SECREÇÃO URETRAL
	Nesseria gonorrhoeae é uma bactéria muito sensível e pode morrer rapidamente se não for semeada imediatamente após a coleta.
	Desprezar as primeiras gotas da secreção.
	Coletar a secreção purulenta, de preferência pela manhã, antes da primeira micção ou há pelo menos duas horas ou mais, sem ter urinado.
	Coletar com alça bacteriológica descartável ou swab estéril fino.
	Colocar a amostra em meio de transporte e preparar as lâminas para bacterioscopia da secreção fresca.
 	Encaminhar imediatamente para o laboratório.
	Em pacientes assintomáticos, deve-se coletar a amostra através de massagem prostática ou com pequeno swab inserido alguns centímetros na uretra.
SECREÇÃO ANAL
	Inserir o swab cerca de 1 cm do canal anal e fazer movimentos de lado a lado para coletar material das criptas anais.
	Colocar a amostra em meio de transporte e enviar o swab imediatamente ao laboratório.
Cultura
Amostra recomendada
Bactéria
Fluido prostático, cervical, vaginal
Fungo
Anal, vaginal ou cervical
Anaeróbio
Aspirado do epidídimo, fluido amniótico, fluido de abscesso
Trichomonasvaginalis
Vaginal, fluido prostático
Neisseriagonorrhoeae
Cervical, uretral, anal
Chlamydiatrachomatis
Raspado uretral ou cervical
Treponemapallidium
Lesão genital
Obs.: lesões secundárias de sífilis são mais comumente encontradas em membranas mucosas e pele (incluindo mão e pé); mas qualquer parte do corpo pode ser afetada.
Haemophilusducreyi
Úlcera da área perianal e genitália e nódulo inguinal
Mycoplasmahominis
Canalendocervicale uretra
CONSIDERAÇÕES PARA COLETA DE SECREÇÕES DO TRATO ANO-GENITAL
23
FEZES
	
	Devem ser coletadas no início ou fase aguda da doença, quando os patógenos estão usualmente presentes em maior número e preferencialmente, antes da antibioticoterapia.
	Coletar as fezes e colocar em um frasco contendo o meio para transporte 
(Cary Blair ou salina glicerinada tamponada);
	Preferir sempre as porções mucosas e sanguinolentas;
 	Fechar bem o frasco e agitar o material.
	Se a amostra não for entregue no laboratório em uma hora, conservar em geladeira a 4°C, no máximo por um período de 12 horas. 
SWAB RETAL
	 Usar swab de algodão, certificando-se de que a ponta da haste que suporta o algodão está bem revestida.
	Umedecer o swab em salina estéril (não usar gel lubrificante) e inserir no esfíncter retal, fazendo movimentos rotatórios.
	Ao retirar, certifique-se que existe coloração fecal no algodão. O número de swabs depende das investigações solicitadas.
	 Identificar a amostra e enviar ao laboratório no intervalo de 30 minutos ou utilizar o meio de transporte fornecido.
URINA
A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do dia, ou então após retenção vesical de duas a três horas.
CRIANÇAS
	Assepsia rigorosa prévia dos genitais com água e sabão neutro, e posterior secagem com gaze estéril.
Modo de coleta:
	O Ideal é jato intermediário (jato médio) espontâneo. Bem indicado em crianças que urinam sob comando, usado também em lactentes. Em lactentes em que não se consegue coletar através do jato médio, pode-se usar o saco coletor de urina, porém a troca deve ser realizada de 30 em 30 minutos e, ao trocar o coletor, refazer a assepsia. Em casos especiais (RN, lactentes de baixo peso, resultados repetidamente duvidosos) indicar punção vesical suprapúbica, que deverá ser realizada por médico.
ADULTOS SEXO FEMININO
	A coleta de amostras do sexo feminino deve ser supervisionada pessoalmente por uma enfermeira ou auxiliar treinada. O processamento laboratorial deve ser feito dentro de duas horas. Caso não seja possível, as amostras deverão ser refrigeradas a 4ºC até o momento da semeadura (no máximo de 24 horas).
	Remover toda a roupa da cintura para baixo e sentar no vaso sanitário.
	Separar as pernas tanto quanto for possível.
	Afastar os grandes lábios com uma das mãos e continuar assim enquanto fizer a higiene e coleta
do material.
	Usar uma gaze embebida em sabão neutro, lavar de frente para trás e certificar-se que está
limpando por entre as dobras da pele, o melhor possível.
	Enxaguar com uma gaze umedecida, sempre no sentido de frente para trás.
	Continuar afastando os grandes lábios para urinar. O primeiro jato de urina deve ser desprezado no vaso sanitário. Colher o jato médio urinário no frasco fornecido pela enfermagem (um pouco mais da metade do frasco). 
	Evite encher o frasco.
	Fechar bem o frasco e caso haja algum respingo na parte externa do frasco, lave-o e enxugue-o.
ADULTOS SEXO MASCULINO
A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do dia, ou então após retenção vesical de duas a três horas.
Pacientes cateterizados com sistema de drenagem fechada:
	Colher a urina puncionando-se o cateter na proximidade da junção com o tubo de drenagem.
	Não colher a urina da bolsa coletora.
	No pedido laboratorial deverá constar que o paciente está cateterizado.
 ATENÇÃO !!!
	Não aceitar, sem exceção, as coletas de 24 horas dos materiais clínicos para cultura, particularmente de urina para o isolamento de micobactérias, devido a possível contaminação do material.
INSTRUÇÕES PARA ANAERÓBIOS
	Anaeróbios podem estar envolvidos em infecções nas mais diversas partes do organismo humano. 
	A coleta deve ser feita evitando-se contaminação com a flora normal endógena. Na solicitação médica deve constar também cultura para microrganismos aeróbios. A boa comunicação entre o corpo clínico e o laboratório com o fornecimento de informações como impressão clínica, estado do paciente ou suspeita de organismo incomum assegura o sucesso da cultura anaeróbia.
	Sempre que possível, mediante uma solicitação de cultura para anaeróbios, a amostra deve ser coletada através de aspirado com agulha e seringa ou através de fragmentos do tecido infectado.
	
