Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laudo Técnico TURMA: 20171TQVV - Noturno Grupo (G1 ou G2): G1 PRÁTICA Nº: 2 TÍTULO: Cromatografia de Aminoácidos em Papel NOMES (ALUNOS): Francine Guimarães Salla, Cacia de Freitas Silva, Ana Paula Simmer. OBJETIVOS: Melhorar as técnicas de cromatografia em papel e aplicar na análise de aminoácidos. Conhecer o método químico de revelação com a ninidrina. MATERIAIS E REAGENTES: Solventes PA (n-butanol e ácido acético); soluções de aminoácidos; tubos capilares de vidro; béqueres, água destilada, ninidrina (solução reveladora), tesoura, fita adesiva, clipes de papel, papel cromatográfico. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: Os aminoácidos tem uma estrutura geral em comum com um grupo amina e um grupo carboxila ligado ao mesmo átomo de carbono. O que diferencia um aminoácido do outro é o grupo R (radical), com exceção da glicina, que possui um hidrogênio a mais em sua composição. O grupo R é classificado de acordo com vários critérios. O primeiro deles é a natureza polar (hidrofilico) e apolar (hidrofóbico). O segundo depende da presença acídica ou alcalina da cadeia lateral. Os aminoácidos utilizados neste experimento foram a prolina, a fenilalanina e a glicina, todos apolares. Quanto os solventes, o n-butanol é apolar, a água é polar e já o ácido acético possui uma parte hidrofílica, que tem afinidade com a água, que é a extremidade com o grupo OH; mas também possui uma parte hidrofóbica, que não tem afinidade com a água, que é a cadeia carbônica. Através da cromatografia em papel, os aminoácidos podem ser separados, devido à afinidade que os diferentes tipos dessa substância apresentam pela fase estacionária (água de hidratação em volta das fibras de celulose) e pela fase orgânica móvel (n-butanol, ácido acético e água 4:1:1) que flui através do papel. A solubilidade dos aminoácidos pode ser modificada por alterações no pH da solução, que irá alterar o estado iônico dos aminoácidos, ou na polaridade da fase orgânica. Na tabela abaixo é possível ver os valores de RF (fator de retardamento), que é à distância percorrida da amostra dividido pela distância percorrida pelo solvente, dos aminoácidos e da amostra padrão. Aminoácidos RF calculado RF padrão (Amostra 4) Prolina 0,40 cm 0,45 cm Fenilalanina 0,81 cm 0,78 cm Glicina 0,25 cm 0,25 cm Tabela 1 – Rf de aminoácidos em soluções aquosas a 0,1% m/v. Com os valores de RF calculados, podemos observar que os aminoácidos prolina e glicina estão próximos do resultado obtido no livro indicado (Arzolla, J.D.P. "Cromatografia em papel de filtro", pág. 194.) com exceção da fenilalanina, que possui o valor de 0,68 no livro. A diferença entre os RFs apresentados no experimento com os resultados do livro, não foram tão grandes. Esses fatores de interferência no resultado podem ser justificados devido à aplicação indevida da amostra (excesso ou escassez), a alteração de temperatura, etc. Pela comparação dos resultados obtidos, é possível perceber que o aminoácido que mais se moveu na direção do fluxo do solvente foi a fenilalanina (apolar), por ter mais afinidade com a fase orgânica móvel, do que com a fase estacionária (polar). Em seguida, vem a prolina, e a glicina respectivamente. Aminoácidos RF calculado RF padrão (amostra 4) Prolina 0 0 Fenilalanina 0,65 0,70 Glicina 0,20 0,20 Tabela 2 – Rf de aminoácidos em solução de 2,5 mmol/L em HCl a 0,1% (baseado no grupo 3) Com base nos resultados apresentados, ao comparar a solução neutra com a ácida, é possível determinar que o pH influencia na solubilidade dos compostos. Na solução ácida, os compostos adquirem carga líquida positiva (ficam protonados), ficando mais solúveis em água e por isso o RF é menor. Percebemos também que não houve fator de retenção na prolina, mostrando o quão solúvel o aminoácido é na fase estacionária. Após o método de separação, foi notável que os aminoácidos eram incolores, precisando do uso de um revelador, o método mais indicado era um revelador químico (ninidrina), essa substância após ser pulverizado na capela, marca a cor roxa nos aminoácidos. Esse método precisa ser ativado na estufa, quando os aminoácidos são aquecidos em solução contendo excesso de ninidrina, todos aqueles que têm grupamento amino livre produzem um composto roxo, conhecido como Púrpura de Rüehmann, com exceção da prolina, que é perceptível a coloração amarelada em vez da púrpura. Em condições apropriadas, a intensidade da cor produzida é proporcional à concentração dos aminoácidos presentes. CONCLUSÃO: Levando-se em consideração os aspectos observados no experimento realizado juntamente com os dados coletados, percebe-se que, os aminoácidos em solução neutra se movem mais, tendo assim maiores valores de RF. A distância percorrida por cada um deles se deve pela afinidade com a parte móvel. Em soluções ácidas, os aminoácidos sofrem protonação, adquirindo cargas positivas fazendo com que se tornem mais solúveis e assim passam a ter mais afinidade com a fase estacionária, apresentando menores valores de RF. REFERÊNCIAS: Arzolla, J. D. (1956). Cromatografia em papel de filtro. An. Esc. Super. Agric. Luiz de Queiroz. Campbell, M. K., & Farrel, S. O. (2007). Bioquímica Básica. CENGAGE Learning. Collins, C., Braga, G., & Bonato, P. S. (2006). Fundamentos de cromatografia. UNICAMP. Harris, D. C. (s.d.). Análise Química Quantitativa. LTC.
Compartilhar