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Aula Biópsias

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DB 2 – Josiane – 24/08/2017
Aula 02 – Biópsias
Procedimento de diagnóstico, exame complementar, que consiste na remoção de um fragmento de tecido de um ser vivo, para estudo das suas alterações teciduais, histológicas, celulares presentes. Se fosse um ser morto seria uma necropsia.
Embora ela seja elucidativa e em alguns casos ela seja a responsável por fechar o diagnóstico, ela ainda é um exame complementar. Ou seja, ela não é mandatória.
Ela vem com um laudo descritivo feito pelo patologista, mas temos que juntar esses dados com os coletados no exame clínico.
Se não soubermos o que é, quando chegar o laudo do patologista, vamos aceitar o que quer que seja (e às vezes pode estar errado).
Finalidades
- Chegar o mais perto possível do diagnóstico;
- Determinar se a exérese da lesão foi adequada;
- Reconhecimento de metástases tumorais;
- Observar o resultado de certas formas terapêuticas;
- Principalmente, avaliar o grau de malignidade dos tumores (neoplasias malignas) e definir o prognóstico e tratamento. Saber se a neoplasia maligna é de origem epitelial (carcinoma), conjuntivo (sarcoma), glandular (tumor de glândulas salivares) etc.
No estudo microscópico da biópsia chegamos ao grau de diferenciação do tumor, tipo histológico, grau de infiltração (principalmente estruturas nobres como vasos e nervos, perivascular e perineural respectivamente), se há comprometimento de estruturas nobres próximas (bainha carotídea no pescoço), margem de segurança (se ainda há tecido patológico presente), determinar prognóstico do tratamento baseado no estadiamento histológico da neoplasia maligna.
Indicações
- A biópsia pode ser feita em qualquer situação, em qualquer lesão fundamental que tenha na boca;
- Úlceras temos uma preocupação maior quando pensamos em câncer de boca, há maior suspeita de malignidade;
- Úlcera com duração maior que 20 dias e que não tenham sintomatologia dolorosa;
- Placas brancas ou manchas vermelhas (são consideradas leucoplasia e eritroplasia até que se prove o contrário - potencialmente malignas, principalmente as eritroplasias);
- Citologia esfoliativa e temos classificações que já indicam malignidade;
- Lesões ósseas expansivas ou não (lesões fibrosseas geralmente são diagnosticadas apenas clinicamente e com exame de imagem);
- Crescimentos da superfície da mucosa oral
A biópsia é um procedimento cirúrgico extremamente simples, possui alta fidelidade com a acurácia do diagnóstico. 
A maior parte dos dentistas não faz biopsia, em grande parte pela mistificação do ato e pela associação com o câncer. É mais fácil chegarmos a um diagnóstico de uma doença benigna do que de uma doença maligna.
O que mais diagnosticamos com biópsias: mucocele, papiloma, liquen plano etc.
- Não adianta fazer uma biópsia se não sabemos de qual região coletar o tecido, qual a quantidade certa etc;
- Não devemos negligenciar a HMP do paciente, comodidades, hipertenso, quais medicações, cardiovascular, se já teve AVC (anticoagulante ou antiagregante plaquetário), diabético, renal, cuidado com drogas (AINES), já teve qualquer tipo de câncer, problema de sangramento, hemofílico;
- Sempre aferir pressão arterial e o pulso, antes e depois do procedimento;
- Devemos saber as interações das drogas que o paciente toma com os anestésicos;
- Orientar o pós-operatório adequado ao paciente, explicar tudo direito para que o paciente entenda;
- Seleção correta do instrumental e material;
- Manuseio adequado da amostra;
Contraindicações
- Pode ser que naquele momento que o paciente tenha algum problema de saúde que impossibilite a realização da biópsia (condições gerais e sistêmicas: diabético descompensado, doença vascular grave, problema de cicatrização, hemodiálise com heparina, abscesso para-vertebral-cervical há 100 dias, 100 dias tomando antibiótico, anticoagulante)
- Locais: hemangioma (proliferação de vasos sanguíneos) por risco de hemorragia (se tiver risco de malignidade faz a biópsia sim) e melanoma (neoplasia maligna de células névicas, super agressiva, muito raro de acontecer em boca, manchas opacas enegrecidas ou acastanhadas, sem homogeneidade, contorno difuso) nunca fazemos biópsia excisional. Também evitamos fazer incisional, porque aumenta a chance de células melanóticas se soltarem e caírem na corrente sanguínea e ocorrer metástase
Obs: Cuidado com lesões em línguas, porque podem ser lesões vasculares na maioria das vezes.
