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Aula - Processos Proliferativos Não Neoplásicos

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DB 2 – Josiane – 14/09/2017
Aula 04 – Processos Proliferativos Não Neoplásicos
Não são tumorais, pois não tem crescimento ilimitado.
Lesão benigna – se limita ao seu lugar de origem.
Lesão maligna – se dissemina pelo organismo, ocorre metástase.
As lesões não neoplásicas são de origem inflamatória ou reacional. É a reação do tecido frente à uma
agressão local.
- Hiperplasia fibrosa focal (fibroma)
- Lesão periférica de células gigantes
- Granuloma piogênico
- Fibroma ossificante periférico
- Hiperplasia fibrosa inflamatória
- Hiperplasia papilar inflamatória
- Hiperplasia gengival
Hiperplasia Fibrosa Focal
- Fibroma, fibroma de irritação, fibroma traumático, mas esse termo vem sendo menos usado pois o sufixo “oma” significa neoplasia
- Hiperplasia reacional do tecido conjuntivo fibroso em resposta a uma irritação ou trauma local
- Variada apresentação clínica
Gengiva (restaurações mal adaptadas, com sobrecontorno cervical)
Mucosa jugal, labial ou língua (trauma mastigatório)
- Excisão cirúrgica com remoção do fator irritante
OBS: paciente geralmente só percebe que tem a lesão quando começa a machucar. A lesão não vai desaparecer, pode até diminuir de tamanho, mas temos que removê-la.
Microscopicamente: estroma de tecido conjuntivo fibroso, muitas vezes denso, recoberto por epitélio escamoso estratificado. Esse tecido conjuntivo denso e colagenizado pode se manifestar com feixes colágenos irradiados ou circulares, não há padrão. Não é encapsulado. Algumas vezes o epitélio perde cristas epiteliais por conta do tecido conjuntivo. Também há hiperceratose secundária. Inflamação crônica difusa abaixo do epitélio.
Lesão Periférica de Células Gigantes
- Lesão reacional relacionada ao ligamento periodontal ou periósteo
- Exclusivamente de gengiva ou rebordo alveolar edêntulo
- Mandíbula (anterior > posterior > maxila)
- 50 a 60 anos (mulheres 60%)
- Pápula, nódulo séssil ou pediculado
- Diagnóstico diferencial
Hiperplasia fibrosa inflamatória
Granuloma
Fibroma ossificante periférico
- Excisão cirúrgica e curetagem óssea (muita raspagem e com remoção do tecido de granulação), sangra muito então enquanto estiver sangrando tem que continuar raspando. Quando tivermos removido tudo, vai parar de sangrar.
OBS: muitas vezes essas lesões tem uma superfície ulcerada
2 lesões fundamentais: nódulos e úlceras
Imagem radiográfica radiolúcida em forma de taça
- Proliferação de células gigantes multinucleadas permeadas por células mesenquimais
- Hemorragia abundante
- Superfície ulcerada
- Zona de tecido conjuntivo denso separa essas células gigantes da superfície da mucosa
- Células inflamatórias agudas e crônicas
- Eventuais áreas de formação de osso reacional ou calcificações distróficas
Granuloma Piogênico
- Reação excessiva do tecido conjuntivo frente a estímulos variados (cálculo, corpo estranho, trauma)
- Crianças e adultos jovens (acomete mais mulheres)
- Granuloma gravídico é mais agressivo e de crescimento mais rápido por conta das alterações hormonais
- Gengiva é a região mais acometida (papila interdentária) principalmente em dentes superiores anteriores, mas também ocorre em língua, lábio, mucosa jugal
- Pápula, nódulo séssil ou pediculado (desenvolvimento rápido)
- Assintomático, sangrante (superfície ulcerada)
- Diagnóstico diferencial
Hiperplasia fibrosa focal
Lesão periférica de células gigantes
Fibroma ossificante periférico
- Excisão cirúrgica e raspagem (se a raspagem for incompleta tem recorrência)
OBS: dificilmente tem alteração radiográfica porque o crescimento é muito rápido, então não tem tempo de ocorrer alguma alteração no raio X, (ex: reabsorção óssea).
Microscopicamente
- Tecido de granulação com alta proliferação vascular
- Vasos ficam ingurgitados por hemácias, semelhante a tecido de granulação
- Superfície ulcerada coberta por uma pseudomembrana fibrinopurulenta
- Infiltrado inflamatório misto agudo e crônico (neutrófilo, linfócito e plasmócito)
- As lesões mais antigas geralmente apresentam estroma mais fibroso, tecido conjuntivo mais denso. Isso clinicamente significa que as lesões passam a ser mais rosadas. Epitélio estratificado paraqueratinizado
OBS: Hemangioma Capilar Lobular
Lesão clinicamente igual ao Granuloma Piogênico, só que microscopicamente, apresenta uma arquitetura mais bem estabelecida. Os vasos sanguíneos começam a se organizar formando agregados lobulares. Só tem como saber a diferença pelo laudo microscópico.
Fibroma Ossificante Periférico
- Lesão reacional
- Exclusiva de gengiva inserida e papila interdental
- Geralmente se apresenta como nódulo séssil, mas pode acontecer de ser nódulo pediculado
- Acomete mais mulheres entre 10 a 19 anos
- Mais frequente em região anterior de maxila
- Focos radiopacos centrais, discreta reabsorção radicular, mas é muito difícil de ser observado
- Diagnóstico diferencial
- Excisão cirúrgica e raspagem/curetagem
Microscopicamente
- Proliferação de fibroblastos associada a formação de material calcificado
- Esse material calcificado pode ser osso distrófico, material cementóide ou calcificações distróficas
- Normalmente permeia toda a lesão
- Não há uma intensa proliferação de vasos sanguíneos. Basicamente é um estroma formado por fibroblastos
 
