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* FACULDADE PITÁGORAS Discurso e Argumentação Jurídica Unidade I Enunciação, Enunciado, Discurso, Língua, Linguagem, Texto e Sujeito * LINGUAGEM Segundo a professora Karla Sampaio, sobre a lição de Kock, linguagem não é somente um veículo de comunicação ou de transmissão de informações, como muitos defendem, ela é muito mais do que isso: é por meio dela que interagimos com o outro, agimos sobre o outro, levando-o a aceitar o que está sendo dito e a fazer o que está sendo proposto. * Linguística Teoria da Comunicação: concebe a linguagem como sendo um veículo de comunicação, um meio de transmitir uma mensagem de um emissor a um receptor. Emissor mensagem receptor Teoria da Enunciação: mais do que uma forma de se levar uma informação (ou mensagem) a um receptor, a linguagem é concebida como espaço de interação: por meio dela, interagimos com o outro, atuamos sobre ele, levando-o a aceitar o que está sendo dito e a fazer o que está sendo proposto. Falar é agir. Através da linguagem alteramos a realidade que nos circunda. Emissor discurso receptor http://karlasampaio.adv.br/arquivos/Discurso.pdf * 1 BENVENISTE, E. Problèmes de linguistique générale II. Paris. Gallimard.1974. Enunciação É o ato da produção do discurso, é pressuposta pelo enunciado. É singular. Depende da interação entre os sujeitos. "...a colocação em funcionamento da língua por um ato individual“¹ “Mesmo quando os elementos da enunciação não aparecem no enunciado, a enunciação existe, uma vez que nenhuma frase se enuncia sozinha.” (FIORIN, 2001, P.39) 1 BENVENISTE, E. Problèmes de linguistique générale II. Paris. Gallimard.1974. * Enunciado Produto do processo de enunciação. Permanece. * Enunciação enunciada A Terra é redonda. Eu afirmo que a Terra é redonda. Efeito de subjetividade. Efeito de objetividade. Discurso direto, indireto e indireto livre. Autônomo. Elementos semânticos utilizados dão uma determinada visão social. * Enunciação Eu Agora Aqui * Enunciação * Enunciação * Pessoas do discurso Ele (3ª pessoa) Pertence ao domínio da enunciação. Quem fala. Nós: Junção de eu com um não eu. Interlocutário. Vós: Plural de tu e outro. * Tempo Linguístico Tempo Linguístico: ligado à fala. Momento da enunciação: o agora, reinventado a cada fala. Passado e futuro na enunciação são marcados pelo enunciado e é fruto da linguagem. Momentos importantes para o tempo lingüístico: Momento da enunciação; Momento de referência; Momento do acontecimento. Linguisticamente, os tempos são marcados pelos verbos e advérbios. * Espaço Lingüístico Espaço Linguístico: Expresso pelos demonstrativos e por certos advérbios de lugar. Não é o espaço físico, mas aquele onde a cena enunciativa desenrola. Pronomes demonstrativos: Atualiza um ser do discurso, situando-o no espaço. Este (espaço próximo do enunciador) e esse (espaço próximo do enunciatário): Espaço da cena enunciativa. Ganhei este diploma de advogado. Pegue esse papel a sua direita. Aquele (Longe do enunciador e enunciatário): Espaço fora da cena enunciativa. Advérbios de lugar: Aqui (espaço próximo do enunciador), aí (espaço próximo do enunciatário): Espaço da cena enunciativa. Se tivesse dinheiro, ficaria lá. Aqui, só me procura o zelador. Ali (Longe do enunciador e enunciatário): Espaço fora da cena enunciativa. * Discurso Texto Contexto Linguagem * Texto Tecido verbal, cujas idéias devem estar entrelaçadas para formar um todo. Ocorrência comunicacional que satisfaz a critérios interdependentes, como o de coesão e coerência. Critério da intencionalidade. Critério da intertextualidade. Para um texto precisa de se considerar a intenção comunicativa, os objetivos, as regras socioculturais, usos de recursos linguísticos, o contexto de produção e recepção. O texto é individual. * Discurso Um discurso pode revestir-se de diferentes textos. O discurso é a materialização das formações ideológicas. É um processo de interação. O discurso caracteriza-se por seu caráter coletivo. É regulado por uma exterioridade sócio-histórica e ideológica que determina as regularidades linguísticas e seu uso e função. * Fiorin, José Luiz. Linguagem e ideologia. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2005. p.23 Duas maneiras de dizer Um cavalo, quase morto de fome e de sede, caminhava em busca de água e de comida. De repente deparou com um campo de feno, ao lado do qual corria um regato de águas cristalinas. O cavalo, não sabendo se primeiro bebia água ou comia do feno, morreu de fome e de sede. (Figurativo) Há pessoas tão indecisas que são incapazes de realizar qualquer escolha e acabam perdendo muitas oportunidades na vida. (Temático) Fiorin, José Luiz. Linguagem e ideologia. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2005. p.23 * Invariável? Variável? Liberdade Para alguém que mora na capital Rio de Janeiro. Para o estudante de direito. Para o presidiário. Justiça Para alguém que tenha a visão do senso comum. Para o técnico dentro da área jurídica. * Língua, Linguagem e Sociedade Dotada de intencionalidade Veículo de ideologia * Língua, Linguagem e Sociedade Profissional do Direito * Sujeito * Sujeito: Identidade discursiva Relação ao sentido a outros dizeres, Acumula-se na memória discursiva, As palavras significam pela história, pela língua, não são nossas, Utiliza o interdiscurso, O que pode e deve ser dito está fundado em: 1º: formação social; 2º: Contexto sócio-histórico. * Sujeito: Identidade discursiva Memória discursiva do sujeito encontra-se na confluência de dois eixos: Memória Atualidade O que é constituído O que é atualidade Identidade ideológica * Sujeito: Identidade social O lugar do qual o sujeito fala é constitutivo do que ele diz. Está ligado às relações com a história e remete à formação discursiva do sujeito. É produto das relações sociais. * Reflexão “Quando uma pessoa sensata compreende mal o que eu quis dizer, reconheço que me zango, mas apenas comigo mesmo: por haver expressado o meu pensamento tão mal que dei ensejo ao erro.” David Hume (1754) “Mesmo que tudo o que está dito no texto seja infalivelmente verdadeiro, o leitor ainda assim pode ser, ou melhor, não tem outra escolha além de ser falível na compreensão do mesmo.” John Locke (1689) * Leitura - Artigos Linguagem Jurídica, José Barcelos de Souza Linguagem Forense, Paulo Roberto de Gouvêa Medina * CHALITA, Gabriel. A sedução no discurso: o poder da linguagem nos tribunais de júri. MEDEIROS, João Bosco; TOMASI, Carolina. Português forense: língua portuguesa para curso de Direito. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. Artigos Linguagem Jurídica e Linguagem Forense
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