Tipos de Biópsia
Basicamente, temos 2 tipos:
- Incisional – quando removemos um fragmento da lesão, não a removemos como um todo. Quando suspeitamos de doença maligna, manifestação bucal de doença sistêmica, lesões muito extensas.
- Excisional – quando removemos a lesão como um todo, na maioria das vezes já consiste no tratamento da lesão, lesões não tão grandes, lesões únicas, quando não temos suspeitas de malignidade.
Cuidado com lesões em língua por causa da alta vascularização.
Parâmetros
- Extensão da lesão
- Localização
- Hipótese diagnóstica
- Vivência do profissional 
Não anestesiamos na lesão, pois há distensões nas células.
Excisional
Pegar tecido sadio ao redor de toda a lesão e em profundidade também, pois é importante essa transição do tecido sadio para o tecido alterado.
Incisional
- Remoção de fragmento da lesão
- Lesões muito extensas
- Suspeita de neoplasia maligna
- Manifestação bucal de doença sistêmica
- Em qualquer sentido, desde que haja parte de tecido sadio e parte da lesão (também
vale pra profundidade.) É importante para o patologista ver a transição do tecido sadio
para alterado
- Não se deve fazer no centro da lesão por haver tecido necrótico
Excisional
- Remoção da lesão como um todo
- Faz parte do tratamento
- Lesões pequenas
- Lesões únicas
- Lesões sem nenhuma suspeita de malignidade
- Já consiste no tratamento em muitos casos
- Pegar tecido sadio em toda delimitação e profundidade
Biópsia por Punção
Aspirativa: usa seringa para explorar o conteúdo da lesão (líquido, sangue, material caseoso, nada). Reduz as hipóteses de diagnóstico.
Ex: Se vem líquido amarelado, pode ser indicativo de cisto. Se vem material branco semelhante a requeijão, pode ser um ceratocisto odontogênico. 
Aspirativa por agulha fina (PAF): objetivo de remover uma de amostra do tecido (remover algumas células) para fazer esfregaço e mandar para exame. Muito utilizada em tumores de glândulas salivares.
Biópsia por Congelação
A amostra não é fixada, é congelada, cortada e enviada para o patologista. Geralmente em lesões malignas. O processamento que é diferente.
Feita mais em transoperatória para avaliação de margem indicando se há remanescente da lesão.
A amostra é congelada, cortada, corada e naquele momento o patologista já olha para ver se a margem está livre de lesão.
Biópsia por Punch
Instrumento de secção cilíndrica com borda biselada, que se aplica fazendo movimento de rotação, para que se tire um cilindro de amostra. 
Bom pra regiões de língua, palato mole, palato duro
Biópsia por Pinça Saca Bocado
É um instrumento longo que auxilia na biópsia em região de difícil acesso.
Ex: amígdala, úvula, palato mole. Bordas com úlceras bem definidas. 
Biópsia por Broca Trefina
Para lesões de tecido ósseo.
Broca de secção cilíndrica com borda serrilhada. 
Utilizada em micromotor.
Biópsia por Fragmento
Agulha disparada por um gatilho que tira curto fragmento de tecido.
Ex: linfonodos, lesões de glândulas salivares

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