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória
- Também conhecida por epúlide fissurada, tumor por lesão de dentadura, epúlide por dentadura
- Resposta tecidual à irritação crônica de baixa intensidade
- Etiologia: traumatismo causado por PT ou PPR mal adaptada ou com trinca
OBS.: Hiperplasia – número de células aumentadas
Hipertrofia – volume da célula aumentada
Características Clínicas
- Únicas ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico
- Acomete mais região de vestíbulo alveolar, tanto da maxila quanto da mandíbula
- Varia cor e consistência: localização e tempo de evolução
- Inicial: avermelhada, flácida
- Antiga: coloração de mucosa, consistência fibrosa
Características Microscópicas
- Hiperplasia do tecido fibroso
- Proliferação do tecido conjuntivo
- Epitélio pode apresentar hipercementose, hiperplasia, exocitose e acantose, podendo ter rompimento do epitélio em alguns pontos
- Pode apresentar superfície ulcerada
- Infiltrado inflamatório predominantemente crônico
Tratamento
- Remoção do agente traumático que produz o volume da região (antes da cirurgia tem que ficar o máximo de tempo sem a prótese, para sangrar menos e a cirurgia ser menor)
- Necessária remoção cirúrgica e confecção de nova prótese 
- Dificilmente é uma cirurgia única, removemos por etapas
- Uma das características é a formação de folhas hiperplásicas
OBS: Existe uma variante da HFI chamada Hiperplasia Polipofibroepitelial ou Fibroma por Dentadura Semelhante à Folha. É um tipo de HFI que acomete palato duro que cresce por baixo da prótese total superior. Ela é achatada, pediculada e se adapta ao palato. Muitas vezes há depressão óssea no palato por conta da lesão. É rosada e geralmente tem uma borda denteada. Crescimento lento e não é tão frequente quanto a HFI convencional.
 
