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COCOS GRAM POSITIVOS, CULTURA DE OROFARINGE, LCR E HEMOCULTURA

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QUESTÕES EXAMES BACTERIOLÓGICOS
APROFUNDAMENTO PARA O II EXERCÍCIO
(COCOS GRAM POSITIVOS, CULTURA DE OROFARINGE, LCR E HEMOCULTURA)
1. Quais as características gerais do gênero Staphylococcus (família, coloração de Gram, arranjos, motilidade, tamanho, crescimento e cor)?
O gênero Staphylococcus pertenceu à família Micrococcaceae, porém, estudos genéticos e análises quimiotaxonômicas documentaram a diversidade dos gêneros que estavam inclusos nessa família. Os Staphylococcus pertencem à linhagem filética Bacillus/Lactobacillus/Streptococcus, filo Firmicutes, Gênero I na Família V (“Staphylococcaceae”), Ordem I (BacillalesAL), na Classe III “Bacilli”. Os Staphylococcus são cocos gram-positivos imóveis, não-formadores de esporos e catalase-positivos. Esses microorganismos ocorrem na forma de células isoladas, em pares, tétrades e cadeias curtas, porém aparecem predominantemente em grupos semelhantes a cachos de uva. As espécies são, em sua maioria, anaeróbios facultativos, exceto S. aureus e S. saccharolyticus. Essas duas espécies crescem em condições anaeróbicas e, ao contrário das espécies facultativas, são frequentemente catalase-negativas. Em esfregaços diretos de amostras clínicas corados pelo método de Gram, os estafilococos aparecem como cocos gram-positivos ou gram-variáveis, cujo diâmetro varia de 0,5 a cerca de 1,5 µm. O aspecto macroscópico da colônia em meio sólido mostra presença de pigmento e hemólise em ágar sangue. A cor varia do branco ao amarelo.
2. Qual o teste que determina a sua identificação primária?
Teste de catalase positiva.
3. Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente em várias manifestações clínicas. Determine: Quais as doenças que pode produzir, os sítios de infecção que pode acometer, o seu habitat normal e as principais vias de transmissão?
S. aureus é o patógeno humano mais importante entre os estafilococos. É encontrado no ambiente externo e nas narinas anteriores de adultos. Outros locais de colonização incluem as pregas cutâneas intertriginosas, o períneo, as axilas e a vagina. Apesar de esse microrganismo constituir frequentemente parte da microbiota humana normal, ele pode produzir infecções oportunistas significativas em condições apropriadas. Os fatores que podem predispor um indivíduo a infecções graves por S. aureus incluem: defeitos na quimiotaxia dos leucócitos, defeitos na opsonização por anticorpos, defeitos na destruição intracelular das bactérias após fagocitose, lesões cutâneas, presença de corpos estranhos, infecção por outros agentes (particularmente vírus), doenças subjacentes crônicas (neoplasias malignas, alcoolismo e cardiopatia), administração profilática ou terapêutica de antimicrobianos. 
S. aureus pode causar uma variedade de processos infecciosos, que incluem desde infecções cutâneas relativamente benignas até doenças sistêmicas potencialmente fatais. As infecções cutâneas incluem foliculite simples e impetigo, bem como furúnculos e carbúnculos, que afetam os tecidos subcutâneos e produzem sintomas sistêmicos, como febre. Pode causar ainda pústulas e abscessos. Seus sítios de infecção são: orofaringe, urina, sangue, feridas, ponta de cateter, dreno, entre outros. Tem como via de infecção o contato direto e vias aéreas.
4. Quais as enzimas extracelulares que o Staphylococcus aureus pode possuir? Detalhe cada uma delas.
S. aureus produz diversas enzimas que contribuem para a sua virulência. 
A produção de catalase por esses microrganismos pode atuar ao inativar o peróxido de hidrogênio e radicais livres tóxicos formados no interior das células fagocíticas, após a ingestão dos microrganismos.
A coagulase pode existir na forma livre no meio ou numa forma ligada a célula. Liga-se à protrombina e torna-se enzimaticamente ativa, catalisando, assim, a conversão do fibrinogênio em fibrina, que pode recobrir as células bacterianas, dando-as mais resistência à opsonização e à fagocitose.
A estafiloquinase possui ação semelhante à estreptoquinase, resultando em fibrinólise. É responsável por facilitar a disseminação da infecção para os tecidos adjacentes.