A coleta com swab é a menos recomendada pelas seguintes razões:
	Material pode ser facilmente contaminado com organismos presentes na pele ou na superfície mucosa.
	Os anaeróbios ficarão expostos ao oxigênio ambiente.
	Material está sujeito à secagem excessiva.
	A quantidade de material encaminhada é relativamente pequena.
	São menos satisfatórios que os aspirados para preparação de esfregaços utilizados na análise microscópica, assim como para exame direto macroscópico (grânulos de enxofre - típico em actinomicose).
	O uso de swab com meio de transporte específico deverá ser utilizado como última opção.
AVALIAÇÃO DAS AMOSTRAS PARA CULTURA DE ANAERÓBIOS
Sítio
Amostra Aceitável
Amostra Inaceitável
CABEÇA E PESCOÇO
*Aspirado do abscesso coletado com agulha e seringa após descontaminação da superfície
*Material de biópsia coletado por cirurgia
*Swabobtido por cirurgia quando for impraticável a aspiração
*Swabde orofaringe e nasofaringe
*Swabgengival
*Material superficial coletado comswab
PULMÃO
* Aspirado trans-traqueal
* Material obtido de punção pulmonar percutâneo
* Material de biópsia obtido
cirurgicamente
* Amostrabroncoscópicaobtida com cateter “doublelumen”evitando contaminação
*Escarro expectorado
*Escarro induzido
*Aspirado endotraqueal *Materialbroncoscópiconão coletado adequadamente
SNC
*Liquor
*Aspirado de abscesso obtido com
agulha e seringa
*Material de biópsia obtido por cirurgia
*Swabaeróbio
Sítio
Amostra Aceitável
Amostra Inaceitável
ABDÔMEN
*Fluido peritoneal obtido com agulha e seringa
*Aspirado de abscesso obtido com
agulha e seringa
*Bile
*Swabaeróbio
TRATO
URINÁRIO
*Material de biópsia obtido por cirurgia
*Aspirado supra-púbico
* Urina
*Urina de cateter
TRATO GENITAL
FEMININO
*Material de laparoscopia
*Aspirado endometrial obtido por sucção ou curetagem após descontaminação
*Material de biópsia obtido por cirurgia
* DIU (Dispositivointra-uterino), somente paraActinomycessp
*Swabvaginal ou cervical
Continuação 
Sítio
Amostra Aceitável
Amostra Inaceitável
OSSOS E
ARTICULAÇÕES
*Aspirado obtido com agulha e seringa
*Material de biópsia obtido por cirurgia
*Material de superfície coletado comSwab
TECIDOS MOLES
*Aspirado obtido com agulha e seringa
*Material de biópsia obtido por cirurgia
*Aspirado do trato sinusal obtido com
cateter plástico
*Aspirado profundo de ferida aberta
obtido após descontaminação da pele
*Material de superfície coletado da pele ou bordos da ferida
*Material coletado comSwab
ESTÔMAGO E
INTESTINO
DELGADO
*Somente na Síndrome de Alça Cega ou
*Síndrome de Má Absorção
*Material coletado comSwab
INTESTINO GROSSO
*Somente para cultura ou pesquisa de
toxinas quando houver suspeita de
C.difficileou C.botulinum
*Material coletado comSwab
Continuação 
TEMPO DE TRANSPORTE X VOLUME DE AMOSTRA
Amostra
Tempo ótimo para transporte ao laboratório
Aspirados:
*inferior a 1mL
*superior a 1mL
15 minutos – temperatura ambiente
30 minutos – temperatura ambiente
Meio de transporte anaeróbio
2 horas – temperatura ambiente
Tecido ou material de biópsia
*recipiente estéril
*meio de transporte ou bolsa anaeróbia
30 minutos – temperatura ambiente
2 horas – temperatura ambiente
Swabsanaeróbios
em tubo com atmosfera anaeróbia
em meio de transporte anaeróbio
1 hora – temperatura ambiente
2 horas – temperatura ambiente

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