Hiperplasia Papilar Inflamatória
- Proliferação tecidual reacional da mucosa oral
- Acomete mais portadores de PT superior
- Exclusiva de palato duro
- Caracterizada por eritema e inflamação das áreas cobertas pela PT
- Má adaptação e má higiene da PT, uso continuo da PT durante 24h, má qualidade da PT
- Pode ser eritematosa, de superfície irregular, assintomática, mas em alguns casos pode ser associada queimação e ardência 
- Favorece a colonização da Candida albicans (candidíase associada) – nos casos de queimação e ardência
Microscopicamente
- Crescimentos papilares recobertos por epitélio pavimentoso hiperplásico, tecido conjuntivo fibroso e filtrado inflamatório crônico (linfócitos e plasmócitos)
Tratamento
- Remoção do trauma, excisão cirúrgica e confecção de nova PT
- Bisturi elétrico, eletrocautério, curetagem, abrasão, laser cirúrgico, criocirurgia
- Orientação sobrehigiene da prótese e sobre remoção da PT a noite
- Muitas vezes por conta da associação com a Candidíase, entramos com antifúngico tópico ou sistêmico. Na maioria das vezes é tópico
OBS: Câmara de Sucção nas PTs
É uma cavidade feita no centro da PT superior para melhorar a fixação. Com o tempo, o vácuo forma a hiperplasia que tem o formato da câmara de sucção. É bem aderida ao osso, tem coloração semelhante à da mucosa normal mas pode ser mais avermelhada em alguns casos. Tem que ser removida. Como tratar? Preenche aos poucos a câmara para tentar diminuir a lesão, depois remove cirurgicamente.
 
Hiperplasias Gengivais
Grupo de doenças muito complexas. A principal característica é o aumento de tecido gengival fibroso. São lesões proliferativas não-neoplásicas. Massas teciduais múltiplas e sésseis.
Hiperplasia Gengival Inflamatória, Hiperplasia Gengival Medicamentosa e Hiperplasia Gengival Hereditária.
Hiperplasia Gengival Inflamatória
Associada ao biofilme oral, aumento de tecido gengival de forma generalizada ou localizada. Posso ter uma região onde há o comprometimento da higiene e ali tem a hiperplasia. Essa inflamação é crônica de progressão lenta e gradual, e esse acúmulo de biofilme oral pode ocorrer por cálculo dentário, má posição dentária, restauração e próteses mal adaptadas, respiradores bucais e aparelho ortodôntico.
Clinicamente: avermelhada, brilhante, sangrante ao toque ou sangramento espontâneo. Predomínio de infiltrado inflamatório agudo e uma alta vascularização. Pode ter um aspecto semelhante ao da Hiperplasia Gengival Medicamentosa com a coloração semelhante a mucosa do paciente, nesse caso teremos proliferação epitelial e uma grande quantidade de tecido conjuntivo subjacente.
Hiperplasia Gengival Medicamentosa
Pode ser localizada ou generalizada, mas normalmente é generalizada. Coloração semelhante à do periodonto de proteção. Com o tempo, a gengiva marginal começa a ficar edemaciada. Firme à apalpação, predominantemente fibrosa. Ocorre por conta do acúmulo do fármaco que altera a proliferação de colágeno no tecido periodontal. O componente vascular é mínimo, não temos proliferação de vasos sanguíneos, estritamente proliferação de tecido conjuntivo fibroso. Podemos ter uma gengivite ou uma periodontite em consequência, mas não como fator causal.
Medicamentos: anticonvulsivante (feniltoína), ciclosporina A (imunossupressor), bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina).
Prevalência maior em mandíbula região vestibular, em crianças e jovens. Nesse caso, não depende de dose.
Tratamento
- Cirúrgico, controle rigoroso do biofilme oral, uso de clorexidina, tratamento periodontal básico, tratamento periodontal cirúrgico periódico, às vezes faz-se tratamento paliativo.
- O diagnóstico é clínico, tem que fazer uma boa anamnese.
Hiperplasia Gengival Hereditária
Extremamente rara, herdada como traço autossômico dominante, crescimento gengival fibrótico, coloração normal que cobre praticamente todo o dente e não tem sangramento. Não é encontrada em rebordos edêntulos. Pode comprometer tanto vestibular como lingual e geralmente é generalizado uniforme. Geralmente tem-se queixa de retardo na erupção dos dentes (pois estão encobertos).
Microscopicamente
- Tecido epitelial hiperplásico com longas projeções e acantose
- Tecido conjuntivo fibroso bem denso com número aumentado de fibroblastos e escassas células inflamatórias
Tratamento
- Controle de biofilme com clorexidina, tratamento periodontal básico, tratamento periodontal cirúrgico. Quando olha a radiografia, tem erupção a nível ósseo, mas o tecido está cobrindo.

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