A nuclease é responsável pela hidrólise do DNA e RNA
A produção das enzimas β-lactamases pode ser induzível ou constitutiva e torna esses microrganismos resistentes à penicilina e à ampicilina. Os genes que codificam essas enzimas residem habitualmente em plasmídios.
A hialuronidase hidrolisa a matriz intercelular de mucopolissacarídeos ácidos nos tecidos e, portanto, pode atuar disseminando os microrganismos e/ou suas toxinas para áreas adjacentes ao tecido.
5. Qual a importância das hemolisinas e leucocidinas do Staphylococcus aureus?
Hemolisinas: a α- hemolisina é a mais comum em amostras de origem humana e exerce efeitos letais em vários tipos celulares, incluindo as células polimorfonucleares humanas e provoca lise nos eritrócitos de várias espécies de animais. É responsável pela hemólise senérgica observada no teste CAMP.
Leucocidinas: provocam a lise dos grânulos citoplasmáticos dos leucócitos e macrófagos humanos.
6. Qual a principal característica da enterotoxina que provoca intoxicação alimentar estafilocócica?
As enterotoxinas A, E, H e I são moléculas termoestáveis, responsáveis pelas manifestações clínicas da intoxicação alimentar estafilocócica, que provavelmente constitui a causa mais comum de envenenamento alimentar nos Estados Unidos. O modo exato de ação dessas enterotoxinas não é conhecido, porém foi constatado que elas aumentam o peristaltismo intestinal. A ingestão de enterotoxinas pré-formadas nos alimentos que caracteriza o crescimento de estafilococos resulta em vômitos, com ou sem diarreia, dentro de 2 a 8 horas.
7. O que é síndrome do choque tóxico? Quais os seus sinais e sintomas?
É uma doença multissistêmica, causada por uma toxina bacteriana e caracterizada por uma síndrome clínica que consiste em febre, hipotensão, tontura ortostática, eritrodermia (exantema que empalidece sob pressão) e graus variáveis de vômitos, diarreia, insuficiência renal, cefaleia, calafrios, faringite e conjuntivite. Ocorre congestão vascular no decorrer de um período de 1 a 2 dias. Com o aumento do extravasamento capilar e a diminuição sistêmica da resistência vascular, ocorre perda de líquido intravascular nos espaços intersticiais. A perda de líquido também é exacerbada pela presença de diarreia em alguns pacientes. A perda do volume intravascular leva a hipotensão e hipóxia tecidual. A síndrome de angústia respiratória aguda e a coagulação intravascular disseminada constituem complicações comuns e potencialmente fatais da doença.
8. Quais as doenças que a toxina esfoliativa pode provocar?
Síndrome da pele escaldada estafilocócica e impetigo bolhoso.
9. Faça a correlação dos fatores de virulência do Staphylococcus aureus e os efeitos patogênicos.
Coagulase: liga-se à protrombina, convertendo o fribrinogênio em fibrina que pode recobrir as células bacterianas, tornando-as mais resistentes à opsonização e à fagocitose.
10. Como Staphylococcus aureus é identificado laboratorialmente?
Cocos gram-positivos arranjados em cachos. Cor: amarelo dourado. Hemolisina positiva para algumas cepas, catalase positiva, manitol positivo, DNase positiva e coagulase positiva.
11. Como é feito o teste da catalase e qual sua importância?
O H2O2 entra em contato com o espécime da cultura. Caso haja formação de bolhas, a reação é positiva. O teste é útil para diferenciar Staphylococcus de Streptococcus (-).
12. Explique o fundamento do teste do Manitol e da DNAse.
Manitol: uma viragem do vermelho original do meio para amarelo indica degradação do manitol com formação do ácido.
DNAse: apresenta uma zona clara ao redor do crescimento bacteriano. O revelador pode ser o azul de ortoluidina ou o ácido clorídrico.
13. São dois tipos de coagulase que o Staphylococcus aureus pode promover? Quais são essas coagulases e como são feitas a sua determinação?
Coagulase fixa (fator de aglutinação): detecta o fator de agregação e a proteína A. Partículas de látex revestidas de fibrinogênioe IgG humanos.
Coagulase livre: uma reação positiva é representada pela formação de um coágulo de qualquer intensidade.
14. Qual a identificação laboratorial do Staphylococcus epidermidis?
Cocos gram positivos arranjados em cachos, cor branca, catalase positiva, coagulase negativa (novabiocina sensível), manitol negativo e DNAse negativa.
15. Qual a sua associação como patógeno oportunista?
Patógeno oportunista associada com sepse de dispositivos.
16. Qual a identificação laboratorial do Staphylococcus saprophyticcus?
Cor branca, catalase positiva, coagulase negativa, manitol negativo, DNAse negativa, Novabiocina resistente.
17. Como é realizado e qual a interpretação do teste da Novobiocina?
São utilizados discos padronizados contendo 5µg de novabiocina; a leitura é feita medindo-se o diâmetro do halo de inibição ao redor do disco após incubação de 18-24h.
Prova positiva (resistência): halo menor ou igual a 14 min.
18. Qual o principal sítio de infeção relacionado com Staphylococcus saprophyticcus?
Trato urinário.
19. Como se comporta o gênero Micrococcus e Staphylococcus frente aos discos de Furazolidona e Bacitracina?
Micrococcus: furasolidona resistente
Staphylococcus: furasolidona sensível
Micrococcus: bacitracina sensível
Staphylococcus: bacitracina resistente
20. Cocos gram positivos em tétrade, catalase positiva, oxidase positiva devem ser testados com furasolidona para identificar Micrococcus.
21. Quais as características gerais do gênero Streptococcus (família, coloração de Gram, tamanho, cor, crescimento) e sua identificação primária?
Família Streptococaceae, arranjados em cadeias ou em duplas; motilidade negativa, 0,5 a 0,75 µm de diâmetro, geralmente translúcido. Crescimento deficiente em meios sólidos ou em caldo. Necessita de sangue ou líquidos teciduais para enriquecimento. Identificação: catalase negativa.
22. Quais as espécies do gênero Streptococcus de maior importância clínica?
Streptococcus pyogenes, S. agalactiae, S. do grupo viridians, S. pneumoniae.
23.Determine a identificação laboratorial do Streptococcus pyogenes e qual grupo pertence?
Β-hemolítico grupo A, incolor, transparente, catalase negativa, bacitrocina sensível, CAMP negativo, hemólise β, PYR positiva.
24. Determine a identificação laboratorial do Streptococcus agalactiae e qual grupo pertence?
Β-hemolítico grupo B, incolor (sangue), catalase negativa, CAMP positiva, bacitracina resistente, hidrólise do hepurato positivo, hidrólise da esculina negativa.
25. Como é feito o teste da bacitracina? Qual a concentração do disco? Como é feita a sua interpretação?
São utilizados discos padronizados contendo 0,04 unidades de bacitracina. A leitura é feita medindo-se o diâmetro do halo de inibição ao redor do disco, após período de incubação de 18-24h.
26. Qual o fundamento do teste PYR? Quais os cocos Gram positivos de interesse clínico que são PYR positico?
B-hemolíticos do grupo A/ Enterococcus
Enzima L- perolidonil peptidase Hidrolisar a amida do substrato Naftilamida p-dimetilamino cinamaldeído (reagente) coloração vermelho brilhante.
27. Quais os sítios de infecção do Streptococcus pyogenes e quais as suas sequelas?
Infecções das vias aéreas superiores, pele.
Sequelas: faringo-amigdalites, piodermites, erisipela.
28. Toxina eritrogênica, toxina escarlatínica ou toxina de Rick produzida por amostras de Streptococcus isoloados de casos de escarlatina provoca uma característica na língua conhecida como: língua em framboesa.
29. Faça a distinção entre Estreptolisina S e Estreptolisina O.
Estreptolisina S: é oxigênio-estável, não imunogênica, responsável pelo halo de hemólise em torno das colônias de S. pyogenes e pela morte de uma parte dos leucócitos que fagocitam a bactéria.
Estreptolisina O: é oxigênio-sensível e fortemente antigênica; conduz a formação da antiestreptolisina. A determinação do título do anticorpo contra a estreptolisina O é de grande valor diagnóstico na febre reumática onde títulos superiores a 125 unidades são indicadores de infecção estreptocócica recente.
30. Determine o fundamento do teste CAMP.
Streptococcus β-hemolítico do grupo B elaboram um composto semelhante a uma proteína denominado fator CAMP, capaz de agir sinergicamente com a β lisina do Staphylococcus aureus, ocasionando uma intensificação na hemólise, formando uma seta.
31. Qual a razão da importância do Streptococcus agalactie ser identificado em mulheres grávidas ou em idade reprodutiva?
Para evitar uma possível transmissão a bebês através do organismo da mãe contaminada ao filho ao nascer, ou por contato entre bebês em berçário, após nascimento.
32. Qual a identificação laboratorial do Streptococcus grupo viridans? Cite um dos Streptococcus deste grupo que está diretamente relacionado com o processo cariogênico. Qual a principal doença que eles podem provocar?
Catalase negativa, bile esculina negativa, bile solubilidade negativa, tolerância ao NaCl 6,5% negativo, PYR negativo, optoquina resistente.	
33. Determine a identificação laboratorial do Streptococcus pneumoniae.
Catalase negativa, bile solubilidade positiva, optoquina sensível.
34. Quais os seus sítios de infecção e o seu habitat normal? Que hemólise pode provocar?
Hemólise α.
Habitat normal, trato respiratório (garganta).
Sítios de infecção: pulmões, ouvido, meninges.
35. Qual a identificação laboratorial do Enterococcus? A que grupo pertence e quai as hemólises que pode produzir?
Catalase negativa, bile esculina positiva, bile solubilidade negativa, tolerância ao NaCl 6,5% positiva, PYR positivo. Podem produzir hemólise α, β e γ.
São pertencentes ao grupo D.
36. Determine o fundamento da prova de bile esculina.
Capacidade de certas bactérias de hidrolisar esculina em presença de bile, produzindo glicose e esculetina. A esculetina, em presença de ferro, reage produzindo um escurecimento do meio de cultura.
37, Determine o fundamento da prova de tolerância ao NaCl.
O crescimento do microrganismo com consequente turvação do meio indica uma prova positiva.
38. Como facilmente é feita a diferenciação dos Grupos A e B dos C, F, G?
Através da sulfanamida/trimetropina/sulfametoxazol (SXT)
39. Quais os micro-organismos patogênicos que podem ser encontrados no trato respiratório inferior e superior?
Mycobacterium tuberculosis
Streptococcus pneumoniae
Klebsiella pneumoniae
Haemophilos influenza
40. Qual a doença que Corynebacterium difteriae provoca e quais as suas características? Como é feita a sua transmissão e qual o seu período de incubação?
Causa difteria. O reservatório é o próprio doente ou portador. O contágio é realizado de modo direto, no contato com doentes ou portadores, ou através de objetos contaminados pelas secreções. O período de incubação é de 1 a 6 dias.
41. Qual o meio de cultura seletivo utilizado para a sua identificação?
Ágar sangue com tilureto de potássio e cisteína-ct.
42. Como é feita a coleta de orofaringe?
O paciente é instruído a inclinar a cabeça para trás. A língua é suavemente pressionada com uma espátula para que se possa visualizar as fossas tonsilares e a faringe posterior. O swab é estendido entre os pilares tonsilares e atrás da úvula. Deve-se solicitar ao paciente que ele faça “ah”. As áreas tonsilares e a faringe posterior devem ser firmemente esfregadas com o swab.
43. Como uma bactéria viável pode penetrar na corrente sanguínea?
Por mecanismos extravasculares:
Penetração a partes de um foco primário de infecção, através de vasos linfáticos e daí até o sangue. A porta de entrada mais comum: trato geniturinário, respiratório, abscessos, entre outros. 
Por mecanismos intravasculares:
Entrada direta na corrente sanguínea, via agulhas ou outros dispositivos vasculares, como cateteres.
44. Qual a diferença entre bacteriemia e septicemia?
Bacterimia: é a presença de bactérias na corrente sanguínea.
Septicemia: É representado por bactérias ou seus produtos (toxinas) causando danos ao hospedeiro.
45. Em que situações o médico deve solicitar uma hemocultura?
Em casode suspeita de bacteremia clinicamente significativa; septicemia clássica; na suspeita de endocardite bacteriana; no diagnóstico de certas infecções envolvendo vários sistemas.
46. Como podem ser classificadas as bacteriemias?
Como: Transitórias, rápidas com duração de minutos a poucas horas; Intermitente, que ocorrem em intervalos variáveis de tempo a partir do mesmo micro-organismo; ou continuas (persistentes).
47. Quais os micro-organismos frequentemente envolvidos?
Principalmente o Staphylococcus aureus, Strepcoccus pneumoneae, Escherichia coli, Klebsiella pneumoneae, Pseudomonas aeruginosa.
48. Quais os fatores que contribuem para o início de uma infecção da corrente circulatória?
Agentes imunossupressores; Uso de antibióticos de largo espectro; Procedimentos invasivos e cirúrgicos; Prolongado tempo em UTI; entre outros.
49. Como deve ser feita a antissepsia da pele para a coleta de sangue para hemocultura?
Após a palpação a pele eh tratada com tintura de iodo a 2% ou polivinil Pirrolidona Iodo (PVPI) a 10%, limpada com álcool a 70%. O sangue eh imediatamente colocado em dois fracos, com o meio de cultura em uma proporção 1:10 do sangue pelo meio de cultura. Utiliza-se como anticoagulante o Polianetol sulfonato de sódio (SPS), devido a sua ação inibidora para lisozimas, certa ação inibidora para amino glicosídeos e polimixinas e do complemento e inibe parcialmente a fagocitose.
50. Qual a relação sangue meio de cultura? Qual o anticoagulante utilizado e o porquê desta utilização?
Após a coleta os frascos devem ser mantidos em temperatura ambiente e encaminhados imediatamente ao laboratório. O cultivo deve ter no mínimo 7 dias de incubação a 35°C e ser realizado pelo menos três subcultivos nos intervalos de 24 horas, 48 horas e com 7 dias do cultivo, com observação diária dos frascos procurando evidencias macroscópicas e fazer o antibiograma.
51. Quais os meios utilizados para a realização dos subcultivos?
Agar Sangue; EMB; Agar Chocolate enriquecido e Agar Thayer-Martin.
52. O que é o LCR? Qual a característica do LCR normal e do LCR patológico?
É um fluido produzido nos ventrículos cerebrais do SNC e ocupa o espaço no cérebro e na medula espinhal. O LCR normal é um liquido estéril transparente, límpido e incolor, já o LCR patológico apresenta-se com tonalidade variável, podendo ser opalescente ou turvo.
53. Quais os principais agentes etiológicos das meningites agudas e a sua relação com a idade?
Em RN e até os dois primeiros meses de vida os principais agentes etiológicos são: E. coli, S. Agalactiae e Listeria monocytogenes. Até os dez anos os principais são: Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitidis. Em adultos S. pneumoniae e N. meningitidis. Já em idosos o S. pneumoniae, L. monocytogenes e Bacilos Gram-negativos são os principais agentes etiológicos.
54. Como deve ser feita a punção para obtenção do LCR? Quais os cuidados especiais para esta coleta?
A punção é lombar e o paciente deve estar na posição fetal, ou seja, deitado e colocado de lado, com o pescoço dobrado para baixo e as pernas encolhidas. A semeadura deve ser feita logo após a coleta em condições rigorosamente assépticas e mantido a temperatura ambiente e ser centrifugado em tubo estéril, apenas o LCR para pesquisas virais deve ser refrigerado.
55. Como deve ser feita a coloração de Gram do LCR?
Após misturar o sedimento, aplica-se uma alçada sobre a lâmina e em seguida aplicar outra para aumentar a concentração do liquor. O sedimento não deve ser espalhado sobre a superfície da lâmina, já que este procedimento aumentara as dificuldades de visualizar pequenos números de micro-organismos.
56. Determine os testes de identificação de Neisseria meningitidis.
Os testes de identificação: Oxidase positiva, degradação de glicose e maltose no meio CTA, crescimento em ágar chocolate, incubação a 35-37°C em atmosfera de CO2 e umidade.
57. Determine os testes de identificação de Haemophylus influenzae.
Imóveis, oxidase positiva, fermentação de glicose, sacarose, lactose, xilose e manose, presença de catalase, crescimento em ágar chocolate, cresce pouco em agar sangue e não crescem em EMB ou McConkey.
58. Qual micro-organismo é identificado pela prova do satelitismo? Qual o fundamento desta prova?
Haemophylus influenzae. É fundamentada na necessidade do Haemophilus influenzae dos fatores X (Hemina) e o fator V (NAD) onde o fator X é fornecido pelos eritrócitos lisados do meio ágar sangue e o fator V é fornecido pelo Staphylococcus aureus, logo ocorre crescimento de Haemophylus influenzae principalmente a região próxima a estria de Staphylococcus aureus.
59. Determine os testes de identificação de Listeria monocytogenes.
Fermentação de acido a partir da glicose; Hidrolise da Esculina positiva; Hemólise beta; e CAMP positivo.
60. Quais os meios de cultura utilizados para semeio do LCR?
Agar chocolate enriquecido, ágar sangue, EMB.

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